A Different Valentines Day escrita por Sly Malik


Capítulo 1
Capítulo Único - A Different Valentines Day


Notas iniciais do capítulo

Bem, tá aí. Espero que gostem xx



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É dia dos namorados. Mas por que eu me importo? Minha namorada - ou devo dizer ex? - terminou comigo a pouco mais de um mês. Não, eu não estou triste. As coisas nunca foram muito bem, pra dizer a verdade. Sempre foram um pouco conturbadas, por causa do assédio das fãs, e tudo o mais. Opa, agora que me toquei, eu não me apresentei. Bem, sou Zayn Malik, integrante da banda One Direction. Tenho 22 anos, e mesmo depois de cinco anos a banda continua muito famosa, muito bem, obrigado. E, por incrível que pareça, as fãs estão ainda mais loucas.

Bem, voltando, hoje é Dia dos namorados e eu estou em um parque. Semana de folga, e estou dando sorte em relação às fãs. Parece que estão ocupadas com seus namorados. E sou bem discreto, devo acrescentar. Estou sozinho, sentado em um dos bancos enfeitados com balões de corações, observando o movimento. Liam e Louis foram passar o dia com as respectivas namoradas, obviamente. Harry e Niall disseram que iriam aproveitar o dia para ir à praia, relaxar um pouco. Aham, tá, relaxar, ‘tô sabendo. Mesmo depois de 5 anos os dois ainda não se amarraram com alguém. O sol está bem pálido, mas o dia está bonito em Londres. Eu bem que poderia aproveitar o dia com eles, mas não quis. Eles dizem que eu ainda estou deprimido com o termino do namoro. Ah, qual é, foram só três meses juntos, não estou deprimido. Só quero ficar sozinho. E eu ainda tenho uma semana pela frente para aproveitar.

Alguns minutos se passaram, e eu continuei observando. Agora estou olhando para a pequena floricultura onde vários homens estão comprando flores, provavelmente para suas namoradas. Mas, tem uma pessoa ali que não é um homem, além das vendedoras. Uma mulher está comprando uma rosa. Que coisa menos clichê, a mulher comprar uma flor pro seu namorado. Ri com o pensamento. Ela pegou uma rosa azul num buquê com várias outras. Pagou a vendedora e saiu de lá com um pequeno sorriso nos lábios avermelhados. Sentou-se no banco ao lado do meu, que era um pouco afastado. E eu ainda estou olhando para ela, mas parece que ela não percebeu. Ou não se importa, não sei dizer. Ei, espera, o que ela está fazendo? Ela tá despedaçando a rosa!


“Ei, o que você está fazendo?!”- Eu disse. Que raios eu estou fazendo?


“Oh, uau, hum, desculpe, o que? É comigo?”- Ela perguntou, com os olhos um pouco arregalados. Parece que só agora me notou.


“Ér.. É sim.. Mas esquece, não é nada.”- Estou sentido minhas bochechas esquentarem. Ah não, hormônios, já passou da hora de vocês tomarem jeito.


Ela deu de ombros e voltou para a sua tarefa. Tirava uma pétala por vez, e deixava-as fazer seu caminho até o chão, suavemente. Quando estava perto do fim, parou e olhou para mim, que ainda estava parado olhando para ela.


“Ah vamos lá, o que foi? Você quer alguma coisa?”- Ela começou um pouco exaltada. Eu arregalei os olhos.


“O-O que? N-Não, nada! Estou te incomodando? Se você quiser eu-”


“Não, não, eu não quis dizer isso”- Ela me interrompeu, parecendo um pouco arrependida –“É que eu não gosto que as pessoas fiquem me olhando assim, não estou acostumada.”


“Ah, eu sei bem como é.”- Eu ri pelo nariz -“Eu sou Zayn Malik, posso saber seu nome?”- Eu estendi a mão.


“Espera, Zayn Malik? Você não é ..”- Ela se atrapalhou um pouco –“ Desculpe. Meu nome é Roberta, Roberta Alencar.”- Ela pegou minha mão, mas rapidamente soltou desviando o olhar.


“É.. Bem, não querendo me intrometer, mas já me intrometendo, o que você está fazendo aqui sozinha, despetalando pobres rosas?”- Eu perguntei, sorrindo.


“Oh, uau..”- Ela colocou a rosa meio despetalada ao seu lado no banco. Voltou a olhar para mim. “Hum, nada. Só passeando”- Ela deu um pequeno sorriso.


