Lets Try escrita por Pip


Capítulo 1
One.


Notas iniciais do capítulo

Então minha primeira Yuri. :D Bem esse é um dos meus couples favoritos de f(x), mas acho que ninguém shippa. Mas mesmo assim decidi fazer, tem muito drama, eu acho. E não tem orange/ shora. Quem sabe um dia quando eu escrever melhor eu faça uma? q
Enfim, espero que gostem. ~ ♥
P.S: Eu apenas editei a capa, o fanart eu peguei de um tumblr que faz fanarts (maioria do fx) é realmente um bom tumblr! (http://superjacket.tumblr.com/)



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A cena se repetia mais uma vez, lá estava Sulli, sozinha, no quarto, aos prantos. Ela mesma já se perguntava como conseguira ainda ter lágrimas para chorar, como consegui ter forças para qualquer coisa. O motivo? Um amor proibido, mas não, não aqueles que se veem em novelas e filmes. Era um amor diferente, um amor difícil de ser aceitado. E mesmo que inconscientemente a cena que eram o motivo de suas lágrimas voltava a se repetir e repetir na sua cabeça.







“ Ouvia-se apenas o estalo da mão da mãe de Sulli sobre o seu rosto. Elas estavam em casa logo após a cena que “decepcionou” sua mãe.

– Sulli como você pôde?!?! – A senhora gritava, quase berrava. – Eu te dou, amor, carinho, uma casa, estudos decentes! E o que você faz?!?!

– Mãe... – A menina tentou falar, mas logo foi cortada pela sua mãe. – Cala boca! Você não tem o direito de falar!

Sulli tentava limpar as lágrimas que insistiam em sair, mas mesmo que tentasse não conseguia.

– Eu te dou tudo e o que eu ganho em troca? UMA FILHA LÉSBICA! Uma filha lésbica que fica por aí com aquela menina mal exemplo! Foi ela que te levou para esse caminho não foi?!

– Mãe a Vic não tem culpa...

O som de mais um tapa foi ouvido, o rosto da menina já estava vermelho, tanto pelos tapas, pelas lágrimas, pela vergonha.

– NÃO PROTEJA ELA! Olha aqui Sulli, a minha vontade é de te por pra fora daqui agora! Você podia fazer qualquer coisa... Mas isso, ficar com outra garota... EU NUNCA VOU ADMITIR! VOCÊ ESTA ME OUVINDO?

Sulli assentiu com a cabeça positivamente. Mas logo a senhora a sua frente puxou seu rosto para cima fazendo Sulli a olhar.

– OLHA PRA MIM. Você me entendeu?

– Sim, mãe...

– FALA DIREITO.

– S-sim mãe, eu entendi, m-me desculpa. – Dizia com a fala cortada em meio aos soluços e pela tentativa falhosa de evitar que suas lágrimas saíssem.

– Agora você vai ter seu castigo. Por que, é isso que você merece, sua, sua... – A mãe de Sulli não consegiu terminar, apenas a olhou com ódio, com despreso.

Logo a pegou-a pelo pulso e a levou para quarto, não importando-se se a ia machucar. Tocou Sulli lá dentro, como se ela fosse um animal, não, pelo ponto de vista de Sulli animais não mereciam esse tratamento, ninguém merecia esse tratamento, ela agora era considerada lixo pela sua própria mãe.

– Agora você, vai ficar aqui, e não vai mais sair até eu decidir o que eu vou fazer com você. ”







Sulli estava ali, como todos os outros dias depois daquele que foi humilhada pela própria mãe. Humilhada pela própria mãe que agora considerava um monstro. Era tão ruim assim amar alguém? Era tão errado amar alguém mesmo que a pessoa fosse do mesmo sexo que ela? Ela sempre se fazia essas perguntas enquanto continuava em seu quarto, trancada em seu quarto.


Quarto escuro, sem vida. Sem nada, só Sulli, tinham alguns ursos que a rodeavam, que ela apertava uma vez ou outra que sentia a necessidade de um abraço. Abraços, era o que ela mais precisava agora. Mas quem iria ir até lá, quem se importava com ela agora?


Tinha vontade de gritar, de ligar de fazer qualquer coisa que chamasse alguém que a aceitasse para lhe salvar, salvar das garras da sua mãe que agora desprezava com todas as forças. Mas sua mãe havia verdadeiramente lhe trancado, a deixado sem comunicação, qualquer maneira que tivesse de ter comunicação com o mundo lá fora ela havia cortado.


E sempre, sempre que pensava em alguém, Victoria vinha em sua cabeça, automaticamente, mesmo que sem querer.


Victoria, o motivo de seus tantos dias felizes que tivera antes de sua mãe descobrir sobre o romance entre elas.


Aconteceu, nem mesmo Sulli pretendia ou imaginaria se apaixonar por uma garota, mas havia acontecido. Victoria era tão linda, tão doce, seus braços eram tão aconchegantes, como Sulli poderia não se apaixonar?


