Recomeço. escrita por casslopez


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem ♥



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“–Tudo bem, estarei esperando. –ele disse calmo. Assenti com a cabeça e saí da cozinha indo em direção ao meu quarto.

O que ele quer conversar comigo? Ele quer me conhecer melhor? Eu nunca deixei um estranho entrar no meu apartamento e ele está aqui. Um home casado que está na minha cozinha enquanto eu estou indo tomar banho. Esse homem está me deixando doida.”

POV Edward.

O que aquela mulher estava fazendo comigo? Me deixando louco. Essa era a resposta. Bastava ela me olhar com aqueles lindos olhos castanhos que eu ficava perdido. Eu não conseguia pensar direito perto dela. O que eu estava fazendo aqui no apartamento dela? Eu deveria estar com meu filho... Ele está com a babá, imbecil. Ok, ele está com a babá. Me levantei da cadeira e segui para a sala. O apartamento dela era aconchegante, era simples com a decoração bem bonita.

Me sentei no sofá e olhei as paredes, todas no mesmo tom pastel, simples. Nenhuma foto dela, somente algumas pinturas e um desenho de um arranha-céu. Olhei a data e era recente. Peguei meu iPhone e mandei uma mensagem para Louis.

“Vou demorar um pouco, não se preocupe. Avise a Júlia e obedeça ela.”

Não demorou muito e ele respondeu.

“Pai, a Júlia não quer me dar sorvete... Vou jogar essa sopa horrorosa na cara dela.”

Sorri ao ler a mensagem. Louis é uma criança teimosa e se Júlia não lhe desse o sorvete ele realmente iria jogar a sopa na cara dela. Ri baixo ao imaginar essa cena.

“Não abuse, coitada da Júlia. Filho, depois nós conversamos.”

“Aff... ok”

Sorri novamente ao imaginar a cara dele digitando essa mensagem. Guardei meu iPhone no bolso da calça e esperei Bella.

Ouvi o barulho da porta sendo aberta e olhei em direção ao barulho. Bella estava andando até a sala e esbarrou em um quadro enquanto tirava a toalha da cabeça.

–Ai. –ela disse baixo. Tirou a toalha da cabeça e jogou na poltrona. Ela me olhou e sorriu ao ver que eu estava rindo dela. –Desculpa, eu moro sozinha então...

Ela disse apontando para a toalha e reparei que havia algumas roupas em cima da mesma poltrona.

–Então... ainda vai querer o chá? –ela perguntou indo em direção a cozinha. Eu me levantei e segui ela até a cozinha. Ela vestia uma calça de moletom e uma blusa larga. Ela parou no balcão e pegou duas canenas dentro do armário, serviu a água e colocou os sachês.

Ela me entregou uma caneca e sorriu tímida.

–Podemos conversar agora? –eu perguntei para ela. Ela piscou algumas vezes e assentiu. Pegou a caneca dela e seguiu até a sala. Bebi um pouco do chá e coloquei a caneca na mesa de centro da sala. Ela fez o mesmo.

–Olha, eu sei que você deve estar achando que eu estou te seguindo por que eu quero seu programa... –eu dei uma pausa e olhei para ela. –Eu não sei o que está acontecendo comigo... Eu quero muito conhecer você melhor. Eu não ligo para o que as pessoas pensam de mim mas, você... Eu me importo com o que você pensa de mim, eu não quero que você ache que eu sou um arrogante e grosso. Eu quero começar tudo de novo.

Ela olhou para mim confusa e divertida.

–Você está aqui por que não quer que eu ache você arrogante e grosso? –ela perguntou sorrindo. –Desculpe, mas é isso que eu acho que você é.

–É por isso que eu quero começar de novo. –eu disse sorrindo para ela.

–Por onde quer começar? –ela perguntou séria.

–Que tal nos apresentarmos melhor? Em um lugar mais calmo?

–Estamos em um lugar calmo. –ela disse olhando sua sala.

–Eu queria levar você para jantar. –eu disse olhando para ela. Ela me olhou confusa e depois sorriu.

–Ok. –ela disse olhando para mim. –Eu só preciso saber de uma coisa...

Ela disse sorrindo tímida.

–Você é casado? –ela perguntou séria. Eu sorri para ela e balançei minha cabeça.

–Não. Sou um pai solteiro. –eu disse sorrindo. Ela corou e sorriu fraco.

–Oh.

–Então... Que tal amanhã? –eu perguntei.

–Amanhã eu tenho que... err... trabalhar.

–Você gosta do seu trabalho? –eu perguntei sério. Ela me encarou, piscou algumas vezes e olhou para o chão.

–Eu tenho que gostar. É o único jeito de pagar as minhas contas e necessidades.

–Nunca pensou em desistir disso?

–Sabe quanto eu ganho por cliente? O último cliente me pagou mil reais. Eu só tive que me deitar e deixar ele ficar me tocando. –ela disse olhando em meus olhos. Senti que ela não gostava de falar sobre isso mas eu queria saber tudo sobre ela. Queria poder tirar todas as dores dela e deixar ela feliz. Sorri fraco para ela e ela riu.

–Você sentre prazer com eles? –eu perguntei. Ela olhou para mim assustada mas depois relaxou.

–Não. –ela disse séria. –Nunca senti.

Oh. Eu não esperava essa resposta. Peguei minha caneca e bebi o resto do chá que estava morno.

–Amanhã você não precisa trabalhar. –eu disse sorrindo. –Aceita ir jantar comigo amanhã?

Ela sorriu e assentiu.

–Ok, te busco aqui que horas? –eu perguntei.

–Ás sete horas?... –ela disse corando.

