Hell Road escrita por Absolem the oracle


Capítulo 3
Cap 3 - As armadilhas no seu caminho, não no meu.


Notas iniciais do capítulo

agradecimentos honrrosos e especiais a :
Pat Black
Se você não tivesse me mandado aqueles Rewiers eu teria parado de postar. Não sei bem o por que mas as pessoas não tem apreciado muito esta história.agradeço profundamente. Vou fazer esta fic para você. espero que você goste. minhas palavras daqui em diante serão escritas apenas para seu deleite.



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Aquilo não era o mais importante no momento.

Hanah alcançava a saida da cidade e a autoestrada.

Uma longa rodovia que passava dentro de várias cidadezinhas.

Hanah coninuou a pedalar apesar do cansaço. Ela havia saido da clinica para buscar comida por volta das oito da manhã, e pelo que seu relógio dizia já eram três da tarde.

A sede era absurdamente grande debaixo do sol escaldante.

Depois de enfrentar uma semana de chuva agora ela se sentia fraca com o calor. Parou em um posto de gasolina. Alguns carros estavam abandonados. Hanah carregou a pistola. Entrou devagar na lojinha do posto. Haviam três zumbis. O cheiro era nojento e a visão do rosto apodrecido de uma mulher era algo que Hanah preferia nunca ter visto.

A ânsia de vomito veio violentamente em seu estomago a fazendo se curvar e leve. Ela atirou o mais rápido que pode. Apenas um zumbi continuava, mas ela não tinha forças para lutar contra o vomito.

Ela vomitou. Largou a pitola ainda zonza e pegou um pedaço de madeira no chão. O zumbi se aproximou vorazmente e Hanah enfiou com todas as forças a medeira no pescoço dele. A ponta "afiada" ajudou a madeira à entrar no pescoço. Hanah a torceu com violência e conseguiu deixar a cabeça da criatura presa no corpo apenas por um pedaço de pele. Ele caiu no chão.

A podridão invadiu os pulmões da garota. Seu estomago se retorceu mas não saia nada, já que ela não comeu nada alem de um chocolate que já tinha sido vomitado.

Depois de se recuperar durante alguns minutos ela foi a geladeira e pegou uma garrafa de água. Bebeu desesperadamente. Se sentia completamente resecada. Pegou mais uma garrafa e colocou na mochila. Um peso necessário.

Estava quente demais. Ela resolveu esperar o sol baixar um pouco. No posto encontrou uma lanterna grande que serviria bem alêm da sua que já estava presa ao cinto. Ela procurou um arame e prendeu a lanterna no guidom da bicicleta. Tambem pegou pilhas para as duas lanternas. Não sabia o que ia enfrentar e foi ensinada a sempre esperar o pior.

Saiu do posto por volta das cinco horas. O sol estava mais fraco. Logo ia escurecer e ela não poderia parar durante a noite por nenhum motivo.

Bebeu mais alguns goles de água e saiu andando na bicicleta. Ia seguir a rodovia ate o fim. Não tinha nenhuma outra idéia alêm de sobreviver.

A noite começou a cair e Hanah ascendeu a lanterna. Depois de algum tempo as pernas já tremiam o corpo não aguentava mais o esforço. Hanah decidiu parar, mas antes procurou uma árvore que pudesse escalar. Encontrou um grosso carvalho na beirada da estrada. Subiu e se amarrou a árvore para evitar que caisse caso acabasse dormindo.

Hanah cochilou por várias vezes. Não conseguia realmente dormir sempre com medo de cair.

Ela ignorou o sol e continuou na árvore até ele estar bem no meio do céu. Não dava mais pra ficar ali. Desceu da árvore e subiu na bicicleta.

Havia uma cidade proxima pelas placas. Summerville estava escrito em letras imensas em uma placa na beirada da estrada.

- Mais uma cidade... - Hanah resmungou.

Ia tentar passar o mais rápido possivel para evitar problemas.

Hanah entrou na cidade. Na primeira esquina ouviu tiros.

Dali sairam dois homens que atiravam num grupo de dez zumbis.

Hanah ja tinha preparado a pistola. Parou a bicicleta sem desmontar e começou a atirar neles. Depois de tudo só haviam três. Os dois bateram com pedaços de metal nos zumbis.

Hanah não esperava aquela reação. Os dois se aproximaram e um segurou a bicicleta pela frente o que a fez pular e ar alguns passos para trás. O outro veio rápidamente por trás. Hanah gritou quando ele segurou sua mochila, puxou e jogou no chão. Ele a segurou e o outro se aproximou com um sorriso.

- Eu ajudei vocês! - Hanah gritou.

- E dai? Não temos uma mulher desde que tudo isso começou. O que você acha que vão fazer? Me prender? - ele gargalhou.

