-AHHH!- Grito- Saia dai! Você vai morrer!- Vejo alguém correndo com uma arma- Pai!- Acordo sobressaltada, mais um pesadelo para minha lista. Eles tem sido bem comuns desde que meu pai morreu, assassinado, a 4 anos, com um tiro na cabeça. Na época eu morava no Oregon, hoje moro na Flórida com minha mãe. O assassino jamais foi encontrado. Quantas vítimas depois de meu pai? Do que vive? Aonde mora? Espero que na putaqueparil.Pelo menos meu pai não sentiu dor, acho.

Vou até o banheiro e tomo um banho quente. Vai ser a mesma palhaçada, um dia como todos os dias, sem nenhuma novidade ou emoção, a não ser ele... Ah ele... Seus cabelos pretos e olhos verdes brilhantes, aquele sorriso que qualquer uma babaria por. Pensar nele ma acalma de tal forma que me permito relaxar por alguns momentos, até que a realidade resolve bater na porta:

-Haaaaaanna! Você vai se atrasar!- Grita minha mãe, Row. O nome dela de verdade é Perrie, mas ela acha que é nome de piriguete, então todos a chamam de Row, e eu tenho q admitir que é mesmo.

Desço, pego minha mochila e vou comer alguma coisa na cafeteria. Peço um muffin e um capuccino:

-Haaanna! Olá querida!- é o Steve, dono da cafeteria, era amigo de meu pai desde que eu tenho quatro anos e morava aqui, antes de eu mudar pro Oregon e voltar sem meu pai pra vir aqui comigo todos os dias, afasto o pensamento.

-Olá Steve!-Começamos a conversar até que ele me dá meu pedido e eu avisto Andie, uma das minhas melhores amigas vindo em minha direção:

-Olá senhorita Marin!- Diz ela, sorridente, meu nome de verdade é Hanna Marshall, mas o sobrenome Dele é Marin.

Bem, talvez eu não tenha explicado bem quem é ele. Josh. Aquele garoto de olhos verdes e cabelos pretos que eu tenho uma quedinha desde que, quando tinha 13 anos, beijei ele em uma jogo de 'salada mista'. É óbvio que eu não fui a única, a Regina também beijou ele no mesmo jogo e namorou com ele agum tempo depois. Acho que ela tem uma quedinha por ele ainda.

Eu e Andie vamos juntas até a escola conversando sobre aquelas baboseiras de costume. Quando chego em meu armário o vejo, conversando com umas pessoas, nossos olhares se encontram por um segundo e eu desvio o olhar, Andie diz que eu tenho medo de olhá-lo nos olhos, mas é mentira.

Entramos na sala e eu sento na terceira cadeira e Andie logo a minha frente. Luna, minha outra melhor amiga, chega e nós três conversamos juntas até que temos que parar pois o professor fuzila-nos com os olhos.

Anoto as coisas e faço meus deveres em silêncio,até uma mulher, com aparencia de 30 anos usando um blaser e sapatos altos me chamar .

" Esse é o máximo perto da palavra emoção que você vai chegar hoje, Hanna" penso.

Chego em uma pequena sala de espera com uma mesa, um computador e uma parede cheia de adesivos sorridente. Atrás uma porta escrito "Principal Gloss", sufoco uma gargalhada, Gloss.

Eu nunca tinha estado na sala do diretor antes porque não sou de arrumar encrenca e estava começando a ficar preocupada quando outra mulher, um pouco mais velha usando as mesmas roupas que a outra me conduz até a porta e a abre.

Tomo um susto, minha mãe em pé do lado do diretor, chorando como nunca a vi antes. Por puro impulso corro e a abraço, e ficamos lá por alguns momentos, quando ela indaga:

-A polícia acha que pode saber o paradeiro do assassino de seu pai.

Agora era minha vez de chorar, não tinha mais controle sobre mihas emoções e só consegui fazer uma pergunta em meio aos soluços:

-Onde?

-Inglaterra- Ela responde- Vamos mudar pra Londres, eu amanhã e você daqui a uma semana, para acompanhar as investigações, vai melhorar Hanna, eu prometo.

O diretor me da o dia de folga e minha mãe começa a se acalmar e a me dar todo tipo de instução:

-Hanna, ouça, se precisar de alguma coisa compre no mercadinho da Belle- Uma espécie de feira aqui do lado- Você vai ter dinheiro suficiente, vá para a escola e, se quiser, faça alguma coisa pra se despedir de seus amigos. Me ligue todas as noites e não vá dormir tarde e cuidado aonde vai se enfiar, eu vou procurar um lar provisório enquando estiver lá e  antes de você chegar já estaremos de casa nova, manteremos nossa casa aqui mas, por enquanto, vamos ficar lá e...

-MÃE! Se acalma, eu não sou seu maior problema agora, eu sei me cuidar e sei o que fazer vá com calma.

Na manhã seguinte minha mãe partiu e a semana passou voando, meus amigos organizaram uma pequena festa na pizzaria para todos poderem se despedir e até o Josh foi, levando um presente. Não pude contar a ele, seria muito mais difícil partir assim.

Comprei muitas roupas que minhas amigas me ajudaram a escolher antes de ir, mas não estava com astral e elas sabiam muito bem, tentando me ajudar a cada momento.

Chegou o dia da partida e Andie e Luna me levam no aeroporto, choramos abraçadas na hora de ir e entrei no vião não deixando que as lágrimas saíssem, assim, dormi até o pouso.