Posena No Olimpo escrita por DaughofAthena


Capítulo 4
Capítulo 4 :: Eu o esgano ::




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POV Atena

Assim que cheguei no palácio, tive que reprimir uma risada com a expressão de bobo tonto que o Poseidon ficou encarando a porta. Andei, calmamente, até minha suite e, assim que mais nenhum dos serviçais estava observando-me, fechei a porta e recostei-me na mesma com um sorriso mais bobo que o dele. Estava em estado de transe, hipnotizada por aquele sorriso branco, olhos verdes, temperamento irritante. Fechei a cara ao lembrar-me do temperamento irritante dele. O que eu estava pensando? Eu o odiava, com todas as minhas forças. Ele era tão... tão... 

- ARGH! - dei um grito reprimido de raiva rolando os olhos e indo até minha estante de livros preferidos. Comecei a deslizar os dedos pelos títulos enquanto murmurava comigo mesma - Aquele idiota, imbecil, ridiculo, hipócrita, sarcástico, projeto de pequena sereia travesti... 

Meus olhos estava em chamas de tanta raiva, principalmente por ele ser tão irresistível assim, mas fui interrompida por vozes vindo do salão de entrada do meu palácio. Arquei uma das sobrancelhas e dei um último apelido "carinhoso" ao sushi no espeto, indo até a porta do quarto ver quem falava tanto.

- Sushi no espeto, convencido... argh!

Abri a porta e quem é que eu vejo? Suspirei pesarosamente e bufei falando de má vontade. 

- Ah... é você...

Ele estava com um buque de flores na frente do rosto, deixando somente acima dos olhos a mostra e falou em um tom brincalhão. 

- Com essa alegria em me ver, vou arriscar: Ganho um beijo? 

Arquei uma das sobrancelhas e sorri secamente, lhe respondendo com uma dose de ironia.

- Uma tatuagem de cinco dedos na bochecha ou o tridente enfiado em um lugar onde minha educação não me permite comentar. 

Ele abaixou mais o buque e adentrou falando de maneira conformada.

- Passo, mas obrigada pelo convite, Palas. 

Quis arrancar a cabeça dele ao ouvir o apelido detestavel que ele insistia em me chamar e falei pausadamente, trincando os dentes.

- É Atena e... Claro que pode entrar.

Cruzei os braços o encarando. 

- Quer o que aqui? O quarto da Anfitrite é em outra construção. 

Ele riu e apontou pra mim de maneira sarcástica. 

- Ha ha sempre espirituosa essa minha sobrinha. - Então, deu de ombros, andando pelo quarto e falando - Dessa vez você errou, Palas. Vim aqui pra fazer algo que você não faz a muito tempo. 

Estreitei de maneira imperceptível os olhos e retruquei, desconfiada. 

- Como o que? Derrotar você em uma luta? Porque isso posso providenciar sem delongas. 

Confesso que eu estava deixando ele continuar ali somente por pura curiosidade de saber aonde ele ia ir com todo aquele papo e... de terno. Quer dizer, quando é que Poseidon consegue usar um short e uma camiseta ao mesmo tempo? Parece que ele tem bloqueio e só consegue usar um dos dois, como as pessoas que não conseguem andar e falar ao mesmo tempo. Sim, inteligencia não é um ponto forte aqui. 

Ele riu e pegou um porta retratos de cima da minha cômoda, ignorando por completo o que eu havia dito. 

- Família feliz? 

Sim, era o porta retrato que Annabeth havia dado no dia das mães, dela, do Frederick e eu, os três juntos. Aquilo tinha valor sentimental para mim. Mesmo que eu não estivesse com o Frederick, o laço que Annabeth e eu havíamos criado depois que passamos a ter mais contato havia se fortificado. 

FLASHBACK

Eu havia descido do Olimpo e ido até o Acampamento após receber uma mensagem de Íris de Annabeth dizendo que havia algo que precisava falar comigo. Pude ver suas mechas onduladas e loiras sentada no punho de Zeus, e dei um sorriso terno ao me aproximar. 

- A cada dia que passa você me lembra mais a mim mesma. 

Ela deixou a coluna ereta como se reconhecesse a voz e virou o rosto de imediato com um amplo sorriso nos lábios. Correu até mim e lhe dei um abraço afetuoso, continuando a falar.

- Como vai, minha filha? 

Ela riu entre dentes, se afastando um pouco e respondendo de maneira empolgada. 

- Estou bem, e a senhora mãe? 

Eu sorri, afagando seu rosto e nossa, ela estava cada dia mais parecida comigo mesmo. 

- Estou bem, querida. Mas diga-me, o que queria falar comigo que não podia ser dito por MI? 

Ela sorriu, ajeitando os cabelos que lhe caiam ao rosto e foi até a pedra falando.

- Bom, mãe, o dia das mães está perto e bem... Agora eu sei quem a senhora é e sei como encontrá-la. Achei que a senhora gostaria disto. - Falou estendendo-me um pacote de papel pardo. 

Passei as mãos de maneira delicada sobre o mesmo, observando cada cuidado que ela havia tido em embrulhar seu presente, e lhe dei um amplo sorriso. 

- Não era preciso, filha. Você já é meu presente. Você e seus irmãos. 

- Eu insisto. - Ela respondeu e eu peguei o pacote e abri enquanto fitava aqueles olhos acinzentados quase saindo do rosto de tanto brilho. Era uma foto minha, de frederick e dela. Montagem, mas uma montagem muito bem feita que trazia o significado que ela não havia esquecido nenhuma das partes de quem era ela. 

DE VOLTA AO QUARTO

- Coloca isso de volta, sushi no espeto. 

Ele arqueou uma das sobrancelhas, reprimindo uma risada. 

- Você me chamou de o que? E não me respondeu ainda. 

Andei até ele e ajeitando o primeiro presente de dia das mães que Annabeth havia me dado na mesa de cabeceira, novamente. 

- Sushi no espeto e acho que o apelido faz muito juz ao dono. E sim, somos uma familia feliz. - Retruquei o encarando de maneira raivosa. 

Ele elevou as mãos demonstrando sua inocencia e rindo. 

- Não está mais aqui quem falou. Enfim... - Ele estendeu o buque - Vim aqui pra tirar você das poeiras de livros e levar em um encontro de verdade. 

Eu o fulminei com o olhar ao ouvir as palavras "encontro de verdade".

Ele riu e fez outra tentativa, elevando as sobrancelhas. 

- Saidinha? Dar uma volta? 

Arranquei o buque das mãos dele e comecei a bater nele com o mesmo enquanto o enxotava para fora da suite. Assim que ele passou pela porta, joguei o buque nele e a fechei na cara daquele peixe de liquidação de feira. 

- Te pego as 7! - Ele gritou do outro lado, entre risadas. 

Reprimi um grito, trincando os dentes e joguei-me de bruços na cama, enfiando o rosto nos travesseiros. 


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Notas finais do capítulo

Gente eu vim aqui fazer uma nota super ultra especial. Minha escritora favorita está fazendo reviews na minha fanfic (ela sabe quem é), e quem sabe como é, sabe que é como ver um idolo elogiando seu trabalho. Então, esse cap vai pra ela e pra vocês que motivam minha escrita. *---* Obrigada.



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