The Last Marauder escrita por LiiMalfoy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Nada aqui me pertence, é tudo exclusividade da nossa querida rainha Tia Jô, embora eu ainda esteja discutindo com ela sobre me dar Sirius Black de presente de Natal, esse ano ;)



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Nos altos da guerra, Remus Lupin estava sentando em frente à lareira da casa que dividia com sua mulher Ninphadora Tonks e seu filho Teddy Lupin, com um pequeno bilhete em mãos, relembrando os acontecimentos que o levaram até ali.

Até hoje, há exatos 27 anos desde que entrei em Hogwarts, ainda me pergunto o porquê fui aceito naquele grupo tão seleto e ao mesmo tempo tão especial que se intitulava: Marotos. Bem, nem mesmo sei por que fui aceito naquela escola, para começar. Mas o fato é que quando entrei, não imaginava que encontraria os melhores amigos que uma pessoa poderia desejar. Ainda mantenho comigo lembranças claras das primeiras ocasiões em que nos falamos, mas a mais marcante, talvez por ter sido nosso primeiro contato, foi na cerimônia de seleção.

A que, no futuro, se tornaria minha professora predileta, Minerva McGonagall, nos encaminhou para uma salinha um pouco apertada e ficamos ansiosos esperando pelo inicio da cerimônia. Um baixinho magricela, de óculos redondos e cabelos desalinhados , ao meu lado, conversava animadamente com outro baixinho, de cabelos escuros à cair-lhe pelos ombros e olhos acinzentados. Os dois falavam sobre como queriam muito ir para Grifinória, até que notando que eu os observava curioso, sorriram para mim e o garotinho de óculos redondos, perguntou-me em qual casa eu gostaria de entrar. O menino dos olhos acinzentados disse que eu tinha cara de quem iria para a Corvinal. Antes que eu pudesse responder, Mcgonagall voltou à saleta e seguimos todos para o Salão Principal.

Fui o último de nós a ser escolhido para a Grifinória. Assim que o chapéu seletor fez seu anúncio, palmas ecoaram pelo Salão como em todas as outras vezes, mas na mesa vermelha e dourada dois garotinhos morenos, já sentados, foram os que bateram palmas mais animadamente. Sorri agradecido e sentei-me ao lado de um loiro gordinho que aparentava estar faminto e à frente dos outros dois. Conversamos muito sobre o que esperávamos do nosso primeiro ano, enquanto nos empanturrávamos com a melhor comida que eu já havia provado. Ali, sentados à mesa da Grifinória conversando sobre nossos futuros, foi que começamos uma grande amizade.

Meses se passaram e eu tentava a todo custo esconder de meus amigos a minha real condição. Temia perder a amizade deles, depois que eles descobrissem quem, ou melhor, o quê eu era. Contudo, subestimei demais suas mentes sagazes e eles logo desvendaram o mistério de meus sumiços mensais. E qual não foi minha surpresa quando, ao invés de me virarem as costas, eles ficaram ao meu lado e passaram os anos seguintes estudando e pesquisando uma forma de me ajudarem. E foi assim que no nosso quinto ano, eu, o Aluado, ganhei três companheiros nas noites de lua cheia: Pontas , Almofadinhas e Rabicho; Um cervo, um cachorro e um rato. E foram aqueles três garotos que me ensinaram a maior lição de toda a minha vida: o valor de uma amizade verdadeira.

Éramos tão unidos e felizes, aprontando todas pela escola e levando tantas detenções quantas se eram possíveis( aposto 1000 galeões, em como batemos um recorde!). É bem verdade –e não nego- que fui monitor e ,sempre que possível, acobertava as travessuras de meus melhores amigos, mas em resumo, passamos os melhores 7 anos de nossas vidas.Confiávamos tanto uns nos outros, que não podíamos sequer imaginar o que viria alguns anos depois de nos formarmos. Todos os nossos sonhos e planos para o futuro foram ,um a um, morrendo vítimas da guerra.

James, nosso eterno Pontas, foi o primeiro a partir. Nunca imaginei que viveria para ver o dia em que aquele sorriso, algumas vezes arrogante e convencido e em outras a imagem perfeita da felicidade, se apagaria.  Todos sabíamos que havia essa possibilidade, de morrer quero dizer, mas o que doeu mais fundo foi o fato de que James se fora às custas de uma traição. Uma traição entre nós. Rabicho entregara a localização dele e Lílian para Voldemort e fugira, após explodir uma rua inteira de trouxas, matando doze deles , simular a própria morte pelas mãos de Sirius e o condenar por toda a vida por sua morte, pelas mortes de James e Lílian e por aqueles doze trouxas.

Doze anos se passaram e sabe se lá como, Sirius reuniu forças para escapar daquele destino cruel e ir atrás de Rabicho para fazê-lo pagar. Eu que não tinha acreditado na inocência de Sirius, até aquela fatídica noite no Salgueiro Lutador, depois de ouvir toda a história e comprovar que aquele rato filho da mãe estava vivo, juntei-me a Almofadinhas para matá-lo e fazê-lo pagar por tudo que havia feito. Harry, tão nobre quanto o pai, não deixou que nós o matássemos e exigiu que levássemos Rabicho ao Ministério da Magia, assim Sirius estaria livre de todas as acusações. Entretanto, por minha culpa, ele fugiu novamente.