“Só passeando..”- Repeti. Senti vontade de me bater. Que ótima ideia de tentar continuar um assunto, Zayn Malik. Ela vai te achar um retardado por ficar repetindo as coisas.


“É, só passeando.”- Ela me olhou estranho. Eu não falei? -“Olha, foi ótimo... Conversar com você, Zayn Malik, mas eu... Tenho que ir.”- Ela se levantou –“Bem, adeus.”


“Você poderia me passar seu...” – Tentei, mas ela já estava afastada, colocando os fones nos ouvidos. –“... telefone. Ah esquece!’


Continuei sentado onde no banco e voltei a observá-la. Ela parou onde um senhor vendia sorvetes e comprou um. Afastou-se um pouco e de repente começou a dançar. Balançava o corpo e a cabeça enquanto andava, atraindo alguns olhares. Comecei a rir, que mulher maluca! Acho que ela se tocou do que estava fazendo, pois parou e olhou em volta. Ela começou a gargalhar com ela mesma, voltou a andar e a tomar seu sorvete. Continuei observando-a até ela sumir de vista.


Finalmente me levantei, e fui até meu carro. Entrei, e dirigi até meu apartamento. Meu pensamento sempre voltava para a tarde estranha que eu tive. Alguma coisa naquela garota me despertou o interesse. Com isso na cabeça, passei o resto da tarde assistindo tv. Ou pelo menos tentando. Que ótimo jeito de aproveitar a folga, hein, Zayn Malik?

x-x-x

Roberta’s P.O.V.


Eu devo ter nascido com a bunda virada pra Lua, só pode. E devo ter batido a cabeça também, porque, Deus! Eu tinha conhecido Zayn Malik, um superstar, o sonho de milhões de adolescentes e simplesmente o deixei falando sozinho! Ah, vamos lá, ele parecia um pouco doidinho. A fama deve ter subido a cabeça e triturado alguns neurônios. Mas devo admitir que fiquei curiosa, em relação a ele. Enfim, eu realmente o deixei falando sozinho, e vim para casa. Paguei um mico antes disso, mas vim pra casa.

Entrei no meu apartamento, tirei meus sapatos e os coloquei no canto ao lado da porta, ficando descalça. Joguei minha bolsa em qualquer lugar enquanto ia até o centro da sala e olhava em volta. O que eu faria agora?... Segundos depois, peguei um livro que estava na mesinha de centro, joguei-me no sofá e tentei recomeçar a lê-lo de onde tinha parado. Mas eu passava o olhar pelas palavras sem realmente as ver. Meus pensamentos sempre eram direcionados aos acontecimentos de mais cedo. Fiquei assim pelo resto da tarde, tentando ler e sempre me distraindo. Desisti e finalmente me levantei.

“Mas que merda...”- Eu resmunguei pra mim mesma.

Fui até o banheiro e tomei um banho quente, decidida a dar uma volta pela cidade. Terminado o banho, fui até o quarto escolher uma roupa. Andei até o closet e olhei atentamente para as roupas, analisando-as. Isso seria difícil, já que eu não tinha planejado sair novamente. Demorando uns dez minutos, consegui me decidir (https://lh3.googleusercontent.com/-mjcVvrAzG-Q/UDxOnWxBVOI/AAAAAAAAKVI/762puJP9h2M/s576/short%252C%2520valentine%2527s%2520day.jpg).Terminei de me arrumar, fui até a sala e peguei minha bolsa, que estava jogada no chão perto do sofá e saí, trancando a porta logo depois.

Fui até um restaurante, a dois quarteirões da minha casa. Fui andando mesmo, a rua estava movimentada e não tinha necessidade de pegar o carro. Chegando ao restaurante, logo procurei pela mesa que sempre ficava, a mais afastada. Localizei-a e vi que estava livre, fui pra lá e me acomodei. O bom de sentar lá, é que era mais quentinho e dava pra você ver cada cantinho do lugar, além de ter uma parede envidraçada que fazia você ter uma ótima visão para a rua. Finalmente reparando no lugar, vi que estava cheio de casais. Bufei. Era melhor ter ficado em casa. Mesmo com esse pensamento na cabeça, continuei ali. Logo o garçom chegou, cumprimentei-o e apenas pedi algo para beber, já que ainda não tinha decidido qual prato pedir. Depois que a bebida chegou, continuei consultando o cardápio.

Passaram-se alguns minutos, até que percebi que alguém se acomodou na cadeira a minha frente. Levantei minha visão, que ainda estava voltando para o cardápio. Quando meus olhos se focalizaram, imediatamente reconheci aquele ser. Oh, uau.


