Uma Viagem...uma Nova Vida.... escrita por my world


Capítulo 10
Capítulo 10- Dificilmente irei perdoar o pai




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POV Sarah

Cheguei a casa e não vi ninguém fui para o meu quarto, tanto melhor para mim...

Mas passado algumas horas ouvi um estrondo horrivel. Desci á pressa, e ao chegar á cozinha vi aquela cena: Max tentando se libertar do meu pai, que o esmurrava com toda a furia que tinha.

– MAAAAAAXXXX- gritei.

– Sai daqui, isto é entre homens- disse o meu pai.

– Entre homens? pois...- ao ver que ele continuava a bater em Max comecei a gritar que nem louca.- CHEGA! HOMENS? EU AQUI SÓ VEJO UM HOMEM E É O MAX, VOCÊ ESTÁ A SER PIOR DO QUE UM ADOLESCENTE QUANDO PERDE A NAMORADA!

– O que disseste filha engrata?- disse aquele homem que não conhecia mais o sentido da realidade

– Filha engrata? DEVIA TER ORGULHO EM MIM...por não estar neste momento a dar.lhe com um tacho na testa!- respondi

O meu pai levantou-se e veio em minha direcção. Deu-me um estalo e estava pronto a dar-me outro quando Max se levantou e agarrou-lhe o braço.

– Nela não bate...- disse Max.

– Ai não, e porquê?- argumentou o meu pai, dando-te um pontapé nas partes baixas/intimas,

Max chemeu de dor.

– CHEGA!!! JÁ NÃO FEZ ESTRAGOS SUFICIENTES?- berrei novamente

– Porque insistes em te meter? Corre...não quero que ele te bata.- disse-me Max

Fiquei imóvel, ele estava disposto a levar só para me proteger. Mas ouvia a voz de fundo dele.. corre...corre...corre, então corri, atravessei a rua, bati á porta e toquei á campainha que nem uma louca. Jay abriu e eu gritei olhando para todos os rapazes:

– AJUDEM! O MAX ESTA EM MINHA CASA A LEVAR POR MINHA CAUSA!!!- as lágrimas finalmente correram-me pelo rosto. O sentimento de desilusão por ter sido cobarde o suficiente para fugir tomou conta de mim e eu caí de joelhos no chão.

Vi os rapazes a correrem em auxilio de Max menos Nathan. Não percebi porquê, apenas percebi quando a ultima coisa que me lembro é dele a pegar-me pela cintura e pelas costas e a gritar que ficasse com ele e que não adormecesse.

...

Acordei num hospital, e quem lá estava ao meu lado? Nathan e aquele homem que outrora vira a bater em Max.

– O que faz ele aqui?- perguntei olhando para Nathan.

– Os enfermeiros não confiaram em mim, disseram que tinhas de ter alguém responsável.

– E com responsável referem-se a ele? Pronto...está bem. Fazes-me um favor?

– Claro. - respondeu.me Nathan.

– Chamas o médico responsável se faz favor?

– È para já- disse ele levantando-se e saindo do quarto.

Olhei para o meu pai, parecia mais calmo, mas agora eu tinha medo dele. Lembrei-me então de tudo.

Quando o médico chegou deu um sorriso. Devia ter cerca de 40 anos e não era muito mais alto do que Nathan. Tinha o cabelo comprido e ums óculos que lhe asentavam a matar.

– Parece que está tudo a correr bem.- disse-me- o meu nome é Pedro e sou o médico responsável por ti.

– Prazer, sendo assim pode-me fazer um favor?

– Claro, diga menina.

– Mande este homem embora, simplesmente a sua presença incomoda-me . disse.

– Mas ele é seu pai...- o médico mostrou surpresa..

– Deixou de ser depois de hoje. Só quero o Nathan ao meu lado.- respondi.

– Suponho que Nathan seja o rapaz...- disse olhando para Nath.

– Sim, eu...- disse ele sem saber o que falar depois do que eu dissera.

– Como queiras...- disse o meu pai saindo.

– Bem, agora sim. O que se passou comigo?

