As Garotas Black : Happy2 Temporada escrita por Kida


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Falta de criatividade + o calor no Rio é tudo que tenho a dizer sobre a demora.



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POV Blair

_ Obrigada por me buscar_ disse pela milésima vez para o vampiro de cabelos negros e olhos azuis e me observava com certa preocupação. Eu estava sentada em um sofá de couro preto enrolada em uma manda da mesma cor, tremendo e sem forças, até a minha respiração estava mais pesada, estava me sentindo exausta.

Quando eu tive certeza que não conseguiria mais me levantar do chão não tive opção a não ser pedir por ajuda. Não posso dizer que ele foi a minha primeira opção, mas foi a mais sensata, acredito. Minha mente se conectou facilmente com a dele e em poucos minutos eu estava em seus braços mais uma vez e sendo carregada para algum lugar seguro.

_ Acho que você se tornou um super herói para mim em tempo integral_ disse tentando quebrar o clima de tensão, mas ele não dizia nada. Enquanto olhava sua sala notei algumas malas perto da porta_ você vai embora?_ perguntei com medo da sua resposta, mas me surpreendi com a sua pergunta.

_ Por que você me chamou e como você fez isso?

_ Precisava de ajuda e você estava pensando em mim_ disse encarando-o.

_ Como assim pensando em você?

_ Consigo me comunicar melhor quando a mente da pessoa está voltada para mim, digo seus pensamentos, e a sua era a mais próxima da minha_ disse olhando para as minhas mãos_ no que estava pensando?

_ Estava preocupado com você_ sorri com a sua resposta.

_ Vou ligar para a sua mãe.

_ Não, por favor_ disse apavorada_ não quero que se preocupem comigo.

_ A vidente deve aparecer aqui a qualquer momento, pois já deve ter te visto e eu prefiro ligar para os seus pais para não ficar um clima ruim_ disse cruzando os braços_ não preciso disso.

_ Ela não pode me ver_ disse dando um suspiro_ e tem algo errado comigo.

_ Sua aparência está péssima_ disse se levantando.

_ Me sinto assim_ disse fechando os olhos e sentindo a minha cabeça dando voltas_ não consigo me alimentar, estou morrendo de fome e tudo que como não fica por muito tempo_ encostei a minha cabeça no sofá e respirei fundo, preciso da sua ajuda.

_ Acho que sei do que precisa_ disse me olhando e se sentando do meu lado_ caçar coelhinhos não dever ser tão agradável assim.

_ Não me alimento de coelhinhos_ disse seca, por seu descaso ao que eu estava passando_ não mais. Apenas quando era mais nova.

_ Me morda.

_ Não irei te morder_ disse firme e assustada com o seu pedido.

Quando ele mordeu seu próprio braço e me ofereceu, me senti traída por mim mesma e não me contive. Seu sangue era maravilhoso, nunca tinha mordido um humano em toda a minha vida, sei que ele está bem longe disso, mas mesmo assim para mim estava próximo, me sentia perfeita e forte. Mesmo que eu já tenha experimentado do seu sangue dessa vez era diferente, muito diferente. Eu era ele, estava sentada do lado de uma mulher de cabelos negros, com um bebê em seus braços e vários fleches de pedaços de lembranças. Parei com medo de machucá-lo e com medo do que eu acabei de ver, mas ele me olhava maravilhado, como se eu não o tivesse enfraquecido, pois é o que acontece com os humanos, segundo Elena. Seus olhos azuis estavam presos aos meus e aos poucos ele começou a se aproximar e seus lábios foram de encontro aos meus. Um beijo urgente e selvagem, meu corpo foi deitado no sofá e seus lábios saíram da minha boca me deixando respirar e foi fazendo caminhos no meu rosto, meu pescoço, no colo descoberto e então no meu pescoço, senti seus dentes arranhando-o e em seguida a mordida. Dos meus lábios fugiu um pequeno gemido de prazer, o empurrei e capturei seus lábios com os meus e com movimentos ágeis estava sentada em seu colo com as pernas em volta de sua cintura e abandonei seus lábios e comecei a fazer o mesmo trajeto que ele havia feito comigo e movida por extinto o mordi e suas mãos se espalhavam pelo meu corpo me deixando totalmente vulnerável. Senti a minha blusa sendo rasgada e algo dentro de mim despertou e saí rapidamente daquela prisão onde me encontrava a pouco tempo.

