Digimon Adventure 03: Batalha No... escrita por RyuuzakiL5


Capítulo 24
Episódio 26 – O Diário de Ryusei (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Hisashiburi desu ne...

Já faz um tempo.

Mas como prometido, aqui está mais um capítulo.

REVISADO EM: 10/12/2015
— Corrigido alguns erros de português.
— Abertura e encerramento trocados.
— Algumas partes do texto foram adaptadas sem tirar o significado original.
— Corrigido um erro de continuidade.
— Nota de rodapé adicionada.



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18 anos atrás.

Num hospital qualquer na cidade de Tóquio, podia se ouvir o choro de uma criança. Era um bebê recém-nascido Do lado de fora da sala de parto.

“Parabéns Sr. Matsuyama, é um menino.” Disse o doutor para o pai.

O pai sorriu de alegria. “Ryusei, meu filho Ryusei.”

O doutor no entanto estava sério e com um olhar triste. “Hum, sim este é o nome que sua mulher... Deu para o menino.”

“Sim... Hanako sempre sonhou em ter um menino. Decidimos que iríamos por Ryusei, que significa santo nobre.”¹ O Sr. Matsuyama percebeu que o doutor estava sério e logo se calou por alguns segundos. “Algum problema doutor?”

“Hum.” O doutor acenou que sim. “É sobre sua esposa...” O Sr. Matsuyama ficou com um olhar de espanto. “Eu sinto muito... Ela... Não resistiu...”

Ao ouvir tais palavras o Sr. Matsuyama ficou por alguns segundos sem reação, até que ele fechou com força suas mãos, abaixou sua cabeça e fechou os olhos lamentando.

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Butter-Fly ~tri. Version~ (TV Size)


Stay shigachi na imeeji darake no tayorinai tsubasa demo
Kitto toberu sa on my love


Gokigen na chou ni natte kirameku kaze ni notte
Ima sugu kimi ni ai ni yukou
Yokei na koto nante wasureta hou ga mashi sa
Kore ijou shareteru jikan wa nai


Nani ga wow wow wow wow wow kono sora ni todoku no darou
Dakedo wow wow wow wow wow ashita no yotei mo wakaranai


Mugendai na yume no ato no nanimo nai yo no naka ja
Sou sa itoshii omoi mo makesou ni naru kedo
Stay shigachi na imeeji darake no tayorinai tsubasa demo
Kitto toberu sa on my Love

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Episódio 26 – O Diário de Ryusei (Parte 1)

Alguns anos se passaram e o menino cresceu. Se tornou um jovem estudioso e um dos melhores alunos em todas as turmas e escolas que havia passado. Seu pai era um grande empresário e por conta do trabalho quase nunca tinha tempo para Ryusei. Apesar de toda sua inteligência Ryusei nunca atraiu amizades. Ryusei tinha um hobby que era jogar vídeo game. Um belo dia ele estava no recreio jogando seu portátil como sempre.

“Finalmente vou capturá-lo...” Disse o pequeno Ryusei enquanto jogava um jogo de monstros que eram domesticados e travavam batalhas entre si. Ryusei continuou jogando quando de repente um menino se sentou ao seu lado, pegou um livro de matemática e começou a ler. Ryusei pensou e olhar para ver quem era, mas estava tão concentrado no jogo que acabou ignorando. “E se eu deixá-lo paralisado?” Disse Ryusei sorrindo. “Agora vai... Vamos... Vaaamos... Droga” Enquanto Ryusei jogava e resmungava sozinho, o garoto continuava estudando matemática. “Muito bem, hora de fazer você dormir...” Ryusei se animava com a batalha que travava no jogo. O jogo tinha uma música bem viciante durante a batalha, sem perceber, Ryusei cantarolava a BGM enquanto jogava. “Agora vai...” A música mudou, para uma que anunciava sucesso. “Consegui!” Comemorou Ryusei. Logo em seguida o monstro que Ryusei havia juntado a sua coleção emitiu um som, o que era característico do jogo após sua espécie ser registrada. Aquele som chamou a atenção do garoto que estava lendo o livro, ele olhou pro lado com uma cara de espanto. “Muito bom Ryusei, você conseguiu pegar todos.” Disse Ryusei para si mesmo comemorando.

