Um Conto De Natal 02 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 6
Capítulo Unico, parte 06.




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            Terminando a linha, a ultima árvore. Sem adorno algum, somente lá.

- Não, não vai. – Salazar suspirou ao adentrar o salão vazio e seguir a passos apressados em direção a Rowena.

- Qual o problema Slytherin? É só uma árvore! – exclamou ela enquanto espalhava os enfeites delicadamente pelo chão, e com floreios de sua varinha, fazia pequenas luzes se ascenderem no pinheiro.

- Eu não quero. Eu não gosto do Natal.

- Não me faça obrigá-lo. –ela se virou para fitá-lo.

- Você não se atreveria. –ele estreitou os olhos.

- Com certeza. –ela riu baixo e em um segundo o grande Salazar Slytherin estava sentado numa poltrona de frente a sua árvore.

            O homem se debateu, mas era como se cordas invisíveis o prendessem ali. Ela ria baixo, fitando-o de forma divertida, enquanto balançava sua própria varinha e a dele em outra mão.

- ROWENA! –gritou.

- Estou aqui, não precisa gritar. –disse a mesma, revirando os olhos enquanto enfeites iam parar em seus braços e colo – Não se debata ok? Foi muito difícil achar esses enfeites.

- Rowena! – bufou enquanto tentava se soltar- Devolva minha varinha e me tire daqui.

- Não. Vai ficar ai quietinho, enquanto eu monto sua árvore. –teimou a mesma enquanto fitava o grande pinheiro concentrada,

- Argh. –ele bufou audivelmente, mas permaneceu quieto enquanto fitava a bela moça que trajava um lindo vestido azul escuro com detalhes em prateado arrumar a árvore. Os longos cabelos castanhos balançando em cachos pelas suas costas. Slytherin não podia negar, Rowena era linda.

 E bem, se iria ser obrigado a ficar sentado ali, poderia muito bem aproveitar a vista. Que não se tratava das árvores ali dispostas, claro.

- Se acalmou Sly? - Riu-se a castanha, balançando sua varinha e praticamente dançando envolta do pinheiro, envolvendo-o com enfeites verdes e pratas, belos e elegantes, escolhidos especialmente por ela.

- Sly?! - Repetiu o homem, arqueando a sobrancelha e fitando-a com um que de repreensão. - E eu não estou calmo, me solte logo Rowena.

- Deixa de ser rabugento, eu hein. E Sly sim, seu apelido. Algo contra? Se bem que mesmo tendo qualquer coisa contra, eu não vou mudar, gosto dele.- cantarolou ela, vendo as bolas verdes decoradas com brilhos flutuando em volta da árvore, pendurando-se sozinhas em lugares estratégicos bem pensados pela jovem.

- Tudo contra.  - Bufou, tentando novamente se soltar. - Vamos Rowena, me solte.

- Eu te solto, com uma condição. - Sorriu a castanha, com um brilho maroto no olhar. Slytherin arqueou a sobrancelha, questionador.

- Que condição...?

- Não precisa fazer essa cara de medo Sly, não é nada de mais.- Riu-se ela, fitando os enfeites se pendurarem sozinhos no grande pinheiro.

- Vindo de quem me amarrou aqui, isso não soa tão reconfortante. - Murmurou o moreno, revirando os olhos. ''

- Slytherin é tão rabugento. -  Disseram os gêmeos em uníssono, revirando os olhos ao mesmo tempo.

- Eu acho ele extremamente sexy.- Suspiraram as sonserinas.

- Sexy? Vocês acham ele sexy? - Ultrajaram-se os homens no recinto, sendo sonserinos ou não. Dumbledore fitava-os com ares divertido.

- Posso ser grifa, mas tenho bom gosto, eu concordo hein. - Disse Leh, rindo baixo.

- E eu sou corvina, e digo uma coisa, Rowena tinha bom gosto, por que né. - Riu-se Isa, acompanhada das demais.

- A gente pode por favor voltar a história? - Resmungou Harry, uma expressão nada boa passando pelo rosto.

- É, vamos voltar a história.- Bufou Draco. Os demais homens do recinto concordaram.

- Quem são os rabugentos agora? - Implicou Ciça, rindo baixo.

- Não sou rabugento! E vamos voltar a história, continue professor Dumbledore. - Suspirou Ron, quando Ciça arqueou a sobrancelha descrente, ao seu comentário anterior.

- Certo... - Sorriu o velho homem, retornando a história que contava.

'' Rowena revirou os olhos, se abaixando ao lado do homem, soltando.

- E qual é a condição? - Indagou Slytherin, fitando-a, aliviado quando sentiu-se livre.

- Vai ser mais receptivo em relação ao natal. - Respondeu simplesmente.

- E isso significa que...eu terei que participar? - A careta de horror no rosto do bruxo a fez rir.

