“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu
tamanho original”

Albert Einstein

Finalmente voltamos para casa, passamos por algumas coisas,
muitas vezes achamos que não sobreviveríamos, mas aqui estamos são e salvos. Para alguns foi um milagre estarmos aqui, no inicio eu pensava assim, mas acabei pensando que ainda não era a nossa hora... Contudo penso que esses tempos felizes não irão durar muito...

Voltamos para casa! (se é que podemos chamar nosso abrigo de
casa), a primeira coisa que fiz foi tirar a mascará (que aparecia ter grudado na minha face) e abraçar meu pai, queria ter abraçado minha mãe também, mas, bem... ela não está entre nós, este fora um encontro emocionante com a família (ou pelo menos o que sobrou dela), acho que também com Derek e Laís, entretanto acabamos não pensando na tristeza dos sobreviventes que encontramos pelo caminho, não era nossa culpa, bem era, mas nem tanto, só queríamos ficar felizes por um tempo, afinal experimentamos algo que não se via todo dia e acabamos nos adequando a isso, bem... mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer, independente se quiséssemos ou não, e acho que essa foi a nossa sorte, nos adaptamos mais cedo e já ficamos preparados para, talvez, o resto de nossas vida.....

–Ah, a boa e velha casa da árvore-exclamei para todos.

–Sim a boa e velha casa da arvore - Laís e Derek

–Ei ela não é tão velha assim...!! -disse meu pai

–KKKK’- todos

–Ai ai, já tinha esquecido como é rir - Nicholas.

–Então vai se acostumando, aqui no nosso grupo a maior parte
é só risadas - eu.

Os adultos pegaram as mochilas e bolsas, com varias armas e roupas e começaram a distribuir as armas, acho que eles não gostaram de ver nós carregando armas, mas como meu pai estava como um chefe eles não disseram nada, apenas nos davam olhares de desgosto, nós apenas os ignorava, então, notei que havia mais gente do que quando partimos, não só as pessoas que resgatamos, mas um grande número de pessoas até então desconhecidas, já não aguentava mais essa troca de olhares, então me levantei e exclamei:

–Bem, vou pro banho.

Peguei uma mochila cheia de roupas e subi para o segundo andar, escolhi uma camisa azul simples e como estava frio peguei uma blusa cinza e uma calça preta, fui reto em direção ao banheiro, quando meu pai me parou:

–Ei, filho, você pode depois que sair do banho ir à reunião, ela vai ser no 1° andar na sala...

–Posso claro, é sobre o quê?

–Planos de guerra... Ah, vocês esqueceram de buscar comida-então
ele se levantou e desceu as escadas.

Fiquei parado ali, na porta do banheiro, por uns 5 minutos, pensando sobre o que ele quis dizer com planos de guerra... Então fui ao banheiro, comeceia tomar banho, então comecei a lembrar e a revisar tudo o que aconteceu nos últimos dias, eles não tinham sido nada fáceis, mas o que mais me intrigava não era sobre o que aconteceu, era sobre o que meu pai quis dizer com Planos de guerra...