“Ah... Com licença.” Disse o rapaz que estudava. “Você é o Ryusei Matsuyama?” Perguntou o rapaz branco, que usava óculos e tinha um cabelo roxo espetado.

“Uh? Ah, sim, por que?” Respondeu Ryusei olhando para o rapaz, mas logo ele reconheceu o rosto do mesmo. “Ah! Você?!”

“Você me conhece?” Perguntou o menino.

“É claro que eu te conheço, todos te conhecem, você está sempre aparecendo no jornal da escola.” Respondeu Ryusei espantado. “Eu é quem deveria te perguntar como o melhor aluno da escola sabe o meu nome?”

“Hum... Bom, eu fiquei sabendo que você foi o campeão regional...” Ele ia concluir sua frase mas foi interrompido pelo Ryusei.

“Não me diga que você também joga?!” Perguntou Ryusei espantado.

“He... Eu não gosto de dizer isso pra todo mundo, mas é um dos meus jogos favoritos.” Disse o rapaz.

“Que incrível...” Disse Ryusei empolgado.

“Se não me falha a memória, este é o último monstro do jogo não é?” Perguntou o menino.

“Sim.” Respondeu Ryusei.

“Porque você se deu ao trabalho de enfraquecê-lo antes? Porque não usou a ‘Master’? Perguntou o garoto.

Ryusei sorriu. “Porque esse é a terceira vez que estou jogando.” Ele colocou a mão do bolso e retirou dois cartuchos. “Vê? Eu já tinha batido esse jogo duas vezes. Foi com esse aqui que eu fui campeão regional.” Disse Ryusei mostrando um dos cartuchos, que tinha uma estampa vermelha. “Eu só usei ela uma vez, nas outras duas vezes eu quis por um pouco mais de desafio. Além disso, esse é meu monstro favorito do jogo, já viu o filme em que ele aparece? Ele é muito forte.” Disse Ryusei salvando o jogo, desligando seu portátil e guardando tudo em sua mochila.

O outro menino que estava sério sorriu de leve. “Eu não sou tão bom como você mas também adoro esse jogo.”

Ryusei sorriu e disse. “Nem acredito que o aluno mais aplicado da escola também gosta desse jogo... Eu só não lembro qual seu nome.”

“Ichijouji... Osamu Ichijouji.” O garoto se inclinou. “Prazer.”

Ryusei sorriu. “É um prazer conhecê-lo pessoalmente.” E se inclinou.

Depois desse dia, os dois passaram a se encontrar nos intervalos e após as aulas para falar sobre o jogo.

No fim de semana seguinte, Ryusei contou a novidade para o pai.

“Eu fiz um amigo pai!” Disse Ryusei contente.

“Um amigo?” Perguntou o pai sorrindo.

“Sim! E o senhor não vai acreditar, ele é Osamu Ichijouji, o melhor aluno da escola, e ele gosta de vídeo game como eu!” Disse Ryusei animado.

“Puxa, que bom meu filho. Fico feliz que finalmente tenha encontrado um amigo.” Disse seu pai enquanto colocava a mão na sua cabeça.

“Obrigado pai, eu nunca pensei que fosse encontrar um amigo nessa escola.” Disse Ryusei.

Ryusei nunca fez amigos, praticamente todo mundo na sua sala tinha inveja dele por suas habilidades nos estudos, porém, Ryusei nunca foi bom o bastante para se tornar o melhor da escola, o que fazia suas notas altas passarem despercebidas pelo resto da escola. Conhecer Ichijouji mudou a vida de Ryusei, ele agora tinha um amigo com quem podia compartilhar os melhores momentos. Mas Osamu era um pouco reservado, ele não falava muito sobre sua família, e quase nunca tinha tempo nos fins de semana porque estudava.

Um dia, devido a morte do diretor, as aulas foram suspensas em função do velório que aconteceria na escola. Osamu não contou isso para os pais, e aproveitou a folga para visitar Ryusei em sua casa.

