So Much For My Happy Ending escrita por Hilla Fox GM


Capítulo 3
Capítulo II - "No I wasn't saved"


Notas iniciais do capítulo

Hey poney, como vão?
Sorry a demora =X
espero que gostem E LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!



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Rachaduras no meu espelho mostram o meu rosto todo vermelho e machucado. E embora eu gritasse e gritasse, ninguém veio correndo. Não, eu não fui salva, eu não estava segura de você

Under The Water


O peito de Rose subia e descia, enquanto esperava Dominique chegar à sala da diretora. Do lado de fora, conseguia ouvir claramente a respiração de Minerva. Amiga dos seus pais.

Cadê aquela sua faquinha, que ela sempre usava para acabar com a angústia? Cadê a sua prima para essa tortura acabar mais rápido?

Por que o mundo sempre a punia com todas essas angústias?

Respira.

Inspira.

– Desculpa a demora – Dominique disse, aparecendo por fim, a camisa desarrumada igualmente ao cabelo.

– Onde estava? – Rose perguntou, levemente raivosa. Dominique estava se atracando com um qualquer enquanto ela quase perdia o coração de tanto sufoco?

– Com um do sétimo – Dominique mentiu, nem Rose ao menos percebeu. Nunca percebia, apenas desconfiava.

As duas voltaram ao silêncio, o mesmo que tanto incomodava Rose.

– Podem entrar – A voz de Minerva McGonagall fez-se presente entre as duas, quebrando o silêncio que quebrava Rose.

As duas entraram devagar na sala, sentaram-se nas duas cadeiras que ficavam de frente para a mesa de Minerva.

– Vieram me contar, senhoritas Weasley’s, que vocês duas normalmente fazem festas ilegais – Minerva disse direta. Rose sabia que ela deveria estar louca com essa explosão, riu mentalmente, ainda deixando a postura séria.

– X9s – Dominique murmurou.

– Foram vocês que fizeram esta? – Perguntou direta.

As duas negaram com a cabeça, sem abrirem a boca.

– Não tenho nenhuma prova. Então vou liberá-las, mas por favor, saibam: Eu estou de olho.

Rose saiu devagar, assustada com a ameaça. Ela não fez nada.

A raiva, angústia, loucura se misturavam. Deixou Dominique para trás sem ao menos dizer um tchau. Estava rumo ao banheiro do segundo andar começar novos segredos.

**

Dominique saíra da sala da diretora e se ficara observando Rose ir embora. Ela tinha algo a fazer.

Começou a descer as escadas em direção as masmorras quando esbarrou em alguém que vinha na direção contrária.

– Caralho, vê se olha por onde... - ela olhou para cima, levantando-se e apontando um dedo no rosto da pessoa. - Exatamente quem eu estava procurando.

– Sentindo minha falta, Weasley? - o garoto deu um sorriso malicioso.

– Nunca, Malfoy - ela revirou os olhos. - Sabia que eu e a Rose fomos chamadas para uma conversinha na sala do diretor por causa da festa?

– Quem mandou serem tão descuidadas - ele disse, voltando a subir as escadas.

– Não se faça de bobo, Malfoy - ela disse irritada enquanto o seguia.

– Do que você está falando, Weasley? - ele parou e a olhou.

– Nós sabemos que foi você quem fez a festa - ela colocou as mãos na cintura.

– Não fui eu - ele a olhou de cenho franzido. - Achei que tinham sido vocês.

A loira abrira a boca para responder, mas não saiu nenhum som.

– Está falando sério? - ela disse após alguns segundos em silencio.

– Eu posso ser muitas coisas, mas não sou um mentiroso.

– Se não foi você e nem a gente... então quem foi? - ela o olhou com os olhos levemente arregalados.

– Não faço idéia. Por que não pensamos sobre isso lá no meu quarto, hein? - ele lançou-lhe um olhar malicioso.

– Cai fora, loiro aguado.

– Você também é loira - ele enlaçou suas mãos em sua cintura.

– Mas não sou burra - ela sorriu.

Ele se limitou a rir, a puxando para mais perto.

– O que está acontecendo aqui? - uma voz masculina os interrompera.

– Nada, professor - Malfoy se apressara a falar para o professor de poções. - Estava indo para a biblioteca - ele lançou um olhar para Dominique que dizia "nos falamos mais tarde" e saiu.

Dominique saíra apressada das masmorras, evitando olhar o professor.

**

Albus estava no banheiro do segundo andar, esperando Rose voltar. Não falara que estaria ali esperando.

Quando ouviu passos na direção do banheiro, constatou que ela estava vindo.

Mas não era de qualquer ritmo os passos, eles eram rápidos e fortes. Ela estava correndo.

– Rose o quê foi? – O moreno perguntou vendo o estado de desespero da prima.

– Acham que fui eu! Eu ou a Dominique! Mas eu não fiz nada... – Ela fechou os olhos fortemente.

Ela sentou num canto isolada, abraçou as pernas e começou a balançar para frente e para trás. Ela odiava quando as pessoas falavam que ela tinha feito algo que ela não tinha feito.

Como quando as pessoas diziam que ela era uma salvadora da nação. Ela não era.

Seus pais sim, ela não.

E não fora ela que explodiu a sala. E mesmo assim falavam que era ela.

– Calma, Rose – Albus tentou se aproximar da prima de forma devagar – Eu acredito em você... – Ele disse tentando acalmá-la.

Ele sabia o quanto difícil era ouvir as pessoas dizerem que eles fizeram algo que não fizeram. É, na verdade, tortuoso.

– Eu vou pegar uma bebida para nós – O moreno disse passando os dedos pelo cabelo de Rose.