Zayn's P.O.V.


Depois de ficar refletindo sobre a tal moça estranha, decidi sair. Já era noite, e percebi que estava com fome. Também, só tinha almoçado. Aposto que Niall não sobreviveria. Em falar nele, nem um dos caras se pronunciou ainda. Devem ter se dado bem, se é que você me entende.

O barulho que meu estomago fez me lembrou do que tinha que fazer. Tomei um banho pra espantar a preguiça e logo fui me arrumar. Depois, liguei para um taxi que me levaria ao restaurante. Não peguei meu carro porque poderiam reconhecê-lo, e chamar o motorista particular daria no mesmo.

Logo o taxi chegou e em pouco tempo eu já estava em frente ao restaurante. Nunca tinha ido ali, decidi inovar aquela noite. O taxista tinha me sugerido, quando lhe perguntei. Um senhor abriu a porta para mim, desejando boa noite. Fiz o mesmo e olhei em volta. Bem, acho que ninguém viria até mim e diria aquele típico “Boa noite senhor, por aqui, por favor”. Olhei em volta novamente, a procura de um lugar vazio. My God, quantos casais! Finalmente avistei uma mesa livre, um pouco ao fundo. Andando até lá, percebi que tinha alguém na mesa atrás dessa, totalmente ao fundo, no canto. Alguém não, ela. Roberta. Estava ali, olhando o cardápio atentamente, com a cabeça baixa.

Sem hesitar, fui até a mesa onde ela estava e sentei na sua frente, sorrindo abertamente, com um ar travesso. No mesmo instante ela levantou o rosto e olhou para mim, finalizando com uma expressão de surpresa. “Oh, uau”, a ouvi soltar baixinho.


“Olá”- Me pronunciei, ainda sorrindo. -“Você está acompanhada? Posso te fazer companhia?”


“Olá”- Ela repetiu, e um pequeno sorriso formou-se em seus lábios. – “Não, estou sozinha. E sim, pode me fazer companhia”- Ela respondeu.


“Hum, ótimo!”- Ela voltou sua visão para o cardápio novamente. –“Indecisa com o que pedir?”- Eu perguntei tentando arranjar assunto.


“Sim, sempre que venho aqui peço a mesma coisa, mas hoje decidi mudar.”- Ela levantou o rosto e me entregou o cardápio, sorrindo fraco –“Que tal você escolher?”


“Eu?”- Ela assentiu –“Ok, vamos lá”- peguei o cardápio e comecei a olhar os pratos. Fui direto para a parte de frangos –“Você gosta de frango?”


“Como não gostar?”- Ela perguntou.


“Bem, vou escolher algo bem simples... O que você acha de um Frango Xadrez?”- Eu opinei.


“Ótimo!”- Ela sorriu novamente e desviou o olhar. Levantou o braço e fez um sinal com a mão, chamando o garçom. O mesmo logo apareceu.


“O que deseja senhorita Alencar?”- Ele perguntou. Eu estranhei, ele tinha uma aparência nova pra falar daquele jeito.


“Drew, desde quando você me chama de ‘senhorita Alencar’? Onde foi parar o ‘Sly’ de sempre?”- Ela sorriu travessa.


“É que a senhorita está acompanhada então achei melhor..”- Ele pareceu ficar constrangido, prendi o riso. Roberta estava conscientemente constrangendo o pobre rapaz.


“Deixa de ser bobo! Mas enfim, o nosso pedido.”- Ela disse. Até agora eu estava quieto apenas observando.


“Ah sim”- Ele pegou o caderninho de notas –“Pode falar”


“Vou querer um Frango Xadrez para duas pessoas.. E pra beber..?”- Ela se dirigiu à mim. Olhei meio perdido.


“Ahn, um vinho...?”- Eu perguntei olhando para ela, que apenas deu de ombros –“É, vinho, traga o melhor da casa, por favor”- Eu disse ao garçom.


“Tudo bem!”- Ele retirou o copo de Roberta que agora estava vazio. –“Logo, venho com o pedido de vocês, com licença.”- Ele disse e se retirou.


“Então, você vem sempre aqui?”- Eu perguntei e ela riu. Não entendi o por que. –“O que foi?”


“Então isso não foi uma tentativa de cantada?”- Ela riu novamente e eu compreendi. –“Me desculpe, não resisti.”


“Oh.. Só entendi agora”- Eu disse e ri também.


“Mas respondendo a sua pergunta, sim, eu sempre venho aqui. Já sou de casa.”- Ela disse e virou o olhar para a rua.


