Simplesmente Viver: Anos Um e Dois escrita por CR


Capítulo 15
O Fim do Primeiro Ano


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mesmo! Tenho tido tão pouco tempo para as minhas histórias, mas aqui está o último capítulo do primeiro ano.

Boa leitura!!!!



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O Fim do Primeiro Ano


 

- Então, está um dia maravilhoso, não acham? - Perguntou Siria, tentando descobrir o que se passava. Esta foi uma das tentativas falhadas de Siria.
 

Depois do jantar, Siria tentou de novo. Via-os demasiado nervosos, esperando para que todos saissem da Sala Comum. E Hermione estava desesperada a ler um Livro de encantamentos.
 

- O que é que se passa? Digam-me agora. - Siria mandou. Harry não cedeu.
 

- Não se passa nada. Vai para o quarto. Boa noite, Siria. - Ela era a única, para além do trio, que estava na sala.

- Boa noite. - Disse Ron.

- Boa noite, Siria, amiga mais espetacular do mundo. - Disse Hermione, abraçando-a demoradamente o que Siria estranhou. Porém foi para o quarto.
 

Passados uns quinze minutos, Siria estava de camisa de dormir até ao joelho, quando viu um papel caído no chão, era de Hermione: " Siria, nós fomos buscar a Pedra, descobrimos que o Snape vai lá esta noite. Precisamos mesmo de ti." Siria não pensou duas vezes: vestiu um casaco por cima e calçou umas sapatilhas e foi ao encalce do trio. Reparou em Neville no chão, mas não parou, decerto aquilo tinha sido necessário.
 

- Por favor, não avancem! - Pediu Siria, entrando pela porta, o trio já lá não estava. Decerto havia conseguido passar pelo cão. Por falar em cão, Fluffy olhava-a raivoso. - Tem calma, Fluffy, tu gostas do Hagrid, não gostas? Eu sou muito amiga dele. - O cão ficou na mesma. - Como é que eu vou conseguir passar por ti? - Siria viu então uma harpa, música. Com um aceno de mão, a harpa começou a tocar e o cão adormeceu. Siria passou por ele sem problemas. - A Armadilha do Diabo. A sério, a sério? - Perguntou-se Siria, desenvencilhando-se mais uma vez daquela etapa. Ainda tinha que encontrar o trio.
 

Siria entrou em mais uma sala, onde havia chaves voadoras, no outro lado uma porta, Siria tinha que agarrar na vassoura que ali estava, voar e apanhar a chave certa. Ela via a chave, estava tão mal da asa que era impossível não ver. Mas voar... Siria amava voar, mas tinha medo de cair. Elevou-se nos ares, as chaves voavam demasiado rapidamente para ela, e também atacavam-na, uma delas até um arranhão lhe fez na coxa( Siria tinha tirado o casaco para facilitar o voo), mas conseguiu e abriu a porta. Foi então que deu de caras com o trio, pronto para jogar xadrez bruxo, para tentarem passar a sala até à outra porta.
 

- O que é que tu estás aqui a fazer? - Perguntou Harry a Siria. - E apenas de camisa de dormir. Está um frio de morrer. Como é que soubeste que estávamos aqui?
 

- Fui eu. - Acusou-se Hermione. - Precisamos todos dela para que nos apoie.
 

- É isso mesmo, agora que estamos aqui, avançamos. - Disse Siria. - Vamos lá jogar.
 

O jogo estava renhido, mas eles lá conseguiram, só que Ron ficou para trás, pois teve que se sacrificar. Os amigos só rezavam para que ele estivesse bem. Chegaram a uma sala que tinha apenas uma mesa com sete garrafas, colocadas em linha reta. Quando os três seguiram, um fogo lilás acendeu-se atrás deles e chamas pretas encheram a porta que lhes permitia continuar. Estavam encurralados.
 