“Este é meu quarto.” Disse Ryusei mostrando seu quarto. O quarto de Ryusei tinha alguns pôsteres do jogo. Ele tinha também uma prateleira com alguns action figures principalmente do seu monstro favorito, que ele havia ganho do seu pai dias após ver o filme no cinema.

“Uau...” Disse Osamu impressionado.

“Olha só isso.” Disse Ryusei segurando dois cartuchos, um azul marinho com estampa dourada e outro cinza com estampa prateada. “Meu pai comprou ontem.”

“São os novos jogos da série!” Disse Osamu.

“Sim, eles lançaram no final do ano passado.” Disse Ryusei animado. “Meu pai havia prometido me comprar, mas por causa do trabalho ele só teve tempo de ir na loja ontem.”

“Vamos testar!” Disse Osamu animado.

Os dois ficaram jogando o dia todo. No final do dia eles estavam animados com o novo jogo.

Osamu Ichijouji apesar de estar sempre animado perto de Ryusei, nunca foi um garoto de sorrir, ele tinha um olhar frio mas Ryusei entendia que não devia ser fácil para ele ser um gênio. É como se com Ryusei ele se sentisse uma criança normal como as outras. Mas neste dia Osamu sorriu feliz pela primeira vez.

"Promete que seremos amigos para sempre?" Perguntou Ryusei estendendo seu dedo mindinho em sinal de promessa.

"Eu prometo!" Osamu estendeu seu dedo mindinho e cruzou com o do seu amigo. "Sabe Ryusei, amanhã quando sairmos da escola eu quero te mostrar uma coisa." Disse o menino.

"O que é?" Perguntou Ryusei.

"É uma surpresa, assim que acabar a aula a gente vai à minha casa e eu te mostro ta bom?" Disse o Osamu.

“A sua casa? Puxa, você nunca me levou lá. Vou poder conhecer sua família?” Perguntou Ryusei.

“Sim, vai conhecer meus pais e meu irmão, a partir de amanhã as coisas vão mudar. Quero que minha família conheça meu melhor amigo e entenda que eu posso brincar e ao mesmo tempo ser um gênio. Como você é Ryusei.” Disse Osamu sorrindo.

Ryusei sorriu também e os dois se despediram.

O dia passou e ao final da noite Ryusei estava preocupado com seu pai, ele ainda não havia chegado. Eis que o telefone toca.

“Residência dos Matsuyama.” Atendeu Ryusei.

“Ryusei? Aqui quem fala é o Sr. Kimura, eu trabalho com seu pai, por favor fique calmo e não se desespere.” Disse o rapaz do outro lado da linha.

“O que que aconteceu?” Perguntou Ryusei.

“Seu pai passou mal esta tarde e esta internado no hospital...” Disse o Sr. Kimura.

Ryusei ficou um pouco chateado mas não demonstrou nada pelo telefone. “Vai ficar tudo bem não vai?”

“Sim, o médico disse que amanhã ele estará bem, ele só teve um pequeno desmaio, acho que a pressão dele subiu de mais.” Explicou o Sr. Kimura.

Ryusei foi dormir sozinho naquele dia, um tanto chateado. Ele nunca gostou do fato de seu pai trabalhar tanto como trabalhava, mas seu pai sempre quis o melhor para seu filho e por isso sempre se esforçou ao máximo chegando ao seu limite para que pudesse dar o bom e de melhor para o filho. Ryusei sentia muita falta de sua mãe que não chegou a conhecer, e apesar de ter um bom relacionamento com o pai e do mesmo ser sempre prestativo e amigável com ele, era possível ver nos olhos do Sr. Matsuyama que ele ainda sentia muito a falta de sua mulher. Não era fácil para nenhum dos dois na verdade.

A noite passou e Ryusei foi para a escola. Ele assistiu todas as aulas como de costume e ao terminar se encontrou com Osamu. Os dois caminhavam até a casa de Ichijouji, mas Ryusei não estava muito bem naquele dia, estava preocupado com seu pai. Osamu ainda não sabia do que havia acontecido e ficou preocupado com seu amigo.

