O Olhar Do Destino escrita por Midnight


Capítulo 3
Capítulo 3: Confusão


Notas iniciais do capítulo

Yo o/ Desculpem pela demora, eu estava cheia de trabalhos e provas semana passada e não tive tempo de terminar o capítulo. Mas hoje eu tive uma 'folga' então está aí o/ Ahh, continuem optando pelos casais por favor *-* Enfim, boa leitura.



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Capítulo 3: Confusão



Tsunade arregalou os olhos quando viu o baú que estava nas mãos de sua pupila. Como Sakura conseguira aquilo? Teria problemas com a Névoa se não resolvesse isso rápido.




– Como conseguiu isso? – Perguntou a Hokage séria, direcionando o olhar ao baú.



– Pelo que parece alguém chamada Akemi deixou isso pra mim, é algum tipo de herança. Encontrei em minha casa junto com este bilhete. – Disse entregando o envelope que havia encontrado lá dentro. Aparentemente, Tsunade não sabia de nada. Talvez ela estivesse pensando que Sakura, em algum momento de pura loucura, decidiu tomar posse dos pergaminhos.



– Isso pertence à Névoa, é só o que sei. – Falou sincera. – Mas, se esse bilhete for verdadeiro, talvez os conselheiros saibam te explicar. –Pronunciou calma tentando esconder a curiosidade, para logo depois gritar pelo nome de Shizune.



– O que deseja Tsunade-sama? – Perguntou a mulher respeitosamente, entrando na sala pouco depois de ser chamada.



– Quero que chame os velhos idiotas. Diga que é urgente. – Disse Tsunade sem nem olhar para sua ‘’ajudante’’.



Depois de mais ou menos 5 minutos. Os conselheiros adentraram a sala.



– Qual o problema Hokage-sama? – Perguntaram juntos sem nem notar a presença da kunoichi de cabelos róseos que os olhava com expectativa.



– Quero saber o que é isso. – Disse mostrando-os o baú. Os olhos deles se arregalaram, a idosa olhou para Sakura e depois para o companheiro que assentiu levemente com a cabeça. Então o segredo finalmente seria descoberto. Talvez tudo esteja realmente ‘escrito’, já que achara que ninguém tocaria nesse assunto depois de que as únicas pessoas que sabiam disso – com exceção dela e Homura – estivessem mortas.



– Isso pertence à Névoa, mas antes preciso contar-lhes uma história, para que entendam melhor as coisas. Há dezesseis anos, pouco tempo depois do ataque da Kyuubi, Kiri sofreu uma invasão que resultou no massacre de seu clã mais poderoso, os Tomoko. – Começou Homura pacientemente, a história era longa e odiava ter que gastar seu tempo se lembrando desse ‘problema’. – Até hoje não se sabe quem foi responsável por isso, há apenas teorias, mas nada foi confirmado.



– Disso nós já sabemos, pare de enrolar e vá direto ao ponto. – Disse a Hokage impaciente.



– Precisamos explicar a história da forma mais detalhada possível, para que a garota entenda. –Koharu falou de forma grotesca, como se isso fosse óbvio.



Sakura suspirou, pelo jeito iria demorar a saber o que estava acontecendo. Concentrou-se em procurar em sua memória alguma informação útil do Clã Tomoko, já que Tsunade-sama estava reclamando dizendo que deveriam respeitá-la, já que ela era a Hokage. Lembrava-se que o clã possuía uma Kekkei Genkai muito poderosa e que eram usuários de Suiton.



– O clã possuía um Doujutsu poderoso, chamado Tsukigan, capaz de ‘controlar’ o tempo. –Koharu voltou a falar, de forma calma e cautelosa. Pelo jeito a Hokage havia deixado claro algumas coisas... -Era praticamente impossível derrotá-los, já que eles eram capazes de prever o futuro e voltar ao passado. Claro que só os mais capacitados podem fazer isso. A sua maioria era usuária do elemento suiton, considerado por muitos o elemento do tempo. Eles acreditavam que tudo estava predestinado, e que nada poderia mudar seu destino. Por isso há teorias que eles previram o seu fim e aceitaram-no, mesmo havendo indícios de batalha no local onde moravam. Mas você está aqui para descartar essa teoria. – Disse a senhora olhando para Sakura, seu olhar tentava transmitir indiferença, mas o medo era evidente.



Sakura apenas levantou uma sobrancelha em sinal de dúvida. Estava cansada de ‘’girar e girar no mesmo lugar’’. Queria respostas.



