Recomeço. escrita por casslopez


Capítulo 23
Capítulo 23




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“Quando a porta do elevador se abre no térreo eu arregalo os olhos ao ver James parado na minha frente, completamente concentrado em algo em seu celular. Quando dou um passo para sair do elevador ele entra e esbarra em mim, mas não ergue seu rosto. Saio do elevador correndo e quando viro meu rosto para trás ele está olhando para mim.

Desvio o olhar e corro para fora do prédio. Chamo o primeiro táxi que aparece e quando entro dentro do carro começo a chorar.”

POV Bella.

–Você precisa ir ao médico. –Dianna diz enquanto me observa sair da cama. Assim que cheguei em casa eu corri para o banheiro e vomitei, depois fui dormir, para ver se o enjoo passava. Mas não deu muito certo.

–Odeio hospitais. –digo respirando fundo. Olho para Dianna e ela entra no closet. Depois de alguns segundos ela volta com uma calça jeans e uma blusa simples na mão.

–Tome banho e vista isso depois. –ela diz colocando as roupas sobre a cama. –Tem vômito no seu cabelo... você conseguiu dormir assim.

Ela sorri amigavelmente e sai do quarto. Suspiro e levanto da cama, caminhando direto para o banheiro.

...

Saio do banheiro enrolada na toalha e vejo meu celular com a tela ligada. Ando até ele e suspiro ao ver que Edward me ligou várias vezes. Caminho até a janela e vejo Dianna cuidando do jardim. Quando penso em ligar para Edward, sinto o celular vibrar e atendo rapidamente.

–Desculpa. –digo rapidamente. Ouço sua respiração e ando até a cama, onde minhas roupas estão. –Eu devia ter ligado, eu passei mal e dormi...

–Fiquei preocupado. –sinto a agonia em sua voz e esfrego minha testa.

–Eu sei... eu realmente estou mal. Vou ao médico agora.

–Eu vou sair do trabalho mais cedo...

–Não. –eu digo rapidamente. –Não precisa, amor. Eu vou com o Peter, ele vai me levar e estará me esperando, não se preocupe.

–Ok. Mas qualquer coisa é só me ligar, eu saio daqui rápido. –ele respira fundo e me sento na cama. –Tchau, se cuida.

–Amor... –sorrio e sei que Edward está sorrindo também, sei o quanto ele gosta quando eu o chamo de amor. –Eu te amo.

–Eu também. –ouço vozes do fundo e rio. –Eu tenho que ir, até mais tarde.

–Até. –encerro a chamada e levanto da cama para me arrumar.

...

Dianna está ao lado de Peter quando saio da casa. Peter sorri para mim e Dianna caminha até mim.

–Não se preocupe, Peter sabe a qual hospital ir, indicaçãos do Edward, é claro. –ela ri fraco e eu sorrio.

–Peter irá buscar Louis? –pergunto enquanto entro no carro. Peter fecha a porta e Dianna se aproxima da janela.

–Sim, ele irá deixar você no hospital e depois buscar ele. Depois voltará ao hospital e irá esperar até você ligar para ele.

–Ok. –sorrio para Dianna e coloco o cinto de segurança. –Obrigada, Dianna. Até mais tarde.

Ela assente com a cabeça e caminha até a entrada da casa. Olho para Peter e ele me olha com cautela.

–Podemos ir? –ele pergunta educadamente. Assinto com a cabeça e ele sorri.

...

Nunca gostei de hospital, e a ideia de ir para lá porque algo está errado me faz sentir mais enjoada. Não gosto de ver as pessoas sofrendo, já passei por tanta coisa que eu deveria ter me acostumado a “ver” a dor. Mas sou fraca.

Nunca esqueço o dia que passei no hospital esperando o teste de HIV sair, aquele dia foi longo e graças a Deus eu estava bem, mas não podia dizer o mesmo da minha amiga que me acompanhou. Nós tomávamos cuidado com os clientes mas algumas vezes ela simplesmente “esquecia”. Passei o dia com ela em seu pequeno quarto no Michelle’s. Nada que eu fiz ajudou a melhor o seu humor. Ela simplesmente chorou no meu colo por horas enquanto eu acariciava seu cabelo.

Depois de dois dias ela disse que iria embora e nós nunca mais nos falamos. E todas as noites eu apenas torcia para que ela saísse bem e que nada de ruim acontecesse com ela, pois ela já estava destruída por dentro.

–Senhorita Swan, pode entrar. –a moça loira chama a minha anteção e eu sorrio levemente para ela.

Respiro fundo e entro na sala do Doutor Michael.

–Senhorita Swan, meu nome é Michael e eu irei atendê-la hoje, ok? –ele diz assim que fecho a porta. Seu sorriso é reconfortante e sorrio de volta. –Edward deixou claro que eu seria o único que a atenderia. Pois aqui estou eu.

Rio fraco e me sento na cadeira na frente de sua mesa. Ele se senta e coloca seus óculos antes de olhar para mim novamente.

–Conhece Edward há muito tempo? –pergunto curiosa.

–Nos conhecemos na faculdade, passamos muito tempo juntos. Ainda passamos um tempo juntos mas ultimamente ele andou meio afastado, o que será que prende ele em casa? –ele diz com um sorriso brincalhão para mim. Coro e sorrio. –Não se preocupe, estou brincando.

Dou de ombros e ele ri, claramente rindo de sua paciente que cora com pequenas brincadeiras.

–Então, me diga... Não está se sentindo bem? Quais os sintomas? –ele pergunta depois de algum tempo.

–Eu acho que comi algo estragado. Vomitei bastante hoje e ando sentindo tonturas.

–Há quanto tempo? Digo, faz tempo que anda sentindo tontura? –ele olha para mim e eu tento lembrar de algum dia que senti tontura.

–Desde segunda... mas é porque ando comendo pouco, meu apetite mudou um pouco, não ando sentindo muita fome e ando cansada também.

–E quando você come, você acaba vomitando?

–Na maioria das vezes, sim.

–Sua menstruação está atrasada? –ele pergunta e eu engulo em seco. Minha menstruação está atrasada?

–Sim. –sussuro e observo ele anotando alguma coisa.

–Ok, eu vou pedir que você faça um exame de sangue. Pelo que observei eu suspeito que você esteja grávida...

Abro a boca em choque e não consigo ouvir mais nada que o doutor está falando. Grávida. Não... é muito cedo para isso. Não.

–Isabella? –quando ouço a voz do doutor olho para seu rosto que está próximo do meu. Tomo um susto e ele segura meu pulso. –Seu pulso está acelerado... Temo que essa não seria uma notícia muito boa, estou certo?

–É muito cedo. –eu consigo dizer e o doutor assente levemente olhando para o chão.

...

Saio do hospital e coloco meu celular na bolsa assim que termino de falar com Peter. Ele está no caminho. Ando de um lado para o outro na frente do prédio do hospital e vejo uma limusine preta parar e um homem de terno sair e abrir a porta traseira. Outro homem sai do banco da frente e se aproxima de mim.

–Entre no carro. –ele diz em voz baixa. Olho para os lados e aperto a minha bolsa contra o meu peito. –Entre no carro ou iremos arrastá-la até lá.

Olho para rua e não vejo o carro de Peter. Olho para o homem na minha frente e depois para o carro, respido fundo e ando até ele. O homem sinaliza para que eu entre e, quando entro, ele fecha a porta.

O interior do carro está totalmente escuro e assim que os dois homens se posicionam na porta do meu lado do lado de fora, uma luz se acende.

–Que bom vê-la novamente. –ouço a voz dele e pulo no banco. James olha para mim e sorri maliciosamente.

–Me deixa sair daqui. –tento abrir a porta mas ela esta trancada. Sinto uma mão em minha coxa e fico paralisada.

–Se você ficar quieta podemos conversar como dois amigos. –ele aperta a minha coxa e tira sua mão rapidamente. Respiro fundo e calmamente viro meu rosto para fitá-lo. –Sei que você está com Edward Cullen.

Coloco a mão na minha boca e fecho os olhos. Não. Isso não está acontecendo. Abro os olhos e vejo ele me olhando com um sorriso.

–Era exatamente isso que eu esperava ver. –ele ri e eu sinto meu corpo tremer. –Se você não quiser que Edward e seu adorável filho se machucem, você terá que me ajudar.

–Eu não vou fazer nada... –eu digo com raiva. Ele ri e se aproxima de mim, segurando meu pescoço com força.

–Você quer estar do lado do Edward quando ele receber a triste notícia de que seu filho foi sequestrado e assinado?

Sinto meus olhos lacrimejarem e fecho os olhos com força, deixando algumas lágrimas caírem pelo meu rosto.

–Por favor, nos deixe em paz.

–Podemos conversar calmamente ou eu terei que te espancar novamente?


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Notas finais do capítulo

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