Um novo Vingador escrita por Kayque Schmoeller


Capítulo 1
Parte 1 - Pobre Garoto...


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capitulo de vários outros essa fic é extensa, espero que tenha paciência se for lê-la por completo ^^' mas chega de enrolar, boa leitura.



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Meu nome é Kayque Cage e agora vou contar minha historia para você.

Quando eu tinha quatorze anos (Mais para frente eu falo da minha infância) eu era um garoto de rua, não conhecia meus pais biológicos, vivi quase toda a minha vida sozinho, sem amigos, só com terriveis pais adotivos para cuidar de mim era só eu e o resto do mundo, eu perambulava á tarde por New York, não era tão perigoso quanto à noite, os ladrões já não me davam importância eles só passavam e viravam a cara provavelmente enxergavam que eu não tinha dinheiro, eu andava num beco, então uma porta se abriu e dela saiu uma mão adulta com um prato de comida, no prato tinha tudo que eu sempre quis comer, frango, arroz, batata frita e churrasco, meu estomago roncou.

– Você quer isso? – Um homem que já tinha os seus quarenta anos disse, ele parecia simpático.

Eu assenti com a cabeça me virando novamente para o prato.

– Entre. – O homem me disse apontando para dentro da entrada lateral do prédio.

Eu entrei, qualquer lugar era melhor que as ruas do Brooklyn.

– Pode comer a vontade. – O homem simpático me disse.

– Obrigado! – Eu disse pegando o prato de sua mão e comecei a devora-lo como se minha vida depende-se disso (E dependia). – Quem é você? – Perguntei.

– Um cientista. – Ele disse. – Agora termine seu prato e venha que vou te levar para o laboratório, tem uma cama confortável lá.

Eu o segui no laboratório ele fez menção a uma mesa de experiências, eu deitei nela, era confortável tirando a parte em que ele apertou um botão e travas de ferro fecharam em minhas mãos e pés.

– Mas o que e isso! – Gritei.

– Garoto – O cientista louco começou. – eu vou te dar um poder que você vai adorar, meu pai unto com seus colegas fez uma experiência parecida com um jovem que era cobaia de experiências e ele agora tem uma vida incrível.

O cientista injetou uma agulha na minha veia, eu gritei de dor, era quase insuportável eu podia sentir o liquido da seringa se espalhando no meu corpo, quase desmaiei, ele esvaziou a seringa no meu braço, então ouvi um tremor e BUM! A parede do laboratório veio abaixo, quando a poeira baixou um cara auto, negro e musculoso que eu conhecia dos jornais gritou.

– Pode parar com isso seu louco. – Luke Cage gritou para o cientista.

Atrás de Luke estavam o Punho de Ferro e o Demolidor.

– Chegou tarde, Luke Cage. – O doutor falou rindo.

Punho de Ferro e o Demolidor voaram para dominar do doutor, mas ele foi rápido, mais rápido que o normal, o doutor parou perto de uma parede, Punho de Ferro juntou sua energia em volta do seu punho e golpeou, o doutor desviou, mas a parede ficou em pedaços, Demolidor tentou golpeá-lo com seus bastões o doutor desviou novamente, mas Luke apareceu na frente dele e lhe deu um soco poderoso no estômago, ele voou até a parede, bateu de costas nela e caiu desacordado.

– Você esta bem garoto? – Luke me perguntou.

– Agora estou. – Eu disse e ia me levantando esquecendo que estava preso, mas parecia que aquelas algemas não eram muito fortes porque eu as arranquei fora.

– Então foi isso que ele fez. – Luke disse para mim.

Punho de Ferro e Demolidor vieram até onde eu estava.

– O que aconteceu com ele? – Punho de Ferro perguntou.

– Parece que o doutor descobriu em soro o mesmo procedimento que aconteceu comigo na prisão. – Luke disse.

Eu arregalei os olhos, "Como é? Agora eu super forte?" Me perguntei.

– Danny (Punho de Ferro) Matt (Demolidor) façam um favor e destruam esse apartamento todinho não deixem nada inteiro. – Luke disse aos parceiros.

– Você sempre fica fora da diversão né? – Danny perguntou a Luke.

– Eu vou levar o garoto para um lugar seguro. – Luke disse aos dois. – Não deixem nenhum documento principalmente no laboratório, o que ele deu para o garoto se cair nas mãos da Hydra pode ser desastroso para todo mundo.

Eu saí junto com Luke do prédio, as minhas costas eu ouvia sons de coisas quebrando e papeis sendo rasgados.

– Qual é o seu nome?– Luke me perguntou.

