-  Neste momento Cloe encontrava-se dentro do carro a caminho de Downey, já lá iam umas 2 horas de viagem e ainda lhe restavam umas 3. Ela estava a desesperar. Desesperar ? Sim isso mesmo. Eram 6 da manhã e os berros ensurdecedoures da sua irmã de apenas um ano (Anne) estavam a dar com ela em doida. Já para não falar da sua mãe, Joanne, que não parava de a presionar para "calar" a sua irmã, e depois tambem havia o barulho da buzina do carro que o seu pai, George, fazia. Mas como é que havia tanta gente as 6 da manhã em plena auto-estrada ? Cloe, queria gritar de saturação. E ela ? Não importava? O que ela achava de tudo aquilo não importava ? Podiam-na recompensar deixando-a dormir pelo menos 5 minutos mas não. A sua irmã parecia que tinha o diabo dentro dela. 
 - Anne por amor de Deus! Vê o que é que a tua irmã tem ! Já não aguento mais! - Gritou-lhe mais uma vez Joanne. - Achas que me dá gozo vê-la assim ? Já para não dizer que os meu tímpanos estão prestes a sangrar! Talvez se não gritasses eu conseguia fazer alguma coisa ok ? - Ripostou-lhe Cloe. - Faz algo de útil e dá-me o biberom do leite dela ! - Vê lá como me falas minha menina! 

 [...] 


 -  Cloe tinha tido finalmente o seu tempo de descanço, tinha durmido pelo menos umas 2 horas, pelo menos pareceu-lhe. A sua irmã já não chorava, e os carros já circulavam normalmente. A única coisa que a estava a encomodar era agora a terrivel dor de costas que aquele banco do carro lhe tinha oferecido. Cloe continuava a perguntar-se o porquê de não ter vindo de avião se tinha possibilidades para tal. Mas bem. Passado algum tempo Cloe chega à nova casa. Era parecida à sua antiga casa. E era tal e qual como os seus pais gostavam, já Cloe, estava cansada de ter tanto luxo à sua volta. A decoração da casa até estava simples , já estava tudo mobiliado Cloe apenas tinha de guardar tudo no seu closet. 

 [...]
 - Filha anda jantar.  - A voz de Joanne tinha interrompido o sono de Cloe. - Jantar ? Mas que  ... - Sim filha, durmis-te o dia todo. Ainda te tentei acordar para comeres algo mas estavas ferrada. - Ok mãe, eu vou já. - Cloe deu um jeito no cabelo e na roupa e fui até à sala de jantar. - Então, quando é que vou para a minha nova escola ? - Amanhã. - Responderam em simultaneo os seus pais.
 [...]
 - Acorda, vá não queres chegar atrasada pois não ? - George, abanou-a calmamente para acordar a filha. - Eu não quero chegar atrasada, porque eu não quero ir. - Não vou discutir isto, sou eu que te vou por à escola, por isso despacha-te porque eu também tenho de ir trabalhar.  - E lá se foi o "pai simpático". - Disse Cloe a rastejar para a casa de banho que tinha no seu quarto.
 - Cloe podia ser rica, mas coisa que ela não era, era daquelas meninas ricas todas aperaltadas, com a mania que são alguém. Muito pelo conntrário. Cloe dava-se muito melhor com rapazes do que com raparigas. Vestidos e sais ? Apenas para ocasiôes excepcionais. Calças e calções, eram os seus melhores amigos. Maquilhagem ? Nem vê-la ! Apenas punha um pouco mesmo muito pouco para satisfazer a mãe. Cloe lavou-se , secou o cabelo, e vestiu o hábitual: uma T-shirt com uns calções crutos e umas vans pretas. E para finalizar atou o cabelo num carrapito ao alto da cabeça. Agarrou na sua mochila e pôs-se a caminha da cozinha.

 - Oi. - Disse ensonada. - Cloe! achas que isso são maneiras de ires para a escola? - Ripostou Joanne. - E tu ? Achas mesmo que lá por mudar de escola vou mudar uma jeito de ser ? Julgas-me assim ? Então companheira, tira o cavalinho da chuva porque se não ele constipa-se. - Cloe! Quantas vezes tenho de te dizer para não me chamares "companheira" ? Ahh ! Mas onde é que eu errei ?! - Estás a errar ao tentar criar uma pessoa que não sou. Já acabei de comer vou ter com o pai até logo.
[...]
 - Cloe tinha entrado na escola, que de agora em diante iria ser a sua. Por onde passava os olhares caíam sobre ela. Ela dirigiu-se à secretaria para lhe darem as informações de que iria precisar, ao sair chocou com alguém.