- Olha! - Hermione exclamou, apontando para um papel escrito:

"O perigo está na frente, atrás a segurança, 
Duas de nós estão convosco. Não percam a esperança, 
Uma de nós deixar-vos-à seguir em frente, 
Outra levar-vos-à, para trás, de repente. 
Duas de nós dar-vos-ão vinho de urtiga a provar
Três de nós estão à espera para vos matar, 
Escolham, ou para sempre aqui irão ficar
Damo-vos quatro pistas para vos ajudar. 
Mesmo que o veneno esconder-se bem consiga, 
Haverá sempre um rasto à esquerda da urtiga; 
Segunda, ainda que os extremos possam parecer diferentes
Nenhum é teu amigo se tentares ir em frente.
Terceira, todos somos divergentes no pote, 
Nem gigante nem gnomo têm, lá dentro, a morte.
Quarta, o segundo à esquerda e a segundo à direita 
São iguais se o provarem, mas diferentes na espreita."
 

- E eu vou às urtigas. - Exclamou Siria, percebendo de imediato o enigma.
 

- Porquê tu? - Perguntou Hermione. - Nós é que nos metemos nisto, eu fico aqui.
 

- Nem pensar, o Harry avança, tu recuas, eu fico. Está decidido, eu quero que seja assim e é assim que vai ser. Tomem, isto, Harry, vai fazer com que consigas passar pelo fogo da frente e, isto, Hermione, vai fazer com que consigas passar pelo fogo de trás. E isto é vinho, sempre adorei vinho, mas a sensação deve ser horrível, a de beber vinho de urtigas. - Disse Siria, sorrindo. - Harry, tem cuidado e apanha quem estiver por detrás dessa porta, sendo ou não sendo o Snape e, tu, Hermione, ajuda o Ron e faz de tudo para que o Diretor venha. Um brinde
 

Os três beberam. Siria ficou na sala, que começou a encolher, visualizando o seu destino espremido naquelas paredes. Literalmente. Já estava pronta para tudo, menos para morrer. Materializou uma rocha do dobro da sua largura, mas logo que a alcançou, a parede desfêz-la. Siria estava preocupada com Harry, agora já não havia fogo, mas a porta não abria, nenhuma delas abria, nem com a porcaria de um feitiço que ela soubesse. Queria estar com Harry naquele momento, mas sabia que tal era impossível, já sentia as paredes a roçarem-lhe, queria dizer a Harry, à família, aos amigos o quanto os amava. O que a mantinha feliz, era eles saberem que era mesmo grande o amor que ela sentia por eles.
 

- Mas tu estás louca, o que fazes aqu? - Siria teve vontade de abraçar o Diretor, pois ele tinha parado as paredes e aberto a porta. - Tu tens noção que ias morrer?
 

- Estava a pensar numa maneira de sair daqui. Obrigada, Diretor, mas abra também esta porta, o Harry está ali. Por favor! - Dumbledore assim o fez. Siria correu para Harry, que estava desmaiado no chão com a Pedra Filosofal na mão. - Harry, tu estás bem? - Perguntou Siria, chorando calmamente, sabia que ele estava vivo e isso já era bom, mas estaria ele bem? Tirou-lhe a Pedra da mão e olhou-a, ela era vermelho-sangue, pequena e um pouco pesada, Siria sentiu-se envolvida pelo seu poder. Ela podia torná-la imortal e rica. Era demasiado tentadora, hipnotizante, a Pedra parecia realmente gostar dela
 

- Siria, dá-me a Pedra, por favor! - Siria olhou para o Diretor, que a olhava desconfiado, adivinhando que ela estava prestes a cair naquela tentação.
 

- Foi por esta coisa que o Harry arriscou a sua vida? - Disse Siria revoltada, atirando a pedra ao estômago de Dumbledore. - Onde é que o Diretor estava quando alguém queria roubar a Pedra Filosofal, alguém que também queria o meu melhor amigo morto? - Siria perguntou, chorando. Havia uma coisa para a qual ela nunca estaria preparada e essa coisa era a morte de pessoas que ela amava. - Você... Harry, tu vais ficar bem, o Diretor vai certificar-se disso. Eu tenho a certeza que sim, ainda não é tarde de mais. Tu vais ficar bem. Diretor, temos que o levar para a Enfermaria. Desculpe por lhe ter atirado a Pedra, mas isso ajudou-me a acalmar. - Explicou Siria, parando de chorar e passando a mão pelo cabelo de Harry.

