My Obsession escrita por Vicky_oreo


Capítulo 1
My obsession


Notas iniciais do capítulo

Bom... Essa personagem é inspirada em mim... Mentira, ela basicamente É eu... x-x''
Eu sou realmente muito obsecada, mas não tanto quanto ela. Então não me mandem prum hopício, por favor x-x'



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Lá estava eu, no momento da minha vida. E não conseguia parar de pensar na minha prova de literatura.

Era sobre um livro chamado “Uma história de amor”...

Sim, sim. Muito lindo, o livro. Mas não tem nada a ver com o momento.

Falava sobre um homem narrando sua vida sofrida para sua esposa.

Lembrando-a como foi quando os dois se apaixonaram. Ele, um garoto pobrezinho, “da beira do rio”, como ele mesmo diz, filho de uma costureira. Ela? Uma loira de olhos azuis, rica, de família nobre, a princesa da cidade e dona de uma beleza infinita e do coração de muitos rapazes da vila Rezende, inclusive do pobre menino do rio.

A narrativa é, na verdade, uma carta deixada em baixo do travesseiro de sua mulher, que conta desde o primeiro “encontro” dos dois, quando a carruagem dela tem um problema e o cocheiro pede a ajuda dele e depois ela se vai, deixando-o sozinho, sentando na causada apenas sonhando com seu conto de fadas, até as bodas dos dois, que seriam comemoradas com a filha deles e seu namorado.

O garoto realmente luta para vencer as barreiras do preconceito. Realmente lindíssimo, o livro. MAS POR QUE AGORA?

Esperei esse show por toda minha vida. Por quê agora? Por quê?

Tudo bem, Victória... Calma. Você vai conseguir. Respira...

Consegui trazer a Gabriella e a Rebeca pro show JUNTAS. Sem se matarem, nem nada. E agora elas não competiam pra ver quem gritava mais alto o nome do guitarrista moreno. Eu achei aquilo estranho. Ambas me olhavam. Acho que esperavam que eu usasse o ombro delas como escada pra ir para o palco, mas isso não aconteceu. E abaixei a cabeça e deixei uma lágrima cair... Duas... Três... Nunca entendi por que minhas lágrimas eram tão geladas mesmo depois de deixarem meu corpo.

Uma vez na 2° série minhas lágrimas saíram quentes, na primeira vez que chorei de raiva. Eu bem que estranhei.

Por isso elas me olham assim, sempre que eu olhava aqueles olhos azuis me fitando parados em uma foto eu começava a gritar. Agora que eles já não estão mais numa foto eles secam minha garganta e sobrecarregam os meus olhos. Os fazem transbordar. Transbordar lágrimas quentes.

Por que eu estava chorando? Só por que ele não me viu no meio daquela multidão, me chamou pra perto dele e te pediu em casamento?”

Coração idiota... Perguntas idiotas...

Acordei dos pensamentos com um grito intenso e desesperado das fãs.

Strify passava sua mão pela dos fãs que estavam próximos ao palco.

Eu corri, deixando minhas amigas para trás. Adoraria dizer que cheguei a tempo. Mas não cheguei. Estava tão perto de tocar sua mão, Strify. Mas fui puxada para trás e jogada no chão.

Pisaram em minha mão antes mesmo que eu pudesse me levantar. Senti os ossos do membro que quase chegou a tocar sua pele divina se quebrarem.

Primeiro a mão, depois o pé, braço, tronco...

Sua vista passou por mim e depois você desviou o olhar.

Lá fiquei... Com o baque da queda meu cérebro associou tudo. Eu estava tão perto de você quanto um menininho do rio estava perto de sua princesa.

Você deveria me fazer forte, mas não fez. Porém, qualquer um que disser que meu amor por você só me fez mal mente...

Você me despertou. Eu, que nunca havia construído sonho, comecei a projetá-los em você, meu anjo.

Já não era mais tão inocente quanto comecei a te conhecer, mas você destruiu o que restou de do meu eu de vidro, deixou muito pouco dele. Você me lapidou. Você lavou minha alma da fragilidade. Você fez de mim um diamante de duas faces, meu novo eu e o que sobrou do meu velho eu. Você me levou, sem nem ao menos saber. Para onde, para que? Não sei. Mas você levou parte de mim. Você, Jack Strify, arrancou de mim minha primeira lágrima quente de amor, não de ódio. Você me fez florescer. Você me completa.

A partir do momento que eu te vi eu conheci o ardor que o meu corpo esconde debaixo de um físico pouco interessante.

