Pov’s James On.

*pi pi pi pi*

– Oh, droga! – murmurei desligando o despertador, mas continuei deitado.

Estava fazendo calor hoje, pude notar ao ver que estava começando a soar em minha cama, coisa que eu estava sem as cobertas. Resolvi levantar logo de uma vez, tomei um breve banho e fiz minha higiene matinal. Logo fui tomar meu café da manhã.

– Bom dia, filho! – disse minha mãe, Patricia.

– Bom dia. – sorri.

– Luna passou aqui hoje, acho que ela estava com David. – informou a mim.

– Nossa, mas tão cedo assim? – perguntei e franzi o censo.

– Pois é. É melhor você ir vê-los depois, deve ser algo importante, eles nem quiseram me dizer. – minha mãe sentou-se mesa e tomamos café. Quando terminei, dei um beijo e sua bochecha, fui novamente escovar meus dentes e saí em disparada para a casa de David.

Toquei a campainha e logo ele saiu:

– E aí cara. – me cumprimentou e nós entramos.

– James! – exclamou Luna ao me ver.

– Oi pequena. – beijei sua bochecha e sentei-me ao seu lado no sofá da casa de David, que fez o mesmo depois de fechar a porta.

– Minha mãe me avisou que vocês passaram lá em casa, o que aconteceu? – perguntei.

– Ah sim, isso... Bom, eu e David contamos todo o dinheiro que pegamos na sorveteria e até que rendeu bastante. – Luna disse sorridente, me fazendo sorrir abertamente.

– Que bom, não?!

– Mas também não é só isso. – David disse e eu olhei para ele sem entender.

– Nós iremos usar o dinheiro que sobrou para comprar aquelas tintas, vamos tentar reconstruir nosso “barraco”. – sorri e assenti.

Ficamos um tempo vendo televisão, como havia dito, hoje era um dia quente e não tínhamos muito o que fazer por aqui, além de fazer bobagens, é claro.

Enquanto Luna mexia nas suas unhas, David tentava jogar a pipoca para o alto e acertar na boca, o que resultou diversas delas jogadas no tapete. Faltava entre um mês para o meu aniversário e até quem sabe, a volta do meu irmão. Minha mãe anda meio sozinha, talvez com a volta dele, nós todos podemos nos aproximar.

– Para com isso David, olha o que você tá fazendo no chão. – repreendeu Luna e David finalmente conseguiu acertar a pipoca na boca.

– Finalmente! – começou a dançar em cima do sofá, nos fazendo rir.

– Eu vou embora agora. – disse Luna se levantando.

– Tudo bem, eu também já estava indo. – comentei.

– Tá certo então, vejo vocês as 20hrs sem falta na casa do Logan. – assentimos e David nos levou até a porta, acenamos para ele e seguimos nosso rumo para nossas casas.

(...)

– Luna...

– Sim? – fitou-me.

– Sabe, ontem... Então, eu queria me desculpar por quase ter te beijado, sei lá, talvez eu tenha agido por impulso, eu acho. – disse a vendo corar.

– Ah James, qual é. – pigarreou e continuou. – Está tudo bem, ao mesmo que você não queira fazer aquilo. – certo, aquilo me pareceu uma indireta. Eu ri.

– Como assim? Quer dizer que se eu tivesse te beijado você aceitaria numa boa? – perguntei.

– Talvez. Nós somos amigos há anos James, por que não? – a fitei por mais alguns segundos e ela sorriu quando eu ia me aproximar, entendi como um “ok” e segurei em sua cintura. Levemente juntei nossos lábios e pedi passagem com a língua e Luna cedeu rapidamente.

Era um beijo calmo e transmitia emoção, talvez por sermos amigos e eu estar sentindo algo por ela, quem sabe. Separei nossos lábios com alguns selinhos e Luna sorriu.

– É... – ela disse corada.

– Então, o que achou? – uau, James, que pergunta você faz numa hora dessas!

– Ah, você sabe... Foi, uh, ótimo! – sorriu e eu a abracei.

Continuamos nossa caminhada sem dizer nenhuma palavra. Luna era tímida demais e eu resolvi deixar aquele momento do jeito que estava, apenas pensando no que tinha acontecido alguns minutos atrás.

– Tchau James. – Luna me deu um abraço e um beijo na bochecha um tanto tímida e entrou em sua casa. Eu fiz o mesmo e fui para a minha, antes que morresse de calor ali fora. Quer dizer, nem tanto, mas eu também estava confuso e um tanto envergonhado de ter beijado a Luna naquele momento, somos tão amigos e eu sou muito complicado para dizer o que sinto.

Mas no fundo eu sabia que ela se sentia dá mesma forma.