Oracle - The Beginning escrita por


Capítulo 21
Capítulo 10 - Oráculo, o ínicio - Parte 5


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, primeiramente queria agradecer a todos meu leitores. :3 De verdade. Não sei o que seria de mim sem vocês.
Esse capítulo foi complicado, principalmente no pov da Evelyn, por conta da tempestade de sentimentos que ela estava sentindo, tentei transmitir da melhor forma possível o momento confuso que ela está vivendo e tentando superar no momento.
Os próximos capítulos serão mais tensos, porém tem capítulo divertido.
Não vou demorar tanto quanto dessa vez, ja comecei a escrever.
Obrigado de verdade por estarem comigo.
Bom capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/261339/chapter/21

[P.O.V EVELYN]

A dor era quase que insuportável. Minha vida esvaneceu de meu corpo, simplesmente perdi toda minha família, meu pai era tudo que eu tinha. Levantei da cama e saí na pontinha dos pés para não acordar as meninas. Elas estavam me dando uma grande força, além do meu novo tutor, John, que também estava me ajudando bastante.

Minha nova família era especial, mas nada iria tirar a dor de ter perdido minha verdadeira família, quem me ensinaram o que sei e que me deram a vida. Eram quase duas da madrugada, como sempre a noite era muito gelada, dez graus imagino. Estremeci ao abrir a porta e receber a primeira brisa da floresta.

Suspirei e tirei minha camisola, deixando-a guardada na varanda e saltei na grama já transformada em loba. Disparei floresta adentro passando super-rápido por árvores e rasgando o vento, essa era a melhor maneira de me sentir livre. Eu precisava de um tempo para mim. A floresta sempre me acolheu e é um dos lugares que mais gosto de ficar.

Parei ao ver um vulto. Será que nem aqui eu vou ter paz? E essa hora... Não é um bom sinal. O vulto parou e me encarou, e apesar da minha visão de loba não dava para enxergar com total perfeição, além de ele estar usando algo para cobrir o rosto.

– Boa noite, senhorita – Sibilou, chegando perto devagar.

Com certeza era algum vampiro. Mas não tinha cheiro de um, mal sinal.

– Eu sinto muito por seu pai, mas foi preciso. Lamento que as consequências tenham sido piores do que eu planejei, sinto muito mesmo. – Disse.

As lágrimas tomaram conta de meus olhos. Então a culpa de toda dor que sinto é dele... Não pensei duas vezes e parti para cima do vampiro, saltando sobre ele pronta para cravar minha mandíbula em seu ombro. Mas ele foi mais esperto, e antes mesmo de eu me aproximar saltou para trás a uns três metros de altura e aterrissou em um galho de árvore sem sequer olhar. Caí no local onde ele estava ainda descrente de uma evasiva tão efetiva por parte do vampiro.

– Sei como se sente, senhorita. Vou repetir. Lamento por seu pai, mas a culpa eu faço questão de parcelar com certa Valquíria que diz ser sua amiga – ele me olhou sério. Cada palavra dita com toda cautela e gentileza anormal.

Ele suspirou e voltou a falar.

– Eu só a quero, não é minha intenção machucar seus amigos. Nada disso estaria acontecendo se eles não estivessem defendendo tanto ela. – as palavras dele pareciam verdadeiras. – Eu preciso apenas dela, você entende?

Anna é minha amiga, mas tudo começou depois de sua chegada. Ela trouxe os vampiros e as consequências disso estão refletindo na vida de bastante gente. Um sentimento ruim começa a tomar conta de mim, raiva, desprezo.

– Acho que você entendeu, caso contrário reflita mais um pouco. Sei que não quer perder mais alguém que ama. Seu amigo Jean, por exemplo – ele pulou no solo novamente, dessa vez com os braços cruzados. – Já disse tudo que tinha que dizer. Até mais, lobinha.

Assim como apareceu sumiu sem deixar vestígios, dentro da floresta. Era muito rápido, mas esse não foi o motivo pelo qual não fui atrás dele. As palavras dele não saiam de minha cabeça, e o pior é que tinha razão.