- Sim, vai. Acho bom ir comprar presentes, já é amanhã Sly. - Piscou e deu as costas a ele, continuando sua arrumação pelo salão principal e no pinheiro deste, deixando-o para trás com cara de taxo.

•••

- Comprar presentes e participar do natal? Só pode ser piada. - Bufou Slytherin, andando pelas ruas de Hogsmead, franzindo a testa pela decoração natalina enfeitando as lojas do local. Suspirou. As pessoas realmente adoravam o natal.

Continuando a andar, viu um belo homem, robusto, com cabelos loiros curtos, usando uma capa de frio vermelha, e ao seu lado, uma bela mulher com cabelos castanhos caindo em em cascata por suas costas, uma capa azul elegante servindo-lhe como proteção do frio. O jeito como conversaram e riam animadamente, fez o bruxo estreitar os olhos e resmungar algo inaudível, virando-se na direção contrária, carrancudo.

      Para então trombar com uma pequena e bela moça, que quase caiu para trás, se ele não a segurasse.

- Helga, por merlin. -Suspirou Slytherin, soltando a bruxa, fitando-a ajeitar o casaco amarelo e os cabelos castanhos claros, fitando-o com reprovação.

- Cuidado por onde anda Salazar, meu merlin.  E alias, o que está fazendo aqui?  - Sua voz demonstrava surpresa.

- Estou andando em Hogsmead, oras. - Revirou os olhos, olhando em volta.

- Bom, achei que estaria no castelo, evitando a decoração natalina e o ar pré-natal em seu quarto.  - Deu de ombros.

- E eu queria muito bem estar. - Resmungou. - Mas Rowena me obrigou a fazer um trato com ela, então, infelizmente eu vou participar do natal.

- Vai? - Indagou surpresa- Uau, Rowena consegue mesmo as coisas... - murmurou e seu olhar fitou a frente, parecendo ver Godric e Rowena ao longe.  Slytherin suspirou e assentiu, sem falar mais nada.

- Bem, vou indo comprar os presentes...- Suspirou Helga, voltando a andar.

- Quer companhia...? - Indagou Slytherin, para surpresa de ambos. Hufflepuff voltou-se para ele, e sorriu surpresa.

- Claro. E você, quer ajuda para comprar os presentes? - Continuou a andar, com ele ao seu lado.

- Eu apreciaria. - Disse, sorrindo, porém sem mostrar os dentes, apenas erguendo o canto dos lábios. Porém, já era um começo.  ''

- Só eu estou visivelmente chocado por Slytherin sorrir? - Perguntou Olívio, parecendo realmente em choque. Camila riu baixo da cara do marido.

- Não é o único meu caro, não mesmo. - Assentiram os gemêos, com caras igualmente pasmas.

- Os sonserinos também sorriem sabiam? Eu hein.- Andy revirou os olhos para seus amigos grifos.

- É, mas o sonserino mór eu não sabia que sorria não. - Disse Ron, com um dar de ombros, resmungando um ai quando Ciça lhe deu um tapinha.

- É claro que ele sorria, meu merlin, ele não era um monstro.- Resmungou a morena, fuzilando os rapazes grifos que trocaram olhares incrédulos.

- Não importa gente, vamos voltar a história ok? - Suspirou Isa, sendo apoiada pelas crianças.  Dumbledore riu baixo.

- Posso continuar...?

- Claro professor. - Disseram, em uníssono.

“ – Então, tem em mente comprar o que? – perguntou Helga enquanto os dois andavam.

- Não tenho ideia. Eu nunca comprei presentes antes. – ele suspirou.

- Certo. Venha comigo. –ela riu baixo e saiu saltitante.

      Salazar a seguiu e suspirou quando ela parou a frente de Rowena e Godric. O homem se apressou para alcançá-la.

- Salazar? – indagou Godric, visivelmente surpreso- Saindo da toca nos dias natalinos?

- Prometi a uma pessoa que participaria do natal este ano, e mesmo odiando cada segundo e cada acorde de músicas natalinas, eu cumpro minhas promessas. –Respondeu simplesmente sem olhá-los nos olhos, e puxando Helga pelo braço, se afastou.

      Helga correu para acompanhá-lo, deixando-se ser puxada.

- O que foi aquilo? – Ela o fitou enquanto eles adentravam uma loja.

- Aquilo o que? – Indagou ele, enquanto andava por entre as prateleiras lotadas de coisas, uma mão no queixo alvo, pensativo.

- Você sabe. –Ela o seguiu.

- Nada demais. – Salazar deu os ombros enquanto revirava os olhos para o lojista que arregalou os olhos ao vê-lo ali – Só disse a verdade.

- Entendo... Você realmente odeia o natal, não é? Por que?

- Nada. – Disse, dando os ombros enquanto saia da loja, desinteressado por tudo que havia lá dentro.

- Não pode ser nada. – Teimou, enquanto acompanhava-o- Algo quando você era menor?

