Flowers For A Ghost escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

Milena: Hey flores, como estão? Eu estava escutando a musica do Thriving Ivory - Flowers for a ghost e não pude me controlar. Eu precisava fazer algo com essa musica, e ela me lembra muito o Draco. Então eu pensei, por que não fazer uma one de seus pensamentos, com a morte de alguém que ele amava? A personagem é Madeleine Dumbledore de Radiance, mas não é necessário ter lido a fic pra entender, pois acho que tá bem explicado.
Enfim, vou me calar. Enjoy ;)
Musica: http://www.youtube.com/watch?v=uADPJJy8GyI
Hoppee: Heey pessoal *-* Eai? A one aqui tah diva demais, tudo pela Milena, ela só me colocou como co-autora pq eu fiz a sinopse e a capa ¬¬ masok, depois vcs chingam ela UHSUAHSUHA espero que gostem tanto quanto eu! Boa leitura!
Milena: Xingar é com X, bitche u.u



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Eu corria rapidamente pela floresta, as árvores não passavam de borrões e tudo o que eu conseguia pensar era que já era tarde demais, que ela já deveria ter morrido. Mas eu não podia parar, eu tinha que conseguir, por ela, por Madeleine Dumbledore.

Escutei vozes mais a frente e, se possível, corri ainda mais rápido, eu precisava chegar a tempo.

Harry Potter, o menino que sobreviveu e Madeleine Dumbledore, a Senhora da Varinha das Varinhas – a voz ofídica foi ouvida e meu coração se acelerou – Agora, morrerão.

– Não, não... – eu dizia a mim mesmo, tentando chegar mais rápido, eu tinha que conseguir.

Avada Kedrava! – o feixe de luz verde atingiu os dois ao mesmo tempo em que eu chegava a borda da clareira e, como em câmera lenta, vi Madeleine cair ao chão, os olhos arregalados e sem vida.

– NÃO! – gritei, sem me importar se seria morto assim que me aproximasse mais, ela não poderia estar morta – Não, Mady, não!

Cheguei perto da garota estendida no chão e a abracei com força.

– Por favor, Mady, por favor! – tirei os cabelos loiros de seu rosto, contemplando o rosto, antes tão vibrante e expressivo, opaco e sem vida.

Ela não poderia estar morta...

– Não – a voz sibilante do assassino de Mady estava divertida e ele parecia impedir alguém – Deixem o garoto.

Eu não me importava, até seria melhor se eles me matassem logo, pouparia toda aquela dor.

– Mady, não faça isso comigo, por favor, volte! – eu implorava, as lágrimas caindo livremente de meu rosto, eu não me importava.

A abracei com força, fechando os olhos e deixando que todas as lembranças me invadissem, como um raio.

“ – O QUE VOCÊ FEZ, MALFOY? – o grito conhecido foi ouvido e Draco paralisou, deixando sua tia e os outros comensais seguirem em frente, sem perceberem que o loiro havia parado.

– Dumbledore? – ele estava abalado, isso era óbvio, mas não esperava encontra-la mais, como olharia para a garota novamente, sendo que minutos atrás ele apontava sua varinha para o avô da menina, que agora jazia morto nos jardins de Hogwarts?

– ME RESPONDA AGORA! – ela tinha sua varinha apontada para o garoto, que não tinha condições de pegar a sua para se defender.

– Eu... – ele estava mais pálido que o normal, não sabia o que dizer.

– Mady! Mady! – gritos desconhecidos, ao menos para o loiro, chamaram a atenção da garota, que se virou para a amiga, atordoada – Mady, seu avô...

– Não, por favor, me diga que... – os olhos da garota se encheram de lágrimas e ela olhou com fúria para o garoto – Foi você, não foi? – ela se aproximou do garoto, que assustado, deu vários passos para trás – VOCÊ O MATOU!

– MADY! – a ruiva gritou, se colocando em frente a amiga – Venha, por favor, não vale a pena.

– Ele o matou, Gina! – ela gritou, lágrimas escorriam pelo seu rosto contorcido de fúria e dor.

– Harry precisa de você, Mady – Gina também chorava – Todos nós precisamos.

A loira a olhou por alguns segundos, sem saber o que fazer, até que assentiu, deixando que a ruiva envolvesse seus braços em sua cintura, a dando apoio”

Lágrimas frias caiam de meu rosto, eu não poderia perde-la, não aguentaria.

– Me desculpe, Mady, por favor, volte – eu implorava - Eu preciso de você...

“– Minha mãe sempre me disse para que eu nunca ficasse desprotegida, mesmo ao lado de um Comensal inofensivo, idiota, estúpido e patético – ela arqueou as sobrancelhas, esperando que a ironia do garoto viesse, como sempre acontecia quando ela o insultava. Porém, ela não veio. Ele permaneceu com a frieza.

