Footprints That Time Will Not Erase. escrita por Emely Cristina


Capítulo 4
A vizinha.




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Depois que minha mãe saiu do meu quarto, fiquei um tempo lá, pensando nas merdas que estavam acontecendo na minha vida. Até que meu sossego foi interrompido quando meu pai entrou no quarto.

- Tem alguém lá embaixo querendo falar com você.

QUE ÓTIMO, OLHA PRA MINHA CARA DE QUEM QUER FALAR COM ALGUÉM. PELO AMOR DE DEUS.

Dei um "já desço" desanimado, e realmente logo desci. Quando cheguei lá embaixo vi que era o Liam. Ai meu deus, fudeu! Porque ele tava ali e o que ele queria comigo? 

-Liam? - Eu disse num tom meio "o que faz aqui?"

- Ah, oi. Preciso falar com você.

Já me apavorei. Quer falar fala logo, porque eu sou a pessoa mais anciosa do universo.

- O que aconteceu??

- Então... é que você vai morar com a gente agora, e acho que você devia ir hoje sabe... 

- PORQUE?

- Ah, porque assim você já se acostuma. E além do mais vai ser preciso você se acostumar mesmo, porque vai ser só você de menina com a gente. - Disse ele, rindo. E VOCÊ PRECISA ME FALAR QUE SERÁ SÓ EU DE MENINA COMO SE TIVESSE QUE EXPLICAR QUE 2+2 É IGUAL Á 5.

Mentira, eu sei que é 4.

Meu primeiro pensamento diante daquilo era soltar um "Ah não, espera até amanhã vai." mas não tive coragem. Afinal, era meu segundo pai que estava ali. Eu tive escolha? Não. Apenas soltei um "sim" e fui.

Me despedi dos meus pais, até porque provavelmente amanhã quando eles saíssem eu estaria dormindo. Peguei minhas coisas e fui de mudança. Que maravilha, onde clica pra excluir a vida?

Ao chegar ouvi um "Agora você é de casa." . Olhei pra cima, era o Niall descendo as escadas. A primeira coisa que eu fiz? Me jogar no sofá, porque eu tava morrendo de canseira.

Estava prestes a ligar a TV quando ouvi um barulho vindo lá de cima, provavelmente do quarto. Só podia ser o Harry, porque todo mundo estava lá embaixo.

O barulho ficou mais forte. Parecia o barulho que a cama da minha mãe fez quando eu pulei nela, aos seis anos. Junto com o barulho, pra piorar a situação, ouvi gemidos. Harry estava com alguém no quarto e ainda por cima, transando com essa pessoa.

Coloquei aquela mão de idiotice alheia na cara. Niall sentou ao meu lado e disse:

- É, vai ter que aguentar. 

Louis pra ajudar ainda mais, acrescentou:

- Ele esqueceu de mencionar que você irá dividir o quarto com o Harry.

- Tá de brincadeira né? - Eu disse com uma cara "Não mesmo, nem fudendo"

- Isso é sério.

Quanta tragédia pra pouca eu. Bom, mas já que eu iria dividir o quarto com ele... Ah, eu ia matar ele depois que ele terminasse aquilo, pois a última coisa que eu quero é entrar no quarto e ver ele por cima de uma vadia.

Ouvir aquilo já estava me deixando com enjoo. Eu não ia conseguir comer por um bom tempo, então voltei para o sofá e enterrei meu rosto na almofada. Depois disso não ouvi mais nada e fiquei assim até precisar de ar para respirar.

Escutei um barulho de alguém descendo as escadas. Olhei e vi uma menina morena ajeitando um vestido preto colado e com o cabelo desgrenhado. Ela olhou pra mim e disse:

- Você deve ser a amiga de Harry - AMIGA? Viajou bonito em colega. - Eu sou a Hana, moro aí na frente.

- Eu não preciso saber quem você é minha querida, amanhã ele já vai estar comendo outra mesmo.

Ouvi que Niall que estava sentado ao meu lado, cochichou um "Exato" pra mim. Os outros meninos que estavam sentados ali sorriram.

Assim que a porta se fechou, subi em direção ao quarto e entrei.

- Emely? - Perguntou Harry surpreso - Bater na porta do meu quarto antes de entrar ás vezes é bom, sabia?

- Seu quarto que agora também é meu. - Falei ignorando o fato de que ele estava só de cueca box ali na minha frente. - E eu que achava que você tinha algo na cabeça além de cachos.

- E tenho - Respondeu sem entender.

- Ah sim, claro. - Eu disse irônica. - Transando com a vizinha que parece ter dez anos

- doze. - Disse ele me corrigindo.

- Você não deveria fazer isso.

- Não deveria fazer o que todo homem faz?

- Harry, para de ser sínico. Quis dizer que não deve sair por aí transando com qualquer garota.

- Não é qualquer garota. É a nossa vizinha.

- Pior. Você vai ver ela todo dia e vai transar com ela todos os dias?

- Sim.

Me virei pra ele e juro que se eu tivesse um tijolo em minhas mãos naquele momento, não pensaria duas vezes antes de jogá-lo na cabeça do Harry.

- Se você é um maníaco por sexo, pelo amor de deus, leva essas vadias pra um Motel, porque eu juro que se eu chegar dentro desse quarto e encontrar você transando seja com quem for, eu acabo com você, porque vontade não tá me faltando.

- Você não teria coragem de fazer isso comigo e meu corpo merecedor de Oscar.

E ele tinha razão. Eu realmente não teria coragem.

- Não me provoca. - Eu disse ficando cara a cara com ele.

- Não posso fazer nada se você morre de ciúmes de mim - Disse ele sorrindo e se aproximando ainda mais.

- Se você se aproximar mais um centímetro considere-se morto.

- Eu gosto de correr riscos - Falou ele.

E rapidamente seus braços se prenderam ao redor da minha cintura e ele me jogou na cama, colando nossos corpos e conseguindo alcançar meus lábios. Antes que ele enfiasse aquela língua nojenta que eu sabia muito bem onde estava a pouco tempo atrás, mordi seu lábio inferior com força fazendo com que ele se afastasse e eu pudesse levantar dali.

- O que você tem? Milhares de garotas pagariam pra estar no seu lugar agora. - Disse ele com a mão na boca.

- O que eu tenho? Absolutamente nada. Só quero que você saiba que eu não sou essas vadias que você come diariamente e eu sei me defender muito melhor do que você imagina.

Segui pra fora do quarto meia perdida. Desci as escadas rapidamente e me sentei no sofá. Senti os meus olhos arderem. Tentei segurar as lágrimas mas não consegui. Eu não devia chorar. Não por causa dele, mas não deu.

Zayn ao perceber que eu estava chorando, se sentou ao meu lado.

- O que aconteceu? - Disse preocupado.

Eu não consegui falar. As palavras não saiam. Tudo o que consegui fazer naquele momento foi abraçá-lo.

- Não fica assim. - Ouvi ele dizer em um tom mais baixo.

Era incrível como eu conseguia me sentir segura e calma perto dele, não sei por quais motivos.


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