Passei o resto da noite pensando, em como era minha vida antes de Anna aparecer e depois dela trazer os Vampiros. Tudo poderia ser diferente, meu pai poderia estar vivo. Minha vida ainda teria uma chance de ser um pouco normal...

O sol estava para aparecer, então corri de volta para casa do John com um sentimento ruim de consumindo e tomando conta de mim. Assim que cheguei avistei Anna. Estava procurando alguma coisa com Claire na varanda, e olhava para floresta. Saí de trás das árvores e fui andando lentamente na direção dela, que olhou para mim e se assustou.

– Um, um... Lobo! – Ela puxou Claire pelos ombros e apontou para mim.

– Evelyn? – Claire perguntou.

Continuei andando na direção dela lentamente emitindo um rosnado, não sei por que mas era bom assustá-la.

– Evelyn? – Anna perguntou trêmula esticando a mão lentamente.

Agora estava a dois metros de mim.

– É você? - Insistiu.

– Acho que não é ela. – Claire puxou a mão dela.

Com uma fúria incontrolável, preparei para saltar em cima de Anna com um rosnado mais alto.

– O que está acontecendo? – Jean saiu rápido da porta.

– Um lobo! – Anna o abraçou.

Jean disse que cuidaria de mim, que seria um irmão que não tive até ela chegar e roubá-lo de mim.

– É a Lyn – Ele disse. – O que está fazendo? – Me encarou surpreso.

Parei de rosnar e pulei em cima deles, mas Jean foi mais rápido e me empurrou a uns três metros. Cai de pé e o olhei incrédula. Ele tentou me machucar? Não consigo acreditar nisso.

– O que você tem? – Ele gritou, espantado. Anna ficou atrás dele olhando por cima dos ombros.

Ele pediu uma toalha a Claire. Fiquei olhando os dois com muita raiva.

Claire trouxe a toalha e entregou a Jean que jogou em cima de mim. Respirei fundo e voltei à forma humana me enrolando no pano.

– Porque fez isso comigo? – Perguntei deixando algumas lágrimas escaparem, como odeio ser fraca.

– Lyn, você tentou nos atacar – Jean rebateu.

– Mentira! – gritei. – Eu só queria ela... – apontei para Anna.

– O que eu fiz para você? – Anna perguntou nervosa, tremendo.

– Tudo que está acontecendo é culpa sua. Depois que apareceu e trouxe esses vampiros idiotas minha vida acabou. Se não tivesse vindo para cá meu pai ainda estaria vivo! Eu te odeio. E Jean, fica com ela, vocês combinam – voltei a minha forma de loba e corri para dentro da floresta me sentindo sufocada e com uma dor forte no coração.

Ouvi passos rápidos atrás de mim, só podia ser ele. Nenhum dos meninos consegue correr tanto. Aumentei a velocidade, mas foi em vão, pois cada vez ele chegava mais perto.

De repente sinto um peso caindo sobre mim, meu equilíbrio é fortemente prejudicado e caio no chão me embolando no corpo. Levanto meio tonta e logo sinto alguém me abraçando. Ele me alcançou.

Ele passou o moletom por cima de minhas costas e voltei à forma humana. A blusa dele batia na metade de minhas coxas, um verdadeiro vestido por causa do meu tamanho minúsculo. Jean voltou a me abraçar, eu não conseguia parar de chorar. O que fiz foi totalmente errado. Porque eu dei ouvido aquele vampiro? Claro que a culpa não é da Anna, sou um monstro mesmo.

– Me desculpa Jean, não sei o que deu em mim – Murmurei ainda chorando.

– Está tudo bem – ele beijou minha testa e me abraçou. – Se tem algum culpado por tudo isso sou eu, não ela.

– Não, você está sendo perfeito. Posso te chamar de irmão? – Pedi tentando controlar essas lágrimas idiotas.

– Claro que sim – ele sorriu. –­ ­Eu já falei que você é como uma irmã para mim. Mas precisa me dizer por que fez aquilo.

Enquanto voltamos andando para casa contei tudo que aconteceu, o vampiro que apareceu, o que ele me disse, tudo com todos os detalhes possíveis.

– Ele sabe jogar com as pessoas... Lyn você deveria ter corrido de volta, ele poderia ter te matado – Me olhou preocupado.