_ Não posso fazer isso_ disse sem ar_ não agora e não dessa forma.

_ Me desculpa_ disse se levantando e deixando o que sobrou da minha blusa cair no chão e lá estava eu de frente a um vampiro, usando um sutiã branco manchado de sangue, um short jeans curto e com o cabelo todo desgrenhado.

_ Preciso ir embora.

_ Não, fique_ disse passando as mãos no cabelo_ segundo andar, quarta porta a direita, é o meu quarto, vá ao meu closet e pegue algo para usar_ disse sem desviar seus olhos dos meus_ vou trazer algo para você se alimentar.

Segui suas instruções e quando cheguei em seu quarto escutei a porta principal sendo fechada, então mais uma vez só. Sentei-me em sua cama o quarto não era grande, mas também não era pequeno. Com uma cama grande, tv, um criado mudo e duas portas brancas que imagino que uma seja o closet e a outra o banheiro eu diria que é um típico quarto de um homem solteiro americano.

Respirei fundo e me levantei, talvez rápido demais. Minha visão ficou embaçada, tive que piscar três vezes para ela voltar ao normal.

_ Ok!_ disse em voz alta_ ao que parece o sangue não ajudou muito.

Fui até o closet e optei por colocar apenas uma blusa social preta, já que ele possui tantas e uma cueca box que ficou parecendo um short, mas antes eu tinha ido conhecer o banheiro e não consegui resistir e acabei usando a incrível banheira e ficava no centro. Em seguida liguei para a minha mãe e inventei uma desculpa qualquer e voltei para a sala.

_ O que você está fazendo_ me levantei do sofá e encarei o vampiro que entrava na sala acompanhado de um humano.

_ Seu faro é bom_ disse sorrindo_ senta_ disse se referindo ao humano.

Mas não era qualquer humano, era o Logan. O único amigo que eu fiz quando me mudei, a única pessoa que confia em mim de verdade a ponto de me apresentar a sua mãe que se escondia em casa depois que seu pai a traiu e ainda por cima possui os pensamentos puros em relação a mim. E lá estava ele, sentado no sofá encarando Damon e esperando seu próximo comando.

_ Deixe-o ir, ele não tem nada haver com isso.

_ Tudo bem Blair_ disse Logan_ é para te ajudar, ele_ apontou para Damon_ me explicou.

_ Ele se apegou muito a você_ disse Damon_ e muito rápido e eu sei que você o considera um amigo, logo não o matará quando se alimentar.

_ Você enlouqueceu?

_ Tenho uma teoria_ disse enquanto se sentava na mesa de centro_ você está passando por um tipo de transformação, suas irmãs se tornaram transmorfas e você está em transação.

_ Porque bebi o seu sangue?

_ Não, você precisaria morrer. Mas acredito a transformação seja parecida, sangue_ apontou para Logan.

_ Não faz sentido.

_ É uma teoria de Carlisle e Amy.

_ Você contou para eles?

_ Não, teorias de quando você estava em coma. Carlisle é bem curiosa. E agora vamos fazer um teste.

_ E se eu não conseguir.

_ O garoto morre.

_ Isso é muito reconfortante.

_ Tudo bem_ Logan se levantou e se ergueu seu braço para mim_ confio em você.

Olhei para Damon que sorria e depois para Logan. E o mordi, me arrependi no momento em que escutei um gemido de dor que logo foi esquecido com o sabor de seu sangue. E seus pensamentos, mas era mais do que isso. Eu era ele, estava vivendo suas lembranças.

_ É melhor parar_ disse Damon_ sei que é delicioso, mas ele vai morrer se você continuar.

_ Por que você fez isso?_ disse me afastando do Logan que ia cambaleando até o sofá.

Isso era errado, muito errado. Ia contra de tudo que aprendi, ele era um humano e eu o machuquei. Machuquei um amigo.

_ Me desculpa_ disse antes de sair correndo pela porta.

