Passaram-se dois anos desde que aquele maldito dia, o dia que mo levaram de mim, a dor ainda estava tao viva em mim, por vezes acordo durante a noite sufocada em meu próprio pesadelo. A culpa me consumia todos os dias, não tinha conseguido encontra-lo nem aquele que o tirou de mim, sim eu sabia o nome do Strigoi que o transformou, Nathan. Meu Dimitri que agora era um Strigoi.

Mas isso era só uma parte da minha maldita vida, depois que me formei, deixei tudo para trás, Lissa, Christian e todas os meus amigos, sentia-me uma inútil, não conseguia encarar Lissa sem me sentir culpada de lhe mentir. Sinto saudades do antes, do passado, onde tudo era diferente e onde eu podia sorrir de verdade e não um sorriso forçado, e o que eu pensava era festas com a minha melhor amiga, rapazes, e ser a guardian de Lissa, não precisava de ser a melhor apenas precisava de a proteger.

Deitada na minha cama de solteiro, barata e pensando em como tudo podia ser deferente, se não tivesse-mos tentado fugir do destino, lutado contra ele e vivido durante uma noite de amor com Dimitri não disso teria acontecido, então cheguei em conclusão em que o destino não nos quer juntos.

Levantei-me, era dia para os vampiros, tomei um duche e vesti a primeira roupa que vi, peguei a minha estaca, para treinar um pouco o jardim ao pé de casa.

O que o mundo não sabia é que existia uma parte de Dimitri comigo, na noite da cabana, ele deu-me um colar com um pingente de coração e tinha-me dito:

“Este coração que estás a ver representa o meu que sempre estará ligado ao teu, tu és a mulher da minha vida Rose, aconteça o que acontecer.”

Lembrava-me como se tivesse acontecido ontem, as lagrimas escorreram-me pelo rosto, limpais rapidamente e saí de casa, com um pressentimento que me consumia por inteira.

Sentei-me no banco ao pé da minha casa, onde as crianças brincavam com os pais num parque não muito longe, então sentia famosa náusea que me indica Strigois. Tinha que avisar as pessoas o mais rápido possível, pus-me de pé no banco e comecei a gritar:

- Protejam as crianças! Tem Strigois aqui!

Mães Dhampirs agarraram as suas crias e correram para casa, outras prontas para combater assim como eu que peguei a minha estaca de prata pronta para lutar, não muito longe dali ouvi uma voz de criança pedindo ajuda, imediatamente corri ao seu encontro, um vulto preta a segurava contra o peito, mas não como se a fosse matar mas sim proteger, e achei isso estranho percebi que ele lhe sussurrava.

Ataquei o vulto que estava de costas para mim, ele era muito mais alto e forte e sabia que assim que ele me notasse eu já era, mas eu tinha que ganhar tempo para salvar a menina.

Assim que o Strigoi a soltou no chão gritei-lhe:

- Corre! E não olhes para trás, corre o mais rápido que conseguires e fica com os dhampirs! – Ordenei tentado desferir um soco no rosto do Strigoi.

- Ah Roza! Eu sabia que quando te encontrasse não me ia dececionar! – Disse-me com a voz fria e imortal e o pior era que eu conhecia essa voz, em qualquer lugar.

No momento seguinte ele estava em cima de mim prendendo-me ao chão, deixe um soco na cara e outro no peito, consegui virar-nos ficando por cima dele, só não estava a espera que no minuto seguinte minha estaca caiu no chão e Dimitri segurava os meus pulsos em seu peito, fiquei congelada um instante, porque ele não me atacava? Não me transformava ou matava logo de uma vez?

Nunca pensei que o fosse encontrar, mas encontrei ou melhor ele encontrou-me.

- Dimitri? – Sussurrei.

- Roza, eu estou gostando desta posição! – Disse-me rindo. Sentou-se comigo ainda em cima dele, minhas pernas presas em sua cintura – Resultou! Eu sabia que você se arriscaria a salvar a pequenina - Tentei levantar-me mas ele não deixou, encostou o rosto ao meu pescoço, e eu pude sentir o cheiro do seu apos-barba junto com o seu novo cheiro imortal que também era muito gostoso – você cheira deliciosamente bem – disse-me.

Afastei-me dele e o olhei.

- Tem mais Strigois aqui – afirmei.

- Sim, mas nenhum vai atacar sem a minha autorização.

- E você vai dar? – Perguntei incerta.

Eu sei que não devia mas estava-me a sentir bem, era como estar e volta nos seus braços fortes.

- Não! São apenas crianças! – Disse como se tivesse chocado com a pergunta.

- Ainda bem – suspirei.

Ele acaricio-me o rosto durante um tempo, enquanto eu olhava os seus novos olhos de iris vermelhas, que saudades dos seus lindos olhos castanhos-escuros.

 - Venha comigo amor, deixe-me dar-te a imortalidade, os guardiões estão enganados, Rose, a sensação é maravilhosa! – Riu, segurando-me a mão. Abanei a cabeça negativamente.

- Esse era o seu pior pesadelo Dimitri, o nosso pior pesadelo – lamentei.

- Anda, conversamos melhor em casa… quer dizer… na sua casa!

- Você sabe onde eu moro? – Perguntei, ele pegou-me ao colo, muito rápido.

- Daaaaaaa!!!! Claro que eu sei amor, mas quero saber tudo, porque você não está na corte? – “Amor” como era bom ouvir isso, mesmo com a voz fria e Strigoi. me causava conforto e contentamento, o buraco do meu peito não doía mais, nem sangrava.