– Me desculpe. Eu só faço as coisas erradas.

– Não é isso. Você só estava confusa e não é de se esperar outra coisa, é coisa demais para uma pessoa só – ele segurou minha mão. – Pode contar comigo sempre.

– Obrigado, novo irmão – abracei-o. – Me arrependo muito do que fiz, eu sou idiota. Anna é uma de minhas melhores amigas, não sei o que está acontecendo comigo.

– Ei! Tudo aconteceu agora praticamente, é difícil para você, para mim, para todos. Sei como deve estar se sentindo, mas saiba que seus amigos sempre estarão ao seu lado, inclusive Anna – ele estava certo.

Como fui burra, uma verdadeira idiota. Anna sempre esteve ao meu lado, mesmo depois que meu pai morreu, ela chamou as meninas para ficarem comigo na casa do John para me distrair. Na escola, foi ela quem me chamou para se juntar com Claire e formar nosso grupo.

Minha dívida com ela era grande, todos os momentos felizes, risadas, brincadeiras que passamos juntas nesse tempo. Eu não devia ter ido a floresta, não devia ter encontrado o vampiro ou ignorado e ter ido embora antes dele encher minha cabeça, mas se tem um culpado nisso tudo sou eu.

Jean me levou o resto do caminho nas costas, correndo. Mesmo comigo nas costas ele conseguia ser bem rápido, incrível. Logo chegamos e eu tinha que ir falar com Anna, me desculpar pelo modo que agi e pelas palavras.

– Vocês voltaram, finalmente! – Claire disse nervosa.

– O que foi dessa vez? – Jean indagou.

– Anna está trancada em seu quarto, ela quer ir embora Jean, sair da cidade – Ela me olhou. – Está melhor Evelyn? – Abriu os braços para mim.

Sorri de leve a abracei-a.

– Me desculpa, estava confusa. Não queria assustar vocês ou magoar Anna.

– Vou falar com ela, depois você se desculpa. Tudo bem para você Lyn?

– Claro maninho.

[P.O.V. JEAN]

O dia começou um pouco corrido, primeiro o colapso emocional de Evelyn, depois saber que um vampiro estava na floresta e não foi detectado, e não era o Alex. Creio que esse é maior que ele. Agora Anna está trancada em meu quarto chorando e querendo se mudar de novo.

– Abre a porta Anna. – Pedi batendo de leve.

– Me deixa sozinha! – Falou alto, a voz abatida.

– Não quero e não vou, se não abrir eu vou arrombar. – Ameacei.

– Arromba! O quarto é seu mesmo – Ela tinha razão.

– Por favor?

Sentei encostado na porta esperando uma resposta e nada. Um minuto se passou até que ouvi a chave virando e passos voltando para dentro do quarto. Finalmente ela abriu a porta para mim.

Levantei e entrei no quarto com cautela, Anna estava sentada na cama com os braços em cima dos joelhos e cabeça baixa. Sentei ao lado dela e abracei-a. Ela não me disse nada, ficamos em silêncio por uns dez minutos. Contei tudo que tinha acontecido, do encontro de Evelyn com o vampiro e o que ele falado para ela. O jogo sujo que o desgraçado fez com Evelyn para joga-la contra Anna.

– Eles nunca vão me deixar em paz, Jean. Você sabe disso – Choramingou.

– Então vou matar os dois. – cuspi as palavras com raiva – Nem que para isso tenha que caçá-los pelo resto da minha vida. Você não pode deixar o medo te dominar ou simplesmente cair nos joguinhos dele. Precisa lutar por sua vida, se instabilizar em um lugar.

– Eu sei, mas é uma droga, onde quer que eu vá eles vão atrás. Eu não quero estragar mais a vida de vocês – ela se referia a mim, Evelyn e todos amigos dela.

– Vai fazer isso se for embora. Além do mais eu não vou deixar você simplesmente ir. Se for vou junto.

– Sua família está toda aqui – ela me olhou curiosa.

Os olhos dela são tão perfeitos...

– E você faz parte dela, não sei viver sem minha melhor amiga, não mais.