O médico explicou tudo de forma detalhada, mas eu não percebi nada porque o seu inglês era demasiado complexo.

– Tiveste uma fraquesa acompanhada de algo que não sei bem o nome.- esclareceu-me Nathan

– Ah...não tens um modo melhor para explicar?

– Sim...digamos que o que viste, te esgotou todas as forças- disse ele colocando a mão na nunca o que o fez ficar fofinho seme ele reparar.

– Obrigado doutor e quando é que me posso levantar desta cama?- perguntei

– Acho que neste momento, apartir de quand quiser.- respondeu-me.- precisa mais de mim?

– Não...obrigado.

O médico saiu e eu fiquei a sós com o Nathan.

– Ver-te assim nessa cama faz-me morrer- tentou ele dizer baixo.

– Que disseste?- disse eu tentando parecer que não o tinha ouvido,

– Eu? Nada...

– Olha, como está Max?- perguntei com medo da resposta.

– Está um pouquinho pior do que tu, mas nada de grave. Deve ter alta esta semana.

– Está muito longe daqui?

– Do teu quarto? Dois pisos abaixo...se estás a pensar ir ve-lo, acho melhor te curares totalmente primeiro. Acho que não o vais ajudar ao ir vê-lo nesse estado.

– Tens razão....obrigado, eu sei que foste quem cuidou de mim.- agradeci.

– Porque dizes isso?- perguntou-me ele.

– Porque a ultima pessoa que vi foste tu, e a primeira também...

– Sim, por acaso estive ao teu lado durante estas horas todas...- disse ele escondendo o cansaço.

– Eu sei que estás cansado. Escusas de o esconder Nathan...eu adoro-te mas não quero que fiques aqui por minha causa. Vai descansar...

– Eu estou á espera de Jay, não queremos deixar-te sozinha...nem a ti nem a Max.

– Sim, eu tenho medo do meu pai. Vai ser bom ter sempre alguém aqui e alguém com Max, é menos um problema para eu pensar pelo menos.

– Vês como já nos conheces para saberes as nossas razões?- disse ele dando um sorriso mais uma vez fofinho. Pegou na minha mão e apertou-a junto ao peito. E como uma coisa que nem sei explicar, começou a falar- És uma grande rapariga, poucas aguentariam ver o que tu viste... todos nós 5 te adoramos imenso. Não deixes que o que se passou esta tarde te estrague a vida.

– Nathan? Eu sei que convosco nada me vai acontecer.

– Mais uma coisa. Depois, quando saires do hospital vens viver connosco, já falamos com a tua mãe...

– Sério? Oh pá...estou a dar-vos uma trabalheira!

– Estás nada!- disse Tom entrando porta dentro,- desculpa a demora Nathan, eu troquei com o Jay, não aguentava mais..tinha de a ver- disse olhando para mim.

– Deixa lá meu...esse atraso foi bem ocupado- disse Nathan piscando-me um olho.- Bem, agora lembra-te do que eu te disse. Ate amanha princesa.

Tom e eu ficamos a olhar para Nathan a ir embora. Depois ele olhou para mim e disse.

– Sabes que ele está apaixonado por ti, não sabes?

– Suspeitava. Mas com a tua pergunta deixei de ter dúvidas...- respondi.

– Vá...e então como te sentes?

– Sinceramente? Sinto-me como se me chamasse Thomas Anthony Parker...- brinquei

– Então sentes-te maluca...- continuou ele

– Maluca e com bom coração...- disse eu que tenho a mania de levar as coisas para o sentido sentimental.- Olha, alguém sabe do meu telémovel? È que eu já reparei que estou apenas de bata...

– Sim, está comigo. Quere-lo?

– Se não te importares. E a minha roupa?

– Também está comigo. Relaxa. Tudo o que é teu está comigo.- disse esticando-me o telémovel.

– O telémovel do Max?- perguntei.

– Só me estás a fazer perguntas rapariga! Pareces mesmo uma hospitalizada...- rimo-nos os dois, eu e o Tom temos o humor parecido,- mas já sabia que ias perguntar isso, claro que sei que queres falar com ele. Eu já lhe dei o dele. Estás á vontade.

