POV Niall:

Ontem a noite estávamos comemorando, mas eu não estava em ritmo de festa. A Demi tinha terminado comigo e eu nem sabia o porque. Assim que ela me disse que não estava feliz com o nosso relacionamento, eu imediatamente me lembrei da minha briga com a Nanda. Ela tinha me dito que isso iria acontecer, mas eu, tolo, não acreditei.

Durante a festa a Bella veio me perguntar o por que de eu não estar rindo como sempre. Eu respondi a verdade, ela não quis saber de mais detalhes, apenas me abraçou e me disse que se ela falou aquilo era porque a Demi não era a menina certa para mim. Depois disso fui tentar me animar um pouco falando com os garotos, mas não deu muito certo e logo fui para casa. Tomei banho e entrei no twitter. Segui algumas fãs que estavam me dando apoio e em seguida desliguei o computador, não queria saber de mais nada. Deitei na cama e apaguei as luzes. Tudo o que eu pensava era em como fui idiota. Por que? Simplesmente porque estou sem falar com a garota que se importou comigo quando eu estava cego. Tenho que me desculpar. Mas ela tinha dito que quando isso acontecesse era para eu não incomoda-la. De qualquer modo tenho que pelo menos falar com ela. Amanhã vou convida-la para almoçar comigo, então poderemos conversar.

Sem perceber acabo sendo dominado pelo sono. Acordo com meu despertador ligado no máximo. Faço minha higiene matinal e vou tomar café. Como um pedaço de bolo de chocolate e vou para a sala ligar para a Nanda.

Ligação ON:

- Oi? – assim que ouço a sua voz meu coração começa a acelerar

- N-anda? – gaguejo – É o Niall. – ouço ela bufar – Por favor, me ouve.

- O que você quer?

- Pedir desculpas. – ela fica em silencio. Acho que é um sinal para eu continuar – O que vai fazer hoje a tarde?

- Eu tenho que...eu e a Bel vamos...temos que fazer um trabalho da faculdade!

- Você não mente bem. Passo na sua casa a uma.

- Ok.

- Beijo – ela desliga sem se despedir

Ligação OFF:

Vou me arrumar. Coloco uma polo branca e uma calça jeans. Coloco um boné verde e meus tênis brancos. Pego as chaves do carro e saio. Em menos de um minuto estou esperando em frente ao prédio da Nanda. Logo ela abre a porta e vem até mim.

- Oi. – digo

- Oi. – recebo como resposta. Ela abre a porta do carro sem me dar a chance de o fazer. Entro no carro e dou a partida.

Iremos almoçar em um restaurante com vista para o rio Tamisa. Nos sentamos em uma mesa para dois.

- Eu sei que agora é tarde, mas me desculpe por não ter acreditado em você. – ela desvia o olhar para a água cintilando ao sol do meio dia. – Está me ouvindo?

- Estou. Aceito suas desculpas. – ela diz sem me olhar

- Então? É só isso? – pergunto – Não vai brigar comigo?

- Por que brigaria? Você não é nada meu. – ela diz sem expressão

- Nada? Não sou nem seu amigo?

- Desde que nos conhecemos, na segunda semana você começou a namorar ela, me afastei até que nós brigamos. Não deu tempo de nos tornarmos amigos. – ela disse agora se virando para mim

- Mas tudo isso passou, podemos pelo menos tentar nos aproximar.

- E por que faríamos isso? – pergunta olhando no fundo dos meus olhos

- ... – demoro um bom tempo para responder. Me inclino sobre a mesa e pego suas mãos. Ela me olha assustada, mas não me deixo abalar – Porque eu não aguento mais ficar longe de você. – se não estou ficando louco, juro que vi um sorriso se formando em seus lábios, ela olhou para baixo envergonhada – Você fica muito fofa com vergonha. – ela se limita a vir na minha direção e me dar um selinho.

A esta altura meu coração bate como nunca, meus lábios estão fervendo e meu corpo querendo mais contato físico. Infelizmente ela se afasta e olha em volta, provavelmente procurando paparazzis, quando notou que estávamos sozinhos, vi alivio em seu rosto. Ela sorri e eu estou perplexo, sorrio em resposta. Almoçamos e ela me contou sobre suas amigas no Brasil e até me convidou para conhecer a cultura brasileira algum dia, garanti que iria ao país na próxima turnê. Fomos andar pelas ruas londrinas depois disso. No fim da tarde fomos para o meu apartamento. Entramos e ela sentou no sofá e começou a olhar em volta.

- O que foi?

- Nunca tira parado para prestar atenção na sua casa. É legal!

- Valeu. – sorri e me sentei ao seu lado – Quer ver um filme?

- Claro, qual?

- Já viu Jogos Vorazes?

- Sim, amei demais. Você tem?

- Sim. – falei ligando o DVD.

Estávamos assistindo quando notei que Nanda havia dormido em meus braços. Me deitei ao seu lado e nos cobri com um cobertor bem quentinho. Adormeci junto a ela.

POV Isabella:

A Nanda foi almoçar com o Niall, contra a sua vontade, mas foi. Louis ligou me convidando para passar a tarde na sua casa, eu aceitei. Bati na porta e ele a abriu sorridente. Entrei e fui para a cozinha tomar alguma coisa.

- Lou, posso tomar coca?

- Vá em frente! – peguei a garrafa e me sentei ao seu lado na sala. Ficamos o resto da tarde assistindo um seriado que era desconhecido pela minha pessoa. Depois de umas duas horas acabei dormindo encostada em seu peito.

POV Louis:

Bel dormiu depois de algum tempo. Fiquei a observando até que notei que ela estava ficando arrepiada, devia estar com frio. Fui até meu quarto e peguei meu cobertor, coloquei sobre ela e fui tomar banho.

Desliguei o chuveiro e me sequei, amarrei a toalha na minha cintura e fui para o quarto. Coloquei uma boxer preta e fui arrumar o cabelo. Estava passando gel quando ouço a porta se abrir e a garota parar de falar.

- Lou, eu vou indo... – Bella me olhava boquiaberta, depois se virou e sem me olhar disse: - Desculpa Louis, eu não sabia que você estava...assim. – ela abria a porta novamente – Tchau Lou.

- Bel espera! – digo segurando seu pulso, ela olha em meus olhos, está vermelha como um pimentão – Não quero que você vá. – ela permaneceu quieta – Que isso agora? Nós não nos conhecemos desde bebês? Bebês não usam roupas. – ela ri

- Mas nós não somos mais bebês, nós crescemos Louis!

- Concordo, mas também acho que nós perdemos toda a intimidade que tínhamos.

- Eu fiquei sem te ver por mais de dois anos, a gente mudou...fisicamente – ela disse dando uma leve olhada para baixo, fiquei arrepiado – e psicologicamente também.

- Também mudamos em relação aos sentimentos...Bom, pelo menos eu mudei.

- O que? Não me ama mais?

- Eu te amo.

- Também te amo Lou.

- Não desse jeito. – digo cabisbaixo, com o canto dos olhos a vejo me observar

- Como acha que eu te amo? – ela pergunta por fim

- Como melhor amigo? – pergunto convencido disso

- Há! Errou! – levanto meu olhar e encontro uma Isabella sorrindo de orelha a orelha

- Então como me ama? – pergunto com um sorriso malicioso, ela o retribui

- De um jeito um pouquinho diferente. – diz mordendo o lábio inferior e olhando para minha boca – Na minha opinião, de um jeito ‘’melhor’’. – nesse momento não me controlo e avanço em seu rosto.