Não consigo nem pensar na hipótese de ficar tão longe dela, e pior, sabendo que está correndo perigo. Sei que esses caras são barra pesada e jogam duro, mas não vou medir esforços para proteger todos que amo.

– Obrigada, você é muito especial – ela sorriu, agora mais calma.

– Você que é – beijei sua bochecha. – Se quiser eu te treino – falei sem pensar.

– Como assim?

– Bom, é só uma ideia. Você não é tão frágil quanto pensa, sei que pode se defender se quiser – falei olhando em seus olhos. – É mais forte do que pensa, pequena – sorri.

Ela sorriu meio sem saber o que responder, acho que não conseguia achar palavras.

– Cada pessoa tem um ponto forte – continuei. – Você pode ter algo que sirva para se defender, mesmo de um sobrenatural.

– Impossível lutar contra vampiros, só vocês fazem isso com facilidade – ela disse.

A teoria dela é aceitável, mas a minha a supera. Anna pode fazer isso, não pode ficar apenas fugindo com medo. Não estou falando para ela sair caçando esses seres, mas e quando eu ou os outros caçadores não estivermos por perto? Ela tem que aprender o básico para se defender.

– Não estou falando em você lutar contra eles, vai apenas estar se defendendo. Pensa na ideia, ok? – Pedi. O que custa tentar?

– Certo, vou pensar.

~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~~.~

Segunda-feira tem uma coisa que deixa todos os alunos tão tristes, todos tão desanimados que chega a ser quase insuportável ficar na sala de aula. Ainda mais quando faz frio e chove levemente. Porém tem os animadores, Bryan e Bryan e tem o Bryan também, esqueci de alguém, ah sim, Bryan!

Estamos assistindo aula de física. Fiz meu dever em tempo recorde, e o resto da aula dormi. Só acordei agora a pouco por que vai ser mudança de horário, então vamos assistir aula de química.

O sinal bateu e me levantei, arrumando rápido meu material. Já andando pelo corredor senti alguém puxando meu braço com sua mão gelada e macia. Nem preciso olhar para saber quem é.

– Fala Anna – falei sem olhar para trás.

Ela apertou o passo e andou ao meu lado.

– Sobre o treinamento, eu topo – ela disse.

– Pelo fato de que quer aprender a se defender ou pelo fato de que vai ficar algumas horas perto de mim? – Ironizei.

– Os dois – Beijou meu rosto e andou na frente.

Suspirei.

Essa garota sabe como bagunçar minha cabeça, meu coração, todo meu ser. Isso é sacanagem. Sinceramente, não é querendo me gabar, mas eu tenho todas as meninas da escola aos meus pés; sou solteiro, bonito, inteligente e tenho um Camaro. Mas essa Valquíria consegue mexer de um jeito comigo que não consigo explicar. Fora o fato do cheiro do cabelo dela me deixar louco. Sim, gosto do cheiro do cabelo dela.

Entrei na sala para assistir a aula de química, e tudo parece estar entrando nos eixos. Anna indo se sentar com Lorran como sempre. Bryan contando uma piada para Claire que ri como uma cabra tendo filhote. Hector explicando para Jess que ela não precisa ter um milhão de pares de sapato, que de fato ela só tem dois pés, mal sabe ele que é um vicio que ela tem de colecioná-los. Essa minha prima não existe.

É tão bom ver que as coisas estão voltando ao normal e ao mesmo tempo é ruim saber que não vai durar muito tempo. Calmaria não faz mais parte de minha vida, muito menos de Phenite.

Opa! Achei um bom lugar, última carteira da fileira do meio. E vou ter companhia de uma loirinha, a Beatrice. Ela é linda admito, mas meu coração é maldito e foi se apaixonar por outra loira. Bia tem olhos claros (verdes para ser exato) mede mais ou menos um e oitenta de altura. Não me importaria de pegar menina poucos centímetros mais alta que eu. Ela parece uma modelo de passarela.

– Bom dia, Beatrice – cumprimentei-a antes de sentar.

– Bom dia Sr. Konery.

– Posso? – indiquei a cadeira com a mão.

– Claro, à vontade – ela sorriu.

Acho que esse sorriso significa “Me convide para sair sábado à noite, gatinho?” Ou não.