“Vou começar a vir mais aqui então”- Eu disse galanteador. Ela olhou pra mim e deu um sorriso sarcástico.


“Então parece que vou ter que começar a frequentar outro restaurante”- Ela disse ainda sorrindo e eu a olhei ofendido e triste –“Awn, é brincadeira”- Ela riu. Ela estava rindo da minha cara descaradamente.


“Você é má”- Eu fiz bico.


“Aham, sou uma mulher malvada! E você é um bebezão”- Ela riu novamente. Eu não aguentei e ri também.


“É má, mas é legal”- Ela sorriu sincera. Sorri também. –“Então, conte-me sobre você. Pelo que posso perceber você não é de Londres, apesar do sotaque um pouco parecido”


“Não sou mesmo, sou brasileira”- Ela começou. Hum, brasileira? Já estou começando a gostar dela –“Moro aqui há dois anos, por isso o sotaque”


“Dois anos, sério?”- Ela assentiu sorrindo. –“O que te fez abandonar o calor do Brasil pra vir para o cubo de gelo que é Londres?”- Eu a olhei curioso.


“Sonho bem adolescente, sempre tive vontade de vir pra cá. E bem, nunca gostei tanto do calor do Brasil, sempre preferi o frio. Minha filha também sempre quis vir pra cá, por causa da sua banda. Ela é bem fã de vocês..”- Ela disse calmamente. Olhei-a incrédulo.


“Fi-Filha? C-como assim? Você tem quantos anos?”- Eu perguntei assustado. Ela mordeu os lábios e de repente soltou uma gargalhada.


“Sério que você acreditou?”- Ela disse em meio a risadas. Suspirei aliviado e ri com ela –“Oh, uau... Eu só tenho 21”- Ela disse e respirou fundo, para se recuperar das risadas. –“Dude, sua expressão foi impagável”- Ela disse zombando de mim. Ignorei isso.


Dude?– Eu repeti –“Você é uma mulher, sério? Além de má é louca”- Eu ri dela.


“Sim, eu sou uma mulher, eu uso gírias sim ok?!”- Ela empinou o nariz –“E sobre louca, você ainda não viu nada”- Ela sorriu travessa.


“Fiquei curioso agora”- E olhei-a malicioso. Ela riu fracamente e balançou a cabeça negativamente.


“Os seus pedidos”- O garçom chegou de repente e nos serviu.


“Aleluia”- Eu e Roberta dissemos juntos. Nos olhamos e rimos.


Começamos a comer e ficamos em silêncio. Percebi que Roberta às vezes olhava para rua e de vez em quando ria fracamente pelo nariz. Toda vez que isso acontecia, eu também olhava para rua e procurava do que ela estava rindo, mas nunca encontrava nada. Olhava novamente para ela e ela já estava comendo, ou bebericando seu vinho. Maluquinha, ‘tô dizendo. Terminamos de comer e continuamos em silêncio. O garçom reapareceu para recolher os pratos e nos servir de mais vinho. Aproveitando o movimento, tentei recomeçar a conversa.


“Então, Sly”- Usei o apelido que ouvi o garçom chama-la. Ela logo levantou o olhar para mim –“Com o que você trabalha? Ou ainda está só estudando?”


“Bem, eu trabalho e estudo. Estou terminando a faculdade de jornalismo, tiro algumas fotos para uma revista e às vezes escrevo alguns pequenos artigos”- Ela disse calma. Ok, uma aspirante a jornalista, calma. –“E acho melhor você não me chamar de Sly perto do Drew. Ele diz que só ele e Anna podem me chamar assim” – Ela sorriu –“É um ótimo amigo, mas ciumento ao extremo”


“Ele não está aqui agora, não é?”- Eu disse sorrindo e ela me acompanhou -“Mas ainda assim, porque ‘Sly’? Apelido diferente”


“É que nós três, Eu, Anna e Drew, somos bem fãs de Harry Potter. Eu e Anna nos conhecemos à bastante tempo, desde que morávamos no Brasil. Desde então, ela e Drew me chamam de Sly, eu e Drew a chamamos de Grifa e eu e Anna o chamamos de Snuffles”- Ela disse e sorriu, com os olhos brilhando.


“Nossa, vocês parecem ser bem grudados. Essa Anna mora aqui?”- Eu perguntei.


“Sim, ela veio morar comigo. Mas ela não está aqui agora, está em Oxford, participando de um concurso promovido pela faculdade dela”- Ela disse.