– Kayque. – Eu disse a Luke. – Obrigado por vocês me salvarem.

– Não foi nada, estamos aqui para isso.

– Você sabe quem era ele? – Perguntei.

– Era um cientista da Hydra, você ficou sabendo dos desaparecimentos de meninos de rua de uns tempos para cá? – Luke me perguntou e eu assenti. – Era ele quem sequestrava as crianças oferecendo comida, que nem fez com você, ele estava procurando a formula que faz o mesmo efeito do experimento que me tornou forte, para o beneficio da Hydra, ele falhou muitas vezes, mas hoje ele achou a formula, felizmente conseguimos detê-lo.

– Esta querendo dizer que eu sou um super-garoto agora? – Perguntei a Luke.

Luke parou, olhou para os lados e fixou os olhos em um carro.

– Tente levantar aquele carro. – Ele apontou.

– Como é? – Perguntei.

– Pode ir.

Eu fui até o carro, meio sem jeito me abaixei e pus minhas mãos embaixo da lataria, eu tentei levantar com toda a minha força, eu só não esperava que o carro parecesse ter 1 kg, o carro voou para cima e caiu de cabeça para baixo com estrondo no chão.

– Corre! – Luke gritou e corremos para o beco mais próximo. – Garoto endoidou de vez? Eu disse para levantar o carro não arremessar ele.

– Eu não sabia que podia levantar um carro! – Disse á ele indignado.

– Certo, vou te levar para meu apartamento. – Luke me disse.

– Espera – Eu disse. – quer dizer que eu Kayque um garoto de rua vou ficar no apartamento de Luke Cage? Um Vingador? – Perguntei.

– É. – Ele disse simplesmente.

Ele segurou meu braço e me levou para fora do Brooklyn.

– Mas por que eles ficarariam tão confiantes em me chamar para a Hydra? Eu jamais iria trabalhar para eles. – Disse á Luke.

– No momento que dissesse isso eles iriam te envenenar, o que não presta para a Hydra é descartado.

– Mas porque está me levando para seu apartamento?

– Eu e minha esposa vamos cuidar de você, porque além do mais você agora é como eu.

Eu quase chorei quando ele disse isso.

– Quer dizer que vocês vão ser minha... – Comecei.

– Família? Sim, nós vamos. – Luke me respondeu, e pôs a mão pesada em cima da minha cabeça. – Vou treinar você para ser um Vingador assim como eu.

Eu quase desmaiei ali mesmo.

– Q - Quer Dizer que eu vou ser um Vingador? – Perguntei perplexo.

– Prefere trabalhar para Hydra? Se esse for o caso eu te parto ao meio aqui mesmo. – Luke me disse brincando.

– Mas de jeito nenhum prefiro morrer, por falar nisso, quem comanda a Hydra hoje? –Perguntei.

– Barão Wolfgang Von Strucker. – Luke me respondeu.

– Esse velho não morre nunca?

– O Capitão América disse a mesma coisa quando ele voltou. – Luke riu.

Já estávamos em Manhattam, passamos pela frente da mansão dos Vingadores, eu já passei algumas vezes pela frente dela e até flagrei alguns heróis, uma vez cheguei a ver Tony Stark na janela conversando ao celular.

– Você pode me trazer algum dia aqui? – Perguntei ansioso.

– Desculpe – Luke me disse. – você só pode entrar aí quando entrar para os Vingadores, e você não tem idade e nem habilidade para isso ainda.

– Entendo. – Eu disse meio decepcionado.

– Ei não se preocupe você agora vai ter uma casa e uma família para te proteger, não que agora você precise muito de proteção.

– Luke. – Chamei.

– Pode falar. – Ele disse.

– Bem... É que eu nunca fui à escola então...

– Você vai ter aulas particulares, em casa, você não tem mais idade para frequentar a escola desde o inicio.

– Ah que ótimo.

Chegamos à frente do hotel mais luxuoso de Manhattam.

– WOW! – Eu disse. – É aqui que você mora?

– É – Ele disse. – ser um Vingador tem seus caprichos.

Nós entramos no Hotel, o Hall era maravilhoso.

– Olá Steve. – Luke disse ao porteiro.

– Ola senhor Cage. – Steve respondeu á Luke. – E quem é esse garoto?

– Esse é Kayque, ele vai morar comigo e com Jessica. – Luke disse ao porteiro.

– Certo. – Steve disse. – Podem subir.

Nós fomos para o elevador, lá dentro tocava uma musica de opera.

– Eu odeio essa musica de elevador. – Luke reclamou. – É tão chorosa e enjoada, e o pior é que eu moro na cobertura do hotel, e a caminho é longo até lá.

