(POV Elena)

– Me desculpe Damon, mas o que o senhor disse?

– Elena, ontem nós saímos juntos, ficamos juntos a tarde inteira.

– Não, eu me lembro muito bem, eu estava no campo, te procurei por todo canto e não te achei, então me fui...

Neste momento Emily aparece.

– Desculpa Senhor Salvatore e Senhorita Gilbert, mas a Senhora Gilbert está querendo falar com a senhorita. – Achei estranho.

– Ah! Sim... Claro. Obrigada Emily. – Sorri. – Com licença Damon. – Me retirei.

(POV Damon)

Eu não entendia, eu havia ficado com Elena o dia inteiro ontem. Eu não sabia muito bem porque ela se recusava a dizer que nós não estávamos juntos. Será que ela queria apenas esquecer? Ou apenas fingir que nada ocorreu?

Eu só sabia de uma coisa, eu não iria. Ontem foi um dia mais do que especial, e eu não tinha passado um dia tão legal. Mesmo não entendendo o porquê eu iria ignorar o assunto, hoje a pedirei para sair mais uma vez.

(POV Elena)

– Sim mamãe...

– Elena? – Ela olhou me olhando pela penteadeira. - O que faz aqui minha querida?

– Emily me disse que a senhora queria falar comigo...

– Não – Ela fez uma pausa. - Não chamei. Mas já que está aqui quero anunciar algo que só contei para Kath, precisava contar para você também. – Se levantou e veio em minha direção.

– O que foi mamãe? Algo grave?

– Não minha querida, muito pelo contrário. – Ela sorri.

– Fala-me mamãe, assim vai me matar de curiosidade. – Sorri.

– Senhor Salvatore me pediu em casamento. – Meu sorriso desapareceu, meu estomago se contorceu, me senti tonta.

– Elena, está tudo bem? – Mamãe correu em minha direção.

– Está, está sim. Só senti algo estranho.

– O que foi não está contente?

– Mamãe, eu quero sua felicidade, mas ... um dia ou outro eu já sabia que isso iria acontecer, mas acho falta de respeito da sua parte, em se casar.

– O que disse?

– O que ouviu. Papai se foi não faz nem um mês, e a senhora já está de casamento marcado. Eu já desconfiava de suas saídas enquanto papai morava conosco. Não posso apenas acreditar que a senhora seja tão baixa. – Senti um tapa me queimar no rosto.

– Nunca mais ouse em me tratar dessa forma. Eu sou sua mãe, me deve respeito. Nunca mais, ouviu?

Não olhei para a cara dela, simplesmente me virei eu sai daquele quarto o mais rápido possível. Minha mãe já estava perdendo o controle, sei que seu casamento é apenas gana. Mas não me importa mais, um dia ela vai tropeçar em suas pernas.

Assim que saí do quarto da mamãe, entrei apressada ao meu e corri para minha cama me afogando nas mágoas sobre o meu travesseiro.

(POV Damon)

Subi as escadas e fui em direção ao quarto de Elena. Bati na porta, mas ela não atendeu. Avistei Emily e logo a chamei.

– Sim senhor Salvatore.

– Emily, preciso de um favor, preciso que você finja que vai entregar algo à Elena, ela não me atende.

– Senhor, Elena está repousando agora, não acha que pode voltar depois?

– Preciso falar com ela agora, por favor, faça isso para mim. – Ela pensou em alguns instantes.

– Tudo bem, mas não prometo que ela abrirá. – Emily logo bateu na porta. – Senhorita Gilbert, preciso deixar as toalhas e suas vestimentas.

– Pode abrir Emily. – Ouvi a voz de Elena. Emily me olhou nos olhos e assentiu. Entrei no quarto e fechei a porta. Ela estava caída da cama com seu vestido creme, ela estava tão diferente e indefesa.

– Elena? – Ela retirou a face dos travesseiros assustada, seus olhos estavam inchados e vermelhos. Provavelmente chorando, será que era minha culpa? Eu a fiz chorar? Não iria suportar.

– Damon?

(POV Katherine)

Desci as escadas e não encontrei nenhum dos pombinhos no salão, apenas senhor Salvatore. Ele estava sentado na ponta da mesa vendo alguns documentos.

– Procurando alguém senhorita?

– Am... não... Na verdade sim, estou procurando Damon, sabe onde ele está?

– O vi subindo as escadas rapidamente há alguns minutos.

– Obrigada senhor.

– De nada senhorita.

Subi as escadas e Emily descia rapidamente, ela esbarrou de leve em mim e logo entendi o recado a segui sem deixar o senhor Salvatore perceber.

– O que foi Emily? Onde está Damon?

– Senhorita Gilbert, Damon está no quarto de Elena.

– O que? Como?

– Ele me implorou pra entrar, já que ela não deixava. O ajudei, não tinha opção.

– Emily, está ficando louca? Damon não pode chegar perto de Elena. Agora provavelmente eles já entenderam tudo.

– Desculpe Kath, mas eu não tive como interver.

– Tudo bem... Tudo bem... Vamos, alias, eu vou subir para tentar ouvir algo. – Ela assentiu. – Até logo.

(POV Damon)

– Desculpa por não avisar, a senhorita não me atendia.

– O que faz aqui? – Ela disse limpando as lágrimas.

– Vim conversar contigo.

– Desculpa, mas eu não estou muito boa para conversa.

– Posso saber o motivo de seu choro? - Sentei ao seu lado.

– Problemas, complicações. – Ela forçou um sorriso.

– Que tipo de problemas?

– Se importa se eu não falar sobre?

– Não, não... claro que não.

– Obrigada.

– Então... eu vim aqui para te pedir algo. – Ela me olhou estranho.

– Pedir algo? O que?

– Quero que saia comigo hoje mais tarde, vamos ao lago, eu te encontro no campo.

– Da ultima vez que me disse isso foi ontem, quando me deixou sozinha.

– Elena eu não te deixei...

– Tudo bem... esquece... Vou te dar uma nova chance, apenas não a desperdice.

– Não irei como prova vou te esperar na varanda, o que acha?

– Acho ótimo. – Ela sorriu. Finalmente um sorriso sincero, amava seus sorrisos.

– Então está combinado. – Me aproximei dela e lhe dei um beijo na bochecha. – Não quero te ver assim. – A cariciei seu rosto, limpando ainda os vestígios de lagrimas. – Ninguém merece suas lágrimas, ninguém. – Ela me olhava surpreendida. – Até mais tarde.

– Até mais tarde.

Assim que me despedi de Elena saí do quarto e retornei para o salão.

(POV Elena)

Quando Damon me pediu para sair novamente minha grande vontade era dizer não após o acontecido. Meu corpo se congelou e simplesmente aceitei o dando uma nova chance, espero que ele não me deixe de novo.

Damon era um tipo de homem misterioso, eu achava que o conhecia por um tempo, mas agora percebi que realmente não o conheço. Ainda não tinha desistido do assunto de hoje de manhã, alguma coisa havia acontecido. Mas eu não sabia de nada... ainda. Confesso que gosto dele, mas não sei a forma do gostar.