O homem se aproximou o suficiente para Hanah chutar entre suas pernas. Ele se ajoelhou com dor e o outro pareceu preocupado.

- Seu nojento! - ela gritou e se debateu.

- Agora é que eu vou ser ruim. - ele falou com a voz tremida enquanto levantava.

Ele se aproximou tomando cuidado com os chutes de Hanah. Segurou suas pernas e levantou a saia.

- Não ouse! - Hanah rosnou e cuspiu no rosto do homem.

- Eu vou me divertir e depois o Jonh tambem vai. Vamos pegar o que você tem naquela mochila e vamos te usar como isca pra sairmos da cidade.

- Saiam de perto dela! - uma voz veio do nada.

O homem se virou. Lá atrás um cara com um terno preto apontava uma arma para eles.

- Calma amigo... você tambem pode participar.

- Soltem ela... agora. - ele falou devagar.

Os dois a soltaram e se distanciaram vagarosamente. Hanah pegou a mochila e a arma do chão. Os dois sumiram por entre os prédios.

- Obrigada! - Hanah disse enquanto levantava a bicicleta - Por que me ajudou?

- Por que não era certo o que eles queriam. Era... imundo.

- Eu estou só de passagem.

- Indo encontrar alguem? - eles iniciaram uma caminhada.

- Não. Sobrevivendo. Não sei muito o que fazer, por isso só sigo em frente.

- Eu tô buscando comida. Meu grupo está acampado aqui perto da cidade. Me mandaram aqui. Meu nome é William. - ele estendeu a mão - Wiliam MacCronw.

- Hanah Valentyne. - ela apertou a mão dele.

- Vamos para a casa aonde eu estou. Lá tem comida e é seguro.

- Preciso descançar. - Hanah disse em um suspiro.

Eles andaram um pouco e logo estavam em frente a uma casa azul.

William abriu  janela e pulou para dentro. A casa não tinha praticamente mais nada alem dos móveis.

- Eu fechei a porta com madeiras. Tambem todas as janelas. Só essa abre.

Todas as janelas estavam cobertas com cobertores ou pedaços de lona preta. Hanah deitou em um sofá empoeirado. Estava tão cansada de fugir e se sentia fraca. William saiu para continuar a buscar comida e remédios e pela primeira vez depois de quando tudo tinha começado ela chorou. Chorava baixinho para não atrair nenhum deles. Amava Joshua, e tinha se afeiçoado um pouco a Jenna. Onde estaria se pai? Estava morto? Tinha virado um deles? E seu melhor amigo Jim tinha sobrevivido?

Hanah não teve nenhum namorado, mas tambem sentia falta dos garotos que conhecia. Sentia falta a fazenda. Chorava ate a morte de sua mãe. Ela tinha se fechado desde que ela havia morrido. Apesar de fazerem seis meses, Hanah ainda não tinha chorado por sua mãe. A ficha não tinha caido ate aquele momento.

- Sou eu e eu de agora em diante. Deus já não está mais conosco. - ela falou soluçando.

Hanah estava sozinha e ia lutar por ela independente do que custasse. Ela acabou dormindo. Acordou e a janela pela qual eles entravam estava fechada e coberta.

- Finalmente heim! - era a voz de Wiliam baixinha - Achei qu fosse dormir mais.

- Já anoiteceu?

- Já está de madrugada. Devem ser umas três da manhã agora.

- Por que cobriu as janelas?

- A noite eles ficam mais ativos. Não queremos que eles vejam que tem gente aqui dentro. Derrubariam a casa para nos comer. - ele ofereceu uma panela - Quer? É bife.

- Meu deus! - Hanah enfiou a mão na panela e comeu o bife.

- Eu consegui um butijão de gás. Assim dá pra usar o fogão e fazer comida.

- Huuum - Hanah resmungou. O bife estava suculento.

Depois de comer, os dois começaram a conversar.

- O que você fazia?

- Eu era segurança de uma cantora. Ela morreu. Minha namorada tambem. - Wiliam parou para repirar - Eu tinha uma vida simples e não era ninguem rico ou talentoso. Agora tenho conseguido sobreviver. E você?

- Eu? Eu vivia no Kansas em uma fazenda. Meu pai era um caçador e policial. Ele foi pra swat a três anos. A um ano ele recebeu uma proposta pra vir pra inteligencia secreta. Não quis. Minha mãe fez ele ficar. Depois que ela morreu nos mudamos pra cá.- Hanah parou de falar. Lembrou de sua vida e se arrependeu de todas as vezes que a odiou, agora ela era um inferno - Eu tinha um irmão, Joshua. Ele morreu e virou um deles. Meu pai me ensinou a caçar e a sobreviver, já que Joshua só queria saber de garotas, carros e dinheiro. Deixei pra trás algumas pessoas importantes. Basicamente essa era a minha vida.