– Pense pelo lado bom – Eu disse. – Pelo menos não temos que subir as escadas ouvindo isso.

– Olha você tem senso de humor, eu gosto disso.

O elevador parou e um corredor largo e não muito comprido apareceu, nós fomos até uma porta e Luke a abriu, eu nunca imaginei que veria um apartamento tão bonito, eu já tinha visto vários apartamentos das janelas, mas todos eles eram das ruelas do Harlem (se voce vê filmes já deve ter uma idéia de como eram), a sala era grande e decorada, tinha mesas estantes sofás e uma televisão gigante em cima de uma estante, ela estava ligada, só aí reparei que tinha uma garota mais ou menos da minha idade sentada assistindo a CNN, ela era bonita, tinha cabelos brancos artificiais ondulados, ela olhou para mim, os olhos dela eram de um verde maravilhoso, ela se virou de volta para a TV, eu deveria estar um trapo, todo sujo e quase babando, Luke estalou os dedos na minha frente e eu acordei.

– Esse apartamento é... Lindo. – Eu disse a Luke boquiaberto.

– Que bom que gostou – Luke disse. – Jessica! – Ele chamou.

Uma mulher linda apareceu de uma porta, ela era branca com cabelos longos e meio roseados, era um pouco mais alta que eu, ela cumprimentou Luke com um beijo.

– Olá querido – Ela disse a Luke. – quem é esse garoto?

– Eu o salvei hoje de um cientista da Hydra – Luke contou. – o desgraçado descobriu o soro da força e colocou em Kayque, mas conseguimos dete-lo a tempo.

– Que sorte – A esposa de Luke disse. – Pelo menos o soro não caiu nas mãos da Hydra, Kayque vai ficar com a gente?

– Vai.

– Que bom! – Jessica exclamou. – Vamos fazer o seguinte – Ela disse olhando para mim se abaixando um pouco. – Luke vai para a mansão dos Vingadores e você vai tomar um banho enquanto eu compro umas roupas pra você, o banheiro é por ali. – Ela apontou. – Eu volto em um segundo. – Ela disse, foi até a sacada e pulou dela.

– Mas que?... – Eu disse e fui para a sacada, Jessica estava voando em direção a uma loja.

– Ela sempre faz isso para assustar as visitas. – Luke riu. – Tome um banho e ela estará de volta quando você terminar. – Luke disse e saiu do apartamento.

Eu passei pela garota e fui tomar um banho, só aí eu vi como estava meu estado, eu até que não era ruim, tinha 1,80m e uns 77kg, mas eu tinha uma "Barriga de Cerveja", eu me limpei bastante dos pés á cabeça, pois estava encardido (literalmente), depois de terminar ouvi alguém bater na porta.

– Sou eu querido, pode abrir. – Eu ouvi a voz de Jessica.

Eu me enrolei na toalha e abri a porta.

– Tome aqui tem umas roupas pra você. – Jessica disse e me entregou roupas limpas. – Deixa que eu jogue isso fora pra você. – Ela disse apontando para minhas roupas velhas.

– Tudo bem, obrigado Srta. Cage. – Eu disse, lhe entregando as coisas.

– Me chame de Jess, é melhor assim. – Jessica me disse.

– Entendi, Jess. – Eu disse, ela pegou minhas roupas velhas e saiu.

Ela havia me comprado roupas ótimas, eu não conseguiria dinheiro para elas nem que economizasse um ano todo, eu me vesti, as roupas eram confortáveis e tinha cheiro de novas em folha, eu fui até a sala onde Jessica esperava.

– Kayque, eu quero te apresentar duas pessoas – Jessica disse. – Essa é Sandra nossa querida empregada – Ela disse apontando para uma mulher não muito mais velha que ela. – e essa é Felicia Hardy a filha de uma amiga minha, ela vem aqui o tempo todo.

– Oi. – Felicia me disse olhando para mim, a voz dela era como ela, linda.

– O-Oi. – Consegui dizer.

– Sente-se no sofá com Felicia – Jessica sugeriu. – assistam um pouco de TV eu vou preparar um lanche. – Jessica disse e foi para a cozinha.

Eu fui nervoso me sentar no sofá, só faltava eu começar a suar, eu me sentei e fiquei travado, olhando fixamente pra televisão.

– Relaxa cara – Felicia disse. – não vou morder você.

Eu relaxei um pouco, não queria parecer um idiota.

– Então... – Felicia puxou assunto. – você gosta de esportes? Baseball, Hockey, Futebol Americano?

