Mr. And Mrs. Oliver escrita por lsf


Capítulo 5
The nightmare became after the dream.


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY HEY! Falei que não iria demorar tanto desta vez e aqui está! Esse capítulo eu fiz com o intuito de mostrar pra vocês QUEM a Jade achou que fosse e também que ela não esqueceu assim tão bem do Ryder... Ou ele dela!
Bom, vou parar de falar e vocês tirem suas próprias conclusões! ENJOY!



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POV Jade

Acordei quando Beck estava tentando me pegar no colo. Desajeitadamente, como se eu fosse de porcelana. Sorri mentalmente. Olhei para ele um pouco assustada e depois arqueei uma sobrancelha que o fez ficar vermelho.

“Se você quiser, pode ir embora. Estamos seguras agora.” – Falei e já me levantei.


“Não estou deixando vocês, não interessa o quão protegidas estejam.”


“Ótimo, então quero que você faça duas coisas por mim:” – Falei e vi uma pequena esperança em seu olhar. “Chame o Ryder e explique o que aconteceu. Peça-o para passar a noite aqui e então vá embora.” – Eu realmente sinto algo por Beck, porque toda vez que estou perto dele sinto um monte de clichês que eu não gosto e uma confusão. Ryder é meu amigo, apesar de tudo. E no momento eu preciso mais de segurança do que de confusão. “Vou olhar a Cat e tomar um banho.” – Disse enquanto começava a subir as escadas. “Você sabe onde é a porta.” – E então subi o mais rápido que pude, e Beck nem sequer protestou. Ao terminar de subir as escadas, ouvi o barulho da porta e fechando.

Fui até o quarto da Cat e a encontrei se debatendo sobre a cama. Ela estava visivelmente chorando e então corri até ela e a acordei. Ela olhou para mim com aqueles grandes olhos castanhos e eu a abracei.


“Shhhh. Calma, bebê, tudo vai ficar bem. Eu te prometo.”


“Mas Jade, se você não tivesse chego...” – Eu a interrompi.


“Não vamos pensar assim, ok? Eu cheguei e depois Beck chegou. Tudo está bem agora.”


“Eu não quero mais dormir. Tive um pesadelo.” – Ela fez um beicinho.


“Vem dormir comigo, vou te proteger do seu pesadelo.” – Hipoteticamente impossível, mas quem liga? Efeito placebo* costuma funcionar com ela.


“Ok, ok, Jadey. Vou por meu pijama e te encontro em seu quarto.” – Após isso, fui tomar um banho no banheiro do meu quarto. Tirei minhas roupas e fiquei sob a água, que caia tão quente. Queimava minha pele, tirava de mim aquela sujeira que mal conseguia suportar sobre meus ombros. Lavei meu cabelo, enxaguei-o e sequei-o. Ponderei usar o secador, mas assim que abri a porta de vi minha cama com Cat dormindo tranquilamente, desisti. Pus meu pijama e deitei ao seu lado. Ela estava com a cabeça enterrada contra o travesseiro. Puxei a coberta até quase a cobrir e me posicionei de um modo que meu braço ficasse atrás da cabeça dela sustentando minha cabeça.

De repente, eu estava em uma praça. Aliás, estávamos em uma praça, sentados em um banco cujo algum tempo atrás teve marcado B&J, marca feita pela primeira tesoura especial que ganhei. Já não éramos as mesmas crianças daquela época, mas eu ainda mergulhava em seus olhos castanho-escuros enquanto uma chuva caía sobre nós. Não era uma chuva exatamente fraca, embora fosse fina. Era o banho de chuva perfeito. Senti seu polegar roçando em meu maxilar, enquanto os outros dedos descansavam em meu pescoço e sua outra mão desenhava círculos imaginários em minha coxa. Posei minha mão sobre seu ombro e nos aproximamos. Fechei meus olhos e esperei sentir seus lábios macios nos meus. Suas mãos cuidadosas e leves foram substituídas por mãos pesadas e que agora não se moviam mais. Senti o peso de uma das mãos sobre minha coxa e sua outra mão áspera se moveu para meus cabelos. Abri meus olhos, um pouco assustada, e então vi tenros olhos azuis observando-me cuidadosamente. Instantaneamente relaxei meu corpo. Não que tenha sido proposital. A pele agora não tinha mais um bronzeado perfeito, pelo contrário. Agora tinha o mesmo tom branco da minha. Deixei minha cabeça pousar na dobra de seu pescoço e suspirei, sentindo seu perfume cítrico. Já não chovia, Ryder estava seco, mas eu continuava molhada. Ele se desfez suavemente do meu aconchego e ficou de pé. Deu uns dez passos para frente e então se virou para mim, pedindo-me com gestos para que o acompanhasse. Levantei e sorri para ele. Comecei a correr em sua direção e então ele simplesmente desaparece.

