Um Conto De Natal 02 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 4
Capítulo Unico, parte 04.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260923/chapter/4

  - Uou, uma vassoura! - Exultou. Fe fez uma leve careta.

  - É agora que ele destrói a casa toda. - Todos riram. O jovem Nico sorriu inocente.

  - Que isso mãe... - Riu-se ele e então, com um pequeno embrulho verde na mão, fingiu pensar por um estante- Bom, ele é o menor daqui acho, embora ele cresça bastante e muito rápido. Tirei o Jay. - Andy sorriu, segurando seu pequeno filho no colo, que ergueu os olhinhos espertos ao ouvir seu nome e bateu palmas, recebendo o embrulho com animação e rasgando o pacote transformando-o em simples pedacinhos. Ele pareceu adorar a roupa que recebera, sendo ela toda customizada com cores sonserinas. Abraçou-a sorrindo pra mãe, se aninhando em seu colo. 

- Diz quem você tirou filho.- Sorriu Andy, segurando o pequeno de três anos no colo, que sacudia uma caixinha embrulhada num papel vermelho cintilante, que fazia um leve tintilar.

- Tilei a Emmy. - Sorriu Jay, alegremente. Emmy sorriu e deu um beijo no rosto do pequeno pegando a caixinha, feliz ao ver uma belíssima pulseira de prata formada por elos delicados, pendendo de um a cada dois espaços, uma pequena estrela cintilante.

-  É linda. - Sorriu, pedindo ajuda a sua mãe para colocá-la no pulso. Então, pegou um embrulho laranja chamativo.- Eu tirei um dos melhores goleiros que a grifinória já teve, o nosso rei. Tirei você pai. - Piscou e Ron sorriu bobo, indo até sua filha erguendo-a no colo e enchendo-a de beijos. Abriu o presente com ela no colo, sorrindo ainda mais ao ver uma camisa dos Chudley Cannons autografada por todos os jogadores.

  -Eu também fui um bom goleiro. - Brincou Olívio. Camila lhe deu um tapinha.

  -Olívio!                                                                

  -Ai, tava só brincando.- Riu-se o castanho, roubando um selinho da loira, fazendo as crianças em volta franzirem a testa com nojo.

  - Uou, que presentão filha. - Emmy deu um estalado beijo na bochecha de seu pai e então saltou de seu colo, indo se sentar de novo.  - Bem, eu tirei uma futura marota, com certeza. Thalia. - A filha de Sirius sorriu, de forma marota como seu pai e irmão, e foi até o ruivo, lhe dando um abraço e pegando o presente.

   Sorriu mais ainda ao ver um enorme cão de pelúcia de pelagem negra igual a forma animaga de seu pai, para completar, uma coleira dourada com os dizeres '' Almofadinhas''. Fe riu, enquanto Sirius resmungava que todos adoravam esfregar na cara dele que ele era um cachorro, o que só fez todos rirem mais.

  - Eu gostei do presente tá pai. - Thalia abraçou o cachorro de pelúcia, fazendo seu pai sorrir bobo. - Bom, eu tirei um gemêo. É brincalhão e está sempre fazendo piadas. - Jorge e Fred se entreolharam, esperando algo que defini-se quem era-  Tirei o tio Jorge.

  - Tira o tio da parada gata. - Piscou Jorge, Suh revirou os olhos. Thaila riu e o abraçou, entregando seu presente a ele. O ruivo desembrulhou, dando de cara com um brinquedo trouxa. - Que prancha estranha com duas rodas é essa?

  - É um skate tio Jorge.- Riram Scorps e Thiago, caindo na gargalhada. O ruivo fez uma careta.

   - Crianças de hoje em dia...- Resmungou e colocou o tal skate no chão.- E o que eu faço com isso? Sento nele e saio andando? É tipo uma cadeira com rodas, não tão confortável? - Todos já estavam rindo como nunca.

   - Não Jorge.- Suh revirou os olhos, rindo alto- Você sobe nele, em pé, e anda. É bem simples.

 -  Simples é? Então tá bom...- Seguindo as instruções da castanha, subiu no skate, tentando se equilibrar quando o mesmo começou a andar- OPA!- Gritou, desequilibrando-se e caindo estatelado no chão, com o skate indo parar em cima dele. As gargalhadas preencheram o salão, enquanto o ruivo resmungava e massageava o local dolorido, se levantando e carregando o skate consigo.

 - E ainda dizem que isso ai é meu irmão gêmeo.- Fred riu. Gaby riu baixinho, mas repreendeu o marido, lhe dando um tapinha. - Ai, tapa de amor não dói querida.