POV Demi

Um jantar beneficente, com várias pessoas velhas e chatas. E para completar tive que ficar escutando por mais de uma hora o quanto a Blair é um amor de pessoa segundo a Sra. Accetti por ter a ajudado a organizar o jantar, que para Sra. Stan ela é uma mulher sem amor próprio, mas para mim a Sra. Stan é uma pessoa sem amor próprio.

_ Logan não está aqui_ disse Gisele_ andei por toda a parte.

_ Obrigada_ disse seca para ela_ por me deixar com a Sra. Accetti.

_ Ela é um saco_ disse me puxando e acabamos sentadas em um dos sofás da sala_ depois que o marido a deixou ela fica toda melosa. O filho dela é um gato, mas como disse a mulher é um saco.

_ Notei isso.

Nem Blair e nem Logan estavam no jantar. Isso não era nenhuma coincidência eu tinha certeza. Mais uma vez passada para trás por ela.

_ Vou dar uma volta_ disse me levantando_ para ver se encontro algo interessante.

Encontrei Natália com a família que sorriu quando passei por eles, Ágata que estava conversando com um menino que nem notou quando passei por ela e então comecei a escutar risos vindo do lado de fora da casa.

E para a minha surpresa Miranda estava com o grupo. E lá estava a minha irmãzinha segurando uma taça de vinho rindo de algo que Thiago acabou de dizer.

_ Então aqui que é a festa de verdade?_ perguntei ao me aproximar.

E foi assim que concluí a minha noite.

POV Amy Lee

_ Boa noite, Celina_ disse para a minha secretária_ como estou?

_ Boa Noite, Dra. Black_ disse rindo_ a senhora está linda.

_ Por favor_ disse sorrindo_ já pedi mais de mil vezes para me chamar de você, essa coisa de senhora me envelhece muito.

_ Desculpa.

_ Tudo bem.

Quando entrei no elevador e procurei algum defeito no meu vestido azul marinho, meu casaco grafite, a minha maquiagem e o meu batom vermelho sangue e o meu coque, mas como Blair diz “perfeita”, sim eu estava perfeita. Quando saí do elevador Jesse já estava me esperando segurando um buque de rosas vermelhas e parecia está nervoso ou ansioso.

_ Ainda não acredito que você aceitou a sair comigo_ disse com um sorriso aberto.

_ E por que você não consegue acreditar?_ perguntei sorrindo e pegando as flores.

_ Você está linda_ disse sem me responder e tirando um papel que estava colado com fita adesiva.

Fomos de carro sem muita conversa até um condomínio simples de Forks. E o olhei sem entender direito. Não sou o tipo de garota que tem muitos encontros, mas eu sei que levar a garota no primeiro encontro para a casa não é convencional.

_ Desculpe por ter que te trazer para a minha casa em nosso primeiro encontro_ disse enquanto estacionava o carro_, mas aconteceu um probleminha e eu não tive coragem de desmarcar. Na verdade fiquei enrolando o dia todo e quando te vi no hospital tão linda perdi toda a minha coragem.

_ Devo encarar isso como um elogio?

Já estávamos no elevador e ele continuava se desculpando. E então assim que saímos ele abriu a porta que ficava em frente o elevador e quando entramos havia uma menina de mais ou menos seis anos com um vestido rosa e uma cora dourada de plástico sentada no chão com diversas folhas de papel espalhado ao seu redor e uma senhora sentada em uma poltrona com a televisão ligada em um canal de desenho.

_ Papai_ disse a menina animada quando viu Jesse entrando e veio correndo e se jogou em seus braços.

_ Como foi seu dia princesa?

_ Legal_ disse sorrindo.

_ Jesse_ disse a senhora se levantando_ que bom que você chegou, ela não parava de perguntar quando o senhor chegaria.

_ Laura obrigada por cuidar dela.

_ É um prazer, sempre_ disse sorrindo_ e quem é essa moça adorável?

_ Essa é Amy Lee Black.

_ Prazer_ disse sorrindo_ é um prazer conhece-la.

_ Que encanto_ disse segurando a minha mão_ o prazer que é meu. Conheço Jesse desde menino e é ótimo vê-lo com uma moça tão linda e simpática.

_ Obrigada_ disse sem graça.