“Aconteceu algo?” Perguntou Osamu, mas Ryusei permaneceu calado.

“Não, não foi nada...” Disse Ryusei.

Eles pararam para esperar o sinal abrir para os pedestres e Ryusei continuou calado, de cabeça baixa. O sinal abriu e Osamu continuou, de repente ele se deu conta de que Ryusei ainda estava parado na calçada, se virou e perguntou. “Ryusei? Não vai atravessar? Venha, o sinal esta aberto.”

Ryusei não respondeu pois estava pensativo. Perto dali um carro vinha em alta velocidade e parecia que ia passar pelo sinal mesmo estando fechado para carros. Quando Ryusei percebeu que o carro estava vindo ele levantou a cabeça olhou para o carro e logo em seguida gritou para Osamu que estava parado no meio da faixa de pedestres sem perceber o perigo.

“Cuidado!” Ryusei gritou.

Um barulho do freio do carro soou. E um silêncio profundo logo em seguida.

Alguns minutos depois lá estava Ryusei sentado na calçada chorando, enquanto pessoas se juntavam ao redor do local, uma sirene de ambulância ecoava no local.

Ryusei estava em estado de choque, assustado com as autoridades que se aproximavam para interrogar as testemunhas do acidente, ele saiu correndo em direção a seu apartamento. Ao chegar lá Ryusei trancou a porta e caiu sentado no chão enquanto não conseguia acreditar no que tinha acabado de presenciar, seu amigo havia sido atropelado, e por sua culpa. Ryusei se pôs a chorar, não acreditando no que estava acontecendo. Eis que mais tarde o telefone tocou, Ryusei que estava sentado no chão em frente a porta durante algumas horas atendeu o telefone assustado.

“Ryusei?” Perguntou a pessoa na outra linha. “É o Sr. Kimura... Seu pai, ele...” E continuou. “

Ryusei derrubou o telefone. Ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Não só seu amigo havia sido atropelado na sua frente como também seu pai, havia falecido no hospital. Ryusei não se aguentou de desespero ele foi para o quarto e se trancou enquanto o telefone continuou caído fora do gancho. Ryusei ficou em seu quarto chorando por quase três dias, ele não tinha saído nem mesmo para comer ou tomar banho, apenas dormia um pouco mas permanecia na cama. Durante esses dias a campainha tocava e uma pessoa sempre batia na porta, não podia ser nenhum parente, já que seu pai era órfão e a família de sua mãe nunca apoiou o casamento no final das contas, ele sabia que estava sozinho no mundo agora, sem pai e sem amigos.

Mas no terceiro dia, ele ouviu alguém gritando.

“Tem alguém em casa? É da polícia!” Gritava um policial que estava acompanhado de outros. “Se estiver em casa Ryusei Matsuyama, por favor atenda!”

Ryusei ficou preocupado, ele sabia que sozinho no mundo iriam mandá-lo para um orfanato, como fizeram com seu pai no passado. Ryusei pegou seu vídeo game portátil e o ligou, ao ligá-lo ele selecionou seu monstro favorito e começou a chorar e falar enquanto olhava pra ele.

“Por favor me salva!” Dizia Ryusei chorando. “Me tira daqui! Eles querem me pegar! Querem me levar para um lugar ruim! Porque todos me abandonaram?! Por quê?! Primeiro minha mãe, depois o Osamu, e agora meu pai. Eu não quero mais viver! Eu quero ir embora daqui, quero sumir, me leve para dentro do jogo, por favor eu suplico! ME LEVE PARA DENTRO DO SEU JOGO!” Gritou Ryusei com força mas seu portátil de repente apagou.

A polícia arrombou a porta da frente, eles passaram pelo telefone caído e foram até o quarto do menino que estava com a porta também trancada. “Abre essa porta!” Pedia um dos policiais.

Ryusei só chorava enquanto segurava seu portátil na mão. De repente o portátil ligou sozinho. Ryusei olhou e sentiu uma pontada de esperança.

