The Young Daughter Of Hades escrita por Rena Smiles


Capítulo 6
Evocando memórias.




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Enquanto uma parte dos campistas festejavam no chalé de Hermes, Ronnie estava sentada bebendo flor de lótus espremida em um canto onde o barulho estava mais baixo. Ouviu um alvoroço fora do chalé e se virou. E viu Travis empurrando Connor para perto de onde ela estava enquanto Venni conversava com Will.

Connor se aproximou e ela rezou para que ele estivesse esquecido, mas por dentro pensou se não seria uma ideia interessante ter Connor como mais do que um amigo, mas logo tirou essa ideia da mente.

Mas era óbvio que ele não tinha. Ele veio para perto dela hesitante, tímido. Essa é nova, pensou Ronnie, Connor tímido.

–Ahn, Ronnie. - Ele disse sentando-se do lado da garota. Ela sentiu um arrepio. Atração? Talvez. Medo? Muito.

–Connor. - Ela tentou ao máximo manter a voz firme.

–Ronnie eu queria falar com você - Ela pensou no que diria. Se diria que não se lembrava, se faria-se de idiota ou se corresponderia. Ela assentiu e ele prosseguiu. – Eu, eu gosto de você. Mais como amigo.

Seus olhos se desviaram, não conseguia olha-lo. Fitava os pés e sentia o olhar penetrante do garoto nela. Ela engoliu em seco. Ele balançou a cabeça, se sentindo estúpido. Ele se levantou. E Ronnie sentiu repulsa de si mesma por não gostar dele.

–Connor - Ela disse com a voz macia. Ele se aproximou olhando em seus olhos e a envolveu em um beijo, mas que, para Ronnie, não significou nada. Quando os dois se afastaram ele foi embora e Ronnie ficou ali, parada e atordoada sem saber o que fazer.

Ela olhou para os lados e fez uma careta. Bufou e pôs as mãos na cintura fina, refletindo sobre como era estúpida. Enquanto Connor refletia o porquê de achar que ela gostaria dele. Já que, afinal, eram amigos. Somente amigos.

Ela bebeu mais do líquido, sentindo sua garganta queimar. Andou cambaleante para o chalé treze, na tentativa falha de dormir. Sentindo um choque de energia, seu sangue ferveu e ela levantou-se de supetão, sabendo o que deveria fazer. Foi para o bosque sentindo todas as riquezas vindo a seu encontro. Ela já havia se acostumado com aquilo, mas foi um trato que fizera há muito tempo com seu pai, para que Hazel pudesse voltar do Mundo Inferior, cumpriria metade da maldição dela, senão, seria óbvio que ela não conseguiria controla-la.

Andou para um descampado e se agachou. Enfiou as mãos na terra e a "sentiu". Ela evocava espíritos desde que tinha cinco anos. Não espíritos específicos, mas aleatórios. "Que família linda" pensou, "O que agita os esqueletos, a que tem metade de uma maldição e evoca espíritos e a que tem a outra metade da maldição". Ela sentiu um puxão, um pulsar de vida vindo das profundezas mas não recuou. Ela estava fraca, se continuasse seria possuída. Se jogou na terra cansada e com a respiração alterada e ficou ali, jogada na terra seca por algumas horas e logo após adormeceu

–Morena! Filha de Hades! - Alguém a sacudia.

–O que? - Deu um salto quando viu um certo filho de Hefesto ao seu lado.

–Você não parece bem.

–Eu estou ótima.

–Está queimada e sangrando eu...desculpe. - Ele olhou sua coxa queimada. Não era grave mas estava ardendo.

Ele sumiu por alguns segundos e depois apareceu com um micro pedaço de ambrosia e curativo. Ele deu o pedaço de ambrosia para ela.

–Posso? - Disse indicando a coxa torneada e nua da garota. Como ela não tinha visto aquilo antes? Estava ardendo e em carne viva. Ela assentiu e ele passou algo que fez ela sentir um alívio imediato.

–O que é isso?

–Não tenho a mínima ideia, um filho de Apolo fez para nós do chalé.

–Obrigada. - Ela tentou se levantar.

–Hey, eu não terminei. - Ele disse terminando de curar a perna dela e ir para sua testa onde um corte fundo estava cheio de terra.

Ele estava nervoso e evitava olhar nos olhos da garota.

–Eu não mordo. - Ronnie disse o fazendo corar violentamente. Seus sentidos estavam voltando rapidamente.

Leo sempre se sentia assim com garotas bonitas. Tímido, um ridículo e estúpido semideus que tem precipícios por mulheres que o atraem.

–Obrigada pelo curativo. Até amanhã, Valdez.

–Até Ronnie. - Ele disse dando-lhe as costas.

A morena deu um sorriso de canto e se levantou vendo Nico saindo do chalé de Hermes com Venni. Foi até eles que olharam para sua testa depois para sua coxa.

–O que aconteceu?

–Me queimei na captura e cai no chão do bosque. - Disse com descaso e Nico a olhou, entendendo que ela estava tentando evocar espíritos.

–Tudo pronto para amanhã? - Ela olhou para Venni.

–Nada - Venni disse.

–Nico?

–Eu já tenho tudo pronto. – Ele fez uma pausa. – O foguinho vai?

–Sim. Já falei com ele. E...já sei por onde e como iremos.

–Como? – Venni perguntou ansiosa.

–Um lugar que eu amo, você odeia, mas vai ser rápido pois vamos cortar caminho.

–Ah, então você está dizendo que... – Nico raciocinou.

–Exato maninho. – Ronnie disse animada.

–Ah não! – Disse Venni sabendo por onde iriam.

–Isso. Pelo subsolo. Sendo um terço da viagem no labirinto. - Disse Nico.

–Lindo cenário para uma morte lenta e dolorosa. – Ela disse calorosa para Venni que os fitava.

–Como nos velhos tempos. Nós três. Juntos. Em uma missão pelo subsolo. – Nico revirou os olhos com a excitação de Ronnie sobre aquilo. Era uma missão e ela estava tão ansiosa que ele estava já com medo de que levasse Venni para o Júpiter.

                                                     * * *

Ronnie foi para o chalé, retirou a cama, tirou os cintos do alçapão, pensando em como botaria os cintos na coxa machucada. Ficou andando pelos chalés e seus olhos pousaram na estátua de Zeus dentro do chalé onde Jason estava. Sem se lembrar desse detalhe adentrou o local olhando as fotos de Thalia e Luke. Ela sorriu. Sempre tivera um precipício por Luke e ficou mais incrédula ainda ao descobrir o quão cruel ele poderia ser. Mas dentro de toda aquela certeza de que ele era mal, ainda existia aquela fagulha de esperança. E por um momento fugaz pediu silenciosamente que o seu pai não fosse tão cruel com ele nos Campos de Punição.

–Ronnie certo? – Ouviu uma voz a chamar. Limpou as lágrimas. Lágrimas!? Mas que diabos?, pensou se virando e vendo o garoto com a camiseta do acampamento.

–Desculpe eu...Posso pegar essas fotos?

–Ahn, claro, eram de Thalia antes de ela entrar para a caçada.

–Eu sei. - Disse.

–Como? - Ele arqueou as sobrancelhas.

–Eu sou essa garota. – E apontou para uma menina da idade de Annie na foto que sorria com os três agarrada no pescoço de Luke.



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