“Ah sim.. você parece sentir saudade dela”- Eu disse, reparando nos olhos dela, que de repente pareceram ficar tristes.


“Sim, bastante. A Grifa faz bastante falta, ainda mais depois que você acostuma a conviver com ela praticamente 24 horas por dia, todos os dias”- Ela disse baixo, meio distraída.


“Sei bem como é. Convivo com aqueles quatro malucos o tempo todo, e hoje que é o Dia dos Namorados, eles me abandonaram. Não aguento mais ficar sem ver aqueles quatro”- Eu disse. Como isso soou gay.


“Oh, uau, isso soou bem gay”- Ela disse rindo, como se tivesse lido meus pensamentos –“E espera, hoje é Dia dos Namorados? Bem que eu estava desconfiando..”- Ela cerrou os olhos.


“Você não sabia?”- Eu ri quando ela negou –“Meu Deus, você é a primeira mulher que eu conheço que não sabe quando é o Dia dos Namorados, ou esquece dele”


“Ah, eu não ligo pra essas coisas”- Ela deu de ombros –“E afinal, é um dia como qualquer outro, só que a cidade fica cheia de rosa e coraçõezinhos” – Ela disse bufando e olhou o próprio relógio de pulso. A vi arregalar os olhos.


“Como assim, já são onze e meia? Oh, uau, eu preciso ir!” – Ela pegou a bolsa que estava pendurada na cadeira e gritou –“DREW!”


Olhei para ela assustado e em cinco segundos o garçom já estava do nosso lado. Olhei-a novamente completamente perdido.


“Drew, traz nossa conta, por favor?”- Ela disse apressada.


“Claro, dois segundos”- Ele disse e saiu.


“Ei, espera, por que você tem que ir agora?”- Eu perguntei.


“Ah, me desculpe. Amanhã eu tenho uma aula extra bem cedo e ainda tenho três provas logo depois”- Ela respondeu, com um tom de desculpas.


“Você pode pelo menos me passar o seu número?”- Eu pedi, sorrindo para ela.


“Oh, uau, claro”- Ela disse. Eu rapidamente peguei meu celular e tirei uma foto dela, pra salvar o número com a foto. Em meio a pedidos para que eu apagasse a foto, ela me passou o número.


“Aqui está a conta”- O garçom voltou com o caderninho. Logo o peguei, mas em segundos o senti sendo puxado da minha mão.


“EI”- Eu exclamei olhando para Roberta, que olhava a conta e pegava a carteira. –“Não, não senhorita Alencar, eu pago”- Peguei o caderninho novamente.


“Não, ei, espera!”- Ela bufou –“Eu não vou aceitar isso. Vamos dividir, que tal?”


“Não, sem dividir. Eu pago e pronto.”- Eu disse firme.


“Ok. Só não tente me ligar depois, não gosto de homens tão orgulhosos”- Ela me disse, sorrindo.


“Não sou eu que estou sendo orgulhoso aqui”- Eu sorri para ela.


“Está sim. Eu opinei para nós dividirmos e você negou.”- Ela disse. E estava certa. Bufei.


“Ok, mas só dessa vez”- Eu olhei a conta e peguei o dinheiro, equivalente a metade do preço.


“Dessa vez? Terão outras?”- Ela perguntou e riu fracamente.


“Quem sabe?”- Eu sorri malicioso para ela.


Pagamos a conta e fomos saindo do restaurante. Trocávamos algumas palavras enquanto andávamos pela calçada à caminho do ponto de taxi, já que eu estava sem carro e ela tinha comentado que tinha ido a pé. Pegamos o taxi e fiz questão de deixá-la em casa primeiro, também fiz questão de pagar sozinho o taxi. Quando chegamos ao prédio, eu saí do taxi para levá-la a porta, mas pedi para que o taxista esperasse.


“Então, Boa noite”- Ela me disse.


“Boa noite. Espero que possamos ter mais encontros como esses”- Eu falei esperançoso, olhando-a.


“Encontro? Não me lembro de você ter me convidado para nenhum encontro..”- Ela sorriu sarcástica.


“Hum, então.. Você aceitaria sair comigo?”- Eu disse abrindo meu melhor sorriso para ela, observando aqueles olhos tão misteriosos. E o que eu mais sentia vontade no momento, era ter a oportunidade de desvenda-los.



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Notas finais do capítulo

Beeem, é isso aí! Me desculpem pelas tentativas falhas de fazer comédia, mas fazer o que né UHAAHUAH
Qualquer erro, avisem.
E mandem reviews, tendo gostado ou não!! ♥ xx



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