Te Odeio Tanto Quanto Te Amo escrita por gui


Capítulo 4
Capítulo 4: No Vão Das Coisas Que A Gente Disse


Notas iniciais do capítulo

o titulo é da musica Quem de Nós dois da Ana Carolina



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Continuo caminhando em silencio ao lado dela, não entendi muito bem, mas não iria a pressionar, estava morrendo de vontade de beijá-la, mas se não era o momento para ela eu iria respeitar, não sou um idiota como ela pensa.

Caminhamos até chegar a uma montanha, serio nos estávamos mais perdidos do que nunca, pelo menos agora tínhamos uma sombra, nos sentamos, ela solta um longo suspiro e leva sua outra mão a testa, sobre o ferimento.

- está doendo? – ela me olha como se tivesse percebido só agora que eu estava lá do seu lado.

- não. – ela tenta disfarçar, mas ela sabe que não deu certo. Seguro na mão dela a que estava acorrentada a minha. Ela sorri para mim, ficamos em silencio por um momento.

- já aconteceu alguma coisa parecida com você antes? – eu pergunto ainda queria saber alguma coisa da vida dela, ela me fascina e eu queria conhecê-la melhor.

- já – ela diz simplesmente sem entrar em detalhes e eu não insisto.

- uma noite eu sai pra me diverti com um colega de trabalho – ela começa a falar – nós dançamos e ele encontrou uma mulher e foi embora eu fiquei sozinha e alguém batizou minha bebida e eu só me lembro de acordar em um quarto de motel, sem roupa. – minha garganta ficou mais seca do que já estava. Tomo coragem e pergunto a ela.

- você foi...? – não consigo terminar a frase, mas ela responde sabendo o que eu iria perguntar.

- não, o teste deu negativo, graças a Deus, mas ele pode ter feito qualquer coisa comigo, eu estava desacordada e ele tirou minha roupa... Ai isso me dá vontade de vomitar. – ela leva a mão à boca.

- tudo bem não vamos mais falar disso certo? – ela acena pra mim com a cabeça, ainda com a mão na boca e os olhos cheios de lágrima, fiquei meio sem jeito, não sabia o que fazer então eu a puxei para mais perto e ela descansou sua cabeça em meu ombro. Eu engoli em seco, ela tem um cheiro tão bom, seus cabelos macios tocam meu rosto, eu preciso tê-la e eu a teria mesmo que precisasse esperar uma eternidade. Ela levanta a cabeça e limpa uma lágrima do rosto.

- Hey não chora, eu não queria fazer você se sentir mal.

- você não fez, pelo contrario nunca falei disso com ninguém, nem mesmo com meus amigos, você tirou um peso de mim. Obrigado. – ela me retribui com um sorriso, a melhor forma que ela poderia me agradecer, não que ela precisasse.

 - é bom saber que você confia em mim.

- confio. – ela diz firme olhando profundamente nos meus olhos nessa hora eu sabia que eu tinha que tirar ela dali.

            O deserto escurecia mais uma vez, nos já íamos para a segunda noite sem água e sem comida. Nós ficamos em uma pequena caverna que a montanha formava. A noite era muito fria, era como se eu jogasse futebol em baixo do sol, entrasse em casa e abrisse a geladeira, o contraste era perceptível, de dia um calor dos infernos e de noite um frio pior ainda. Nos havíamos pegado pequenos galhos e feito uma fogueira, aquele isqueiro foi mesmo de grande ajuda.

            Ela parecia bem cansada, ela tinha os olhos pequenos, como se fosse difícil mantê-los abertos.

- estou cansada, quero a minha casa. – ela me diz, meu coração se aperta como se eu tivesse a obrigação de levá-la para casa agora, de fazer a vontade dela.

- nós vamos conseguir só tenha paciência. Eu vou te levar pra casa. – ela olha para mim, por que ela faz isso? Eu vou me perder e vou agarrar ela, toda vez que ela faz isso meu coração dispara.

- acho que eu estava errada sobre você!...Bem, você é irritante, mas você não é um idiota. – eu sorrio para ela ainda perdido em seu olhar, olhar esse que refletia a luz da fogueira, deixando-os ainda mais brilhantes. Eu olho para sua boca e de novo para seus olhos, eu pedia uma permissão, mas ela não fez nada, ficou apenas me olhando, eu me aproximo e viro um pouco meu rosto para que nossas bocas se encaixassem, ela continua sem ação, isso estava me matando eu queria que ela tomasse a iniciativa, mas ela ficava lá parada, mas eu estava determinado a não tomar a iniciativa, eu sentia que se fizesse isso ela iria fugir, não sei o porquê, mas ia. Eu me aproximo ainda mais, mas sem deixar que nossos lábios se tocassem. Ela coloca a mão no meu peito segurando minha camisa, nós dois sentados em frente a fogueira, o fogo não era suficiente para nos aquecer, mas eu estava sentindo muito calor com ela tão perto.

            Agora eu sinto que ela se aproxima e nossos lábios se tocam levemente abro a boca divagar e ela faz o mesmo, coloco minha mão não acorrentada embaixo dos cabelos dela, ela tem um gosto que eu nunca senti antes, beijá-la foi uma das melhores sensações que eu senti, acaricio seus cabelos ainda a beijando, beijo seus lábios inferiores e passo a língua sobre eles levemente, ela coloca sua mão em minha nuca e me puxa para mais perto, ela desce sua mão para o meu peito e enfia os dedos por entre os botões da minha camisa por baixo da jaqueta depois de um tempo nos beijando ela retira sua mão da minha blusa e se distancia do meu beijo lentamente. Eu só olhei para ela para ver qual seria a reação dela, mas ela olhou para o fogo da fogueira sem dizer nada.

- eu preciso dormir – ela diz simplesmente, não entendo por que ela faz isso. Mas ela estava cansada e eu não iria perguntar o porquê agora, não queria a cansar mais ainda discutindo, ela me contaria quando fosse preciso. Eu aceno com a cabeça e sorrio para ela, não muito feliz. Nos deitamos lado a lado, seria uma longa noite, ficar ao lado dela sem fazer nada? Seria uma grande missão, nunca perdoei mulher nenhuma, mas ela era diferente.

            Percebi que ela estava tremendo de frio, eu tiraria minha jaqueta e daria para ela, mas estando acorrentado era meio complicado, então eu a abracei, tentando não pensar que estava abraçando ela se não eu iria fazer alguma besteira. Ela me abraçou de volta, o frio realmente era muito e nós adormecemos por causa do cansaço.


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Notas finais do capítulo

e ai galera, esse deu trabalho kkk mas vale a pena



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