The Hunger Games - Peeta P.O.V escrita por Christine Silva


Capítulo 14
Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Oi gente espero que vocês gostem do capitulo que como eu prometi, eu postei mais rápido. O que eu tenho pra falar é que eu fiquei morrendo de vontade de colocar um 'Mas que porra' no pensamento do Peeta como expressão, mas não sabia se vocês aprovariam, então não coloquei. Bom, mesmo assim esse é um dos meus capítulos preferidos e estou muito aciosa pra começar a descrever a Arena no ponto de vista dele. Boa leitura!



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As câmeras focalizam meu rosto. Consigo ver minha expressão abatida. Quero correr e me esconder em algum lugar, mas sei que não posso e não devo fazer isso. Logo em seguida, eles focalizam o rosto de Katniss também. Ela está surpresa com a minha revelação. É claro. Ela olha para a câmera e depois para o chão. Isso é muito real, para mim. Nunca tive coragem de dizer isso a ela. E agora, bom não sei se ela vai acreditar muito em mim. Olho para Haymitch. Tenho certeza de que se ele pudesse, estaria pulando nesse exato momento. Pra ele, isso não passa de uma estratégia no Jogo. A plateia está se derretendo em lágrimas.

– Ah, isso sim é falta de sorte – A voz de Caesar me traz de volta à realidade.

– Não é uma coisa muito legal – Digo com toda sinceridade.

– Bem, acho que todos aqui entendem sua situação. Seria difícil não se apaixonar por aquela jovem – Caesar tenta me consolar – Ela não sabia?

Balanço a cabeça em negativa.

– Não até agora.

Focalizam Katniss outra vez. Tenho certeza que todos eles estão adorando o efeito que isto está tendo sobre o público. Ela olha com rubor para a câmera e desvia o olhar novamente.

– Vocês não iam adorar se ela voltasse aqui e desse uma resposta? – Pergunta Caesar ao público. Todos os que conseguem falar por entre as lágrimas berram ‘Sim’ em concordância. – Lamento muito, mas regras são regras, e Katniss Everdeen já esgotou seu tempo. Bem, toda a sorte pra você, Peeta Mellark, e acho que estou falando por toda Panem quando digo que nosso coração está com você.

O publico berra, grita, chora e se emociona. Tenho que sair daqui antes que lágrimas escorram pelo meu rosto. Digo obrigada ao público e volto ao meu assento atrás do palco. O Hino de Panem toca e todos nós nos levantamos. As câmeras dessa vez tem que focalizar os rostos de todos os tributos, mas não preciso contar para saber que os rostos que mais aparecem são o meu e o de Katniss. Sua Expressão indecifrável. Gostaria muito de saber o que ela está pensando nesse exato momento.

Nós somos liberados para voltar a nossos andares no Centro de Treinamento. Katniss corre e entra em um elevador já lotado, de modo que tenho que pegar o elevador ao lado. Ele para deixar três tributos em seus respectivos andares. Parece que todos evitam pegar o mesmo elevador. Finalmente chego ao décimo segundo andar. Mal saio do elevador e sou arremessado contra uma urna de vidro cheia de flores de mentira no corredor do decimo segundo andar. A urna vira pedaços e caio em cima deles. Minhas mãos sangram. Olho para cima e identifico meu agressor. Ou neste caso agressora. Imediatamente me lembro do que minha mãe disse quando veio se despedir de mim ‘Peeta tenho certeza que essa garota vai querer te matar nos primeiros cinco segundos de Jogos. Em um lugar desse você não tem tempo pra pensar em ninguém além de si mesmo.’

Sinto raiva. Não sei se de mim mesmo ou de Haymitch por der me dito para contar ao público que eu gosto de Katniss. Eu não tenho certeza se iria contar a ela ou não, mas ela não precisava saber. De qualquer jeito eu imaginava que ela fosse ficar brava. Só não esperava por isto.

– Pra que isso? – Pergunto a ela.

– Você não tinha o direito! Não tinha o direito de sair dizendo aquelas coisas sobre mim! – Ela berra na minha frente. Poxa ela está mesmo com raiva.

Não tenho tempo de responder. Antes que eu possa me levantar, o elevador se abre e Haymitch, Effie, Portia e Cinna saem dele.