Sirius. Nosso saco de pulgas, mais conhecido como Almofadinhas, partiu um ano e meio depois daquilo. Conseguiu fugir por algum tempo, mas aparatou com a recém retomada Ordem da Fênix no Ministério, no meio de um confronto com comensais e foi morto por sua própria prima, Bellatrix. Eu estava presente e nada pude fazer. Ele se foi, mas nem mesmo na hora da morte deixou de sorrir. Lembrei-me da primeira vez que o vi, na saleta à espera da seleção, sorrindo e com os olhos acinzentados brilhando pela ansiedade, e não pude deixar de pensar que, ao atravessar o véu, fora a primeira vez que eu não vira seus olhos brilharem.

Lupin desviou os olhos da lareira para reler mais uma vez o bilhete que recebera à alguns dias. Rabicho também estava morto.

Rabicho. O único cuja morte não me afetara tanto. Ele merecia. Tinha que estar morto a muito tempo. Contudo, talvez tenha se redimido perante aqueles que foram seus melhores amigos, principalmente perante Pontas , do qual levava a culpa da morte em suas costas.Tinha ordens de Voldemort para segurar Harry na Mansão Malfoy até a chegada dele, mas recusara-se a fazer isso, pagando a dívida que tinha com o menino, por ter lhe salvo a vida quando eu e Almofadinhas queríamos sua morte. A mão enfeitiçada que Voldemort lhe dera, o estrangulou por desobedecer as ordens. Quem sabe, agora, Pontas o tivesse perdoado. Sabia que o amigo tinha nobreza o bastante para isso.

Em meio a esses devaneios, viu a chama da lareira colorir-se de verde e a cabeça de Arthur Weasley aparecer nela.

- Lupin, Harry está em Hogwarts e Você-Sabe-Quem está a caminho.

- A Batalha vai começar.

- Receio que sim. Vá para Hogsmeade e procure por Aberforth, ele lhe levará até Hogwarts. Até daqui a pouco.

- Até.

Suspirou pesadamente, quando o homem se foi. Chegara a hora da batalha final e ele não sabia se sobreviveria. Sentiu Tonks o abraçar pelas costas e soube que ela escutara. Virou-se para a esposa que segurava Teddy no colo.

- Não tenho muito tempo, preciso ir agora . – abraçou ela e o filho ao mesmo tempo – Eu amo vocês. Muito. Sempre. Não se esqueçam disso.

- O quê? Não! Eu vou com você! Mamãe ficará com Teddy.

- Nem pense nisso, Tonks! Você precisa ficar, para o Teddy! – A esposa afastou-se um pouco de seu abraço para olhá-lo nos olhos.

- Eu vou com você. Está decidido, Remo.

- Não tenho tempo para discutir Tonks! Fique e cuide do nosso filho. Ele precisa de um dos pais ao lado dele!- ele os abraçou novamente. Lágrimas corriam pelo rosto da esposa. – Eu amo vocês.

- Você vai voltar. Eu sei que vai! Não se despeça Remo, por Merlim! Você vai voltar para nós. – Tonks chorava compulsivamente agora. Um ‘sim’ ficou preso na garganta de Lupin. Tinha o pressentimento de que não voltaria. Olhou mais uma vez para sua família e dando um beijo na testa de cada um, pegou um pouco de pó, jogou na lareira e se foi.

(...)

Hogwarts estava em meio a ruínas e chamas. Ele estava protegendo uma das torres e lutando contra os comensais que voavam e bombardeavam aquele canto. Uma maldição iria acertá-lo  antes que tivesse tempo de se defender, mas sentiu-se ser puxado para baixo rapidamente fugindo do feitiço e conseguindo estuporar o comensal que o mandara. Olhou para trás para ver quem era seu salvador e chocou-se ao ver Tonks ao seu lado.

- TONKS, POR MERLIM! O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI ? – gritou. A esposa lhe deu o sorriso mais largo e lindo que já havia dado.

- Eu te amo, Remo. E estou com você até o fim. – Lupin olhou naqueles olhos que tanto amava e soube que não podia querer mais nada, a não ser ficar ao lado dela para toda a eternidade.

- Eu te amo mais, minha Nymphadora. – sorriu e segurou a mão da esposa, que ainda sustentava o sorriso de antes.

Nos segundos que se antecederam à grande explosão, o lobisomem só teve tempo de pular na frente da esposa, na vã tentativa de protegê-la, antes que a escuridão da morte os alcançasse.

(...)

- Bem vindo à eternidade, meu querido Aluado. – Não precisava ver para saber que Pontas estava sorrindo o maior de seus sorrisos.

- Sabia que você era lento, mas não pensei que demoraria tanto, Aluadão! – Também não precisava ver para saber que os olhos de Almofadinhas brilhavam mais do que nunca, em meio às risadas debochadas.

- Achei que você não viria nunca, Aluado. – Rabicho, enfim, fora perdoado.

Nos segundos que se sucederam à grande explosão, o lobisomem só teve tempo de sentir as mãos entrelaçadas as da sua esposa e ouvir as saudações de seus melhores amigos, antes de acordar para a luz da eternidade.

Os três estavam lado a lado, olhando e sorrindo para ele. Estavam o acolhendo novamente, como fora há muitos anos em Hogwarts. E desta vez era para sempre. Não pôde conter um sorriso maroto a brincar-lhe nos lábios.

- Eu sempre soube que seria o último Maroto.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso aí.
Eu AMO os marotos! Principalmente, o meu Sirius-lindo-e-gostoso-Black ;)
Enfim, tive a ideia dessa short enquanto tomava banho, hahaha. Incrível como as minhas melhores ideias veem nessas horas, ou quando estou prestes a pegar no sono ;)
Agradeço a todos que leram e os que ainda vão ler!
Espero que tenham gostado e que deixem muitas reviews!
Até uma próxima!
Beijos sabor de tortinhas de abóbora,
Lii Malfoy.



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