O cenário mudou abruptamente e eu já não pisava na grama fofa de segundos atrás. Desequilibrei-me com a mudança, mas não cai. Estava agora em uma rua qualquer, iluminada praticamente por prédios enquanto o céu estava totalmente vazio - sem lua, sem estrelas. Ouvi um grito. Sabia quem era, sabia o que estava acontecendo e sabia o que estava por vir. Tentei correr, já sabendo que tinha que andar apenas mais uma quadra para chegar ao meu destino, mas o medo subitamente me paralisara. Ouvi outro grito, mas dessa vez transmitia mais dor. Forcei minhas pernas. Tinha que correr, tinha que salvar Cat. Não era uma opção, não havia uma escolha. Era o que devia ser feito. Agora estava correndo e o beco parecia cada vez mais longe, enquanto os gritos ficavam cada vez mais altos. E ainda assim conseguia ouvir meus próprios batimentos cardíacos. Entrei correndo no beco, mas dessa vez não havia nada comigo. Tentei ouvir algo, qualquer coisa. Nada. Aproximei-me cada vez mais e então vi. Cat jazia no chão, suspirando alguma coisa incoerente. Uma poça de sangue estava sob ela e então o homem apontava a faca cheia de sangue para mim. Ele me prensou contra a parede, seu antebraço esquerdo forçando minha garganta e sua mão direita forçando uma faca contra meu abdômen. Encarei aqueles olhos novamente. Minha visão já estava completamente embaçada pelas lágrimas, mas ainda assim consegui reconhecer seu olhar. Dei um suspiro longo, sentindo a faca começando a perfurar a minha pele. Não senti nada. Sussurrei seu nome e então, abruptamente, acordei.

A única coisa que consegui perceber era que Cat não estava mais ao meu lado, mas sim Beck. Eu estava gritando e ofegando. Quase sem ar. Olhei assustada para ele, que tentou me consolar.


“Babe, calma. Está tudo bem, eu estou aqui.” – Ele disse, passando a mão suavemente em minhas costas.


“Não pedi para que estivesse. Pedi para que chamasse Ryder.” – Eu soei irritada, embora não tenha sido minha total intenção. Estava feliz em tê-lo aqui, embora. Não me lembrava de muita coisa do sonho que tive, em especial o nome. Puxei de minha memória, mas não consegui encontrar nada. Esse sonho tinha realmente me assustado.


“Ryder está lá embaixo, pediu para que eu viesse assim que Cat foi nos chamar. Achou que seria melhor. Talvez estivesse enganado.” – Ele disse e a última frase saiu como um suspiro triste. Seu olhar estava inegavelmente triste. Tentei sorrir para ele, embora não dera certo. Ele se levantou e saiu do quarto, dando-me um tempo para organizar meus pensamentos. Não havia muito o que fazer, então cerca de dez minutos depois eu levantei. Olhei no relógio e vi que já era tarde, o suficiente para não ir à escola. Tudo bem, vão entender. Troquei meu pijama por uma roupa casual qualquer. Desci as escadas o mais rápido que pude e, assim que cheguei à cozinha, vi Ryder fazendo café. Corri até ele e o abracei com força. Ele me abraçou de volta, praticamente me levantando do chão. Senti seu perfume que eu adorava tanto. Olhei bem dentro dos seus olhos... Seus olhos azuis. Azuis como os olhos do homem que atacara Cat. Não, não. Certamente eram de outra pessoa. Tinham um brilho muito diferente. Um brilho psicopata. Não podiam ser de Ryder. Ele nunca faria nada contra nós.