- Não, importa, ok? – Ele bufou, enquanto olhava em volta – Vila medíocre essa. Terei que ir ao Beco Diagonal, nos vemos depois?

      Ela assentiu e o homem aparatou. “

- Vai, vocês tem que admitir que o cara é estranho. – disse Alex, confuso.

- Ele não é estranho. – Gaby deu os ombros- Apenas não gostou de ver Rowena com Godric.

- Eu concordo, acho que ele era afim dela. – Sirius deu os ombros e Fe assentiu - Continue professor.

      Dumbledore assentiu e voltou a narrar.

“ Os dias passaram voando e para a felicidade de todos, o Natal chegou numa bela noite de sábado. O clima estava frio e nevava calmamente do lado de fora do castelo, como se pequenos pedaços de nuvens branquinhas e fofas caíssem lentamente do céu formando um macio tapete branco por entre as paisagens. Salazar saiu finalmente de sei quarto e seguiu para o salão principal. Usava vestes elegantes num tom de verde escuro. Os cabelos milimetricamente arrumados.

      Ao adentrar o salão, ele suspirou. Uma mesa redonda havia sido posta no meio do salão com quatro cadeiras ao seu redor. Três delas já ocupadas.

- Salazar! – exclamou Rowena enquanto se levantava- Eu falei que ele vinha Gryffindor.

      O homem riu.

- Tem razão. Eu duvidei de você, desculpe-me Rowena.

      Ela riu baixo enquanto puxava o diretor para sentar-se ao seu lado.

- Agora sim está completo. – Helga sorriu e estalou os dedos.

      Uma grande e farta refeição surgiu diante deles, e se puseram a comer.  Algumas conversas os acometeram timidamente no começo, mas em seguida falavam tranquilamente, já meio alegres pela bebida. Quando acabaram a sobremesa, os presentes foram trocados, e então, cada um seguiu para seu aposento.

      Rowena caminhava tranquilamente para sua torre, quando foi parada por Salazar, que a esperava no meio do caminho.

- Não foi tão ruim, foi? –perguntou, sorridente.

- Não, não foi. – ele fez uma careta, admitindo. Rowena sorriu largamente – Que tal receber seu presente agora?

- Presente? – indagou, visivelmente surpresa. – Você comprou um presente pra mim?

- Não comprar exatamente. – Salazar deu os ombros- Eu mandei fazer...

- Me mostre então! – exclamou, animada-

      Ele riu baixo de sua animação e tirou de dentro das vestes uma caixa retangular, grande demais para um colar, pulseira, brincos ou anel. Quando ele abriu, ela arfou, colocando as mãos na boca, totalmente surpresa.

      Dentro da caixa, apoiada em veludo negro, estava um diadema. Uma coroa prateada, com ornamentos que pareciam ramalhetes de delicadas flores, todos juntando-se no centro, onde uma bela safira azul intensa brilhava a pouca luz.

- Salazar... – murmurou, abismada, pegando o diadema nas mãos com delicadeza- É linda... Mas, eu não posso aceitar.

- Claro que pode. –ele pegou o objeto de suas mãos- Foi feito exatamente para você Rowena, não poderá servir em mais ninguém.

      Ela sorriu ao ver que, atrás da bela pedra, havia uma frase gravada “O espirito sem limites, é o maior tesouro do homem.”

- Obrigada... É lindo.

- Não tão digno de sua beleza. –ele sorrio de leve, enquanto colocava a coroa sobre os cabelos castanhos que caiam em uma cascata de cachos por suas costas.

- Conhece a lenda dos viscos Salazar? –perguntou ela, sorrindo misteriosa ao notar um visco acima dos dois.

      O homem seguiu seu olhar e então a fitou. Os olhos cinzentos prendendo-se aos azuis de forma intensa. Os dois se aproximaram sem se conter. Como se seus olhares fossem buracos negros, puxando-os cada vez mais para si.

      Sem perceber, eles foram se aproximando cada vez mais, e quando notaram, seus lábios roçavam-se lentamente.

      Rowena arfou, enlaçando os braços em seu pescoço automaticamente ao senti-lo enlaçar sua cintura e puxa-la mais pra perto, grudando seus lábios num beijo apaixonado.

Contudo, não perceberam a presença de certo homem ali. O qual desviou o olhar rapidamente da cena e virou-se seguindo na direção contrária a qual ia. Os passos de Godric soaram pesados sobre o piso de Hogwarts, enquanto este trotava furiosamente pelos corredores, abominando a decoração natalina. Maldita hora que Rowena convencera Salazar a juntar-se a eles no natal. De certa forma, ele podia muito bem imaginar por que ela fizera isto.

Tudo a sua frente parecia tingir-se de vermelho. Não sabia ao certo se estava com ciúmes da jovem ou de ela ter preterido Salazar, como se ele fosse algo a mais que Godric. A ideia o perturbava, e o deixava com raiva.  ''


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