Mais uma noite se passou, Harry acordou e foi direto tomar café, ele estava com muita fome. Novamente, todos os membros da Ordem estavam acordados e já sentados à mesa, o que sugeria que eles começavam cedo com sua rotina. Entretanto, Harry notou dois novos membros, um homem e uma mulher.

– Harry, esses são Gui Weasley e Fleur Dellacour – Sirius os apresentou.

– Muito prazer Harry – cumprimentou Gui – sua história é uma verdadeira lenda.

Gui Weasley era um rapaz alto e magro, estava no auge da juventude, e possuía cabelos ruivos como o pai, Arthur Weasley.

– Ah, muito prazer também Gui – respondeu Harry com gentileza.

– Eu sou Fleur Dellacour, namorada de Gui – se apresentou a menina – muito prazer, Potter.

A menina era linda. Tinha cabelos loiros e olhos azuis. Sua pele era lisa. Ela era definitivamente, uma mulher sedutora.

– Prazer também, Fleur – disse Harry.

– Houve um acontecimento muito grave no mundo da magia, Potter – falou Gui.

– Bem, eles também são membros da Ordem – explicou Lupin – e eles voltaram justamente por este acontecimento.

– E o que exatamente aconteceu? – perguntou Harry de forma muito curiosa.

Lupin hesitou. Harry pode ver o olhar de Molly com reprovação para Lupin. Algo havia acontecido, e bem, não queriam que Harry soubesse.

– Molly, eu devo contar para ele. – retrucou Lupin ao olhar da Sra. Weasley – Além do mais, ele não irá nos ajudar na busca. É só para informá-lo.

– Ah, sim, claro – respondeu Molly – Harry herdou o senso de bravura do pai Lupin, você mesmo já comprovou isso.

– Bem, Harry, o que aconteceu é que um item foi roubado do Ministério da Magia – esclareceu Lupin – e, o principal suspeito desse roubo é Lord Voldemort.

– Não diga o nome, Lupin! – alertou Alastor Moody.

– Mas Sirius me disse que...

– Sim, que Voldemort estava morto. – Lupin interceptou a fala de Harry – e estava, mas, todos sabiam que ele se reergueria mais cedo ou mais tarde.

Harry ficou confuso, como alguém que está morto, poderia renascer? Talvez Voldemort nunca tivesse morrido, apenas seu corpo se desfez, mas sua alma continuou lá. E agora, ele conseguiu recuperar seu corpo, provavelmente com a ajuda dos Comensais da Morte. Tudo se encaixa.

– Espere um instante – pediu Harry – qual foi o item roubado?

Os membros da ordem se entreolharam. Sem dúvidas era um objeto muito precioso.

– Harry, foi roubado do Ministério – Sirius hesitou por um instante – a espada de Godric Gryffindor.

Sirius já havia contado para Harry quem era Godric. Ele foi um dos quatro fundadores de Hogwarts, a escola de magia. Era um bruxo muito poderoso, e prezava a bravura e a amizade.

– Mas Harry, não se preocupe – acalmou Sirius – eu já falei com o professo Dumbledore, e se você quiser, você pode estudar em Hogwarts.

– NÃO! – disse Harry sem pensar – eu quero ajudar na busca da espada.

Todos fitavam o menino, bem que Molly dissera que ele herdou o senso de bravura do pai. Essa não seria uma tarefa fácil, e os membros da Ordem já tinham formação mágica.

– De forma alguma, Harry – respondeu Sirius imediatamente – você não pode correr esse risco.

O menino nem tinha pensado nas consequências, mas Harry sempre queria ser útil. E aquele menino, gostava de uma aventura.

– Eu irei levar você para fazer compras no Beco Diagonal – explicou Sirius – e bem, depois você irá começar o ano letivo em Hogwarts.

Harry até que gostou de saber que iria para uma escola de magia, mas ele queria poder ajudar os membros da Ordem. Afinal, aquelas foram as únicas pessoas que se importaram com ele.

– Tudo bem – finalmente disse Harry relutante – eu vou para tal escola. Mas se vocês mudarem de ideia, eu quero ajudar.

– Esse é meu afilhado! – falou Sirius orgulhoso – amanhã iremos fazer as compras no Beco Diagonal e logo depois você irá para Hogwarts. O Expresso sai exatamente 11 da manhã, portanto, acorde cedo.

Depois de toda aquela conversa Harry voltou para seu quarto. Esses últimos dias no qual ele chegou na Ordem, todos falavam muito bem de Hogwarts. Todos haviam se formado em magia lá. Harry não podia negar que estava ansioso. Por mais que quisesse ajudar na busca pela espada, Sirius falou muito bem de Hogwarts. As histórias que Os Marotos viveram lá foram muito intensas.

Faltava apenas um dia para Harry entrar nessa aventura também. Amanhã ele iria fazer as compras no Beco Diagonal e logo depois iria embarcar no Expresso para Hogwarts.

Sirius também havia lhe contado sobre o Beco. Havia muitas lojas e era encantador. O mais curioso é que sua entrada ficava aos fundos de um bar.

Harry ficou pensando que tipo de material Hogwarts pediria para um aluno do primeiro ano. Ele também pensou se faria amigos lá. E em qual casa ele ficaria, já que Sirius havia falado sobre as quatro casas: Grifinória, – a qual Sirius havia pertencido – Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina.

Ele ficou imaginando como seria o futuro. E nem viu o dia escurecer. Ele desceu para fazer um lanche da noite e encontrou Alastor Moody sentado em uma cadeira na cozinha.

– Hum, olá senhor – disse Harry – eu vim fazer um lanche.

O homem não respondeu, apenas assentiu com a cabeça. Harry desde que o viu, o achou misterioso. Sirius havia dito que o homem era um auror. Auror é um bruxo que prende os bruxos das trevas. E ele também disse que o olho de Alastor poderia enxergar através de paredes, capas de invisibilidade e poderia ver em até 360° graus.

Harry fez seu lanche em paz e subiu para seu quarto. Aquele fora um dia calmo, mas ele tinha que descansar, pois amanhã farias a compra do seu material para Hogwarts no Beco Diagonal.

Continua...