In The End Its Right escrita por Juliana Clibbs
Notas iniciais do capítulo
" Pense bem antes de agir meu bem, não faça como eu... PENSE BEM." Autor: Juliana Clibbs
Amizades renovadas, corpo de volta ao normal. E esquecendo aquele historia besta de irmã gêmea.
Ate hoje não falei nada com ninguém. Ninguém mesmo.
Por isso estava tranqüila de que nada mais podia me atrapalhar de seguir o resto do ano sem aquilo.
Ate que um dia minha teoria de final de ano foi provada ao contrario quando chegou o Fri com um envelope marrom e veio em minha direção na hora do recreio.
Eu assustei e então ele disse:
- Descobri tudo Juliana. Tudo.
Entao eu disse:
- Tudo o que Daniel?
Ai ele disse:
- Sobre a Mariana.
E eu assustei de verdade e disse:
- Mariana? Que Mariana?
E veio ele me fazendo tentando entender o que eu já sabia:
- Da sua irmã gêmea Juh. A Mariana.
- Como vooc sabe disso? Quem te conto?
- Vooc ora.
- Quando Daniel?
- Quando estava no hospital. Eu fui te visitar ai vooc me conto. O porque eu já não sei. Mas me conto.
“Eu tava tão sem noção assim de contar esse segredo pro Fri?! O que houve comigo?”
- Não me lembro disso.
- Pois eu me lembro.
Entao eu me irritei e comecei a fazer perguntas aleatórias pra ele:
- E vooc andou pesquisando sobre isso? Não conto pra ninguém né? E porque que ate hoje vooc não me disse nada?...
E fui perguntando ate que ele me levou pra biblioteca e colocou o envelope marrom na mesa.
E eu disse:
- O que tem ai?
- As descobertas uai.
- Que descobertas?
- Abre e vooc vai ver.
Levei a mão tremendo ate aquele envelope, e fui abrindo devagar pois estava tremendo muito.
E quando vi. Tinha varias folhas imprimidas, xerocadas e mais.
Mas o que mais chamou minha atenção foi um jornal velho.
E quando eu fui ver o jornal era do ano de 1999.
O ano em que eu fiz três anos.
E lá estava uma manchete enorme de primeira pagina:
“ Criança morta e desaparecida”Comecei a ler a manchete:
“ Numa manha de segunda-feira, dia 13, desse ano; uma menina de 3 anos de idade foi morta no hospital por uma queda de escadas.
O motivo, diz a mãe, foi por causa de uma briga inocente de duas irmãs por uma boneca.
Enquanto brigavam na beira da escada, uma das gêmeas caiu, e foi levada diretamente para o hospital.
Passaram-se 4 dias e a noticia foi dada a mãe que sua filha desapareceu morta.
Louca atrás de sua filha, a mãe deixa uma enfermeira em coma, e um medico totalmente arranhado.
“A Senhora Claudia Martins Clibbs, disse que enquanto ela estiver viva, aquele hospital será processado ate ser fechado.”
Terminei de ler chorando e disse:
- Eu. Eu matei minha irmã.
Entao disse o Fri me abraçando:
- Para com isso Juh. Vooc só tinha 3 anos.
- Mas continua sendo eu, Daniel.
-Não foi vooc Juh. Mas mesmo que fosse isso foi a anos atrás. Hoje vooc e uma menina linda que ama tudo que te diverte e não liga pelo o que os outros falem de vooc. Não se preocupe com isso. Eu não vou deixar nada acontecer com vooc.
- Obrigada Dan.
E ele me abraçou mais forte ainda.
E ficamos ali por varias horas.
***
Fricot contando a historia:
Depois daquela noite no hospital não parei de pensar no que a Juh tinha me dito sobre a irmã dela.
Aquilo ficou na minha cabeça por muitos dias.
Ate que um dia resolvi tirar aquilo a limpo.
Numa madrugada qualquer, levantei da cama e liguei o computador.
Entrei na internet e comecei a pesquisar sobre essa tal de Mariana.
Achei coisas que poderiam me ajudar.
Achei fotos dela, reportagens sobre o acidente, e ate depoimentos da Dona Claudia.
E me lembrei que meu avo e fascinado por jornais.
Entao passei uma tarde na casa dele, falando que era pra um trabalho da escola.
No meio daquela jornaleira toda achei o que queria.
Nele estava escrito que essa tal de Mariana tinha morrido aos 3 anos de idade brigando com sua irmã por uma boneca.
Pensei:
“Será que foi mesmo ela?”
Nesse pensamento comecei a me lembrar da Juh na hora.
E pensei mais ainda:
“Meu Deus. A minha Juliana matou a própria irmã?”
Então descobri que não. Mas que a Mariana tinha sido assassinada no hospital, por soros não descobertos.
Naquele momento me aliviei pois nao foi minha Juh que tinha matado a Mariana.
Peguei aquele jornal, levei pra escola e decidi falar com a Juh sobre a minha descoberta na hora do recreio.
***
Depois daquela cena linda de mim e do Dan, acho que ele se empolgo e achou que verdadeiramente eu estava voltando a gostar dele.
Sinceramente não sabia a resposta pra aquela pergunta.
Só que sei que ele queria logo a resposta. E foi se aproximando, aproximando, aproximando ate que eu disse:
- Dan não. Agora não por favor.
E ele ficou meio sem graça e disse:
- Desculpa Juh. Empolguei.
E continuei ali abraçada com ele.
Ate que o sinal tocou, fomos pra sala, e acabamos esquecendo aquilo.
***
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