  - Presente de grego viu Thalia, mas deixa quieto.- A menina riu alto e sorriu inocente pro Weasley. Jorge então logo já estava de bom humor e sorria de seu jeito costumeiro, mais brincalhão impossível.

  - Bom, eu tirei minha alma gemêa, o feijão do meu arroz, a minha cópia mal feita e xerocada em uma lan house de quinta. Vem cá Fredito. - Fred riu do irmão e foi até ele, pegando um presente muito suspeito de suas mãos.

  - Isso não vai explodir e deformar minha linda cara não né?

  - Nem precisa algo explodir para sua cara já ser deformada né maninho.- Todos riram, revirando os olhos das implicâncias dos gêmeos Weasley. Já estavam acostumados.

  - Eu sou o mais bonito, aceite isso Jorgito. - Fred então abriu a caixa, recebendo uma chuva de serpentinas na cara deixando-o envolto por várias fitas coloridas de todos os tipos. Seu rosto estava sério, mas ninguém conseguiu manter-se sem rir, afinal, a cena era hilária.

 - Eu sei que gostou do presente, vem cá me dar um abraço praga ruiva.- Jorge abriu os braços e riu alto desviando da caixa que seu irmão tacou nele.

   - Tá me devendo um presente.- Resmungou ele, tirando as fitas de cima de si, jogando-as no chão. O ruivo riu alto, voltando a se sentar.  - Bom, eu tirei um menino que infelizmente é  a cara do pai. Sem tirar nem por a pobre da criança puxou esse magrelo ocludo chamado Harry. Vem cá Alvitcho, ainda tem solução meu fio. - Harry girou os olhos. Gaby brigou com Fred, mandando-o parar de implicar com o fofo do Alvo. O ruivo riu alto e piscou pra esposa, enquanto o garoto corava com o comentário.

 - Valeu Fred. Eu acho.- Alvo pegou o embrulho vermelho com listras douradas, abrindo-o. - O que é isso? - Analisou o grande círculos, com vários e vários círculos que iam desenhados nele, diminuindo de tamanho desde a borda, chegando ao centro sendo apenas uma pequena bolinha vermelha.

  - É um jogo de tiro ao alvo. Sacou? - Fred sorriu amarelo. Alvo fitou-o e balançou a cabeça, não acreditando nisso. Jorge bufou e deu um tapa na cabeça do irmão.

  - Essa piada doeu fundo de tão ruim Fred.

  - Fiz o possível, moço da serpentina.- Bufou, devolvendo o tapa. Logo as esposas tiveram que intervir pra que eles não saíssem rolando pelo chão, como no ano do Torneio Tribruxo. As duas riram ao lembrarem disso.

  -  Bem...- Alvo limpou a garganta, chamando a atenção pra si, segurando uma gaiola, afinal era a única coisa que poderia ter aquele formato, tapada por um pano cinza claro, meio prateado. - Ela é loira, e bem bonita, e esse presente, é para ela poder se corresponder com quem quiser, já que agora está em Hogwarts. Tirei a Soph. - A pequena garota sorriu e abraçou Alvo, lhe dando um beijo estalado na bochecha, deixando-o com as bochechas vermelhas. Isa riu baixinho, sussurrando a Harry que ele realmente puxará ao pai, o que deixou o menino que sobrevivera com as bochechas tão coradas quanto a do filho.

Tirando o fino pano de cima, Soph ofegou ao ver uma lindíssima e alva coruja a fitando com olhos curiosos inteligentes, verde esmeralda que lembravam a ela os olhos de Alvo, sua pelagem sedosa e cinza bem clara, suas pernas eram bem cintilantes e pareciam realmente prateadas. Camila sorriu pro pequeno Potter, agradecendo o presente, afinal sabia que a garota estava querendo uma coruja há tempos.

 - A pessoa que eu tirei – Começou Soph- gosta muito de poções, é um homem muito corajoso e foi um dos melhores professores de poções, segundo minha mãe, que sempre me diz isso. - Severo não conteve um sorriso, levantando-se e indo até a jovem, abraçando-a meio desajeitado e pegando seu presente.

 - Obrigado Sophie.- Agradeceu, abrindo o pacote, vendo um kit para preparo de poções avançadas, com utensílios raros e de todos os mais variados tipos. - Todos já devem saber quem tirei. - Snape fitou Harry, que se levantou meio desconfortável e deu um sorrisinho amarelo, caminhando até seu ex professor. Apesar de já saber da verdade há um bom tempo, eles não eram tão amigos assim. Snape afinal sempre fora muito fechado. Mas, eles agora se davam bem, podiam considerar-se ao menos amigos não tão próximos, mas ainda assim amigos.