– Ela esta certa... – murmurou, por fim.”

“– Mas não é apenas isso que ativa meu ódio por você! – ela exclamou apontando a varinha a ele – Foi por você ser um covarde! Um covarde! Por que sei que não teria coragem de matá-lo. Mas você não o defendeu! NÃO O IMPEDIU! VOCÊ É UM COVARDE, DRACO MALFOY!

– É DA MINHA NATUREZA! – ela recuou um passo ao vê-lo gritando – EU SOU UM MALFOY! E SEMPRE SEREI UM! – ele novamente abaixou o rosto e cerrou os punhos – Devo me comportar como tal.”


You disappear with all your good intentions
(Você desaparece com todas as suas boas intenções)
And all I am is all I could not mention
(E tudo que eu sou é tudo que eu não podia mencionar)
Like who will bring me flowers when it's over
(Como quem me trará flores quando acabar?)
And who will give me comfort when it's cold
(E quem vai me confortar quando estiver frio?)

– O que há com você Malfoy? - ela perguntou irritada - Primeiro você discute comigo por ter ajudado na morte do meu avô, depois me ajuda a sair da Floresta Proibida, depois me beija e fica me perseguindo durante um mês inteiro e agora se joga na frente de uma Crucciatus que era para mim!

– Eu não sei! Eu só não queria que você sofresse mais uma Crucciatus! Droga, eu gosto de você, não ta vendo? Eu estava tentando te dizer isso o mês inteiro, mas você foge de mim. Eu não queria ser um Comensal da Morte! Eu fui obrigado! Eu não queria participar da morte do seu avô, mas ou eu fazia isso ou era minha mãe que morreria! Você não sabe como é viver com esse peso nas costas, eu não aguento mais!”

– Mady, volte, por favor, não me deixe sozinho – eu a abraçava com mais força, os soluços interrompendo minha fala – Não de novo...


She took a plane to somewhere out in space
(Ela pegou um avião para algum lugar no espaço)
To start a life and maybe change the world
(Para começar a vida e talvez mudar o mundo)
See I never meant for you to have to crawl
(Vê? Eu nunca quis que você tivesse que rastejar)
No I never meant to let you go at all
(Não eu nunca quis deixar você ir)


– Me desculpa Mady? Por eu ter sido um idiota? Me ajuda? Eu preciso dessa sensação que apenas você me trás, essa sensação aconchegante que eu só sinto perto de você. Seja minha amiga? – o garoto implorou e ela o olhava com entendimento, seus olhos brilhantes por lágrimas reprimidas, ela o entendia”

Don't ever say goodbye
(Nunca diga adeus)

“– O que achou? – perguntou Draco atrás da garota, que observava encantada o lugar que o garoto a havia levado.

– É lindo... – sussurrou abismada – Como você encontrou esse lugar?

– Ano passado quando eu queria pensar eu ficava andando por Hogwarts, teve um dia que eu vim para o corujal e vi a escada. Depois disso sempre que eu preciso ficar sozinho eu venho até aqui – explicou.

– Como nunca ouvi falar desse lugar? – perguntou curiosa – Filch deve saber da sua existência, não?

– Acho que a escada não aparece sempre, nunca vi essas escadas por aqui quando vinha mandar cartas a minha mãe. Aparentemente ele só aparece quando precisam dele, como quando eu precisei ano passado e agora quando você precisa – tentou explicar.”

See my head aches from all this thinkin'
(Veja a minha dor de cabeça de todos esses pensamentos)
Feels like a ship God, God knows I'm sinkin'
(Parece um navio de Deus, Deus sabe que eu estou afundando)
Wonder what you do and where it is you stay
(Me pergunto o que você faz e onde você fica)
These questions like a whirlwind, they carry me away
(Essas perguntas, como um turbilhão, me leva para longe)


“– Eu não iria morrer – a garota disse, de modo idiota.

– Não ia? – ele riu - Mas é claro que ia! Quem você acha que é para vencer ele?

– EU SOU UMA DUMBLEDORE! - ela aumentou seu tom de voz.

– MAS NÃO É O SEU AVÔ! - ele agarrou seu braço - Que merda Madeleine! Pare de agir como se fosse ele.

“– Você é um Malfoy, um Sonserino – ela sorriu pesarosa - Não se importa com nada além de si mesmo.

– Isso não é verdade! Como você acha que eu fiquei quando vi aquele comensal entrando com você e te jogando no chão? Quando aqueles comensais foram para cima de você? - ele falou - Você acha que eu não me importei? Que eu não fiquei com medo, pensando que você iria morrer?

“– Eu nem sei por que estou chorando, isso é tão idiota! Por que eu nunca consigo ser forte? Nunca consigo ser igual a ele... Eu sou uma inútil – a garota soltou uma risada sem humor, tentando enxugar as lágrimas.

