Summer Paradise I escrita por Mary Jane


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, desculpa a demora, mesmo! É que eu to sem acesso à internet em casa, e só posso postar quando venho pra casa da minha tia. Mas eu acho que dia 8 isso muda. Obrigada pelos reviews! Boa leitura :)



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POV / Luisa

   Eita que o negócio entre a Mari e a Gi ficou muito tenso. Essas duas vivem brigando, mas se amam. E eu não vou me meter nisso. Não mesmo. No final, sempre sobra pra mim.

   Resolvi então ir pro shopping, comprar meu vestido pra o baile, mesmo sem um par. Não ligo pra isso. Na hora eu iria arrumar alguém mesmo.

   Pedi um táxi e esse me levou pra o shopping. Eu procurei em algumas lojas, mas nada me agradava. Finalmente, entrei na loja que eu sempre ia com a Mari. A gente não saia do shopping sem comprar alguma coisa de lá. A vendedora, Vanessa, já nos conhecia.

- Luisa! Há quanto tempo você não vem por aqui! – falou Vanessa, saindo de trás do balcão.

- Oi! Pois é, não tive muito tempo ultimamente, por causa da escola. Mas agora eu estou de férias. – sorri.

- Então, o que vai querer hoje? – ela perguntou.

- Bom, eu estou com meus amigos, hospedada no Copacabana Palace, e lá vai ter uma festa de gala, e eu preciso de um vestido. O melhor que você tiver.

- Pode deixar. Vou pegar uns pra você e colocar na sacola, pra você levar pro provador, ok?

- Certo. Eu vou esperar ali, sentada. – apontei para um sofá que tinha umas revistas. Ela concordou e eu fui me sentar. Alguns minutos depois, ela chegou com uma sacola cheia de vestidos, um mais perfeito que o outro. Enquanto eu estava indo na direção do provador, bati em um garoto, e nós dois caímos.

- Ai, céus! Me desculpa! Tava tão empolgada pra provar a roupa que te derrubei. – falei, me levantando com a ajuda dele.

- Tudo bem, não foi nada. – ele disse.

- Você se machucou? – perguntei, preocupada.

- Não. Relaxa, ta tudo bem.

- Certo. Eu preciso provar isso. Desculpa mesmo. Tchau! – e fui saindo pra o provador.

   Provei todos os quatorze vestidos que Vanessa tinha colocado na sacola. Desses, só três ficaram bons. E eu tinha que escolher um entre esses três. Era a pior parte das compras. No final, fiquei com um cinza longo, que tinha umas camadas bonitas soltas pela saia dele. Fui para o caixa e paguei.

   Saindo da loja, comprei um milk shake e comecei a passear pelo shopping. Parei na frente de uma vitrine e comecei a olhar uns colares que combinassem com o meu vestido. Enquanto olhava a jóia, vi o garoto que derrubei, dentro da loja. Ele sorriu e eu sorri de volta.

   No final, entrei em uma outra loja e comprei outro colar. O meu signo é realmente muito indeciso. Enfim, comprei os sapatos e me joguei em um banco, cheia de sacolas.

- Que cansaço... – resmunguei. – preciso comer alguma coisa. Urgente. Antes que eu morra de fome.

   Comprei um lanche no Mc Donald’s, me sentei em uma mesa na praça de alimentação e coloquei as sacolas na cadeira do meu lado. Suspirei e comecei a comer. Se Aninha me visse comendo aquele troço extremamente calórico, ela me faria correr 25 horas na esteira.

   Quando terminei, olhei o relógio no meu pulso. 18h30. Lá vou eu ter que voltar pro hotel. Bem...pensando melhor, o que estava em cartaz nos cinemas? Fui olhar a programação, e resolvi ver um filme.

   Subi para o terceiro andar e comprei um ingresso para Jogos Vorazes, às 18h50. Sentei em um sofá, para esperar dar o tempo de entrar na sala do filme. Alguém sentou do meu lado. Rodrigo.

- E ai! – ele falou. Eu tentei responder o mais animada possível.

- Oi! Quanto tempo!

- Pois é...ta fazendo o que aqui cheia de sacola? – eu pensei em responder “não se pode mais vir ao shopping fazer algumas compras? Que eu saiba, ele é público”. Mas isso soaria muito grosseiro.

- Vou ver um filme.

- Hmmm. E como vão as férias? – Por que você não sai daqui logo?

- Estão boas. Eu to no hospedada no Copacabana Palace.

- Ah, legal. A Mariana ta lá também? – tenho que corrigir minha frase. “Rodrigo, o guri que é loucamente apaixonado pela Mari e que ainda não percebeu que não tem nenhuma chance”.

