Presente de Natal

As férias de Natal estavam vindo finalmente. Siria estava aliviada, queria sair de Hogwarts, sair de debaixo de todos aqueles olhares de maldade. Sentia-se sufocada pela frieza de Harry ao passar por ela e pela pena de Hermione e Ron. A única coisa que a fazia rir eram as piadas de Fred, o amigo realmente tinha um dom especial para a fazer rir.

- E o que vai, lá vai
E se puderes, eu vou também
Sabes que ser ruivo não cola
Porque cobiçam-me muito, muito

Não há mais nada a dizer
Amiga vai, mas volta
Dá a alegria a esta escola
Ouve mais umas maldades

Na verdade, tu sabes
Sem isto não consegues viver. - Siria riu quando Fred cantarolou uma canção humorística.

- Acho que consigo, Fred, acho que consigo. - Eles estavam no quarto de Siria. Amanhã, ela partiria para casa.

- Tu vais voltar, não vais? - Siria não sabia responder, mas não sabia o que queria, sabia que iria passar o Natal com a família.

- Eu tenho mesmo que dormir, Fred. Vai embora, por favor. - O amigo foi sem dizer nada e Siria adormeceu.

***********************Em casa***********************

- Voltei, família. - Siria gritou quando chegou a casa. O pai correu a abraçá-la. A mãe entrou logo de seguida. Siria sentiu o ambiente tenso, que fez com que o seu sorriso se apagasse. - O que se passa?

- Nada não, filha. Gostas de Hogwarts?

- É incrível! - Milirian suspirou pesado e Siria percebeu que os pais estavam zangados por ela estar em Hogwarts, percebeu que a mãe não queria isso e que o facto de o pai apoiar, fizera-a discutir com ele. - Vamos ter um bom Natal, não vamos?

- Vai arrumar as tuas coisas, Siria. Espero que arrumes mesmo. E, por favor, não fales de Hogwarts em casa. - A mãe nem sequer se dava ao trabalho de disfarçar o que se passava.

*********Natal**********

De manhã bem cedo, no dia de Natal, Siria levantou-se, tomou banho e arrumou-se para abrir os presentes. Só esperava que Harry gostasse do seu.

Do seu pai, Siria recebeu um globo mágico com a sua casa acompanhado por um bilhete que dizia: "para não esqueceres a tua casa enquanto estás em Hogwarts. Ass. Pai." Siria suspirou, ela não voltaria para Hogwarts, não quando Harry se tornara frio com ela. Da sua mãe, Siria recebeu um livro mágico que tinha como título: "As tragédias da Magia". Siria sabia que era uma mensagem, a mãe simplesmente não a queria em Hogwarts. Da sua avó Lindis, Siria recebeu uma guitarra, o que a fez sorrir. Há tempos que a pedia. Ela recebeu outros presentes que não vou aqui mencionar. Siria levantou-se quando reparou numa coruja que chegava atrasada. Era Hedwig.

- Por aqui? - Via que a coruja estava exausta. Ofereceu-lhe água e uns biscoitos de mel que o animal comeu avidamente.

Siria abriu a carta que esta trazia, era de Harry e dizia:

" Siria,

Sabes qual foi meu primeiro pensamento hoje de manhã? Tants presentes! Recebi mais presentes do que era esperado, até dos meus tios, deram-me 25 pence, incrível, né? Mas tudo isto é novo, diferente, tão diferente, mas sabes o que permanceu igual? Orei tanto por ele e ele veio. O teu presente veio, Siria. Como sempre, não estava embrulhado, mas sim escondido. A propósito, não é justo deixares pistas com o Ron, ele está sempre a zoar-me, mas lá achei o bendito presente. É incrível! Como? Como é que tu ainda tens a capacidade para saber o que eu sinto, Siria? Como é que tu sabias que eu, mais do que nunca, sinto a falta dos meus pais? Este livro, eu sei que este discurso que escrevete sobre o amor foi feito do fundo do coração e agradeço que tenhas dedicado grande parte aos meus pais, dizendo que, mesmo não os tendo conhecido, os amas por te terem dado um presente tão especial como eu. Será que sou assim tão especial, Siria? Será que realmente te mereço? Eu sinto que não, sinto que só te faço sofrer. Aquilo que eu disse sobre ti, sobre você me culpar por sofrer tanto aqui, foi dito sem pensar, estava furioso por não me apoiar na minha desconfiança por Snape, eu acho que tu sabes. Sempre foste a primeira a saber das coisas. Gosto da preocupação que sentes por mim, aliás, eu preciso dela para viver. Eu preciso de ti, não sou ninguém sem que estejas a meu lado. Por isso, peço que me perdoes, disseste que, por mais que uma pessoa bondosa te magoe, que a vais perdoar. Eu sei que o disseste a respeito do Dumbledore, mas peço-te que me perdoes por ser um estúpido e não ver a sorte que tenho em te ter. Perdoa-me, Siria, transforma este Natal num lindo presente! Porque eu sei que tu me amas, eu sei que me perdoas, mas preciso que o escrevas, que escrevas que me perdoas, que me amas e que serás sempre a minha melhor amiga por mais dificuldades que passemos.