“Ryder...” – Sussurrei e então me caiu a ficha. Era o nome que eu havia sussurrado em meu sonho. Assustada com meu próprio pensamento, me afastei dele e então abaixei a cabeça. Não podia estar acontecendo, simplesmente não podia. Meu cérebro não conseguia processar todas as informações. Ficara bem claro que eu conhecia aqueles olhos, mas ainda assim eram da última pessoa que eu esperava que seriam. Ele levantou meu queixo e olhou fundo nos meus olhos até que eu bati em sua mão, o forçando a deixar minha cabeça livre. Dei dois passos para trás, tentando aumentar nossa distância.


“Babe... Quer dizer, Jade, está tudo bem?” – Ele perguntou e então dei um passo a frente. Bati com toda força que pude em seu braço. O braço em que eu supostamente atingi o homem que quase machucou Cat. Era para ser um corte profundo, pela força com que joguei a tesoura e a expressão de dor do cara. Mas Ryder... Ryder nem se movera. Meramente questionou minha sanidade com um olhar, mas resolveu não perguntar. Melhor assim. A tensão em meu corpo diminuiu, mas agora não sentia mais meus pés. Tudo estava escuro novamente.

Acordei deitada no sofá com Ryder sentado ao meu lado, Cat na cozinha junto com Beck. Consegui enxergar a preocupação na mistura de emoções que seu olhar era. Era real. Ele não podia ser o mesmo cara. Ele não havia sentido dor no braço. Ele definitivamente não era o mesmo cara. Mas os olhos dele eram tão... Havia me perdido em devaneios, e assim eu voltei à realidade, peguei-me olhando para o Beck, que estava no balcão olhando-nos e que, a esse ponto, irradiava ciúmes. Ri baixo. Foquei novamente no Ryder e então percebi que suas mãos estavam nas minhas e que ele tinha um sorriso bondoso no rosto, seu olhar transbordando ternura. Dei-lhe um abraço ainda mais forte que foi devolvido a mim no mesmo nível. Quebrei o abraço e ele me deu um beijo na testa. Ele me perguntou o que havia acontecido para que eu tivesse aquela reação, vi Beck se aproximando e sentando no braço do sofá atrás de mim, enquanto eu me sentava e lhes contava do meu sonho.

Ambos compreenderam. Tudo. São as melhores pessoas que eu conheço o que torna óbvio que eles nunca vão saber disso da minha parte. Ryder fez questão de exibir seu abdômen definido tirando a camisa e me mostrando seus braços para que eu tivesse certeza absoluta que não tivesse sido ele. Embora agora não precisasse mais, eu já sabia que não tinha sido ele. Mas ainda assim foi extremamente engraçado o rosto de Beck quando eu segurei os músculos do braço de Ryder e passei a mão de leve em seu abdômen. Ok, admito que fiz apenas para provoca-lo, mas estava precisando de uma diversão. Tudo estava claro entre Ryder e o cara, mas ainda havia uma pergunta que latejava em alguma parte do meu cérebro:

Se não havia sido Ryder, havia sido quem?


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Notas finais do capítulo

Okok, peço desculpas pelo tamanho :/
Este é o menor capítulo da fic até agora, mas eu PRECISO deixar esse plot e esclarecer certas coisas que em capítulos futuros vocês vão entender o porquê desse plot :3
O próximo será maior (eu espero!)! Terá a volta dos outros personagens que vinham tirando uma folguinha (ou não!) da fic.
Eu quero saber, além de Bade, o que vocês shippam? Porque isso pode definir certos casais :33
Eu tenho Bade como meu OTP e shippo MUITO Jori... É. Tenho alguns outros ships, como Tandre, Cabbie e Ryde (pfvr, alguém inventa um nome melhor pra isso?), mas não são tão fortes :3
É isso, até a próxima :3 (comentem!)



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