Harry fitou a gaiola, sendo esta maior que a de Soph, puxando o pano vermelho de cima desta. Seus olhos se enxeram de lágrimas instantaneamente quando viu a coruja alva empoleirada ali. Era uma cópia de Edwiges, a qual havia sido sua companheira desde o primeiro ano em Hogwarts e havia, infelizmente, morrido no sétimo ano. Fitando-o com os seus olhos azuis cintilantes, lembrando-a ainda mais de sua antiga coruja.

 - Encontrei-a na loja onde Hagrid comprou Edwiges.- Comentou Severo. - Descobri que ela havia tido filhotes antes de ser vendida a você. Essa é um dos filhos dela, Edwin. Tem os olhos da mãe. - Um sorriso meio triste surgiu no rosto de Snape. Harry o fitou, sorrindo emocionado, ouvindo Edwin piar dentro de sua gaiola.

 - Obrigado, Severo. - Agradeceu. Mas em sua voz, deixou explícito que não era somente por aquele presente, mas por tudo que sabia que seu ex professor havia feito, pois nunca conseguira agradecê-lo realmente por aquilo.

- De nada. - Eles se cumprimentaram com um aperto de mãos amigável e assentindo com a cabeça um pro outro, foram se sentar. Todos sorriam alegres pelo que havia ocorrido ali.

  O amigo secreto havia sido incrível e todos haviam se divertido muito. Mas a noite mal começara, e dizer que as coisas continuaram em paz, poderia ser algo precipitado. Ainda havia muito pra acontecer...

•••

- Podíamos pedir para a sala trazer Aberforth novamente, não? – perguntou Isa enquanto Severo e Harry voltavam a se sentar.

- Nada disso, quem contará histórias esta noite serei eu. – disse uma voz vinda da frente.

            Todos olharam, confusos e então os adultos ofegaram. Na parede que antes estava vazia, agora havia um grande quadro, com bordas douradas porém simples, nela um homem sentado numa poltrona vermelha. Tinha cabelos brancos, e olhos azuis parcialmente cobertos por oclinhos de meia-lua. Os olhos dele estavam brilhantes, e uma lágrima de emoção escorreu pelo nariz torto.

- PROFESSOR DUMBLEDORE! – Exclamaram em uníssono, alguns emocionados demais para falar, outros batiam palmas, as crianças os fitavam totalmente confusas.

- É bom vê-los novamente. – Disse o homem, sorrindo também emocionado.

- Este, crianças. –anunciou Severo – É o maior diretor que Hogwarts já teve.

- Muito prazer. –Ele se levantou e inclinou-se um pouco pra frente afim de olhar as crianças ali presente- Meu nome é Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore, ex diretor de Hogwarts.

- Oi tio. – disseram algumas crianças acenando meio confusas para o quadro.

- O que o traz aqui professor? – perguntou Ron.

- Vim contar uma história pras crianças é claro! – exclamou o diretor- Alguém ai quer ouvir?

- EU QUERO!

- EU!

- EU TAMBÉM! –exclamaram erguendo os bracinhos, curiosos e animados.

            Dumbledore sorriu e fitou um por um presentes ali.

- Muita coisa mudou... –seus olhos passaram por Draco e Leh, então por Ciça e Ron, e então seguiram para Alex de forma curiosa – E muita coisa ainda vai mudar...

            Os ex-alunos trocaram olhares confusos, Camila riu baixo.

- E a história professor?

- Ah é! – exclamou ele, rindo baixo - Muito bem, muito bem, ajeitem-se nos acentos. Essa história será longa...

            As crianças sorriram, ansiosas, e os adultos também. Afinal, ouvir uma história contata por Dumbledore, seria incrível.

“Tudo começou a mais ou menos mil anos atrás... Quando quatro pessoas muito, mas muito talentosas se juntaram e criaram uma escola para ensinar jovens super talentosos...”

- Alguém sabe quem são eles? –perguntou o diretor.

- Os fundadores de Hogwarts! –exclamou Alvo sorrindo.

- Muito bem, muito bem. E quem são eles, alguém pode me dizer o nome?

- Salazar Slytherin. –disse Scorpius.

- Godric Gryffindor. – disse Anabelle em seguida.

- Rowena Ravenclaw e Helga Hufflepuff também, não? – indagou Thiago.

            Dumbledore sorriu.

“Godric, Salazar, Helga e Rowena, eram quatro jovens muito, mas muito diferentes. Cada um tinha seu jeito, sua crença, suas manias e suas teimosias. E esta noite, eu irei contar a vocês a história do primeiro natal de Hogwarts. “

            Todos sorriram de forma maravilhada e se ajeitaram nos assentos. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Conto De Natal 02" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.