Amo-te. 
Harry Potter.

Siria apressou-se a escrever a resposta.

" Harry,

Perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te, perdoo-te mil vezes.
Amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te um milhão de vezes. Admito que pensei em não voltar a Hogwarts, não fazia sentido para mim. Mas voltarei por ti e por mim. Preciso de mostrar que não sou o monstro que pintam, nem que isso demore anos.
Quando eu te olho aí, em Hogwarts, não te culpo por estar a viver aquele sofrimento. Harry, tal e qual tu, eu precisava de encontrar o meu lugar e o meu lugar é em Hogwarts, nenhuma dúvida aí. Quando te olho, vejo o pilar que me faz aguentar estar aí contra a vontade do Diretor e do Prof. Snape e da maior parte dos alunos. Eu preciso mais de ti do que tu precisas de mim. Eu preciso da tua amizade e das tuas confusões, do teu riso, dos teus olhos. Tu és o meu melhor amigo, o meu grande confidente, eu posso dizer-te que te vi crescer. Nós crescemos juntos, nós criámos uma amizade linda e maravilhosa e continuámo-la sempre juntos. Juntos para sempre e sempre nos amando. E o que seria a nossa amizade sem os nossos problemas? Já te disse que te amo?

Siria Sfear, a tua melhor amiga.

- Voa rápido, Hedwig. - A coruja assim fez, Siria seguiu-a com o olhar até a ver desaparecer nos céus. Tinha ganho o dia por completo.

****uma hora depois******

- Mãe, pai! Venham aqui, por favor. - Siria estava sentada no sofá e os pais apareceram vindos da cozinha. - Eu quero dizer que quero mesmo continuar em Hogwarts. Por mais que isso te magoe, mãe, é muito importante para mim. Sinto-me bem lá. Eu encaixo-me apesar de também me verem como diferente, não me afetam, porque aquilo é o que eu sou, uma pequena feiticeira a aprender para se tornar numa grande e é incrível. Não quero saber dos outros, mas sim de mim. Pela primeira vez, mãe. Me apoie. Não estejas zangada com o pai.

- Siria, não me obrigue a aceitar você em Hogwarts, mas eu prometo que vou tentar e eu já não estou mais aborrecida com o teu pai, é Natal. - Milirian disse, beijando Gilbum.

Siria sorriu... Natal... Um Feliz Natal.

********************Espaço de agradecimentos****************

Quero agradecer a todos os que leem a fanfic e aos que deixam review, principalmente a:

Darkane: Obrigada por todos os seus comentários, eles são lindos, eles me fazem sorrir. Gosto do apoio que a Siria recebe de você. É muito bom ter o seu feedback.

Quero agradecer também a:

Darkson: Não me importo que não comente em todos os capítulos, já lhe respondi, mas gosto de ouvir um oi, de quando em quando.

NathaliaLopezlobo: Não se sinta mal por me criticar. Eu gosto de ouvir sugestões para melhorar. Eu tou habituada a escrever português de portugal, mas eu vou tentar mudar isso para que percebam melhor. O DUMBLEDORE NÃO É MAU! Mas isso toda a gente sabe :P ele é uma das minhas personagens de HP favoritas, simplesmente o amo, por isso é que é um desafio mostrar uma outra face dele. Continue lendo a fanfic.