Petal Dance escrita por Nekoclair


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá! Está fic não foi meu melhor trabalho, mas fiz o melhor possível para que ficasse, pelo menos, aceitável. ^^' Espero que isso não os façam desistir. Dar uma lidinha não mata -ne? ^^
Bem, é isso. Nos vemos nas notas finais!



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O dia está claro e limpo, não havendo sequer uma única nuvem no céu que ameace fazer chover. Tudo parece levar a uma tarde perfeitamente bela e refrescante.

O sol brilha intensamente, ocupando o alto daquela imensidão azul-clara. O relógio da igreja bate suas doze badaladas típicas, e, mesmo apesar da distância considerável, o som alcança facilmente meus ouvidos, levando-me à irritação e me fazendo apertar forte o buquê de rosas vermelhas que eu jazia nas mãos, apoiadas sobre meu colo.

– Onde está aquele maldito?... – murmuro, irritado.

Já fazia meia hora que eu o aguardava, no mesmo banco do parque.

Sim, eu estou irritado. E não, não estou exagerando. Afinal, ele - melhor que qualquer outro - sabe que odeio que me façam ficar esperando, ainda mais numa praça cheia de gente rindo e se divertindo a toa. E, ainda por cima, algumas delas não param de me encarar, o que é realmente muito irritante!

Atiro as flores no lugar vago ao meu lado, fazendo algumas delas se desmontarem, perdendo algumas das pétalas. Olho raivoso para o buquê, agora parcialmente destruído.

“Malditas flores!”

Um suspiro cansado escapa-me pelos lábios, que após isso permanecem um tanto abertos. Será que ele não vem?

De repente me sinto mais triste; tristeza essa que ocupa o lugar de minha irritação anterior. Levo os pés ao banco, encolhendo-me o máximo possível.

Será que ele sequer falara sério? Talvez eu fosse o único a levar esse negócio de encontro a sério...

Analiso minhas próprias roupas, todas novas e resultadas de uma longa manhã de indecisão. E tudo isso por causa daquele idiota que nem se deu ao trabalho de vir pra esta merda de encontro. Droga... Mordo o lábio inferior, um tanto angustiado.

Sinto-me constrangido e revoltado com tudo isso. Eu o amava, e por um bom tempo supus ser correspondido, mas talvez eu estivesse apenas me enganando; no fim, tudo não passara de uma brincadeira estúpida por parte do espanhol.

Talvez eu não mereça ser amado por alguém como ele...

– Talvez eu não mereça ser feliz... – completo meu pensamento, com baixas e entristecidas palavras.

– Do que você está falando, Lovi?

Sinto meu coração saltar e, se fosse fisicamente possível, com certeza me pularia garganta afora.  Foi por pouco que não cai ao tentar me virar para ele, em um movimento rápido e desajeitado. O moreno respondeu ao meu descuido com contidas gargalhadas, que apenas me levaram a um constrangimento ainda maior. Ele realmente precisava rir de mim?!

– Você é tão fofo. – ele diz, com um sorriso tão radiante quanto o sol estampado da face.

– E-Eu não sou fofo! – resmungo, sentindo minha face subitamente mais quente – E você está atrasado! – me levanto às pressas do banco, puxando automaticamente o buquê comigo - de forma a apenas destruí-lo ainda mais - e me ponho de pé diante dele, vermelho.

– Não é como se você nunca se atrasasse...

– E-Eu já pedi desculpas por aquela vez! Pensei que você não vinha, bastardo!

Minhas palavras e reações o surpreenderam, ao que ele respondeu com um de seus sorrisos.

– Desculpa, é que eu não queria vir de mãos abanando para o nosso primeiro encontro...

Ele me estendeu um belo e confeccionado buquê, composto pelas mais variadas flores, que escondia em suas costas até então, e que, por causa de minha irritação e susto com a sua súbita presença, eu não havia notado até então.

– Espero que sejam de seu agrado. – ele diz ainda sorridente, mas as maças do rosto tomadas por uma considerável vermelhidão.

–... Não precisava disso... Seu idiota...

Mesmo assim minhas mãos rapidamente caminham em direções às flores, desejando-as profundamente.  Não pude conter o meu descuido e acabo por segurar firme também a mão do espanhol, que se surpreendeu ao meu toque. Sinto-me corar ainda mais.

