Como eu tinha uma detenção a cumprir me encaminhei até a sala da professora Minerva para saber qual era a tal detenção que eu teria que cumprir injustamente. Sim, porque a Parkinson mereceu aquilo.

Cheguei à porta da sala, fechei o punho e dei umas batidinhas.

_Pode entrar. – escutei a professora dizer lá de dentro.

Abri a porta e encontrei a professora sentada em sua escrivaninha com o seu robe escocês e escrevendo alguma coisa em um pergaminho.

_Senhorita Granger. Creio que está aqui para cumprir a sua detenção, estou certa? – perguntou e eu apenas assenti. – Muito bem, terá que guardar todos os livros que estiverem nas mesas da biblioteca em seus devidos lugares. E quando acabar venha na minha sala para avisar.

_Tudo bem. – disse e virei para sair.

_Senhorita Granger? – chamou-me ela e eu virei para ver o que ela queria – Eu sinto muito pela Hermione, e vamos fazer tudo o mais rápido possível para que ela volte ao normal.

_Obrigada professora. – agradeci e encaminhei-me para a biblioteca

Estava bem escuro por ser onze da noite então eu peguei a minha varinha e murmurei:

_Lumos! – e uma luz surgiu em sua ponta iluminando o caminho.

Quando cheguei à biblioteca peguei um lampião e acendi. Quando olhei em volta vi vários livros em cima das mesas.

_Esses alunos são um bando de folgados, isso sim. – reclamei e comecei a pegar os livros e juntar todos em uma mesa só para que facilitasse o meu trabalho.

Quando terminei havia quatorze pilhas de livros e cada uma possuía dez livros, olhei bem para o trabalho que eu teria e suspirei. Peguei o primeiro e fui guardá-lo, fiz isso com os outros e quando haviam se passado vinte minutos eu tinha acabado com uma pilha. Assim que fui pegar o primeiro da segunda pilha sinto uma mão tapar a minha boca.

_Huuuumm. – disse tentando tirar a mão da minha boca com uma das mãos e com a outra tentar pegar minha varinha que estava em cima da mesa.

_Shiiii, calma eu não vou te machucar. – disse alguém com uma voz que eu não reconheci. – Se parar de fazer escândalo eu te solto. Vai parar?

Eu apenas assenti com certo receio, afinal não havia reconhecido a voz. Então a pessoa tirou a mão da minha boa e eu pude pegar minha varinha e apontar para a cara da pessoa. Quando eu vi quem era suspirei de alívio.

_Draco, quase me matou de susto. – disse colocando a mão no peito e arfando.

_Desculpe. – disse rindo

_O que faz aqui? Se te pegarem pode ser expulso sabia?

_Sim, eu sabia. Eu não queria te deixar sozinha com tudo isso que tem acontecido ultimamente. E os Black nunca seguem as regras, você sabe disso. – realmente eu sabia, eu mesmo vivia quebrando elas.

_Isso é verdade. – disse rindo. – Mas, sabe que é perigoso.

_Por isso mesmo que estou aqui. – disse dando de ombros. – Quer ajuda?

_Se quiser. – falei simplesmente

Ele começou a pegar os livros e a guardá-los em seus devidos lugares. Em menos de quarenta minutos havíamos terminado tudo. Mas, como eu teria que ir avisar para a professora eu tinha que esperar mais um pouco se não ela desconfiaria de que eu tive ajuda.

Encostei-me em uma mesa e cruzei os meus braços, enquanto Draco ficou sentado na cadeira ao lado me observando. De repente ele levantou e veio a minha frente, apoiou as mãos na mesa e seu rosto ficou a centímetros do meu.

_Draco, como você mesmo disse, primos não podem ficar juntos. – disse provocando-o ainda mais sussurrando em seu ouvido e pude ver seus pelos se eriçarem.

_E quem disse que eu ligo para o que eu disse? – perguntou com uma cara incrivelmente sexy.

_Eu. – disse e beijei-o

Ele me puxou para mais perto dele encurtando o espaço entre nós, sua língua pediu passagem para meus lábios que eu concedi com ansiedade. Era um beijo urgente e ao mesmo tempo cheio de paixão. Ele segurou minhas coxas e colocou-me sentada em cima da mesa. Seus lábios roçavam meu pescoço e foi quando eu pude dizer:

_Draco não deveríamos fazer isso.

_E é exatamente por isso que estamos fazendo.

Quando nos separamos estávamos respirando com dificuldade e ficamos nos encarando com sorrisos bestas na face.

_Ninguém pode ficar sabendo disso, hein? – disse ele.

_Eu sei que vai contar ao Blásio, assim como sabe que eu irei contar a Hermione quando ela estiver bem. – disse com um sorriso maroto – Mas, fora eles ninguém poderá saber.

_Ninguém. – sussurrou e me deu um selinho.

Eu estava feliz de estar com ele, ele era a pessoa certa para mim, pelo menos por enquanto.