**


Saí do banheiro e cambaleei de volta para o espelho. Eu parecia um pouco melhor, talvez. Me olhei mais detalhadamente, e pude perceber as enormes olheiras debaixo de meus olhos azuis. Meu cabelo estava embaraçado, e eu ainda estava com a roupa da festa de ontem, totalmente amarrotada. Minha cabeça latejava e eu ainda sentia um pouco de tontura, mas acho que é pelo sono. O melhor para mim seria um banho gelado.
E foi o que fiz. Rose e Dominique ainda dormiam, e provavelmente só acordariam bem mais tarde, mas sempre fora assim. Eu sou a desnaturada que acorda ao nascer do sol para que ninguém a veja vomitando.
Vesti-me com uma blusa branca de botão, uma minissaia e calcei uma bota de cano baixo com salto e desci para o Salão Comunal da Grifinória, onde só havia um nerd de cabelo lambido dormindo sobre um livro enorme. Não pude me segurar e puxei a cadeira onde ele estava sentado, fazendo-o cair espantado no chão. Dei um sorriso sarcástico e saí dali.
Eu não sabia direito para onde ir, mas com certeza não seria para o Salão Principal, então acabei subindo para a torre de astronomia. Não sei porque, mas aquele lugar me faz sentir bem, talvez seja o vento que bate no meu rosto, fazendo eu me lembrar dos tempos em que jogava quadribol. Ah, o quadribol...
Parece até que foi ontem o dia em que o incidente aconteceu. Bem, eu era batedora da Grifinória, junto com meu irmão Lorcan. Éramos os melhores, só talvez não ultrapassamos Fred e George Weasley, mas ainda assim. Era o quarto ano, a Grifinória estava nas finais contra a Sonserina, e estávamos ganhando o jogo por 40x20. Mas eu não estava bem aquele dia, tinha recebido uma carta de minha mãe, dizendo que iriam desligar o aparelho de coma de meu melhor amigo, que estava lá já havia dois anos, sem obter nenhuma melhora. Sean... Eu sentia tanta falta dele...
Mas se ele se fosse... Eu iria também. Não suportaria mais a dor de permanecer com a ausência dele, a única pessoa que sabia dos meus segredos, que entendia como eu realmente me sentia. Então no meio do jogo me joguei da vassoura, e caí de uma altura de quinze metros. Eu teria morrido se um professor em alerta não tivesse feito um feitiço amortecedor no último segundo, mas mesmo assim fraturei uma costela e torci o pulso. Depois disso a diretora McGonagall ficou virada comigo, querendo uma explicação para o meu “ato suicida”, e contatando meus pais e uma equipe inteira de psicólogos, psiquiatras e neurologistas bruxos. Além disso, fiquei “terminantemente proibida de jogar quadribol novamente, ou sequer se aproximar de uma vassoura.” Mas a boa notícia é que, depois que expliquei sobre Sean, os pais dele resolveram não desligar a máquina que o mantinha vivo, ou quase isso.
Não sei quanto tempo fiquei naquela torre, uma, duas, talvez até três horas, apenas observando a paisagem dos terrenos de Hogwarts, sentada no parapeito da torre e balançando meus pés no ar. Então senti alguém se aproximar e sentar-se ao meu lado.
– Oi – ele falou.
– Você demorou – falei.
– O que? Não tínhamos nenhum tipo de encontro marcado – ele retrucou.
– Mas você sabe que eu sempre te espero – falei.
Ele não respondeu, sabia que isso era verdade. Todos os sábados eu o esperava lá na torre, mas ele sempre se atrasava, ou até nem vinha, e eu ficava plantada lá até por volta do meio-dia.
– Ontem eu tentei convencê-la de voltar comigo – ele mudou de assunto, depois de ficarmos em silêncio por vários minutos.
– E ela disse o que? – perguntei.
Ele hesitou, decidindo-se se me contaria ou não. Pude notar seus olhos se enchendo de lágrimas, mas lágrimas de raiva, ódio e ira.
– Ela disse que não iria voltar. Que tinha motivos de sobra para não largar aquele imbecil do Louise Weasley.
– Louise não é um imbecil – o interrompi. Mas ele não era mesmo. Louise era um ótimo rapaz, e metade da ala feminina suspirava quando ele passava. Era loiro, tinha um corpo atlético, era inteligente, e talvez até o par perfeito para Molly. Mas meu irmão não aceitava isso, ele ainda a amava demais.
– Que seja – Lorcan retrucou, amargurado. Mais alguns minutos se passaram em silêncio absoluto, e eu resolvi pôr um fim nisso.
– Você tem que esquecê-la – falei – para o seu bem.
– Não posso – ele insistiu.
– Claro que pode.
– Lysander – ele começou, quase impaciente – Molly sumiu.
– Como? – perguntei – ela tem que estar em algum lugar.
hã... Certo, a garota não pode sumir da noite para o dia.
– Lorcan... – eu estava com medo – você não fez nada, não é mesmo? Me diga que não foi você...
– Eu não sei – ele admitiu, com frustração – a única coisa que me lembro depois da discussão foi de encher a cara até não poder mais.
Não sei se foi impressão, mas acho que vi a sombra de alguém descendo as escadas da torre.
– Ei, acho que vi alguém ali – alertei, e Lorcan arregalou os olhos.
– Ah não...
Merda, tudo o que Lorcan menos precisava agora era de um bisbilhoteiro. Mas quem quer que seja essa pessoa, tem o destino do meu irmão nas mãos, e eu tinha um mau pressentimento sobre isso.


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Notas finais do capítulo

nossa fic tem um trailer *u* --> http://www.youtube.com/watch?v=k0Tt5ak3Fdg
Valeu, tb entrem no nosso blog --> thegoddessesofmadness.blogspot.com.br
Valeu e bzus aê povo



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