Melissa POV

Então era isso,Stefan era um vampiro. Por isso ele parecia ser tão perfeito, por isso ele era tão misterioso, por isso que depois que a Abby "ficou" com ele ela se distanciou de mim,do Daniel,da Charlie... Ela... Ela virou vampira. Daniel... será que ele é um vampiro? Tantas perguntas e ninguém pra me responder.

Fui para o meu quarto e fiz um curativo no meu braço e esperei noticias do Daniel. Daniel aparece, com um arranhão na sua camisa, que dava para ver seu peitoral firme. Corri e coloquei ele para dentro do meu quarto.

Ele estava com sangue nas mãos...

-Você... Você matou o Stefan? – perguntei enquanto ia para o banheiro pegar o kit de primeiros socorros.

Ele gargalhou

-Não... Ainda não.. – ele falava enquanto tirava a camisa.

Fiquei ali, parada na porta do banheiro boquiaberta segurando uma caixinha laranja fluorescente.

-Ah... O que é você então? – perguntei enquanto não tirava os olhos do corpo dele – Assim... você tirou uma força que não imaginava que você tinha quando o empurrou...

-Eu não posso dizer ainda o que eu sou... – ele gemia de dor enquanto eu passava o remédio no seu machucado – Cuidado!

-Você não está tão corajoso agora não é? – eu sorri.

Ele também sorriu.

-Mais... E o Stefan? – perguntei com um ar de preocupação – Ele tentou... você sabe, me morder...

-Não se preocupe, ele não fazer nada com você... Enquanto você não se machucar perto dele... você sabe, tenha mais cuidado. – ele olhou para o meu machucado – Está doendo?

-Não... não mais.  – olhei para o chão – Você não vai mesmo me dizer o que você é?

-Não posso... Infelizmente eu não posso te dizer nada sobre mim, ainda não. – ele parecia confuso

-Só me diz uma coisa então... você não é um vampiro, é?

-Não! Não sou um vampiro – ele sorriu. – Mais a Abby...infelizmente se tornou um deles.

-É... ela ficou bem estranha ultimamente.Não tem volta? Ela vai ser uma vampira e faminta por sangue o resto da vida? – perguntei

-Sim, mais ela pode ser uma vampira controlada, como o Stefan era até hoje, quando ele ia te atacar – ele trincou os dentes

-Como assim, "controlada" ?

-Controlada que eu digo , é só beber sangue animal. – ele fez uma cara de nojo

-Que nojo! – eu gritei

Ele sorriu, ele era tão lindo...

-Enfim, vou tomar um banho... Quero encontrar você,mais fora da escola, o que acha? – ele me perguntou enquanto ia segurar minha mão

-Não sei... não é proibido?

-Um vampiro estuda aqui, isso é pouco pra você ? – ele sorriu – O que você acha?

-Você é muito misterioso... Não sei não...

-Por favor, queria te esclarecer algumas coisas – ele se inclinou – E então?

- Tudo bem... – eu cheguei mais perto dele.

E então... ele me dá um beijo na testa, se levanta pegando a "camisa" e sai.

Um beijo na testa? Sério? Depois de todo esse clima? NA TESTA?

[...]

Fui tomar um banho, escovei os dentes,sequei o cabelo e me maquiei de leve. De um certo modo eu estava querendo saber o que o Daniel queria comigo.

Procurei meu jeans favorito, meu moletom verde e meu all star preto.

Sentei na cama e esperei o Daniel aparecer. Até que ouvi um barulho na minha janela.

Era ele,jogando pedrinhas no vidro.

-Que moderno hein? Sabia que o telefone já existe a... humm... muito tempo? – eu gargalhei – Como eu vou descer?

-Feche os olhos... Mas me prometa que você não vai abrir os olhos até eu pedir.

-Tudo bem.

Fechei os olhos e senti uma sensação de leveza, uma sensação muito boa por sinal. Parecia que eu... que eu estava voando!

Só podia ser coisa da minha cabeça é claro! Mais se bem que num colégio que estuda um vampiro, eu não duvidaria de mais nada.

-Pode abrir. – ele sussurrou no meu ouvido.

Seu hálito gélido me fez arrepiar, quis beijá-lo ali mesmo, mais sua voz me deixava paralisada,um efeito que me deixava sem graça.

-Posso? – então eu abri os olhos.

Estávamos num pier lindo, iluminado só com a luz da lua. Ele usava uma blusa branca de algodão, com uma jaqueta preta por cima, uma calça jeans e seu habitual all star cinza.

-Estamos quase com a mesma roupa! – falei para quebrar o
gelo.

-É mesmo! – ele sorriu de leve – vem, quero te mostrar uma
coisa

Ele me arrastou até uma escada que tinha no pier que dava na areia da praia. Descemos e então tinha uma manta violeta estirada sobre areia com duas almofadinhas.

-Isso tudo é pra nós? – perguntei

-Não. Isso tudo é pra você. Tenho que te contar à importância que você tem na minha vida.

-Calma Daniel! Não tem nem um mês que você me conhece. – eu gargalhei

-Você pode não me conhecer nessa vida, mais eu te conheço a muito tempo atrás. – ele segurou minha mão e olhou no fundo dos meus olhos

Sua mão gélida me deu um arrepio na espinha. Minhas pernas ficaram bambas, eu fiquei tonta, e aqueles olhos... Parecia que eu já tinha os visto antes.

-Calma lá... como assim não  te conhecer dessa vida? Tá tentando me trollar ou algo assim? – eu me afastei dele, e me afastei, e fui me afastando...

Até que tropecei numa pedra e ia cair de bunda no chão,quando em questão de segundos o Daniel estava lá para me segurar.

-Tente entender, que eu não posso dizer pra você o que eu sou, ou qual meu objetivo, mais posso te dizer coisas ao seu respeito que quase ninguém sabe,além de mim é claro. – ele me ajudou a levantar e nós sentamos na manta estirada no chão.

Ele me disse coisas do tipo: minha flor favorita, minha cor favorita, meus medos, meus sonhos, minhas brincadeiras favoritas quando criança... Coisas que só EU deveria saber. Era muito estranho, não me lembro de ter feito uma biografia e ter colocado no Wikipédia.

-Acredita em mim? Acredita que você foi feita pra mim? E eu pra você? – ele colocou sua mão sobre a minha.

Gargalhadas bem estrondosas vinha do píer, uma voz grossa... uma voz conhecida até... STEFAN!

Ele deu um salto que foi parar na nossa frente, com os olhos vermelhos, vermelhos com sede de sangue.

-Muito bonito! Não queria mesmo atrapalhar os pombinhos sabe Melissa? Mais tenho contas a acertar com esse babaca! – ele cerrou os punhos

-Você não perde por esperar Stefan!