Certa vez, eu ouvi uma frase mais ou menos assim: “Você só vive uma vez!”. Passei pelo menos duas semanas pensando sobre essa palavra. Percebi que mesmo estando viva, não faria a mínima diferença se eu desaparecesse, até agora...

Meu nome é Annie Button, tenho 12 anos e estou na 6ª serie. Não gosto muito de falar com as pessoas, sou tímida por demais, e por isso, eu sofro na escola. Algumas garotas na minha sala não aceitam que eu fique de fora, e por isso, elas me perturbam e me chamam de estranha.

Sempre estou sozinha, sempre...

Numa tarde qualquer, estava voltando para casa, aquele foi mais um dia cansativo na escola como todos os dias. No caminha para casa eu avistei de longe uma “coisa” caída entre os arbustos de uma casa, caminhei até lá e vi que era uma Rosa azul.

Uma vez, li um livro falando sobre rosas, e a “Rosa azul” também estava lá. Ela significa “Milagres impossíveis”, é impossível uma rosa azul nascer naturalmente.

Eu fiquei admirando a rosa por alguns minutos, algo estava me dizendo para pegara para mim. Eu fiquei “hipnotizada” pela rosa por minutos, até que resolvi pega-la e leva-la comigo. A rosa estava em perfeito estado e era realmente muito bela.

Chegando em casa meus pais estavam brigando, como sempre. Eu entrei e eles simplesmente me ignoraram e não pararam de discutir, como se eu nem existisse.

Entrei no meu quarto, joguei minha mochila de lado peguei um vaso que estava com uma “Flor” de plástico, joguei-a no chão e enchi de água o vaso e quando fui bota-la no vaso, percebi um papelzinho que estava preso no caule. Arranquei o papel do caule, pus a flor no vaso e me deitei na cama e li em voz alta oque estava escrito na folha.

“Um desejo aprece quando se menos espera,

Essa flor não é verde, vermelha e nem amarela.

Azul é a chave dos milagres de montão,

Após ler esse pequeno cartão

Faça um pedido que estaremos a todos ouvidos!

Uma pétala da flor estar a brilhar,

E o seu pedido ela irá realizar.”.

Eu li e li milhares de vezes o cartãozinho, fiquei em duvidas sobre oque estava escrito. Resolvi deixar de lado, afinal, parecia até frase de “contos infantis”. Alguns minutos se passaram e eu ainda estava aflita sobre aquela mensagem no cartãozinho. Por mais bobo possível, eu duvidava de aquilo ser real, só tinha um meio de descobrir e era tentando.

Ouvi de fora meus pais brigando, a discussão estava cada vez mais tensa. Tampei meus ouvidos e fechei meus olhos, abri-os lentamente e olhei para a Rosa que estava no vaso.

Resolvi tentar fazer um pedido, peguei a flor, fechei os olhos e fiz o pedido.

“Quero sair daqui, não aguento mais isso tudo! Eu quero algo que faça meu destino mudar, seja como for...”.

Logo em seguida nada aconteceu, como o esperado. Escrevi um pouco em meu diário e sem querer fui cansando. Troquei de roupa e deitei-me na cama, estava estranhamente cansada.

E foi quando dormir que eu percebi que aquele pedido foi um erro... ou será que não?!