“Se não abrir iremos arrombar!” Ameaçou o policial.

“Me tira daqui!” Disse o menino chorando de olhos fechados e com o portátil encostado em sua testa. De repente uma luz muito forte saiu do aparelho e sugou Ryusei para dentro dele.

A polícia conseguiu arrombar a porta e quanto chegou lá viu que o quarto estava vazio. “Mas o que...” O policial não entendia o que estava acontecendo.

Ryusei estava desmaiado, e quando acordou percebeu que não estava mais em seu quarto, mas em um lugar diferente. Ele se levantou e olhou em sua volta, era de dia e ele estava em uma floresta.

“Será que eu estou morto?” Ryusei se perguntava enquanto se levantava. “Mas que lugar será este?”

Apesar de ser uma floresta, tinha uma trilha por onde o pequeno Ryusei começou a andar.

Ainda confuso, o pequeno Ryusei começava a se desesperar, pois o caminho entre a floresta parecia não terminar e aos poucos ele ouvia alguns barulhos pelas proximidades.

“Onde eu estou? Que lugar é esse?” Pensava Ryusei enquanto começava a correr.

De repente ele começou a ouvir um barulho mais perto, isso o fez correr mais, o máximo que pode.

“O que está acontecendo?” Se perguntava Ryusei enquanto sua tensão aumentava, pois ele sabia que o som era de algo se aproximando, mas algo grande, maior que ele, e que ele tinha quase certeza de que representava perigo.

Ryusei continuou correndo o máximo que pode até que finalmente o que estava se aproximando apareceu correndo atrás dele.

“Ahh...” Ryusei se assustou com o que viu, era um digimon. “O que é isso?!” Disse Ryusei correndo e com medo.

Analisador Digimon

Fugamon.

É um digimon ogro na forma adulta. Sua técnica é o Furacão das Trevas.

Ryusei continuou a correr até que enfim chegou ao fim da floresta. Ele foi parar de frente pra um lago, e estava encurralado. Parando, ele olhou para o lago, logo em seguida se virou, enquanto tremia caiu no chão e lamentou.

“É o meu fim...” Fugamon estava prestes a atacar Ryusei quando de repente um vulto veio da direita de Ryusei e acertou Fugamon o jogando um pouco longe.

Ryusei não entendeu o que aconteceu, de repente ele viu o vulto parar e ele ficou impressionado com a criatura que estava vendo.

“Não pode ser... É ele...” Disse Ryusei.

Era Psychicmon, que pela primeira vez havia aparecido para o pequeno Ryusei.

O pequeno Ryusei estava admirado com o que via. “É o monstro do jogo, é o M...” Sussurrou Ryusei até o monstro se virar para ele e interromper seus pensamentos.

Psychicmon se aproximou de Ryusei que já não estava mais com tanto medo, pois ele sabia que podia confiar na criatura, até porque ela tinha acabado de salvá-lo.

“Você é Ryusei?” Perguntou o digimon.

“Hum.” Acenou com a cabeça, Ryusei.

“Finalmente te encontrei.” Disse o digimon num tom de felicidade. “Muito prazer, eu me chamo Psychicmon.”

Analisador Digimon

Psychicmon.

É um misterioso digimon na forma Extrema. Suas origens são desconhecidas e ele é o único da sua espécie. Sua técnica é o Ataque Psíquico.

“Psychicmon...” Sussurrou Ryusei impressionado.

Foi a primeira vez que nos vimos. Psychicmon estava feliz naquele dia. Já eu, estava cada vez mais triste e confuso. Ele me explicou que eu era um digiescolhido, e que ele era um digimon, e tudo que ele lembrava era de que estava me esperando, mas não sabia dizer por quanto tempo nem o porque, apenas que sabia que eu viria.

A campainha tocou, TK estava distraído enquanto lia um caderno velho, quando ela tocou pela segunda vez ele se deu conta e foi atender, era sua namorada, Kari.

“Bom dia.” Disse Kari que estava carregando um pequeno bolo.

“Meu amor...” TK estava tão distraído com o olhar de Kari que nem percebeu que ela tinha trazido um presente.