O Diretor pegou em Harry e levou-o até à Enfermaria. Lá, Madame Pomfrey começou a cuidar de Harry. Snape também estava na Enfermaria, Siria não se surpreendeu, sempre soubera que não era ele que queria roubar a Pedra, não sabia como o sabia, sabia-o apenas.

- O que é que se passou? - Perguntou Snape a Dumbledore.
 

- Foi por causa da Pedra Filosofal, parece que eles descobriram que iam roubá-la. O Harry está muito mal. - Respondeu o Diretor. - Já agora, como é que vocês descobriram quem a ia roubar? - Siria ficou um pouco surpreendida, eles desconfiavam de Snape, ela não, mas o trio sim.
 

- Foi um conjunto de vários fatores. Depois de descobrirmos quem é o Nicholas Flamel, descobrimos que a Pedra estava aqui e que, decerto, alguém a tentaria roubar. Só depois, hoje, descobrimos que essa pessoa o faria hoje, porque o Diretor não estava cá e nós sabíamos que o roubo da Pedra tinha a ver, de uma maneira ou doutra, com o Voldemort, e o Voldemort sempre teve medo do senhor, logo ia aproveitar a sua ausência. Foi então que passámos por todas aquelas provas. Só o Harry pôde seguir em frente, não sei que prova ele passou para conseguir a Pedra, mas deve ter tido a ver com o Espelho que lá estava, creio que era o Espelho dos Invísiveis, o Harry falou-me nele. E pronto. - Siria inventou a maior parte da sua explicação, ocultando o nome do ladrão. Ela não tinha a certeza quem era ele.
 

- Eu perguntei-te quem é o ladrão. - Insistiu o Director.
 

- Mas o senhor sabe. - Disse ela, tentando não mostrar desespero.
 

- De quem é que vocês desconfiavam? - Perguntou Snape, olhando-a. Siria desviou o olhar, ela não era capaz de lhe dizer que o trio desconfiava dele. Remeteu-se ao silêncio. - O que é que significa isso?
 

- Nada, mas se vocês já sabem... - Eles olharam-na seriamente. - Pronto, decobrimos que o ladrão era o Professor Quirrel. - Siria disse a sua suspeita, nunca gostou do Professor mesmo, ele olhava-a com interesse pelo seu poder mágico.
 

- Nunca pensei que pensassem nele. Mas estavam certos. - Disse Dumbledore a Siria. - Ele estava feito em cinza, quando chegámos lá, creio que partilhava o seu corpo com Voldemort. - Dumbledore disse a Snape.
 

- O Harry, como é que ele está?! - Perguntaram Ron e Hermione. Eles paralisaram ao ver Snape na Enfermaria.
 

- Ele vai ficar bem. - Respondeu Siria. - O Diretor veio ajudar-nos. O Professor Snape já estava aqui. - Eles acenaram, percebendo.
 

- Tu estás bem. - Exclamou Hermione. - O Ron já esteve aqui na enfermaria, não foi nada de mais. - Disse Hermione. - Eu pensei que fosses morrer, que tu e o Harry fossem morrer. Tu nem imaginas o quanto eu chorei. - Disse Hermione, abraçando-a. - O que é que se passou com o Harry?
 

- Não sei, eu não estava com ele, mas pelo que eu percebi, ele travou o Quirrel quando ele estava a tentar roubar a Pedra. De uma certa maneira, deixou-o em cinzas. Parece que o Quirrel estava a partilhar o corpo com o Voldemort. Deve ser alguma coisa a ver com ele. Eu não sei, mas alguém sabe... - Siria disse, olhando discretamente para Albus, que reparou no gesto, mas mais ninguém reparou. - Não me estou a sentir muito bem. - Disse Siria com dores de cabeça, não era fraqueza de magia. Sentia-se muito quente.
 

- O que é que se passou depois de eu ter voltado para trás? - Perguntou Hermione.
 

