Fui a escola, que burra! Perguntei o que tinha acontecido na aula para uma garota e ela perguntou se eu tinha faltado na aula.

Ótimo! Agora sou invisivel, mas pelo menos não veem meu lado ruim, mas também não veem os bons.

Ás vezes queria poder me fantasiar, mas não de qualquer coisa, do que eu sou por dentro, talvez me vissem de outra maneira. O que eu demonstro não é o que eu sou, não é o que eu sinto.

Eu não sou aquela garota retarda que todos pensam, que só pensa em estudar, mas nunca se diverte, que nunca vai a festas. Eu nunca vou em festas, porque nunca sou convidada, nunca lembram de mim nessas horas, nunca lembram de mim em hora alguma. A única festa que fui na vida foi na da minha melhor amiga, quando eu tinha uns 8 anos.

Nem sei mais onde ela mora, afinal, acho que vou perguntar pra minha mãe, vou procurar, vai que por um milagre (se acontecer) ela lembra de mim. Lara, Lara. Ela era legal, nunca tirou sarro de mim (ao menos naquela vez que jogaram sorvete na minha cabeça, mas isso não ficou assim, eu também joguei na dela, até que foi divertido).

Foi legal relembrar isso, ela era uma boa amiga, mas ela mudou-se e tivemos que parar de se falar, eu prometi que mandaria para ela correspondencia, mas nunca mandei. Vou ver se ainda tenho o endereço. 

NEM VOU PRECISAR PERGUNTAR PARA MINHA MÃE, POIS LEMBREI QUE ESTÁ EM UMA CAIXA NO GAVETEIRO.

Agora tenho que ir, o intervalo acabou. Vamos lá aula.