***

Chegamos a casa em menos de 5 minutos e já estávamos na porta da minha casa, as pessoas nos olhavam assustadas, já que todos sabiam da minha trágica história de amor, a vaca da rainha Tatiana fez questão de contar e me humilhar. Lembro-me perfeitamente que foi nesse dia que eu tomei a discissão de vir morar aqui sozinha, na solidão.

Desci do colo dele, e abri a porta, não devia abrir a porta a Strigois e deixa-los entrar mas era Dimitri ali, meu príncipe agora não tao encantado.

- Ando com vontade de matar Tatiana – assustei-me com essas palavras.

- Por quê?

- Porque ela te humilhou, e ninguém humilha a minha mulher – disse fechando a porta e acariciando-me o rosto.

- Prometa que não vai fazer nada – pedi sentando-me no sofá pequeno e velho.

- Mas…

- Por favor! – Interrompi-o.

Ele suspirou sentando-se do meu lado bem pertinho de mim.

- Certo.

Chegou perto de mim e deu-me um beijo molhado na minha bochecha, por reflexo fechei os olhos, aceitando a caricia, ele subiu seus beijos para mim orelha onde sussurrou “ linda e sexy” e mordeu o meu módulo de forma gostosa, deixei escapar uma respiração profunda de contentamento. Desceu os beijos pelo meu pescoço onde mordeu beijou e lambeu, me deixando marquinhas de chupões.

- Dimitri… - sussurrou.

- Hum? – Continuou com as caricias descendo as mãos pelo meu corpo me fazendo arrepiar.

- Pare – falei muito baixinho, mas a incrível audição de Strigoi permitiu de ouvir.

- Por quê?

- Porque…deus… você é um Strigoi! – terminei.

- Roza, eu ainda amo você, me deixe desperta-la, quero muito você! – Sussurrou-me beijando os lábios, nossas línguas numa dança sensual.

- Não posso! – Afastei-me dele quando ele tentava levantar-me a camisola.

- Mas é claro que pode Roza, não tem ninguém para te impedir!

- Desculpa amor, mas eu não vou ser como você, e não vai ser o sexo que me vai fazer mudar de ideia.

- Mas eu te quero! – Rosnou.

- Me querer não é amar Dimka, e você não me ama! – Disse deixando as lagrimas escorrerem.

- Por favor Roza, farei de você minha rainha, podemos governar o mundo Strigoi, e quiser até podemos transformar todos os seus amigos, Lissa, Christian, Eddie, Mia, todos! Por favor!

- Vai doer? – Perguntei.

- Eu nunca deixaria que alguma coisa te causa-se dor, não vou deixar doer – disse seguro, seu rosto no meu pescoço fazendo carinho com o nariz, arrepiei-me completamente, ainda era Dimitri ali, mas ao mesmo tempo não, era estranho e confuso e eu não me conseguia segurar em não ataca-lo numa forma bem mais prazerosa, sem aquelas iris vermelhas era o meu Dimitri, com as iris vermelhas ainda continuava a ser o meu Dimitri, o mesmo sorriso os mesmos lábios mas agora com umas presas como acessório.

- Promete deixar os meus amigos em paz todos, vãos pra longe de todos?

- Se quiser até para a Antártida!- garantiu sorrindo.

Sorri de volta e expos o meu pescoço, ele chegou perto de mim mas em vez de atacar o meu pescoço ele beijou os meus lábios e assim descendo os beijos pelo meu pescoço onde raspou as presas, me deixando completamente em êxtase, com necessidade de sentir aquele prazer das endorfinas de sua saliva, aquele prazer que me deixava aérea.

- Eu te amo!-sussurrei, quando seus dentes se afundaram no meu pescoço, como eu sabia? Senti uma leve picada mas logo o prazer era tanto que palavras desconexas e barulhos esquisitos começaram a sair pela minha boca, conseguia sentir as suas mãos passeando pelo meu corpo enquanto sogava a minha vida, minha alma. Agarrei em seus cabelos puxando-o mais para mim, queria mais, mas ele parou.

- Deus Seu sangue é o melhor que eu já provei, não sabe como eu te quero! – Sussurrou mais com um gemido meu sangue escorria pelo canto da sua boca.

- Me faça sua de novo Dmitri!- pedi o puxando para mim.

Ele não se fez de difícil, em segundos nossas roupas estavam no chão, e ele me fez sua, então quando chegou a hora ele voltou a morder-me bebendo o meu sangue, me vi caindo na inconsciência, mas também senti um sabor a sangue em minha boca, ele estava-me dando o seu sangue. Mas o que eu não espera aconteceu, meu corpo voltou ao normal rapidamente, mas não eu não era uma Strigoi, mesmo sentindo mais força do que o normal, não tinha qualquer sede de sangue, assim como Dimitri que me olhava espantado quando uma luz forte o atingir o derrubando ao chão, e assim como a luz veio ela desapareceu e a minha frente, estava o meu antigo amor, o meu Dimitri, meu Dimitri Dhampir, lagramas saiam dos seus olhos e não me consegui segurar eu deixei que as minhas também caíssem, mesmo cambaleando fui até ele no chão onde me atirei nos seus braços.

O meu sangue banhado com o espirito salvou nossas vidas!

Anos depois…

Depois daquele dia ficamos mais íntimos ainda, ele assumiu-me na frente de todo o mundo que olhava ainda com medo e pediu-me em casamento, mas os milagres não acabaram por ai, um mês depois do casamento, descobrir estar gravida de trigémeos, e que pai era Dimitri.

Não coubemos de felicidade, mas tudo graças a minha irmã e melhor amiga Vasilisa Dragomir!

Fim