Roses And Demons: Warbloom escrita por JulianVK


Capítulo 88
Ataque a Brokefront


Notas iniciais do capítulo

Como os corpos na esconderijo de Banemare ainda estão frescos depois de tanto tempo? Simples, magia.



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O plano de Vortex era ousado. Juntar a Ordem da Rosa Branca com os seis manipuladores que a combateram era uma receita quase certa para confusão. Afinal de contas, tantos combates criaram um forte senso de rivalidade, mas em termos de força todos tinham de concordar que seriam formidáveis em união.
–Quantos além de você já sabiam disso, Vortex? – Perguntou o controlador das chamas negras.
–Apenas dois: Quartzo e Carbon. Os outros provavelmente não suspeitam de nada, mas certamente acreditarão na sua palavra.
–Eu ainda mal consigo acreditar que o nosso povo passou tantas décadas acreditando numa mentira e que nós lutamos para proteger um vilão.
Os dois manipuladores que dominavam vento e trevas observavam ansiosos para saber qual seria a reação do líder da ordem. Adrian, principalmente, pois sabia que uma única ação impensada poderia resultar na morte dos dois ou na fuga de Banemare.
–Mas juntando as evidências não restam dúvidas de que cometemos erros. E se vamos começar a compensá-los fazendo o que você sugere, e é melhor partir imediatamente, antes que mais pessoas percam a vida sem necessidade.
William permaneceu de braços cruzados com sua habitual cara de quem não sente nada, mas estava satisfeito. Vortex, por sua vez, até sorria de tão contente, mas tinha planos diferentes para si mesmo, que ele tragou de enunciar.
–Eu ficarei no castelo, Inferno. Logo Vladmir estará de volta e eu nem sequer sei dizer se ele perceberá que houve uma invasão em seu esconderijo. Provavelmente terá algumas suspeitas, mas acho que consigo ganhar tempo suficiente até que vocês voltem.
–Entendo, nesse caso tome cuidado meu amigo. – Fabius colocou a mão sobre o ombro do companheiro e sorriu, pois sua determinação estava renovada. – Agora vamos em frente, William, nossa jornada será longa.
–Como quiser. – Respondeu o manipulador do vento, já iniciando o caminho de volta às masmorras.

Apesar de ser tão tarde, a sala de reuniões do Forte Brokefront estava cheia. Lá se encontravam Agas Pyrath, os nove membros da Rosa Branca e vários comandantes do exército chesordiano, inclusive o general Modnar. O clima era de grande tensão, pois a maioria já estava ciente da emergência que seria discutida ali. O primeiro a tomar a palavra foi o pai de Yasmin.
–Nossos batedores retornaram com péssimas notícias. Os inimigos estão acampados muito perto daqui e ao que tudo indica receberam reforços. É certo que eles tentarão nos atacar em breve, portanto temos que realizar nossos preparativos o mais rápido possível.
Iniciada a discussão, o primeiro tópico que precisavam definir era se postariam suas tropas fora da fortaleza ou se tentariam defendê-la por dentro. Depois de cerca de quinze minutos finalmente decidiram que o melhor seria levar a luta até os inimigos com a principal parte do contingente enquanto um destacamento de arqueiros auxiliaria do topo das muralhas.
Como a Ordem da Rosa Branca agiria no confronto foi a discussão seguinte e, embora alguns membros fossem muito eficientes no combate à distância, decidiu-se que era preferível que lutassem junto com a força principal. Ent, Electron, Quartzo, Viper e Sol estariam presentes na vanguarda, enquanto os demais lutariam a partir de fileiras mais afastadas.
Num primeiro momento manteriam os soldados espalhados ao redor da pequena elevação em que havia sido construída a fortaleza e então eles convergiriam no ponto principal, atacando o inimigo pelos flancos se possível. Caso tentassem atacar à distância, os manipuladores da ordem usariam seus poderes para proteger os aliados.
–Não é um plano perfeito, mas é o melhor que temos. Mesmo que estejamos em desvantagem, lutaremos com todas as forças pelo futuro da nação. – Disse o comandante chesordiano com a seriedade de um homem que não se entregaria até o último suspiro. – Dispensados.

O sol iluminou um céu cheio de nuvens e uma manhã em que caía uma neve muito esparsa. Os soldados de Chesord já estavam todos em posição e aguardar a batalha iminente criava uma ansiedade desagradável. Um sentimento que aumentou juntamente com os primeiros sinais da chegada dos empericianos. Mas isso rapidamente arrefeceu, dando lugar ao ímpeto de lutar não apenas pela própria vida, mas também por outras coisas, abstratas ou concretas. Havia quem lutasse pelo bem da própria família, por honra, para proteger o povo do país como um todo e assim por diante. Mas acima de tudo, lutavam com base na confiança em Agas Pyrath, o homem que estava à frente de suas tropas.
Do outro lado, os guerreiros que seguiam as ordens do coronel Froz também deixavam a ansiedade, que não era tão intensa quanto a de seus inimigos que tiveram de aguardar parados, para dar lugar à garra de vencer. O comandante e seu subordinado direto, Lince Walters, também seguiam na vanguarda.
–Essa é nossa hora, Walters. Espero que esteja pronto.
–Sim, senhor. Vamos garantir que o rei fique satisfeito com o resultado de nossos esforços!
O brado do coronel marcou o início do confronto. Empericia avançou com todos os seus guerreiros para o encontro dos adversários. Os chesordianos aguardaram, pois pretendiam usar a proximidade com o forte e o terreno inclinado para compensar suas desvantagens. Mesmo assim, num instante tudo deu lugar à confusão e insanidade da guerra.

Após meia hora de luta ainda era impossível definir um vencedor. As forças haviam se espalhado pelo planalto e quem estava cercado de aliados num instante podia se ver acuado pelos inimigos. Os guerreiros da Rosa Branca eram um auxílio enorme para Chesord, mas nem mesmo eles eram suficientes para determinar uma vantagem decisiva.
Ent avançava sem medo pelos grupos de inimigos e os deixava estarrecidos com seus movimentos fluidos e acrobáticos. Esquivas e bloqueios infalíveis garantiam que ele se mantivesse sem quaisquer ferimentos, mas subitamente ele se viu trocando golpes com alguém que conseguia acompanhá-lo.
Somente quando tomou uma pequena distância conseguiu identificar quem era o inimigo e sua surpresa não poderia ser maior. Era uma mulher com traços evidentes de velhice, vestindo um quimono surrado e manchado, prova de que também estivera lutando, e de cabelos num tom prateado, que ela mantinha presos num coque.
–Olha só para você, não está velho demais para se meter numa guerra? – Disse Anya com um sorrisinho de deboche.
–Eu poderia lhe dizer o mesmo. – Retrucou o controlador das plantas, que sorriu também.
–E ainda por cima está lutando sem qualquer tipo de arma. O que você tem na cabeça?
–Eu não preciso disso para lutar. Meus punhos e meu poder elemental são mais que o suficiente para dar conta de fracotes.
–Ora essa, estou surpresa. Algo me diz que essa será uma luta muito interessante.
A líder das bruxas, que também não portava arma alguma, assumiu uma posição de combate com os punhos diante do corpo. Ela estava desafiando Ent para um confronto físico, e este era um desafio que o velho definitivamente não recusaria.


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Notas finais do capítulo

Para combater Ent, Anya Wald finalmente revela sua magia de combate: Libero Repagula.

Capítulo 189: Confronto de Mestres

Em breve



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