– Cadê a professora? – Indaguei.

Muito estranho. Sempre que chegamos à sala a professora de química já está sentada com a prancheta na mão esperando todos sentarem para fazer a chamada. O que será que houve com ela?

– Foi resolver um assunto com um pai de um aluno, coisa rápida – ela explica.

– Ah bom, obrigado. Quando ela chegar você me cutuca, vou tirar um cochilo.

– Certo – ela falou meio a um sorriso.

Se essa garota não parar de sorrir para mim vou ser obrigado a me sentar em outra cadeira, é muita tentação para uma pessoa só. Será que pego? Melhor deixar do jeito que está por enquanto, mas se ela continuar não vai ter jeito, pelo menos um beijo tentarei roubar, o que claro, não será muito esforço.

– Acho que vai querer ver isso – ela sussurrou perto ao meu ouvido.

Levei um susto e levantei a cabeça.

– O que?

– Will. – ela apontou com o olhar para frente, onde Anna está.

Lorran não estava lá, deve ter ido ao banheiro. Will estava discutindo alguma coisa com Anna. Estava reclamando porque ela dedurou o esquema de cola dele para o professor e o fez perder dez pontos. Ela só fez isso por vingança, o retardado andou difamando as meninas da sala. Se acha o gostosão da cidade. Esse cara já está é me irritando; Não falta muito para eu sentar a porrada na cara dele. Parece que os idiotas com nome de Will me perseguem, já matei um lobo com esse nome e agora esse aluno idiota.

– Vocês são tudo umas putinhas mesmo! – Ele rosnou e foi andando para o fundo da sala.

Anna rasgou uma folha do seu caderno e arremessou em cheio na cabeça dele. Surpreendente a precisão do arremesso.

Will se virou e voltou com raiva em sua direção.

– Sua piranha! – Ele se aproximou.

– Encoste um dedo em um fio de cabelo dela e você vai ganhar uma passagem só de ida para o inferno. – falo me levantando calmamente.

O idiota parou e virou para mim, voltando ao fundo da sala e ficando frente a frente comigo. Pensei “Me bate, por favor, me dê um soco, me empurre, qualquer coisa. Será meu álibi para encher essa sua cara de porrada”.

– Você e mais quantos? – Ele sorriu de forma irônica.

– Experimente – desafiei sorrindo de mesma forma.

Em um movimento lento e tedioso Will ergueu o braço e tentou me socar. Segurei seu punho com uma das mãos e lentamente vou esmagando sua mãozinha de moça.

– Para, para, caralho como dói! – Ele xingou.

– Peça desculpa as meninas da sala – pedi tranquilamente.

– Não! – Ele falou raivoso e tentando me socar com a outra mão.

Segurei com mais facilidade ainda e comecei a apertar.

– As coisas só estão piorando para seu lado.

– M-Me desculpa! – Ele murmurou em meio à dor.

– Assim está bom, Srta MacUillis? – Perguntei.

– Não, está meio sem sal. Prefiro assim. Me desculpe meninas adoráveis de minha classe, não era minha intenção insultar vocês, sou um idiota e sempre serei um idiota que a minha mamãezinha não ensinou como tratar as pessoas bem. Assim é bem melhor.

– Você ouviu – olhei sério para ele e apertei ainda mais as mãos. – Acho que mais um pouco seus ossos serão esmagados.

– Tá bom! – Ele gemeu. Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto repetia as palavras de Anna.

Incrível como as pessoas decoram as coisas com tanta rapidez nos momentos difíceis. Como prometido solto às mãos dele. Will começa a sacudir elas incansavelmente.

– Na próxima vai ser pior. – Ameacei.

Ele enxugou o rosto na camisa e saiu da sala. Sei que não vai falar com o diretor, e se falar não vai dar nada, sou amigo do próprio. E com certeza vai ser pior para ele se o diretor ouvir meu motivo.

De fato ele não disse nada; é medroso demais para isso. Na verdade não gosto de ter que usar a vantagem de ser bem mais forte que um humano, mas às vezes é preciso, principalmente com pessoas arrogantes que só sabem machucar as outras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Review, plis? ^^
Não tenho muito que falar.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oracle - The Beginning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.