– Gosto. – Eu disse perdendo a vergonha. – Eu torço pelos Yankees, e você?

– Eu também torço, parece que temos algo em comum. – Ela disse sorrindo. – Mas me fale de você.

– O que quer saber? – Perguntei a ela.

– Ah sei lá... Você pareceu abatido quando entrou aqui, morou na rua?

– Bom... Eu nunca conheci meus pais biológicos eu fui deixado na porta de uma casa no Harlem, mas eu fugi, pois eles meus pais adotivos eram horriveis me batiam todo dia, então passei a viver na rua, é difícil crescer vivendo da boa vontade dos outros, mas às vezes a situação era tão ruim que eu comecei a roubar as pessoas, eu sabia que não era legal, mas eu não tinha escolha ou eu roubava ou morria.

Felicia fez uma cara triste, ela pôs a mão no meu ombro.

– Nossa, sua vida foi horrível – Ela disse. – é nessas horas que pessoas como eu devem abaixar a cabeça e nunca dizer que a vida é difícil.

– Ah o que é isso – Eu disse. – viver sozinho é ruim, mas é muito bom para o caráter, você vira humilde e sociável.

– Está dizendo que sou antissocial? – Felicia perguntou.

– Não de jeito nenhum, - Respondi depressa. – você entendeu errado.

– Só estou brincando. – Felicia riu.

– Já contei minha história, uma parte dela pelo menos, agora me conte a sua. – Eu disse olhando para ela.

– Bom, minha vida não foi tão ruim quanto a sua, eu cresci como uma patricinha mimada pelo pai, meu pai era um ladrão de joias, mas eu não sabia disso, só deixei de ser assim quando minha mãe disse que meu ele havia morrido em um acidente de avião, desde então eu passei a ser legal com as pessoas e acredite, é bem melhor do que ficar sozinha.

– Você gostava de seu pai? – Perguntei.

– Eu amava meu pai ele sempre gostou de mim, eu faria de tudo para ser igual a ele.

– Ser uma ladra? – Perguntei. – Sem ofensa.

– Sim me tornaria uma ladra, se ele estivesse vivo eu seria uma como ele.

– Certo. - Falei em um tom descontraido.

Sandra começou a varrer perto de uma mesa grande cheia de gavetas, ela tentava mover ela do lugar, mas em vão, eu me levantei e fui até ela.

– Precisa de ajuda? – Perguntei a ela.

– Não preciso, senhor. – Ela disse com educação.

– Por favor. – Eu disse a ela. – Não me chame de senhor, sou só um garoto, nada mais que isso, permita-me.

Eu levantei a mesa sem dificuldade, ela era bem mais leve que o carro que eu arremessei, Sandra terminou de varrer e eu pus a mesa de volta.

– Pode me ajudar com o sofá? – Sandra perguntou.

– Claro. – Eu disse.

Felicia já ia se levantando.

– Pode ficar aí. – Eu disse a Felicia, ela fez uma cara de “Então tá né” e se sentou novamente.

Eu ergui o sofá, Sandra continuou varrendo, quando ela terminou botei o sofá no chão.

– Obrigada. – Sandra agradeceu.

– De nada. – Eu respondi me sentando no sofá novamente. – Nossa esse sofá pareceu mais pesado do que o carro que eu levantei agora a pouco. – Eu disse e olhei para Felicia com um sorrisinho.

– Esta me chamando de gorda? – Felicia perguntou.

– Calma foi só uma brincadeira. – Eu disse me desculpando.

– Acho bom mesmo, hum que preguiça, me faz uma massagem nos pés? – Felicia se deitou no sofá e colocou os pés perto dos meus joelhos.

– Você deixou de ser patricinha, mas virou folgada. – Eu disse e comecei a massagear os pés dela.

Ela sorriu pra mim.

– Ai! Olha essa força aí. – Felicia reclamou.

– Desculpe, me esqueci.

– Parece que estão se dando bem não é? – Eu ouvi a voz de Jessica dizer.

Eu dei um pulo no sofá.

– Nossa! Que susto, acho que meu coração não bate assim desde a primeira vez que fui assaltado. – Eu disse.

Felicia riu da minha piada/desgraça.

– Aqui tem um lanche para vocês. – Jessica nos entregou uma bandeja com cookies e leite.

– Nossa, faz tempo que eu não como algo assim. – Eu disse.

– Quanto tempo faz? – Felicia perguntou.

– Desde que eu nasci. – Respondi.

– Você não tem pena de si mesmo por fazer piada da sua desgraça? – Felicia me perguntou incrédula.