–Perfeito. –eu me levantei do sofá e Bella também. Peguei minha jaqueta, segui para a porta e ela abriu para mim. Sorri para ela e beijei a costa de sua mão. Ela sorriu olhando para o chão e eu ergui seu rosto e lhe dei um longo beijo na bochecha. –Até amanhã, Bella.

Ela sorriu e fechou a porta quando eu segui para o elevador.

Entrei no elevador e me apoiei na parede. É, eu estou começando a desenvolver sentimentos por ela, eu estou colocando em risco tudo o que eu prometi para mim mesmo. Eu prometi não amar outra mulher, não suportaria perder outra pessoa em minha vida. Isabella estava mudando meus planos.


...


–PAPAI. –ouvi os gritos de Louis no andar de cima. Tirei minha jaqueta e joguei no sofá. Peguei a sacola com o tal remédio que Júlia mandou eu comprar e subi até o quarto de Louis. Assim que entrei no quarto, Louis saiu debaixo das cobertas e pulou em cima de mim. O abraçei forte e beijei sua testa. –Cara, a Júlia não me deu o sorvete.

Ele olhou para Júlia que estava sentada na cama e mostrou a língua para ela.

–Sr. Cullen. –ela acenou para mim e eu acenei com a cabeça. Ela se levantou e andou até mim. –Dê o remédio para ele agora e assim que ele acordar amanhã.

Assenti e ela sorriu. Júlia era filha de uma das minhas assistentes. Ela tinha 19 anos, era bem bonita. Olhos claros e cabelos loiros. Eu a considerava como uma filha e ela me considerava um irmão que ela gostaria de ter. Júlia era educada e sempre me fazia rir com suas palhaçadas de adolescente. Ela beijou a bochecha de Louis e pegou sua mochila em cima da cama.

–O Senhor vai precisar de mim amanhã? –ela perguntou pendurando a mochila no ombro.

–Vou. Pode estar aqui antes das sete? –eu perguntei.

–Claro. –ela respondeu sorrindo. –Tem horário de retorno? Amanhã eu não vou poder ficar até mais tarde porque preciso estudar para uma prova da faculdade.

–Qual é, pai. Eu posso ficar sozinho em casa. –Louis disse brincando com o meu cabelo.

–Sozinho nada, você vai botar fogo nessa casa. –eu disse rindo. Ele revirou os olhos e cruzou os braços.

–Sem contar que uma vez ele assustou a empregada e quase fez ela cair escada a baixo. –Júlia disse rindo e Louis mostrou a língua para ela novamente. –Olha, qualquer coisa você me manda uma mensagem e eu peço para meu namorado trazer as coisas para eu estudar aqui mesmo.

–Ok.

–NÃO. –Louis gritou e apontou para Júlia. –Você não vai trazer aquele monstro aqui pra casa. Ele me jogou na piscina como se eu fosse um boneco. Eu quase morri, pai.

Louis olhou para mim com os olhos arregalados. Eu revirei os olhos e coloquei ele na cama.

–Ele não vai ficar aqui. –olhei para Júlia e arqueei uma sobrancelha. –Vai?

Ela riu e baçançou a cabeça.

–Não, Edward. Não vai. Eu preciso ir, ele está me esperando. –ela disse sorrindo e piscou para mim. Beijei a testa de Louis e acompanhei Júlia até a saída. Abri a porta para ela e ela sorriu para mim. –Posso perguntar uma coisa, Edward?

–Pode. –eu disse rindo.

–Você irá a um encontro amanhã? –ela disse sorrindo de orelha a orelha.

–Sim, Júlia. Eu irei a um encontro amanhã.

–OH MEU DEUS! QUE LINDO, EDWARD. –ela gritou e me abraçou forte. –Eu sabia, desde ontem você está mais radiante, sabe. Eu notei algo diferente em seu sorriso. Seja lá quem for essa mulher, ela deve ser muito boa para você.

Ela se despediu de mim, entrou em seu carro e foi embora.

Subi as escadas e voltei a entrar no quarto de Louis. Ele estava jogando em seu celular e comendo alguma coisa. Ele me viu e largou o celular e me ofereceu o que ele estava comendo, era o seu salgadinho favorito, ruffles sabor churrasco. Eu recusei e ele voltou a comer. Peguei o remédio que eu havia comprado e mostrei pra ele.

–Aff, por favor, pai. Eu não quero tomar isso. –ele disse se jogando no colchão.

–Vai tomar sim. –eu disse. Peguei uma colher que Júlia deixou para o remédio e coloquei o liquido nela. Louis fez cara feia para o remédio mas mesmo assim o tomou. Ele tossiu e se jogou novamente no colchão.

–Pai, eu ouvi os gritos da Júlia lá na sala. –ele disse envergonhado. –Você vai ter um encontro? Com quem?

–Sim, vou ter um encontro. Com uma mulher encantadora. –eu respondi cobrindo Louis com o edredon.

–Vai pedir ela em casamento? –ele perguntou e suas bochechas ficaram vermelhas.

–Claro que não, moleque. –eu respondi rindo.

–Mas quando duas pessoas se amam elas não se casam?

–Eu ainda não tenho certeza sobre meus sentimentos por ela, Louis. Agora vai dormir. –eu disse e lhe dei outro beijo em sua testa.

–Aposto que amanhã você vai ter certeza. –ele disse sonolento. Ele piscou algumas vezes e caiu em sono profundo.

Saí de seu quarto pensando em suas palavras. Amanhã eu teria certeza de meus sentimentos por Bella?

Depois de um banho longo eu me deitei e tentei dormir. Por mais que eu tentasse eu não conseguia tirar a imagem da Bella da minha cabeça. Seu sorriso tímido, seu sorriso envergonhado, seus olhos me fitando... Bella não saía da minha cabeça.





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Notas finais do capítulo

até o próximo capítulo ♥



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