_ Preciso ir_ disse rindo enquanto saia.

_ Oi_ disse a menininha que estava na minha frente me encarando_ meu nome é Charlote. Você é amiga do papai.

_ Lindo nome_ disse sorrindo_ sou Amy e sim sou amiga dele_ disse olhando para ele.

_ Prazer Amy.

_ Prazer_ disse sorrindo.

_ Você quer ver os meus livros? Eu gosto de ler. Papai disse que é importante, mas eu estou aprendendo ainda_ disse pensativa.

_ Adoraria_ e ela saiu correndo.

_ Sei que eu deveria ter contado_ disse Jesse me ajudando a tirar o casaco_ se você quiser pode ir embora.

_ E você quer que eu vá?

_ Não de maneira nenhuma_ disse forçando um sorriso.

_ E quando você iria me contar que tinha uma filha?

_ Sinceridade?

_ Sim, por favor.

_ Talvez no segundo ou terceiro encontro_ disse indo até a cozinha_ ou diria no hospital como se não fosse nada demais.

_ Como se não fosse nada demais?_ perguntei me apoiando na bancada que dividia a cozinha da sala.

_ Você já estaria apaixonada por mim.

_ Você é tão irresistível assim?

_ Com certeza.

_ Os meus livros_ disse charlote sorrindo.

_ Junta os seus desenhos filha.

_ Agora?

_ Sim.

_ A mãe dela teve que sair do estado a trabalho_ disse colocando uma taça de vinho na minha frente_ foi hoje de manhã, ela chegou do nada.

_ Tudo bem, ela é linda.

_ É o que tenho de mais precioso.

_ Quantos anos ela tem?

_ Tenho cinco_ disse se sentando no sofá_ irei fazer seis, né papai?

_ Isso mesmo.

_ Você pode vim na minha festa.

_ Obrigada_ disse me sentando ao seu lado.

_ Bom_ disse Jesse da cozinha_ não temos comida.

_ Pizza_ gritou a pequena.

_ Você se importa?

_ Não, na verdade adoro pizza.

_ Todo mundo adora_ disse Charlote.

Enquanto a pizza não chegava ela me contava como era em sua escola, me contou as histórias dos seus livros. E assim que ela terminou de comer caiu no sono e foi levada para cama pelo pai.

_ Mais uma vez me desculpa.

_ Não precisa se desculpar, adorei a noite.

_ Não precisa ser educada.

_ Não é educação_ disse sorrindo_ a muito tempo não me divertia tanto.

_ Obrigado.

_ Então qual é a sua história?_ perguntei.

_ Nada de grandioso.

_ Me conta.

_ Namorada do colegial engravidou, papai cobre as despesas para eu ir a faculdade fora do país_ disse suspirando_ não fui o tipo de pai presente. E eu era muito imaturo.

_ Difícil?

_ Eu era um idiota, para ser sincero e o meu pai me protegia muito.

_ Não protege mais?

_ Não da mesma forma, tivemos uma briga_ disse sorrindo, estávamos sentado no sofá bebendo vinho barato e então ele me pergunta “Qual é a sua história?”.

_ A muito tempo não penso nisso.

_ Como assim?

_ Estudei fora do país e fui noiva, isso resume bem.

_ E o que aconteceu com o cara?

_ Ele morreu_ era estrando me lembrar do acidente e não me importar, mas ao mesmo tempo querer me importar_ em um acidente de carro.

_ Eu sinto muito.

_ Superei_ seu olhar demonstrava pena_ juro.

Continuamos conversando, mas sobre coisas mais leves. A faculdade, família que foi a pior parte. Ter que mentir para uma pessoa que estava sendo sincero comigo.

_ Seu taxi chegou_ disse Jesse depois de atender o interfone.

_ Minha deixa_ disse me levantando.

_ Me desculpe por não te levar.

_ Tudo bem, mas adoraria que você me buscasse em casa_ disse sorrindo_ o meu carro está no hospital.

_ Será um prazer.

_ Mande um beijo para Charlote.

Nos embolamos na hora de nos despedimos, não sabíamos o que faríamos e acabamos nos abraçando.

_ Até amanhã_ disse antes da porta do elevador se fechar.


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Notas finais do capítulo

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