Apresso-me em encerrar aquele contato desnecessário e levo o buquê ao rosto, apreciando o doce perfume floral, e assim também escondendo meu rosto escarlate atrás das coloridas flores.

– Lovi...

Afasto o buquê do rosto, olhando curioso para o espanhol a minha frente, que mantinha a boca entreaberta e o rosto levemente corado. Suas feições eram bobas, mas por algum motivo mexiam comigo, fazendo meu coração palpitar.

– Err... Isso seria para mim? – ele aponta desconcertado, e com uma estranha e rara timidez, para o destroçado buquê de rosas que eu jazia na mão abaixada.

Minha face se esquenta ainda mais, enquanto ele virava o rosto ainda mais vermelho para o lado. Em um reflexo inconsciente, levo as rosas com força e rapidez à face do espanhol, desejando muito que ele não visse o meu rosto, cuja vermelhidão já ultrapassava os limites permitidos.

– S-Sim, seu es-espanhol bastardo! – tamanho o meu nervosismo, não pude evitar o gaguejar.

Ele se apressa em apanhar as flores, com cuidado para não destruí-las ainda mais, e as afasta do rosto, que parecia ter absorvido a vermelhidão das rosas.

– Lovino, você realmente é a pessoa mais fofa que eu já conheci.

Ouvir meu nome ser pronunciado corretamente, sem apelidos ou abreviações estúpidas, me deixou surpreso e nervoso, ainda mais sob o tom de um Antonio sério.

– O-Obrigado... Eu acho... – eu digo, virando o rosto cada vez mais corado.

– Por que está desviando os olhos de mim?

Ele se aproxima e, a apenas mais um passo nos separando, agarra-me pelo queixo, forçando-me a o encarar nos olhos; aqueles olhos de um tom de verde tão belo, que eu sempre admirara de longe.

– Olhe para mim, Lovi...

Suas feições eram sérias e, de certa forma, provocantes. Seus lábios se encontravam levemente abertos e seus olhos refletiam o forte brilho do sol. “Como esse maldito espanhol consegue ficar ainda mais belo do que já é?...”

Ainda segurando-me pelo queixo, ele aproxima nossos lábios e os junta rapidamente.  O beijo não durou muito, pois um milésimo de minuto depois ele já nos separava, ainda segurando a minha face quente.

– Seu espanhol bastardo...

Nossos lábios voltaram a se grudar, dessa vez de maneira mais profunda e apaixonada. Por mútuos interesses, permito que o espanhol adentre minha boca e vasculhe o interior.

Levo minha mão à sua nuca, que está parcialmente coberta por fios de cabelo castanho-escuros, e puxo-o para ainda mais perto, desejando desesperadamente por aquele contado, por aqueles lábios. Ele me envolve com os braços, também desejando diminuir o pouco espaço que nos separava.

Eu sentia nossas línguas se entrelaçando apaixonadamente, e eu desejava que aquele contato íntimo durasse a eternidade, mas a falta de ar não nos permitiu.

Quando o beijo foi finalmente interrompido, abracei-o, ainda ofegante pelo longo e profundo beijo. Ele fez o mesmo, prendendo-me ainda mais forte em seus braços e pendendo a cabeça sobre meu ombro, de modo que eu não mais via suas feições.

Fecho os olhos e encosto a cabeça no peito definido do maior, ignorando os muitos olhares, reprovadores e enojados, que nos eram direcionados por causa daquela demonstração de afeto homossexual. Mas enquanto eu estivesse com ele, nada mais importava. Neste momento, pouco me importa o que essas pessoas todas pensam: o meu mundo agora se resume ao moreno que abraço insistentemente.

– Eu te amo, seu espanhol bastardo. – eu digo alto o suficiente para que ele me escutasse, mesmo comigo ainda enfiado confortavelmente em seu peito.

Os braços que me envolviam se tornaram de repente mais fortes e ele depositou um beijo quente em meu pescoço, logo sussurrando perto de meu ouvido.

– Eu também te amo, afinal você é o meu Lovi... E espero que sempre seja.


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Notas finais do capítulo

Obrigada aos que leram e desculpe pelo final tosco! E pelo título tosco! ^^'
Bem...
Mereço reviews? Espero que sim...
Achou algum erro? Não concorda com alguma coisa? Deixe-me um aviso ou crítica. Opiniões sempre serão muito bem vindas!
BJJS e até uma próxima. o/