- Nada de mais, as paredes começaram a aproximar-se, eu não sabia o que fazer, nada as travava. Os fogos pararam, mas nenhuma das portas abriram. Foi muito mau, mas só conseguia pensar no Harry. - Disse Siria. - Agora devíamos sair daqui, estamos a atrapalhar.
 

- Sim, mas tu ficas em observação. - Disse a enfermeira para Siria. Ela estendeu-lhe uma bata branca. - Veste isto, não tens o vestuário mais correto para andares por aqui. - Disse a enfermeira, Siria vestiu-a envergonhada, vendo que os presentes na Enfermaria a observavam com aquele traje reduzido.
 

- Tchau, vêmo-nos mais tarde. - Disse Ron, saindo com Hermione.
 

Siria sentou-se numa cama, observando tudo o que se passava. A enfermeira veio ter com ela de varinha na mão.
 

- Nem pensar, Madame Pomfrey, cure o Harry, eu não preciso de nada, ele precisa. - Siria olhava para Snape e Dumbledore que murmuravam entre si.
 

- Siria, ele vai ficar bem, mas eu já não posso fazer nada. Agora, eu preciso de saber se tens alguma coisa. - Madame Pomfrey pediu amavelmente.
 

- Eu só estou com dores de cabeça e tenho muito frio, mas acho que é normal nesta situação. - Disse Siria.
 

- Toma para dormires, é o melhor. - Disse Madame Pomfrey, dando-lhe uma poção.

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Três dias passaram e Siria, Hermione e Ron foram ter com Harry, pois ele já estava recuperado.
 

- O Quirrel disse-me que tinha sido ele a fazer-te o corte. - Siria sorriu meio triste. - Tu já desconfiavas. - Disse Harry, Siria confirmou. - E o Quirrel tentou matar-me, mas eu travei-o, toquei o seu rosto, e ele desfez-se em cinzas, mas o Voldemort conseguiu escapar. O Dumbledore disse-me que ele há-de voltar, mas que, desde que haja pessoas para o enfrentarem, ele vai acabar por desaparecer.
 

- Bom, quanto a isso, não temos que nos preocupar, existem muitas pessoas com coragem suficiente para acabar com o sofrimento que o Voldemort implanta. - Disse Siria com os olhos cansados.
 

- Não dormiste nada. - Afirmou Harry para Siria.
 

- Não me importo. - Disse Siria, suspirando. - Sabes, o Diretor fez questão de mandar uma carta à minha mãe a dizer o que se tinha passado, dizendo que estava muito desiludido comigo por eu ter desobedecido a um monte de regras de Hogwarts e que tinha posto a minha vida em perigo sem necessidade alguma. A minha mãe veio ontem falar, ou melhor, gritar comigo. Tentou tirar-me daqui, dizendo que sofria com o facto de eu arriscar a minha vida sem nenhuma necessidade. Eu disse que tinha sido necessário e que o Diretor tinha exagerado, mas ela prefere acreditar nele, está a falar com ele neste momento. Acho que não vou continuar em Hogwarts, a minha mãe está a tratar disso, bom, o que me alegra é que tive Brilhante a tudo, saio daqui de uma maneira triunfante. - Siria disse, encolhendo os ombros.
 

- A tua missão aqui ainda não acabou, Siria. - Disse Harry, sentando-se na cama e abraçando-a. - Eu preciso de ti, Siri. - Harry disse.
 

- És um dos poucos. - Siria disse, separando-se do abraço. - Para além de ti, a Hermione, o Ron, o Fred, o George, o Neville, a minha avó, o meu pai, a Prof. McGonnagall, apenas estes me querem aqui. Para mim, basta, Harry, mas é a minha mãe, a minha presença aqui depende dela.
 

- Luta, Siria! Não o faças por mim, fá-lo por ti, tu precisas de Hogwarts, admite-o. Hogwarts muda toda a gente e tu adoras isto. Eu sei, tu sabes, nós sabemos. - Disse Harry.
 

- Eu acho que tenho que esperar, ainda não pensei em nada, em nenhum plano. - Siria disse com os olhos fixos em Harry.
 

