Roses And Demons: Warbloom escrita por JulianVK


Capítulo 20
Prelúdio da Primeira Batalha


Notas iniciais do capítulo

Ehrm... feliz ano novo?



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Era cedo pela manhã e as esparsas ervas pelo caminho ainda estavam carregadas com o orvalho. O exército de Empericia atravessava o Corredor Uivante num ritmo acelerado, ou pelo menos tão rápido quanto era possível devido aos suprimentos e equipamentos que tinham de carregar.
–Senhor, tem certeza de que não deveríamos levar conosco os suprimentos dos guerreiros que estavam nas montanhas? Podem nos ser úteis mais tarde...
Lince Walters seguia ao lado do general, ocasionalmente direcionando seu olhar desconfiado para o topo dos desfiladeiros. Embora sua mente lhe dissesse continuamente que não havia com o que se preocupar, ele estava pronto para ordenar uma retirada caso descobrisse que estava enganado.
–Não seja tolo, Walters. Agora é a chance que temos de pegá-los desprevenidos. Se descobrirem que todos os soldados que vigiavam essa passagem morreram eles poderão preparar alguma estratégia de defesa.
O General Dragão estava determinado a realizar um ataque decisivo com suas tropas, acreditando que este era o melhor momento para esmagar Chesord. Lince não concordava com esta investida tão violenta, mas como não tinha mais autoridade que Otrom, obrigava-se a acatar as ordens.
–De acordo com nossas informações logo estaremos em um terreno composto em sua maioria por campinas, pequenos montes e alguns bosques esparsos. Eles já não tem mais como nos emboscar.
O general continuava reforçando seu ponto de vista. Talvez Lince pudesse pensar em um ou outro argumento para rebater a opinião de seu superior, mas naquele momento de nada adiantaria.

Agas analisava os cavalos presentes no acampamento de Chesord, procurando atentamente por detalhes que pudessem indicar que algum deles estivesse sem condições de ser levado a uma batalha. Para a sua satisfação, os tratadores faziam um bom trabalho e, até o momento, todos os animais lhe pareciam saudáveis e aptos.
–Comandante, eu trago notícias.
Um oficial do exército se ajoelhou diante do Pyrath, que estava de costas. Assim que o comandante supremo se virou, o homem que havia chegado colocou-se em pé.
–Estou ouvindo. – Respondeu Agas com calma.
–É a respeito dos homens que chegaram mortos com a bruxa. Descobrimos que a causa foi envenenamento, e que o agente estava presente na água que eles ingeriram.
–E quanto à bruxa, ela apresentou algum sintoma?
–Nenhum, senhor.
A mente do Pyrath trabalhava em alta velocidade, processando as informações que recebera. De acordo com os relatórios anteriores os empericianos evitavam confrontos, permanecendo a uma distância segura do Corredor Uivante. Se uma bruxa havia sido capturada e os homens escalados para escoltá-la morreram envenenados, então...
–Envie batedores ao sul imediatamente e chame todos os outros oficiais, faremos uma reunião urgente.
–Está tudo bem senhor? Parece pálido.
Realmente, Agas tinha uma expressão assustadora em seu rosto, mas com razão. Ele havia adivinhado o plano de Walters e temia que todos os seus soldados enviados às montanhas já estavam mortos. Enviaria homens para se certificar, mas já estava tomando precauções para o pior.
–Explicarei em breve, agora se apresse e chame os outros oficiais, Tenente Nest. Ah, mas antes me diga o que foi feito da bruxa.
–Ela está acorrentada numa das tendas, senhor. Já que vamos mantê-la como prisioneira e alimentá-la com nossas provisões, talvez devêssemos fazê-la colaborar conosco. Nossos homens precisam de-
–Cale-se agora mesmo ou vou rebaixá-lo a soldado, Nest. Não admitirei nenhum tipo de mau trato com a prisioneira, seja ela bruxa ou o que for.

Sala do trono de Jack Secrett. O rei estava em uma audiência com o alquimista Gabriel D’Illusie, que terminava de repassar as informações levantadas com suas pesquisas recentes.
–Então você crê que o sangue dele tenha sofrido algum tipo de alteração? – Questionou o rei.
–Sim, majestade. Ele não reage da mesma forma que o sangue humano comum quanto exposto a certos componentes. – Explicou o alquimista.
–Interessante. Continue com suas pesquisas então.
Embora tal fala fosse um sinal de que o rapaz deveria se retirar, ele não o fez. Permaneceu parado, em pé, pois tinha ainda algo que queria discutir com o regente.
–Majestade, eu tenho uma pergunta. Por que enviou justamente o General Otrom para a campanha contra Chesord? Ele me parece um tanto afobado demais e pode acabar cometendo algum erro.
Jack suspirou. Sabia que Gabriel dizia a verdade e, por confiar nos conselhos dele, decidiu rapidamente que poderia lhe contar o que realmente pensava. Porém, antes deu sinal para que os soldados que o protegiam saíssem, permanecendo a sós no recinto com o alquimista.
–Meu primo tem sido um grande incômodo, Gabriel, pois apesar de seus defeitos conseguiu bastante prestígio com o exército. Ele convenceu os outros militares de que deveria liderar as tropas e, caso eu o proibisse, poderia iniciar uma guerra civil.
–Mesmo assim, deter Vladmir Banemare deveria ser nossa prioridade.
–Ela é, por isso fiz questão de que ele levasse consigo Lince Walters como seu conselheiro e segundo em comando. Walters deve compensar a falta de precaução do meu primo.
Gabriel não concordava com a decisão do rei, mas não havia mais nada para se dizer. Assim sendo, fez uma reverência e deixou o recinto, partindo imediatamente para seu laboratório. Suas experiências estavam mostrando resultados intrigantes e ele estava determinado a descobrir a verdade sobre William Storde.
Ao ver o rapaz fechar a porta ao deixar a sala do trono, Jack Secrett suspirou e então murmurou para si mesmo.
–Quem sabe aquele tolo morre e me livra do incômodo de ter de lidar com ele...


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Notas finais do capítulo

Os dois exércitos finalmente se encontram.
Capítulo 121: A Fortaleza de Ent
Em breve.



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