- Ela ta sim.

- E ela continua solteira? – eu tive uma séria e quase incontrolável vontade de rir. Mas consegui me conter.

- Não exatamente.

- Ah ta. Qualquer dia a gente se esbarra de novo. – ele ia embora? É isso mesmo, produção?

- Ok. Tchau.

- Falou. – então, ele finalmente saiu. Olhei o relógio de novo. 18h40. Melhor eu ir pra fila.

   Eu estava, bem de boa no meu lugar, quando alguém sentou do meu lado. O menino que eu esbarrei na loja. Deu uma risada. Sorte que o filme ainda não tinha começado.

- Ta me seguindo? – perguntei.

- Não. Por que estaria?

- Sei lá. É a terceira vez que a gente se esbarra.

- Ironia do destino. – credo. Depois dessa, eu vou ficar até calada. Vai que ele é um maníaco que quer me seqüestrar? Eu é que não vou me arriscar, né.

   Nem preciso dizer que o filme foi uma droga. Fiquei toda sem graça por causa do garoto do meu lado. Nem prestei muita atenção no que tava vendo. Se você me perguntar alguma coisa, só vou saber que o Josh Hutcherson tava no filme. Assim que as luzes se acenderam, me levantei e comecei a andar. Alguém segurou meu braço.

- Ei, desculpa pelo que eu disse. – falou o menino que tava do meu lado no cinema, e que eu derrubei na loja.

- Sem problemas. – me virei para sair e ele segurou meu braço novamente.

- Quer uma carona pra casa? – perguntou ele, tentando ser simpático.

- Não. Olha, será que dá pra me soltar? Eu preciso ir embora. – ele olhou pra baixo e me soltou. Eu saí pisando forte, e o mais rápido possível.

   Peguei o primeiro táxi que vi livre na frente do shopping. E, em alguns minutos, eu já estava no hotel.

   Cheguei na minha suíte e me joguei na cama (n/a: não sei se você já notou, mas, se já tiver notado, todas nós temos essa mania de nos jogar na cama). Que menino ridículo. Foi um grosso e ainda teve a cara de pau de dar em cima de mim? Af.  

   Já eram quase nove horas da noite, e eu vesti meu biquíni, um roupão branco, peguei uma sandália prendi meu cabelo e fui para a sauna do hotel. Uma das poucas coisas que poderia me acalmar naquele momento.

   Chegando na sauna, pendurei meu roupão, tirei as sandálias e sentei, encostando minha cabeça na parede e fechando meus olhos. Passaram mais ou menos meia hora, e alguém abriu a porta. Eu não queria abrir meus olhos, mas fui forçada a fazer isso. Ah, não.

- O que você ta fazendo aqui? – perguntei, irritada.

- Eu to hospedado aqui. Pode?

- Problema seu. – me levantei e fui andando em direção a porta. Ele segurou meu braço.

- Qual o seu problema, hein? – ele perguntou, olhando nos meus olhos.

- Ta doido, menino? O único problemático aqui é você. – ele ainda segurava meu braço. – Me solta.

- Só quando você me disser qual é o seu problema. – revirei os olhos.

- Eu não tenho problema! Eu já disse! Mas que droga! Me solta! – ele me soltou. Mas me encurralou na parede da sauna. – Ah, que ótimo. Você fez muito. Me soltou que é uma beleza. Por cinco segundos. – ele riu.

- Você é sempre assim?

- Lá vem você de novo...assim como?

- Irônica. – ele respondeu, ainda sorrindo.

- Ah, claro. Eu sou irônica. Aham, ta.

- Viu? Ta fazendo de novo. – eu ri.

- Eu não percebo quando faço isso...já é natural meu. – nós dois rimos. Ele ainda me encurralava na parede, e isso estava me deixando constrangida. – Er...será que dá pra você me soltar? Mas, me soltar mesmo. – ele riu alto.

- Quer ir no baile de gala comigo? – eu senti que corei. Mas como tava quente, acho que ele nem percebeu.

- Se você me soltar, tem uma grande possibilidade de eu aceitar. Se não, vamos morrer sufocados aqui nessa sauna. – nós rimos, e ele me deixou sair. Peguei meu roupão e fui em direção a porta. Antes de sair, lembrei de uma coisa que eu tinha que falar. – A propósito, eu sou a Luisa. E você?

- Eu sou o Chaz. – ele sorriu.

- Prazer, Chaz. – eu sorri de volta e saí, indo em direção ao meu quarto. 


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