– Se eu me lamentasse por tudo que me aconteceu, eu já teria me suicidado. – Respondi.

– Mas agora você não precisa mais se lembrar dessa vida – Jessica me disse. – Agora você tem um lar de verdade.

– E que lar. – Felicia disse.

– Obrigado, é bom ser bem vindo em algum lugar. – Eu disse com os olhos lacrimejando.

– Own não chore. - Felicia disse e me deu um abraço, eu fiquei mais vermelho que um pimentão.

Ela me soltou e nós começamos a comer, os cookies eram deliciosos, eu dava uma bocada por cada, enquanto comíamos a porta do apartamento abriu, Luke havia voltado.

– Tio Luke! – Felicia o cumprimentou.

– Olá Jessica, oi Felicia, Kayque, gostei da roupa. – Ele disse.

– Não me agradeça, agradeça a sua esposa. – Eu disse a ele.

– Por falar nisso onde ela esta? – Luke perguntou.

– Na cozinha. – Felicia respondeu. – Ei tio Luke, pode levar isso pra gente? – Ela estendeu a bandeja pra ele.

– Além de folgada é abusada? – Indaguei.

Ela me mostrou a língua.

– Você não viu nada. – Luke me avisou.

Luke pegou a bandeja e levou para a cozinha, olhei para a janela, o tempo começava a escurecer.

– Acho que você tem que ir, esta tarde. – Eu disse a ela.

– Eu vou dormir aqui hoje. – Ela me disse.

– Sério? Onde?

– No quarto de hospedes, onde pensou que eu ia dormir? No sofá?

– Mas se eu vou para o quarto de hospedes também então?...

– Tem duas camas lá, ou achou que iria dormir com você? Não apresse as coisas parceiro, você pode ser mais forte, mas eu sou mais esperta.

– Ah... Sim... Entendi.

Luke voltou da cozinha e foi em minha direção.

– Espero que esteja gostando daqui, mas temos algo a fazer agora, vamos.

– Vamos aonde? – Perguntei.

– Treinar. – Luke me respondeu.

– Posso ir junto? – Felicia perguntou.

– Claro. – Luke respondeu. – Vamos nessa.

Luke foi em direção á janela.

– Aonde você vai? – Perguntei – O elevador é por ali.

– Cansei de ouvir opera – Luke disse sorrindo. - Felicia, quer ir comigo ou com Kayque? – Ele perguntou para ela.

– Acho que vou dar um voto de confiança pra ele. – Felicia respondeu para Luke.

– Mas de que diabos estão falando? – Perguntei.

– Disso. – Luke respondeu e pulou da varanda, eu corri até a amurada ele desceu até a calçada e caiu de pé, parecia muito bem.

– Que loucura. – Eu disse.

– Nossa vez. – Felicia disse calma.

– Como é?!

– Vamos lá. – Felicia disse e se pendurou nas minhas costas segurando no meu pescoço, ela era leve comouma pena.

Eu botei o pé no topo da amurada.

– Você só tem de cair de pé e flexionar os joelhos para não arrebentar a calçada. – Felicia me instruio.

– Falar é fácil. – Eu disse a ela.

– Vamos logo, Luke deve estar impaciente.

Então eu respirei fundo e me joguei, nunca tinha sentido tanta adrenalina na vida toda, eu disse que o susto de Jessica fez meu coração disparar? Essa queda estava me fazendo ter um enfarte, o chão se aproximava rápido, eu me lembrei do que Felicia disse então estiquei as pernas e quando cheguei ao chão flexionei os joelhos o impacto para mim não foi nada, estava preocupado com Felicia.

– Você esta bem? – Perguntei a ela quase sem folego.

– Estou ótima – Ela disse animada. – Eu sempre gostei de fazer isso com o tio Luke.

– Certo pessoal entrem todos no carro. – Luke mandou.

O carro de Luke era um lixo, um Chevrolet Camaro novinho em folha.

Eu e Felicia nos sentamos no banco de trás e Luke começou a dirigir.

– Aonde vamos treinar? – Perguntei a Luke.

– Na estação de trem abandonada. – Ele respondeu. – Você não pode entrar numa simples academia, você iria levantar todos os pesos juntos e sentiria como se levantasse 300 gramas.

Eu assenti, fazia sentido, se um carro de uma tonelada parecia 1 kg para mim imagina pesos de academia, depois de um tempo chegamos à estação de trem.



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Notas finais do capítulo

Pobre Garoto? De pobre ele já não tem mais nada '-' essa foi a primeira parte da história da vida do nosso herói, espero que tenha gostado, comente o que achou, vejo você no próximo capitulo ^^



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