Tinha apenas acontecido e agora Sulli estava ali, amava Victoria e seu coração estava em pedaços por culpa da mãe. Ela sempre odiara colocar a culpa em alguém, mas sim a culpa era de sua mãe, sua mãe que impedia que fosse feliz. Era tão difícil assim aceitar o amor?


Parecia que sim. E isso já estava indo longe demais, como sua mãe poderia ser tão má assim? Sulli já estava sem comer, tinha olheiras por noites mal dormidas.


Já não aguentava mais, Sulli apenas se deitou e se abraçou a um de seus ursos. Afinal não podia fazer nada, a única cosia que poderia fazer era esperar por um milagre.


Barulhos na janela. Seria o milagre? Sulli riu de si mesma, isso poderia ser algum tipo de alucinação ou qualquer coisa desse tipo que acontecesse só para que ela mesma se sentisse melhor.


Mas os barulhos teimaram em continuar. Que mal havia em checar? Mesmo que a janela também estivesse trancada, não tinha nada de mais em olhar para fora. E assim ela fez.


Ao abrir a janela, colocou os olhos em algo, ou melhor, em alguém, no seu anjo, o anjo que viera lhe salvar. Que viera lhe tirar daquela escuridão. Era Victoria, estava ali na sua janela lhe oferecendo ajuda, Sulli sorriu era inevitável não sorrir.


Mas se lembrou de sua mãe, onde ela estava agora? Havia saído? Desejava com todas as suas forças que sim, ela devia ter saído sim, Victoria estava ali e Victoria não era boba.


Tentaram se comunicar pela janela, ato quase impossível já que não conseguiam se ouvir, mas mesmo assim tentaram até conseguir, Sulli indicou a Victoria onde ficava a chave reserva que sua mãe escondia e rezou para que tudo desse certo.


Ouviu passos, passou até sua porta. Sua vontade era de chorar, mas tentou ser forte tinha que ser forte, seu anjo estava ali para lhe salvar, não queria preocupa-la.


A porta se abriu e a imagem de uma Victoria feliz e ao mesmo tempo preocupada pode ser vista, ela entrou e abraçou Sulli sem pensar duas vezes, depois ao se separar da mesma a olhou e viu o estado em que estava, como pode deixar que machucassem tanto a sua menina?


– Sulli... Seus pulsos...


– Não se preocupe com isso, tudo vai ficar bem. – Sulli sorriu, mesmo que estivesse machucada, agora havia um motivo para que finalmente ficasse feliz.


– Sulli, vem, vem comigo, vamos embora.


Sulli apenas abaixou um pouco a cabeça para pensar.


– Vamos! Eu não quero que te machuquem mais. Por favor... Eu não vou aguentar mais ver você chorar.


Sulli levantou a cabeça e assentiu positivamente, era verdade, não tinha no que pensar. Sua mãe a odiava e se continuasse naquele estado provavelmente morreria e ninguém daria sua falta.


Uma mochila, era isso que precisavam, apenas colocaram as coisas necessárias, roupas, dinheiro e até um pouco de comida que acharam. Elas precisavam ser rápidas, não sabiam a que momento a mãe de Sulli voltaria, se ela voltasse seria o fim.


Ao ter tudo pronto, foram em direção à saída, mas Sulli voltou. Pegou um pequeno pedaço de papel e ali deixou um bilhete, um bilhete para sua mãe, não queria que sua mãe se preocupasse mesmo parecendo impossível, nem queria que sua mãe mandassem procura-la.


Então com o bilhete feito saíram dali, saíram correndo para o lugar mais distante possível. Foram para o pequeno campo de arvores que ficava em um local mais afastado da cidade, numa tentativa de descansar, porque Sulli não havia comido por esses dias.


– Vic-Ah...


– Fale-me!


– Obrigada... – Disse com um sorriso no rosto e com a cabeça baixa.


– Pelo que? Você não precisa me agradecer por nada, nunca.


– Você sabe, e eu preciso lhe agradecer sim, por tudo, sem você... Eu não sei o que teria acontecido comigo.


– E eu não sabia o que teria acontecido comigo. Então pare de agradecer.


– Okay.


As duas se fitaram e sorriram, aquilo não parecia real, mas era, era real. Sulli sentia vontade de gritar, de correr, de ser feliz.


Victoria a fitou e se aproximou tocando seu rosto delicadamente, as duas sorriram mais uma vez de olhos fechados. Sentiram as respirações e logos os lábios se tocarem.


Era um beijo calmo, sem pressa, tinha amor. Era doce, tinha saudade. Tinham tantos sentimentos que as duas deixaram de sentir por dias, pareciam séculos. Elas apenas aproveitaram, porque agora ninguém ia as impedir, ninguém ia atrapalha-las.


Aquele momento era somente delas.


– Eu te amo, bebê.


– Eu te amo, meu anjo.




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Notas finais do capítulo

E então? o que acharam? ;^;



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