- Por favor, Siria, deixa os planos e atua de uma vez. - Mandou Hermione, surpreendendo todos. Siria ficou a olhar para a amiga pensativamente.
 

- Tu tens a certeza de que é isso que queres? - Perguntou Dumbledore a Milirian, os dois estavam no gabinete do Diretor. Snape também estava presente, bebia um copo cheio de wisky de fogo.
 

- É claro que sim, Albus, eu nunca quis que ela viesse para Hogwarts, desde que ela nasceu, lembras-te? - Perguntou-lhe Milirian. - Prometeste-me que nunca a aceitarias em Hogwarts, não cumpriste a promessa, não a cumpriste, Albus.
 

- Milirian, eu disse que não a chamaria para Hogwarts, não que não a aceitaria, foi ela que descobriu Hogwarts, eu não a chamei. - Disse Dumbledore com os braços esticados. - Eu mantive a minha promessa.
 

- Mesmo assim, tu disseste-me que nunca mais a verias a partir do seu dia de baptismo e já a viste. - Dumbledore franziu a testa.
 

- Não fiz nenhuma promessa quanto a isso, apesar de me ter custado muito, afinal, era o padrinho dela. Agora já não me custa. - Snape estava atento.
 

- Está bem, pronto, tratas da saída definitiva da Siria? - Perguntou Milirian.
 

- Sim, sim, eu trato disso. É preciso apenas que tu não autorizes mais a presença da tua filha aqui. Severus, traz-me o livro! - Pediu Dumbledore ao professor. Severus manteve-se sentado.
 

- Eu não vou fazer nada disso. Se quiseres, vai tu buscar a porcaria do livro. Eu não compactuo com isto. - Disse Snape, levantando-se. - Sabes uma coisa, Milirian? A tua filha pode ter arriscado a vida, mas fê-lo por uma boa razão. Eles foram atrás da Pedra Filosofal, porque o Quirrel a queria para a ascenção do Senhor das Trevas. Dizes que não contaste nada a ela para a proteger do sofrimento que ele implantava, a tua filha ajudou a fazer o mesmo. Eles podem não tê-lo mandado embora para sempre, mas este ano, o Senhor das Trevas não voltará. Eu, por vezes, pergunto-me se tu realmente fizeste parte da Ordem que tentou destruir o Senhor das Trevas e os seus seguidores.
 

- Mas eu fiz, Severus, eu fiz parte da Ordem. E, se bem me recordo, tu eras precisamente um desses seguidores que nós tentávamos destruir. - Disse Milirian, levantando-se e passando as mãos pela sua varinha. - O que é que te fez mesmo passar para este lado? Medo? Vê se tens medo disto? - Disse Milirian, empunhando a varinha e proferindo um feitiço que foi travado a um milímetro dele. Os olhares dos presentes voltaram-se para a porta do gabinete, onde estava Siria com a varinha na mão.
 

- Eu quero continuar em Hogwarts, mãe. - Disse Siria verdadeiramente. - Eu sei que ficaste muito preocupada quando soubeste que eu quase morri, mas por favor, deixa-me continuar. Isto, Hogwarts, tudo isto já faz parte de mim. Por favor, mãe. - Pediu Siria, aproximando-se da mãe e olhando, discretamente, para Snape para ver se ele estava bem. - Peço-te, isso fazer-me-à bastante feliz. - Siria disse, fitando-a com aquele olhar, sabem, aquele olhar a que não se é capaz de resistir, de dizer não.
 

- Está bem, está bem. - Milirian disse, abraçando-a. - Não te vou apoiar, mas podes ficar, mas promete-me que não vais morrer, Siria, promete-me. - Siria olhou-a com ternura quando se separou do abraço.
 

- Amo-te tanto, mãe. - Disse ela, abraçando-a mais uma vez.
 