– Duas semanas após o massacre uma mulher apareceu em Konoha com um bebê. Ela era uma Tomoko. Disse que logo viriam atrás dela e que ela precisava manter a filha em segurança. Não queríamos aceitar a criança, ela só seria mais um problema dentre muitos que tínhamos para resolver. A mulher estava desesperada, suas vestes estavam sujas e seus cabelos embaraçados. Ela disse que não tinha mais tempo. O Terceiro concordou em acolher a criança e ofereceu estadia à mulher, mas a mesma negou, dizendo que atrairia destruição se ficasse ali. O Hokage-sama disse que cuidaríamos da menina. Ele perguntou a ela o nome da criança, ela disse ‘’Sakura, olhem como os cabelos dela são lindos, mas nada supera os olhos, ela tem os olhos do pai dela’’. – Terminou quase num sussurro, observando a garota de cabelos róseos a sua frente se inundar em lágrimas.



A mente da kunoichi girava. Quer dizer que era ela adotada? Que todo o seu ‘real’ clã foi exterminado? Der repente, tudo em que acreditava desmoronou. Isso só poderia ser uma estúpida mentira. Uma farsa. Não poderia ser real, poderia? Tudo isso não passava de um pesadelo. A qualquer momento ela iria acordar e encontrar seus pais. Sua mãe iria afagar seus cabelos enquanto seu pai cantava uma música para ela dormir, como faziam quando ela era criança. Seus verdadeiros pais. Não importa o que digam para ela, seus pais sempre vão ser aqueles com quem ela cresceu, que lhe ensinaram e brigaram com ela quando fazia alguma coisa errada.



–Isso é mentira. – Disse com a voz embargada pelo choro.



– Você queria respostas, aí estão. – Foi a vez de Homura entrar novamente na conversa. – O baú estava com a mulher e ela pediu para que você fosse treinada conforme os pergaminhos instruíam. Um casal de civis estava a procura de um bebê para adotar, os deixamos decidir se você seria treinada conforme a mulher pedira e quando te contariam a verdade.



– O que aconteceu com ela? – Perguntou Sakura firme, as lágrimas escorrendo silenciosas pelo rosto branco e delicado da garota. – O que aconteceu com Akemi? – “Porque estou preocupada com ela? Ela me deixou em Konoha. Toda a minha vida eu fui enganada e a culpa é dela. Não importa se ela queria me proteger ou não”. Os pensamentos de Sakura não paravam de lhe atormentar. Sua cabeça doía. Tudo estava confuso.



– Não sabemos. – Respondeu a senhora indiferente. – Provavelmente está morta. – A garota de cabelos róseos não se surpreendeu. Já havia levado isso em consideração. Ela sentiu uma pequena tristeza quando Koharu confirmou suas suspeitas, apesar de tudo Akemi era sua mãe. Mas esse sentimento nem se compara ao que sentiu quando soube que seus pais de criação estavam mortos ou ao que ainda sente quando se lembra disso.



– Mais alguma coisa que devamos saber? – Tsunade entrou na conversa, sua foz saiu firme e séria, apesar de estar surpresa com tudo isso. Claro que nem tanto quanto Sakura, que apenas observava, ela já havia parado de chorar.



– Sim. Kiri não sabe que ainda existem Tomokos vivos. Se descobrirem certamente tentarão ‘’colocar as mãos’’ na garota. Mantenham isso no maior sigilo possível. – Homura pronunciou baixo e se retirou da sala sendo seguido por Koharu.



– Sakura... – A Hokage começou, tinha alguma ideia do que Sakura estava sentindo e sabia que seria complicado ela entender e superar tudo isso.



– Me desculpe Shinshou, mas quero ir pra casa, ficar um pouco sozinha. – O tom de tristeza e insegurança na voz da kunoichi era notável. Tsunade entendia e respeitava a vontade da pupila. Assim, quando ela estivesse mais calma poderiam conversar melhor. – Eu posso levar comigo? – Disse apontando para o baú. Se ela era uma Tomoko não teria problemas em olhar e quem sabe, quando estivesse melhor, treinar alguns jutsus. Apesar de toda essa confusão, ainda tinha um pouco de razão em sua mente.



A primeira reação de Tsunade seria manter os pergaminhos em segurança, longe de qualquer pessoa. Mas avaliando melhor a situação, e conhecendo (muito bem) Sakura, achou melhor permitir que esta levasse os pergaminhos, talvez eles fizessem com que a pupila se sentisse melhor.



– Pois bem, pode levá-los, mas terá que ter muita cautela com eles e ao treinar também. Você escutou o que os conselheiros disseram.



– Sim, Shinshou. – Sua voz mostrou uma pequena empolgação, mas esta logo deu lugar ao semblante triste e confuso. Sakura despediu-se de Tsunade e foi em direção a sua casa. Terminaria a mudança o mais rápido que conseguisse, mas por enquanto, a única coisa que desejava era dormir, já que sua cabeça doía tanto que pensar com clareza parecia quase impossível.



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Notas finais do capítulo

PS: A Água é 'considerada' o elemento do tempo porque ela 'é a mesma desde a formação da Terra'.
Me avisem se eu pirei demais ok?
Acho que a partir do próximo capítulo teremos a 'verdadeira história', haha. Enfim, me digam o que acharam o/