- Agora faz sentido você ter essas armas. Bem. Vou ficar mais uns dis dias aqui. Você pode esperar nesta casa. Vou pegar mais mantimentos. Depois vamos atravessar a floresta ai da frente. Duas horas de caminhada para o norte e saimos perto do centro da cidade.

- E essa rua? Ainda é a rodovia?

- Sim. Se seguir um pouco mais a frente volta pra rodovia. Ela passa dentro dessa cidade.

- Ótimo.

- Vamo descansar aqui e depois vamos a cidade... Se você quiser ir junto. A floresta é perigosa, sabe? E tem ursos por lá.

- Já devem ter sido comidos... - Hanah disse achando graça.

Os dois passaram três dias na casa planejando a ida. Hanah não estava muito interessada, mas Wiliam não parava e falar.

Na manhã do quarto dia eles estavam prontos.

Sairam e Hanah deixou a bicicleta pronta para quando ela voltasse. Não pretendia ficar com o grupo de Wiliam. Ela o achava suspeito e meio falso.

Eles caminharam durante duas horas quase exatas. Estavam quase dentro da cidade. Dava para ver o cinza dos prédios por entre as árvores.

- É otimo que você venha. Suas armas são muito boas e vão ajudar muito.

- Minhas armas? - Hanah perguntou. Não tinha mostrado o conteudo da mochila preta e grande para Wiliam. Não tinha nem comentado sobre elas. - Você mecheu nas minhas coisas?

- Ah... só dei uma olhadinha. Queria saber que tipo de pessoa você era..

- Ahhhh... - Hanah falou entendendo tudo.

Ele só tinha a salvado por que imaginou que ela teria algo de valor na mochila. Só ia a levar para junto do seu grupo por causa das armas. Sendo só ele Hanah poderia se salvar, mas contra um grupo... Por que ela não se livrariam dela?

- Melhor irmos rápido... - Hanah falou. Seu semblante havia mudado e agora ela o olhava friamente. Wiliam não era quem parecia ser e Hanah ia sobreviver.

- Claro! - ele respondeu inocente.

Chegaram na borda da floresta. Mais alguns passos e estariam na cidade.

O que Wilian não contava era que ali estaria infestado.

- Hanah... volta... volta! - ele tentou se conter mas os zumbis perceberam. Wiliam pegou um rádio da cintura

- Pessoal, câmbio! Aqui é o Wiliam... tem alguem me ouvindo?

Enquanto falava ele corria. Hanah corria do lado ouvindo as transmissões.

- Câmbio Wiliam. O que houve? - uma voz feminina disse.

- Estou sendo perseguido! Preciso de ajuda.

A situação era desesperadora. Hanah percebeu as armadilhas no chão semi cobertas por folhas.

- Wiliam cuidado com o chão! - ela gritou.

- Ahhhhh! - houve um barulho metálico e Wiliam gritou.

Hanah virou e arregalou os olhos. Ele estava preso na armadilha. Ela pulou cuidadosamente. Agradecia mentalmente por seu pai ter lhe ensinado sobre caça.

Ela se aproximou e tentou puxar os dentes da armadilha. O metal estava enferrujado e tinha cravado profundamente na canela de Wiliam.

- Wiliam? Wiliam? - a mulher falava no rádio que estava jogado no chão.

Hanah viu os zumbis próximos. Ela não ia poder fazer muita coisa mesmo. Mesmo que o soltasse ele não ia conseguir correr. Ela pegou o rádio do chão e se afastou.

- Ei! Pra onde você vai?

- Obrigada por me ajudar... mas eu não posso fazer mais nada por você. - ela o olhou com frieza - Eles estão vindo.

Hanah levantou a pistola. Wiliam se debateu em uma tentativa frustrada de sair da armadilha. os zumbis estavam a dez metros.

- Não atire! Por favor!

- Tudo bem se prefere que eles te matem. Adeus Wiliam. - ela se afastou. Ainda gritou enquanto corria - Você só queria usar minhas armas!

Ela ouviu o grito de Wiliam lá atras. Ela não ia conseguir abrir a armadilha em menos de uma hora. Pelo menos Wiliam ia atrasar os zumbis. Ela continuou a correr pela trilha. Parava apenas por alguns segundos sempre com a ameaça iminente pairando sobre a cabeça dela.

Ela guardou o rádio que parecia um walk-talk bem preso na cintura. Depois de um longo e sofrido tempo ela teve o vislumbre da casa onde os dois estavam e de sua bicicleta velha e verde com uma lanterna amarrada a cesta.

Desespero.

Hanah pegou a bicicleta desviando de alguns deles. Não sentia vontade de chorar por Wiliam. Tinha evitado se afeiçoar a ele por que sabia que ele ia acabar morrendo. Não doia mais.


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