“Trouxe para você tomar seu café da manhã. Fui eu quem fiz...” Disse Kari mostrando o bolo pro namorado.

TK então percebeu o bolo e sorriu.

Ele convidou Kari para entrar e eles cortaram o bolo. TK tinha preparado café para tomar enquanto lia o caderno, ele deixou Kari sentada enquanto servia um pedaço de bolo com uma xícara de café para sua amada.

Os dois pombinhos comeram o bolo e beberam o café. Como sempre TK elogiava sua namorada dizendo que era o bolo mais gostoso que ele havia provado. Já Kari sem graça e para não ficar pra trás elogiava o café bem preparado de seu namorado.

Depois do café TK contou para Kari o que tinha no embrulho que Ryusei havia deixado com ele.

“Um diário?” Perguntou Kari surpresa.

“Sim.” Confirmava TK. “Ryusei me confiou seu diário... E disse que eu não poderia mostrar para ninguém, a menos que fosse uma pessoa de total confiança, que eu conhecesse verdadeiramente seu coração...”

Kari corou e sorriu. “Não tenho dúvidas de que você conhece meu coração, ele vive no seu o tempo todo.”

“E o meu vive no seu...” Disse TK todo meloso.

Voltando rapidamente a si, ele conta o que tinha acabado de ler, a respeito da vida de Ryusei, o melhor amigo dele, seu pai, e sobre o primeiro encontro com o Psychicmon.

“Então Ryusei conhecia o irmão do Ken! Estou surpresa...” Disse Kari.

“Sim.” Concordou TK.

“Devemos contar isso ao Ken?” Perguntou Kari.

“Acho que não, se ele quisesse mesmo que o Ken soubesse, teria dito no dia em que se apresentaram.” Respondeu TK.

“Tem razão.” Concordou Kari. “Mas então, onde você parou?”

“Bem aqui.” Apontou TK para o final de uma das páginas. “Vou continuar lendo.” Disse TK.

Quando ele virou a página notou que tinha uma coisa estranha.

“O que foi?” Perguntou Kari.

“Nada, é que ele mudou a maneira de escrever aqui.” Comentou TK.

“Como assim?” Indagou Kari.

TK aponto para a página. “Ta vendo? Parece que ele apagou e escreveu várias vezes, da pra ver muitas marcas na página, ele escreveu com muita força, e a folha também esta um pouco amassada, é como se ele tivesse apagado com violência.” Explicou TK.

“Talvez tenha sido algo ruim que aconteceu...” Disse Kari.

“Vamos descobrir.” Disse TK enquanto continuava a ler.

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I Wish ~tri. Version~ (TV Size)


Hoshi ni negai wo
kaze ni puraido
noseta toki
Kyou ga kesenai, asu ga mieru yo...
Kitto ne...


I wish, doushite koko ni iru no
Oshiete kudasai ima sugu mieru
Koto ga subete ja nai no ne


Samusa ni furueru kara
ude toosu jaketto
Itsu no ma ni ka sukitoote itte
Kibou ni natteku...


Mirai no ame ga
Hoho wo nuraseba
omoidasu


Atsuku nare
ano hi ano toki


Hoshi ni negai wo
kaze ni puraido
noseta toki
Kyou ga kesenai, asu ga mieru yo...
Kitto ne...

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¹O nome de Ryusei se escreve com os kanjis 隆 (ryuu) que significa: “alto, corcunda, nobre, prosperidade” e 聖 (shou, sei, hijiri) que significa: “sagrado, mestre, padre, sábio, santo”. Sendo assim o nome do digiescolhido se escreve 隆聖 (kanji), りゅうせい (hiragana), リュウセイ (katakana), existem ainda pelo menos outras 15 formas de se escrever esse nome, todas dando um significado diferente para ele, como por exemplo: (流星) que significa meteoro ou estrela cadente. Para mais detalhes o autor recomenda o site “Behind the Name” (http://www.behindthename.com/name/ryusei/submitted).


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Notas finais do capítulo

Otanjoubi Omedetou!