Você me levou e deixou alguém que eu acho que deveria ser parecida com você. Talvez por isso eu seja capaz de responder qualquer apresentador de programa que se acha fodão e fala mal de Deus e do mundo. Mas enquanto o meu “você” interior respondia, o que restou de mim se magoava, pois ele falava mal da parte de mim que eu julgava perfeita. Ao mesmo tempo em que eles apontavam defeitos em você, eu os refletia em mim.

E as respostas que o meu “eu-você” dava já não passavam de palavras amigas de conforto, que nós muitas vezes nós não damos ouvidos. Eu não dei. E me machuquei bastante. Quase tanto quanto estou me machucando agora. Já estou começando a perder meus sentidos.

“Um coração que não bate ainda é capaz de se quebrar?” Lembrei das palavras de “Noiva Cadáver”. Talvez não. Mas pedacinhos de vidro não poderiam se partir em pedaços menores.

O que aconteceu aqui, meu amor, foi que olhar para você e ver que você estava inteiro sem mim me lembrou do quanto eu era frágil sem você. Você fez de mim o que eu era, e só você poderia reverter isso.

Você me transformou com apenas um olhar através de uma foto e desfez isso com apenas virando-o ao vivo.

Só que agora eu tinha derrubado me castelo de vidro para tentar construí-lo com tijolos... Por você. Mas nesse meu sonho tão fantástico eu esqueci que você nem ao menos pediu por isso e que não ia me ajudar a erguer um fardo tão grande.

Por favor, me desculpe por tudo em cima de você.

Mas o que sobrou agora para mim? Meus ossos, que a essa hora já devem estar todos quebrados, minha mente, que mal notara que todos se afastavam, e sonhos despedaçados.

Agora eu vejo que você não me consertou, você me iludiu... Aliás, Eu me iludi. Não foi o “eu-você”, ele nunca nem existiu. O responsável foi o meu velho eu. Ele estava tão apaixonado que ele se transformou em você, não deixando de ter sua fragilidade. As duas faces do meu diamante, não eram duas faces. Ele apenas não era de um diamante. Talvez eu tenha tentado ser a ágata dos teus olhos azuis...

Ah! Teus olhos azuis, teus cabelos loiros, sua nobreza, sua vaidade... Tão distantes de mim, uma garota de olhos e cabelos castanhos e feios, sem mimos, sem graça, sem fama, nascida com sangue piauiense.

Percebi tarde de mais que eu nem se quer me dei ao luxo de estar sentada ilesa na beira de uma calçada, feliz por estar na mesma cidade que você. Ora, olhe pra mim! Eu estou deitada em um chão imundo involuntariamente, enferma, com o gosto de sangue fervilhando na minha boca, mas, principalmente, tendo a certeza de que sobrevivendo ou não, nunca mais eu iria te ver.

Estou passando por quase tantas coisas quanto aquele filho de costureira procurando merecer teu amor. Mas o que eu me pergunto é: algum dia eu vou escrever esta carta pra pôr debaixo do seu travesseiro?

Meu amor, você é a questão... Você é a conclusão.

Minha vista já está embaçando, eu já não sei o que acontece fora da minha mente. Apenas sinto toques no meu corpo... Como se tivesse sendo carregada. Apaguei, finalmente.

 

Abri os olhos, ainda cansada e vi as luzes me cercando.

Não tive tempo para avaliar o meu estado. Notei que na sala de espera você estava de braços cruzados em uma cadeira de aparência desconfortável.

A primeira coisa que eu pensei foi se alguém da banda também havia se machucado, até que uma enfermeira me explicou que você havia pedido para os fãs se afastarem do meu corpo, mandou um dos seguranças me carregar para fora da platéia e outro para chamar a ambulância.

A euforia correu dentro de mim. E foi ainda maior quando você se aproximou da minha cama. Sua face preocupada está comigo até agora.

Enquanto você andava em minha direção, seus cabelos voaram, destacando e fazendo-me lembrar da parte castanha que eles tinham. Você me fez lembra que, sim, havia uma parte de mim em você.

 - Você está bem?

Você eternizou minha face martirizada e acabada com um toque delicado, mas profundo o suficiente para penetrar na minha alma.

 - Você não sabe o quanto me deixa feliz perguntando isso...

You’re my obsession,

My fetish, my religion.

My confusion, my confession.

The one I want tonight.

You’re my obsession,

The question and conclusion

You are, you are, you are…

 


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Notas finais do capítulo

Triste? Demais D:''
Eu chorei quando reli.
Em fim... Comentem *-*''
Beijos Bizarre



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