Revolução Francesa escrita por Night Crow


Capítulo 1
O começo de um terrível (ou não) pesadelo.


Notas iniciais do capítulo

First! *O* Eu estava louca para começar, sabe, há um mês que venho pensando em postá-la mas não sabia como. Esse cap., juro, acabei de terminar, ficou podre, não sei bem começar as coisas, mas talvez a historia fique mais interessante depois... Vamos parar de falar (ou digitar, no caso) e ler a história de uma vez.



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É de dia, em poucos minutos estarei com meus pais a colher as verduras e as frutas que havíamos plantado no mês passado. Sou Carollyn Antonie Morel, tenho oito anos, moro em Paris, na França e sou, como dizer, pobre. Sim, tudo o que ganhamos na colheita devemos pagar ao rei Luís XVI, um patético idiota que mora no maior e mais bonito castelo de todos os tempos: O palácio de Versalhes.

É muito afastado daqui, o próprio rei havia afirmado que construíra-o longe para não ter de ficar perto de gente como nós. Além de termos de pagar os impostos feudais ao clero. Coisa que eu acho muito idiota, mas o que fazer... Talvez nada. Estamos presos a esse mundo cheio de desgraças enquanto o rei e seus nobres se divertem ao luxo com nosso dinheiro.

Ouço passos subindo a pequena escada que havia em nossa simples casinha de madeira.

– Querida, vamos? – Pergunta minha mãe, sorrindo docemente. Mas em seus olhos havia um brilho de... Tristeza. Talvez seja apenas imaginação minha. Dou de ombros e aceno que “sim” com a cabeça, sorrindo também.

Descemos as escadas, eu estava vestida formalmente, minha mãe havia preparado meu melhor vestido e sapato, não faço ideia do motivo, mas talvez seja alguma visita especial... E adivinhe? Estava completamente certa. Havia um homem alto, loiro e com ar esnobe, parado ao meio da sala, analisando tudo o que seus olhos cinzas e frios captavam. Pelas suas roupas percebi que era um nobre. Mas o que um nobre rico fazia em uma casa de plebeus pobres? Ao seu lado, estupefato, estava um garotinho que parecia ter minha idade, mesmo que aparentasse ser mais velho. Ele era bonito, ao contrário do pai. Eles nos olhavam com certa repulsa, como se fossemos algum tipo de praga venenosa, que a qualquer momento poderia infectá-los.

O garotinho, que antes analisava atentamente a casa, pousou os olhos sobre mim, sorrindo malignamente. Tentei dar um sorrisinho, que deve ter saído mais como uma careta, pois ele pareceu querer rir. Fiquei tentada a bater nele, mas me contive, pois no instante seguinte o homem manifestou-se.

– Então, essa é a garota? – Perguntou ele, olhando-me com certo nojo. Olhava-o sem expressão.

– S-sim. – Gaguejou meu pai.

– Hã... – Arqueou uma sobrancelha, movendo os lábios como se quisesse mostrar que sentia repulsa de mim. – Qual seu nome garota?

– Carollyn. – Respondi, com a voz baixa.

– Carollyn... – Repetiu ele, dando um sorriso debochado, parecia achar graça de meu nome. – Ótimo. Já contaram à ela? – Perguntou, parecia estar satisfeito com a cara triste que meus pais faziam, a cada minuto que se passava.

– Não, estávamos esperando-te chegar para contar, assim será mais fácil. – Respondeu minha mãe, os olhos marejados e prestes a chorar.

– O que está havendo? – Desesperei-me. O olhar do homem demonstrava satisfação quanto à nossa infelicidade. Irritei-me. – Digam! O que está havendo? – Perguntei um pouco mais alto. Á esta altura minha mãe já chorava, meu pai segurava as lágrimas e o sorriso do homem à nossa frente apenas alargava-se.

– Você foi vendida, menina. – Respondeu, finalmente, o nobre.

– O-o que? – Perguntei pasma.

– Exato, vendida, trabalhará ao rei daqui em diante, e o que conseguires será de grande ajuda para o sustento de tua pobre família. – Deu ênfase ao pobre, como se jogasse em nossa cara que éramos pobres coitados, sem nenhuma moeda sequer. Fiquei sem reação. – Partiremos agora, venha. – Aproximou-se e puxou-me bruscamente pelo braço, guiando-me até a porta. Meus pais estavam parados à porta, observando, tristes, a minha partida.

Eu já estava chorando, como assim? Vendida? Não posso e nem quero crer nisto. Meus pais, que sempre amei, venderam-me? Sim, e sabes para que? Para seu próprio sustento.

– Entre logo, pirralha idiota. – Bravejou o homem, ou melhor, o monstro de cabelos brancos, empurrando-me violentamente para dentro de uma carruagem. Era perfeita, feita de ouro e decorada com pedras preciosas. Feita com nosso dinheiro. Quero dizer, não nosso, generalizo o sentido, pois não há apenas eu e meus pais como sendo plebeus. Há tantos plebeus, que mal cabem na França.

Sentei-me perto da janela, encontrava-se o garoto sentado ao meu lado, mas mesmo assim parecendo distante, e seu pai o mais afastado possível de mim. Logo comecei a ver a paisagem arbustiva que contaram-me haver à caminho do castelo. Estamos chegando.



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Notas finais do capítulo

HAAAAAAAAAAAAAAA *_* Não liguem, eu estou muito feliz por finalmente postar! UHU!