– O que está acontecendo? – Effie Trinket pergunta histericamente. – Você caiu?

– Depois que ela me empurrou. – Digo enquanto Cinna e Effie me ajudam a levantar.

– Empurrou ele? – Haymitch pergunta a Katniss.

Ela grita com ele também.

– Isto foi ideia sua, não foi? – Fazer com que eu parecesse uma idiota na frente do país inteiro!

Antes que Haymitch possa responder, eu me antecipo.

– Foi ideia minha. – Digo retirando farpas de vidro da palma da minha mão. – Haymitch só me ajudou.

– Sei, Haymitch é muito prestativo. Pra você! – Ela continua gritando.

– Você é uma idiota mesmo. – Diz Haymitch meio chateado e não sei se ele está se referindo ao fato de ela ter me empurrado ou ao fato dela não perceber que eu a amo. – Você acha que ele te magoou? Aquele garoto deu a você uma coisa que você jamais conseguiria por conta própria.

– Ele me fez parecer fraca!

– Ele fez você parecer desejável! E vamos encarar os fatos, você pode usar toda a ajuda que conseguir nesse departamento. Até ele dizer que te queria, você era tão romântica quanto um monte de sujeira. Agora todos te querem. Vocês dois estão monopolizando todas as conversas. Os dois amantes desafortunados do Distrito Doze! – Diz Haymitch e percebo uma pontada de raiva em sua voz.

– Mas nós não somos amantes desafortunados!

Sinceramente, ela parece uma criança respondona. Haymitch perde a paciência e segura os ombros de Katniss e a encosta na parede.

– Quem se importa? Isso aqui é um grande espetáculo. O que importa é como você é percebida. O máximo que eu poderia dizer sobre você depois de sua entrevista é que você era uma pessoa legal, embora isso já fosse um pequeno milagre por si só. Agora posso dizer que você destrói corações. Oh, como os garotos lá do seu distrito caem aos seus pés. Qual vocês acham que vai receber mais patrocinadores? – Definitivamente há raiva em sua voz. E sarcasmo.

Cinna a abraça. Portia me ajuda a retirar todas as farpas de vidro de minha mão. Parece que Katniss se tornou tão próxima de Cinna quanto eu de Portia.

– Ele está certo, Katniss. – Cinna diz. Ela parece dar mais ouvidos a ele do à Haymitch.

– Alguém deveria ter me dito, para que eu não ficasse com aquela cara de idiota. – Começa ela.

– Não, sua reação foi perfeita. Se você soubesse, não teria parecido tão real. – Diz Portia.

– Ela só está preocupada com o namorado dela. – Digo jogando longe um grande pedaço da urna chio de sangue. Argh!

Ela parece vermelha.

– Eu não tenho namorado.

– Não importa. – Digo – Mas aposto que ele é suficientemente esperto para identificar um blefe. Além do mais, você não disse que me amava. Então qual é o problema?

Neste momento estou com muita raiva. Não só por ela ter me jogado contra a urna, mas por se importar com o que aquele tolo do Gale vai pensar. Na boa, se ela fez isso agora, não quero nem saber o que ela vai fazer quando descobrir que eu realmente gosto dela. Talvez ela nem descubra.

Agora ela está mais calma depois de absorver todas essas palavras.

– Depois que ele disse que me amava vocês acharam que eu também pudesse estar apaixonada por ele?

Quem responde à pergunta dela é Portia.

– Eu achei. Pela maneira com qual você evitou olhar para as câmeras, o rubor.

Todos concordam.

– Você está coberta de ouro queridinha. Vai ter uma fila de patrocinadores dobrando esquina pra te bancar – Diz Haymitch.

Katniss olha pra mim.

– Sinto muito pelo empurrão. – Diz ela.

Sente mesmo? Não parece sentir nada. Diz meu subconsciente. Eu respiro fundo.

– Não tem importância – Dou de ombros – embora seja tecnicamente ilegal.

– Suas mãos estão legais? – Ela pergunta.

– Vão ficar.

Um aroma de comida enche o corredor.

– Vamos comer. – Diz Haymitch.



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Notas finais do capítulo

Comentários e sugestões são sempre bem vindos (: