You Are My Dream escrita por jubinha


Capítulo 65
Capítulo 65 - You Are My Dream




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Taylor

Eu estava em um jardim, tudo estava calmo. E eu já tinha visto aquele lugar em um sonho... Mas eu agora estava sozinha ali e tudo estava tão diferente. Comecei a andar pelo local e não achava o Homem que antes ficava ali comigo, ele era o meu tudo ali, o meu mundo, ele parecia à razão daquele sonho, parecia o arquiteto daquele lugar, o chefe de tudo, parecia que sem ele aquilo ali não existia. E não existia mesmo, tudo ali estava morrendo, o lugar estava acabado. As flores morrendo, nuvens obscuras no céu, aquele não parecia o meu lugar, era o mesmo de meu sonho, mas ele estava morrendo, estava fraco, sem vida, sem cor. Escutei uma voz, e sorri me virando, mas não era ele, aliás, quem era?
- quem é você? Tentei enxergar o rosto da pessoa, mas era impossível.
- isso não importa. Falou com uma voz serena e calma. – sabe por que este lugar está assim Taylor?
- não. – eu não entendo. Olhei em volta. – aqui era tão bonito, alegre, cheio de vida. – e agora só o que reina aqui são morte e tristeza.
- este lugar está assim porque foi uma escolha sua.
- não. – eu não escolhi acabar com o meu sonho.
- qual é o seu sonho Taylor?
- e-e-eu não sei. – eu to confusa. – ele não está aqui.
- ele quem?
- quando eu sonhava com esse lugar, havia um homem aqui comigo. – éramos felizes, brincávamos e namorávamos, era tudo perfeito. – mas agora, ele não está aqui. – sabe onde ele está?
- sei.
- pode me mostrar?
- claro. Olhou-me sério, mas sem expressão nenhuma, e por mágica ou alucinação minha não sei direito. 
Eu me vi, deitada em uma cama de hospital, dentro de uma sala pouco iluminada com Justin em cima de mim, aos prantos. Suplicando a Deus que trocasse a vida dele pela minha. Comecei a chorar junto dele.
- eu não entendo. Olhei pro homem ainda chorando.
- você não entende não é? – ele é seu sonho Taylor. – e você é o dele. – esse lugar era feliz e alegre, porque o amor de vocês batia no coração dos dois, ao mesmo ritmo, dando equilíbrio a esse lugar. – vocês separados, é assim que fica o “sonho” de vocês, quebrado despedaçado. – ele é a razão disso Taylor, sem você lá. – isso aqui não existe, sem ele seu mundo não existe. – o amor de vocês ta morrendo, por escolha sua. – você escolheu deixar o Justin, pra o proteger, não foi? – mas sem você, Justin é incompleto. – ele quer que eu leve a vida dele, pra ficar junto de você. – mas tem uma coisinha que o prende lá na terra, não posso deixar o pequeno Josh órfão. – tive tanto trabalho pra juntar vocês dois lá no Brasil. – você não sabe quanto tempo eu demorei pra planejar aquilo direitinho para que tudo saísse perfeito. – mas claro, eu os deixei escolher o caminho que queriam. – eu permiti que vocês escolhessem– e isso aconteceu. – você escolheu deixar Justin, por amor. – mas não percebeu que mataria metade dele se sacrificando. 
Fiquei chocada, isso estava mesmo acontecendo? Ou eu estou em um sonho? Justin era o homem? Então era ele o tempo todo, Justin é a vida desse sonho, Justin é o sonho, Justin é minha vida. Entrei em desespero por saber disso só agora, em pensar que eu poderia ter dado outra chance pra ele, poderia ter passado por cima daquilo tudo com muita facilidade. O amor é maior, é maior que os problemas, é maior que isso tudo, que a inveja, que tudo, o amor é a coisa mais poderosa.
- e o que eu faço agora?
- você escolhe. 
- eu posso voltar?
- faça sua escolha. Ele sumiu do nada, e eu fiquei ali ainda olhando aquelas imagens de Justin sofrendo, aquilo doía tanto em mim, aquilo dói demais. Eu não quero que ele sofra, não quero.

- Por favor, me deixe concertar isso. – eu amo o Justin. – eu não queria que ele ficasse assim, eu queria o ver feliz. – eu quero voltar, essa é a minha escolha. Comecei a chorar ali sozinha, e tudo ao meu redor começou a girar, tudo ficou confuso e embaçado, e de repente eu cai no chão.

Eu estava deitada, e sentia uma dor estranha que eu não sentia antes. Segundos depois senti algo acariciar amenizando um pouco a dor, e senti algo em minha mão e ao meu lado. Meu coração deu um pulo, e eu senti ar entrar em meus pulmões, mas não conseguia abrir os olhos, só escutava umas vozes.
“Eu voltei”
- Taylor? – amor? – Taylor? – você voltou? – voltou pra mim? Escutei a voz de Justin e imaginei o sorriso que devia estar estampado no rosto dele, e deixei uma lágrima escorrer e um sorriso brotou em meus lábios. – Meu Deus você ta aqui. – Graças a Deus. – ELA ACORDOU, ELA ACORDOU. Escutei ele gritar, mas eu estava cansada demais. Adormeci.
“Voltei ao meu jardim, voltei aquele lugar e tudo estava diferente. Estava como antes, bonito, alegre e cheio de vida. Eu me vi ao lado de um homem e uma criança. Eles eram felizes. Espera. Eu estava feliz. Mas espera um pouco...”
Despertei de meu sonho com alguém acariciando meus cabelos. Dei um sorriso e abri meus olhos.
- Mamãe você acordou. Josh sorriu e me deu um beijo.
- Oi filho! – que bom que está aqui. O abracei forte. Olhei em volta e vi Justin dormindo no sofá do quarto. Olhei pra porta e vi o Dr. Entrando.
- e então como estamos?
- eu to bem. Fiz careta. – só com um pouquinho de dor aqui. Mostrei pra ele.
- é, seu corte foi bem profundo. – achamos que íamos perder você, mas por um milagre você está aqui conosco. – estou com seus exames e bom ta tudo certo, mas tenho uma noticia pra te dar. – quer acordar o Bieber pra ele ouvir também?
- pode ser. Dei ombros, me sentindo estranha. Josh saiu da cama e correu até Justin o acordando, ele veio até mim ainda com aquela carinha de sono e beijou minha testa.
- bom agora vou dar a noticia Taylor. – nós fizemos diversos tipos de exames, e em um deles acusou uma coisa que ninguém acreditou, isso era quase impossível. – fizemos um exame mais especifico e... – parabéns!
- Parabéns? Justin e eu dissemos em coro.
- Taylor está grávida. Sorriu. Arregalei meus olhos e olhei pra Justin, parei um pouco pra pensar e lembrei de minha recaída com Justin mês passado.
- isso explica bastante coisa. Soltei uma risada.
- por quê? O Dr. Me olhou. 
- to enjoada sabe? - me sentindo, sei lá, estranha.
- isso é normal. – então, esta com um mês e uma semana de gestação. 
- ta. Sorri. – e quando eu vou ter alta? 
- amanhã de manhã. Sorriu e saiu do quarto.
- Taylor eu... a porta se abriu interrompendo Justin.
- então a família está aqui. Iara entrou sorrindo, assim como Mandi e Nick. – como se sente loirinha? – deu um baita susto na gente. 
- deu mesmo. – nunca mais faça isso ta entendendo? – quase tive um treco menina. Mandi com aquele jeitinho dela de sempre.
- verdade. Nick caiu na gargalhada, que saudade eu estava sentindo daquilo tudo, afinal quanto tempo fazia que eu não via elas? E em pensar que eu escolhi deixar tudo isso, largar tudo, deixar tudo pra trás. – ela tipo teve um ataque e meio que agrediu o Bieber. Nick quase não se agüentava de tanto rir.
- você ri agora né Nicole, mas antes tava todo mundo mal.
- ah, é sempre bom rir um pouco.
- é verdade. Sorri. – Iara tenho um convite pra te fazer.
- fala. Sorriu me olhando.
- bom antes tenho que dar uma noticia né. Ri. – estou grávida meninas. – e quero que a Iara seja a madrinha como eu havia prometido antes.
- finalmente. Sorriu. – e parabéns.
Continuei conversando com as meninas e vi Bieber sair da sala, senti um aperto no peito lembrando do estado que ele estava quando eu havia “partido”. Eu precisava conversar com ele, precisava pedir desculpas. Fiquei séria e percebi que as meninas me fitavam.

- você não sabe como ele tava mal. – todas nós íamos pra casa, pra comer, tomar banho essas coisas, mas ele quis ficar aqui, dormia nos bancos dali de fora. – Taylor... Não deixei Mandi terminar.
- eu sei o que vai dizer Amanda.
- e? Iara arqueou a sobrancelha.
- e eu sei que preciso conversar com o Bieber.
- conversar? – Meu Deus Taylor que mais provas de que o Justin te ama? – Meu Deus, ele queria morrer sabendo que você não estaria mais aqui. – foi um milagre você sobreviver.
- eu sei gente. – eu preciso conversar com ele. – podem... – chamar ele pra mim?
- claro. – mas pense bem no que vai fazer Taylor.
- eu sei bem o que eu faço. – afinal já fiz minha escolha.
- só espero que não se arrependa depois. As meninas saíram e eu estava nervosa pra cct, não sei porque, mas sabe aquele friozinho na barriga? De que talvez tudo dê errado, ou que sei lá o que pode acontecer? Eu estava assim, querendo me esconder debaixo da cama como uma criança com medo de ir ao dentista.
Olhei em volta daquele quarto, vendo tudo vazio, já disse que odeio hospitais? Pois é eu odeio esse lugar, ele me dá calafrios. Escutei o barulho da porta abrindo tirando-me de meus devaneios.
Bieber caminhou até perto da cama sem reação alguma no rosto, mas eu via dentro de seus olhos uma mistura de tristeza e felicidade, mas era mais pra tristeza mesmo eu não via mais aquele brilho em seus olhos, eu não via mais aquele sorriso perfeito brotado em seus lábios. Eu só via olheiras profundas, expressão de cansaço, e olhos inchados de tanto chorar. Só de vê-lo assim me dá vontade de morrer, de me matar, de sei lá. Eu odeio o ver assim, quase tanto quando odeio amar tanto ele.
- queria falar comigo? Sussurrou com sua voz mais rouca que o normal.
- quero. – se me permite queria fazer umas perguntas. Fitou-me confuso.
- tudo bem. Sua voz soou desanimada. Cadê aquele menino brincalhão de sorriso e olhos perfeitos? Cadê o Justin? Cadê o menino pelo qual me apaixonei? O que eu fiz com ele? 
Senti-me ainda mais culpada, e senti meus olhos marejarem, mas tentei me conter.
- pode me dizer o que faz aqui? Engoli seco, ainda tentando conter as lágrimas que teimavam em tentar cair.
- você me chamou aqui.
- não Justin. – o que faz aqui no hospital? Senti-o ficar tenso, parecendo procurar palavras certas.
- eu-eu. – eu precisava ver como você estava.
- por quê? 
- você é a mãe dos meus filhos. Decepcionei-me com sua resposta, eu esperava que ele dissesse que me ama.
- tem razão. – só por isso?
- N... Foi interrompido pela porta, espera um pouco eu conheço essa mulher, o que ela faz aqui?
Anne estava acompanhada por um garotinho, muito parecido com ela, estranhei sua presença ali.
- o que faz aqui? Justin a fitou furioso.
- ué, Charles queria ver o pai.
- Charles? Olhei confusa pra ela.
- é, o meu filho e do Justin. Eu não podia acreditar nisso, isso é sério? 
- prove. Soltei sem nem pensar.
- o que?
- prove. Repeti para que não houvesse duvidas.
- o que quer dizer com isso? – eu não vou fazer exame de DNA nenhum. Sua voz era desesperada. Ela mentia, esse filho não é do Bieber, aposto isso.
- se esse filho é mesmo do Bieber, você não tem nada a temer. Retruquei.
- não precisa exame. Sussurrou baixo.
- o que? – eu não escutei. Provoquei, só pra ter o gostinho de ouvir aquilo de novo.
- não precisa de exames. Praticamente gritou ali dentro.
- O QUE? Bieber finalmente se pronunciou.
- desculpa, eu me envolvi com a Nayara. – eu devia isso a ela, por um favor que ela tinha me feito. – me apresentou ao pai do Charles, e eu... – me desculpem. Pegou o pequeno menino no colo e saiu dali do quarto chorando com o neném no colo.
Fitei o Bieber e ele parecia tentar digerir aquilo tudo... cada confusão que aparece na minha vida, será que eu nunca vou ter um momento de paz? Será que nunca vou poder viver o meu sonho? Será que isso sempre vai ser assim, complicado e confuso demais?
Comecei a ouvir uma gritaria vindo do lado de fora do quarto, a rapidamente tentei me levantar, mas fui interrompida por Bieber.
- Você precisa descasar, carrega um filho nosso ai dentro. – quase morreu. – fique quietinha ai que eu vejo pra você o que está acontecendo.
- ta. Sussurrei e ele saiu pela porta. Eu parei pra prestar atenção e escutei a voz de Anne, Nicole e Amanda. E que diabos estava acontecendo?


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