Desde a primeira vez que Harry me beijou em nenhum momento pensei na Laís. Sério. Foi como se em um pequeno período de tempo ela tivesse parado de existir, então quando ela apareceu ali foi uma surpresa e um susto. Em apenas dois segundos ela estava lá, olhando a gente, e no segundo seguinte  já tinha sumido.

Pulei do chão e sai correndo atrás dela, largando pra trás os meninos com cara de bobos. Quando eu a alcancei ela já estava a poucos metros da porta de sua casa. Puxei ela pelo braço com força que tentava se desvencilhar.

-- Laís para! Me escuta garota, por favor – falei com voracidade.

-- O que você quer? Me larga sua cobra, Traíra! Me larga – gritava.

-- OLHA AQUI E ME ESCUTA! – berrei – eu juro que não tive a intenção.

-- Ah me poupe.

-- Eu não tive a intenção, juro que não. Quando vimos já estávamos apaixonados.

-- A é? Será que não teve mesmo? Pois acho que quando eu te disse o que sentia por ele, você de repente o achou interessante!

-- Ele se apaixonou por mim, eu me apaixonei por ele. Não foi algo que quisemos.

-- Mas não pensou em mim não é? Agora como você acha que eu estou me sentindo? Eu amo Harry!

-- Eu sei disso, só que... eu sinto muito se Harry não sente isso por você. Não quis te magoar.

-- Não sinta pena de mim, uma hora ele vai ser meu e você vai estar na lama. Sozinha.

Fiquei irritada com aquelas palavras e falei:

-- Aham vai achando isso, você que viveu metade da sua vida na mesma rua que ele sem nenhuma aproximação. Não pega nem tijolo parado. Harry não gosta de você, mal te enxerga como amiga.

-- você fez isso de propósito sua vadia, sua cobra.

-- Não fiz nada de propósito, agora tem certeza que sou eu a cobra? Olha pra você Laís, se aproximou de mim só por causa de um garoto – taquei – O que é que você estava pensando? Que com minha ajuda iria obrigá-lo a gostar de você? Ninguém comanda os sentimentos de ninguém Laís. E também já disse que não esperava que eu fosse me apaixonar por ele e muito menos ele por mim. É a vida, aceite. Você perdeu.

-- É muito cedo pra se dizer qualquer coisa. – disse ela com um olhar fulminante e um sorriso seguro.

Eu a soltei e ela se foi, entrando pra sua casa, eu me virei e caminhei de volta pra minha pensativa.

***

Quando cheguei em casa todos já haviam ido embora, as meninas provavelmente estavam em seus  quartos ou saíram com eles, enfim vá saber onde se enfiaram. Harry tinha deixado um bilhetinho na mesa de centro da sala: “fui pra casa, vai pra lá quando voltar” então decide tomar um banho e ir lá.

Entrei no meu quarto onde Bonie dormia estirado na minha cama, sentei ao lado dele e acariciei atrás de sua orelha, ele acordou e começou a ronronar, em seguida dormiu novamente.

Fui pro banheiro. tomei um banho, me vesti e fui.

A porta da casa do Harry estava destrancada, então entrei.

-- Harry? – chamei

-- Aqui em cima Amy – disse ele.

Subi as escadas e entrei no quarto dele que jogado na cama parecia perturbado com alguma coisa. Ele se sentou quando me viu. Andei na direção dele me sentei e o beijei. Com delicadeza ele interrompeu.

-- Amy o que aconteceu lá? – perguntou.

-- Com a Laís você quer dizer?

-- É, o que ela tem? O que você foi fazer quando foi trás dela?

Decide que devia contar afinal por que ele não deveria saber?

-- Harry, bem, a Laís gosta de você.

-- Sério? E o Zayn?

-- Francamente, ás vezes você é muito lerdo. Dãã. -- revirei os olhos -- bem o Zayn pode ser que goste dela, não é garantido, mas se gostar dela então ta fudido, é de você que ela gosta.

-- Foda.

-- Ela tinha pedido minha ajuda, pra se aproximar de você, sabe, ajuda-la a te conquistar. Mas não deu certo não é, ao contrario olha o que aconteceu, acabou que você gosta de mim e eu de você, e a Laís ta la numa hora dessas chorando rios de lágrimas.

Ele achou graça

-- Ah Amy pelo amor de Paul, to acostumado com isso, essas garotas frescas me assediando.

Dei um leve tapa em seu ombro, brava.

-- Harry! Isso é tudo culpa sua, quem manda ser assim lindo, charmoso e e e... gostoso. -- Não aguentei e ri e ele selou nososs lábios.

-- Eu sou tudo isso ai mesmo que você falou e mais. Mas eu não escrevi na minha testa "Ei, se apaixonem por mim!".

-- É, mas eu não devia ter dito que a ajudaria.

-- Eu sei Amy, agora é um pouco tarde não acha? Agora eu sou seu só seu.

-- E eu sou sua, só sua.

Ele sorriu e me beijou.

-- Vamos sair? Que acha? Tipo é melhor nós aproveitar, logo vou ter uns shows pra fazer com os garotos.

-- Vou querer ver de camarote, vocês lindos lá. Vamos sair sim, no Nando's que acha?

-- Se quiser eu te levo até no palco comigo mô.

-- Mô? É a primeira vez que você me chama assim -- sorri -- gostei.

-- Mô, morzin, amor, mor, more. Que tal?

-- Amei.

-- Você ta tão linda, cheirosa. Vamos logo, não me responsabilizo pelo meus atos -- sorriu malicioso, com uma mão na minha coxa.

-- Harry! -- e comecei a rir me levantando junto com ele.

Descemos as escadas rindo de qualquer coisa. Chegamos lá fora, onde para minha surpresa, Lucy e Poliana estavam lá na frente arrumadas. Com Liam, Niall, Zayn e Louis ao lado.

-- Vocês tem noção a quanto tempo vocês estão ai dentro? -- disse Lucy

-- hmmmmmmmm -- fez Poliana com um olhar malicioso.

-- Cala boca vadia -- falei, o "vadia" que eu usava com elas era totalmente no sentido carinhoso.

-- Mas o que vocês tão fazendo aqui? Não tinham ido embora? -- perguntou Harry para os meninos.

-- Tínhamos, mas como você ama muito a gente decidimos voltar -- falou Louis.

-- É e pelo jeito vocês vão sair, então vamos juntos, por que a gente também ama vocês. -- falou Liam.

Harry olhou pra mim como se perguntasse o que eu achava, eu assenti.

-- Tudo bem então cambada, vocês vão. Vamo no Nando's, MAS terão que pagar a conta minha e da Amy -- Disse Harry, bem malandro.

-- Se der pra mim encher minha barriga com muito frango, pago tudo sem problemas -- falou Niall feliz da vida.

-- Tamo esperando o que ainda? Harry no seu carro com Amy, Louis e eu -- falou Zayn -- E Liam no seu carro com Poliana, Niall e Lucy. Bora galera.

E então fomos.