- Eu também, filha, eu também te amo. - Disse ela, chorando de emoção. - E se eu ficasse aqui até à entrega da taça de equipa? - Perguntou ela, sorrindo. Dumbledore ia para falar, mas Siria antecipou-se:
 

- Ainda falta algum tempo, mãe. Tu tens que trabalhar. Vai, eu fico bem, afinal a Pedra já foi destruida. - Disse Siria, separando-se da mãe.
 

- Está bem. Tchau a todos. - Despediu-se Milirian, indo-se embora.

Siria olhou para o Diretor, analisando o rosto dele. Sinceramente Siria não sabia dizer o que passava pela cabeça dele e ela era muito boa nisso, mas via Dumbledore como um avô, não sabia por que razão, mas gostava mesmo dele.
 

- Tchau. - Disse Siria, saindo também.

- Espera, Siria! - Snape alcançou-a num corredor deserto e ela virou-se para ele, interrogando-o com o olhar. - Estás bem?

- Sim! - Ela respondeu com um sorriso suave, preparando-se para partir.

- Eu sei que os teus amigos desconfiaram que era eu quem queria a Pedra Filosofal. - Snape olhou-a como que a analisando. - Mas tu não... Tu...

- Eu confio no senhor. - Ela afirmou seguramente. - Agora, pode achar que sou uma parva e uma estúpida por o fazer. Pode desdenhar a confiança que tenho por si agora, mas eu afirmo com toda a certeza que há em mim: há-de chegar o dia em que vai gostar de ter a minha confiança.

- Duvido. - Snape respondeu suavemente. - Mas é bom ver alguém tão jovem certa daquilo que quer.

- Certa? - Siria perguntou com um meio sorriso. - Sim. Mas também há de chegar o dia que aquilo que eu quero será mais nítido. Há de chegar o dia em que saberei aquilo que realmente quero de si.

E dito isto, ela virou costas, deixando um Snape pensativo para trás.

sssssssssssssssssssssssssssssss
 

Uns dias passaram e a entrega da taça de equipa chegou. Gryffindor ganhou depois de Dumbledore ter dado pontos a Hermione, Ron e Harry por terem passado aquelas etapas e a Neville por tê-los enfrentado, de maneira que Gryffindor ganhou.

 

- É tão injusto, tu devias ter recebido pontos, Siria, afinal tu quase morreste. - Disse Harry quando eles estavam no Expresso de volta a casa.
 

- Eu vivo bem com isso. - Disse Siria, sorrindo. O Expresso parou e eles os seis sairam. - Tchau, malta. Harry, vêmo-nos nas férias, está bem? Não digas que não. - Siria disse.

 

- Tudo bem.
 

- E vocês vêm para minha casa estas férias. Esperem por corujas. - Disse Ron. Eles despediram-se e separaram-se.
 

Quando estava a caminho de casa, Siria olhou para os amigos e depois para a sua mão. Sim, sem dúvida que sofrera naquele ano, muito mais que dor física, mas também fizera grandes amigos. Sim, ela sofreria mais no próximo ano, mas ela sentia-se bem em Hogwarts, mesmo não sendo bem vinda lá. Gostava daquele lugar, ela pertencia ali e mostraria isso a todos os outros.

::::::::::::::::::::::Espaço da autora::::::::::::::::::::::

Este é o fim do primeiro ano, galera! Mas eu vou continuar a história. A questão é: crio uma nova, ou deixo estar nesta mesmo? A minha ideia era dividir a história da Siria por anos, mas não sei se o faço numa história só ou se crio mais do que uma. Por isso quero a vossa opinião!Reviews ON

Quero agradecer aos meus três leitores, que tornaram tudo isto possível.

Darkane: Você é um amor! Sempre comenta cada capítulo e eu adoro isso! Continue assim! Muitíssimo obrigada!

Darkson: eu também não era otaku de Harry Potter. Via e gostava das histórias, mas depois houve uma reviravolta e fiquei apaixonada! Continue lendo. Muito obrigada!

NathaliaLopezlobo: gosto dos seus reviews, porque se mostra muito interessada na fic! Continue assim! Muito obrigada!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam deste último capítulo??

E da pseudo-conversa entre Snape e Siria?

Reviews please

Kiss kiss,

Cr, a autora