– Você não deveria se cobrar tanto, você não é ele - Draco a puxou para si.

– Mas todos querem que eu seja igual a ele, querem que eu seja o grande Alvo Dumbledore – ela falou um pouco mais controlada.

– Eu não quero que você seja ele, quero que você seja a Mady, a minha Mady. A garota que me fez sentir de novo, que me salvou de mim mesmo - ele falou suavemente.”


– Volte Mady, minha Mady... – ele riu, sem humor, passando a mão pelo rosto banhado de lágrimas, que o atrapalhavam.


“– Temos mesmo que discutir sobre isso? – Mady perguntou – Você não podia simplesmente se conformar e...

– Não mesmo – ele riu com escárnio – Quem você acha que eu sou? Um simples e patético garoto que vai se conformar de cabeça baixa? Eu sou um Malfoy...

– Você me lembra isso toda a hora – ela o cortou e ele novamente riu com ironia.

– Bem... – ele murmurou em um tom mais baixo e melancólico – Talvez meu sobrenome não valha tanto agora... Um Malfoy... – bufou ele”

“– Escute – ela murmurou – Olhe para mim... – ele manteve seus olhos presos no chão, como se fosse algo realmente interessante – Olhe para mim, Draco Malfoy... – lentamente, seus olhos encontraram os dela – Você não é como eles. Você me mostrou algo que o torna diferente deles.

– O quê? – perguntou ele em um tom de sarcasmo que se fundia com a melancolia.

– A capacidade de amar... – ele arregalou os olhos levemente – Você me ama?

– Sim...”

– Eu te amo, Mady... – ele murmurou baixo, como se contasse um segredo.


Who will bring me flowers when it's over
(Quem me trará flores quando acabar?)
And who will give me comfort when it's cold
(E quem vai me confortar quando estiver frio?)
Who will I belong to when the day just won't give in
(A quem eu vou pertencer quando o dia não ceder?)
And who will tell me how it ends and how it all begins
(E quem vai me dizer como acaba e como começa?)

“– Eu preciso fazer isso – a garota murmurou cansada, sabia que ele não concordaria.

– Não precisa não! – ele falou um pouco mais alto, parecia nervoso.

– Draco – ela tentava não começar a gritar – Se eu não for, ele matará a todos.

– Não me importo! – ele falou, exasperado – Mady, eu não me importo com os outros, só me importo com você – ele suavizou a voz – Eu não posso deixar você ir de encontro a sua morte! – ele tentou se controlar novamente – Nós podemos fugir, ele nunca nos acharia, Mady!

– Eu não posso deixar isso acontecer porque eu me importo – ela falou – Eu me importo com eles, meu avô morreu tentando proteger esse castelo, eu não posso abandoná-lo assim! Não posso abandonar isso tudo, não posso abandonar os Weasleys, a Armada, Harry... Eles são meus amigos Draco, eu me importo com eles assim como me importo com você e como sei que você se importa com sua família.”


Don't ever say goodbye
(Nunca diga adeus)

“– Então é assim? – ele a olhou angustiado – Assim que tudo termina, com você morta?

– Draco, é o único jeito de...

– Único jeito de que!? Que droga, Dumbledore! – ele se exaltou – Você vai morrer! Como isso pode ajudar em algo?

– Eu tenho que fazer isso – sua voz falhou, ela tremia – Eu preciso garantir que todos ficaram bem, que você ficará bem!

– E como você pretende fazer isso morta? Como pretende fazer isso se ao menos estiver aqui? – ele a puxou pelos braços, sacudindo – Como eu ficarei bem sem você, Madeleine?”

– Bravo! Bravo! – Voldemort aplaudiu e eu me recusei a olhá-lo, não conseguia desviar os olhos da garota, da minha garota, que jazia morta no chão – Mas não temos o tempo todo – ele fingiu pesar - Yaxley, veja se estão mortos.

– Não! – eu gritei, não poderia deixar que ninguém chegasse perto dela, não podia deixar que ninguém confirmasse a morte dela, que tornasse mais real – MADY! Volte, por favor... Não faça isso comigo...

– Narcisa... – Voldemort chamou e eu escutei os passos hesitantes de minha mãe vindo em minha direção.

Draco! Escutei sua voz dentro de minha cabeça, e antes que eu pensasse que havia enlouquecido, algo ocorreu.

Senti uma forte pulsação e, parar confirmar, elevei minha mão cuidadosamente para o coração da garota, estava batendo novamente.

– Mady... – arfei, enquanto minha mãe se aproximava, para ver se ela estava morta.

– Mantenham os olhos fechados... – a voz de minha mãe foi escutada, trêmula, quase inaudível. Ela se virou para Voldemort - Estão mortos.

I'm only human
(Eu sou apenas humano)
I'm only human
(Eu sou apenas humano)




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Notas finais do capítulo

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