Em todos os seus relacionamentos, sempre era o primeiro a acordar. Segue sua rotina: beija a bochecha do amado sem que ele acorde, deixando a cama para escovar os dentes, tomar banho e se vestir. Ao sair do banheiro, o encontra ainda adormecido. Deixa o quarto para fazer o desjejum.

Demora um pouco mais na cozinha, preparando um café para o outro também. Deixa por lá, sobre a mesa, voltando para o quarto para acordá-lo.
Adentrou o cômodo, logo de primeira vendo a silhueta de seu companheiro entre os lençóis da cama. De bruços, coberto até a cintura e a abraçar o travesseiro. Ainda dormia tranquilamente.
Senta-se na beira da cama e acaricia as costas desnudas. Seu rosto adquire certa cor enquanto as pontas dos dedos tocavam as marcas vermelhas deixadas ali por si na noite passada; fez uma nota mental para pedir desculpas por conta dos arranhões.

Abaixa a cabeça por um segundo, pensando no motivo do outro continuar a dormir por mais tempo que o normal. Deveria estar cansado. Sua face avermelhava-se mais diante das lembranças que passavam por sua mente.

Quando retornou a realidade, encontrou o outro lhe observando discretamente. Recolheu a mão timidamente. Ele segurou seu pulso, levando sua mão próximo ao rosto e depositando um beijo na ponta de seus dedos. Não conteu um sorriso.
Ele o puxou em sua direção levemente, indicando que queria que se aproximasse. Enclinou-se para devolver o carinho, explorando a face do outro com os lábios.

"Bom dia." Iniciou o diálogo. Ele havia invertido as posições, obrigando-lhe a deitar-se no colchão em seu lugar. "Ontem, eu te machuquei?" Pergunta, um pouco atrapalhado.

"Bom dia. Um pouco, mas eu gostei." Demorou com a face próxima a seu pescoço, provavelmente sentindo o cheiro de quem recentemente tomou banho. Aproveitou que sua blusa não tinha todos os botões fechados, depositando leves beijos em sua clavícula.

"Desculpe." Se encolheu, ainda um pouco tímido.

"Não precisa se desculpar."

Deu sua permissão então, permitindo que o momento proseguisse. Já havia lido em algum lugar que era bom fazer sexo pela manhã. Logo, novamente suas pernas estavam entrelaçadas à cintura do companheiro enquanto suas mãos bagunçavam mais os cabelos loiros, enroscando os dedos com força ou afagando. Dessa vez havia sido marcado por ele também ao baixar a guarda e deixar seu pescoço exposto. Ele adentrava seu corpo com vontade, lhe fazendo delirar. Chega ao ápice antes mas logo sendo seguido por ele.

Recuperam o fôlego em silêncio. Ele ainda continuava sobre si, agora com a cabeça a descansar sobre seu peito. Suas mãos retornaram aos cabelos rebeldes, acariciando-os com carinho. Tinha que admitir que adorava o cabelo do outro, tocar nele e de como era diferente do seu, poderia ter até um pouco de inveja.

Convidou-o para tomar banho, definitivamente precisava de outro. Levou um pequeno sermão por não ter convidado-o logo de primeira. Banharam-se juntos e depois se vestiram.

O maior comeu também, agradecendo o café da manhã com um beijo na testa. Lhe beijou com a boca de café para depois partir primeiro. Seguem com sua rotina.