Agradeci e mandei-lhe sms.

" Max, soube que também estás hospitalizado. Como te sentes? Desculpa o que se passou foi tudo culpa minha. Sarah"

Acabei por esquecer um pedacinho o Tom. E comecei uma conversa por sms com Max pois a resposta foi mediata.


" Sinto-me bem, com dores mas bem e tu como estás?. Não tens culpa de nada pequena, não foi culpa tua. Max"


"Fico mais descansada, eu estou melhor do que tu, pelo menos não tenho dores... Não consigo acreditar que deixas-te o meu pai bater-te para não bater em mim....jamais esquecerei esse gesto, nem todos fariam o mesmo por mim e nada do que eu faça é suficiente para te agrader. Sarah"


"Ainda bem que não tens dores. Não é bem assim, primeiro eu não sou todos, sou eu...e eu considero-te a minha irmazinha, jamais deixaria que ele te batesse e depois porque estamos a falar do que se passou? É passado, neste momento concentra-te na tua recuperação pequena. É isso que realmente me importa. Não quero agradecimentos, só te quero bem...Max"


"Então estamos bem...a tua recuperação também é o que me interessa. Adoro-te Max, sério que adoro. Sarah"


"É adoramo-nos mutuamente...desculpa estar a cortar assim a conversa mas já é noite princesa, e a medicação faz-me sono. Vou dormir, devias fazer o mesmo...Max."


"Não tem mal, a minha medicação faz o mesmo.. Vou já dormir, só vou continuar a falar com Tom mais algum tempo...Boa noite Grande"


"Como te fizer sentir melhor...boa noite Pequena"


Depois olhei para Tom, ele parecia estar a dormir mas assustou-me no momento em que virou o rosto para mim...

– Já acabaram? Eu que estava quase a adormecer..- gozou ele.

– Sim já acabamos. Idiota.

– Mas elas gostam de mim assim!

– Convencido...

– Realista se faz favor...

– Como queiras Tom.- disse dando-me por vencida.

– És assim tão fácil de vencer? Tenho de discutir mais vezes contigo.

– Não sou fácil, mas estou cansada!- dei em defesa

– Pois...pois...finge que acreditas Tom que ela enfurecesse- disse-me ele com ar divertido.

– E além do mais não devias estar a discutir com uma hospitalizada! É muita falta de ética...

– Pois, quanto a isso ganhas-te tu, mas tu não és hospitalizada. E já que agora tu vais ser a nossa irmã mais nova eu serei o irmão que gosta de chatear..

– Como queiras chato!- disse eu rolando os olhos.

– Estás cansada não estás?

– Sim...já dormia um pedaço, mas falar pa ti é tão bom... -respondi

– Nada disso! Tu primeiro, vamos ter muitas oportunidades para falar depois quando morares connosco.

– Tens razão.

– Vá...deita-te, alguma coisa eu ou outro algum de nós está aqui bem ao teu lado.- disse aconchegando-me.

– Boa noite mano velho- disse eu sorrindo

– Boa noite pequenina- respondeu-me


As emoçoes daquele dia estavam ainda dentro de mim, questionava-me regularmente sobre o que se passara, e se algum dia eu seria capaz de apagar a imagem do Max a levar pancada por minha causa. Sentia-me também cobarde, afinal de contas fugi, não defendi Max. Logo eu que costumava ser cheia de vida e meter-me em qualquer luta, mesmo aquelas que não eram minhas!

Os pensamentos não me deixavam adormcer. Virei-me para o outro lado e vi que Tom ainda me observava.

–Podes-me cantar uma musica?- perguntei-lhe.

– Qual queres pequena

– Uma calminha, Iris por exemplo...ou I Want it Wall.

– Canto as duas...

Ele começou a cantar junto a mim e acho que foi mesmo isso que me adormeceu. O facto de ele me fazer festinhas no rosto também deve ter ajudado. Não sei...só sei que tinha ganho 5 irmãos mais velhos, e que o Tom me tinha adormecido



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