Aquilo era apenas com a intenção de faze-lo calar a boca. Mas foi longe demais.

Pedro me pegou no colo, do mesmo jeito que Thomas havia feito a um tempinho atrás.

A porta do elevador se abriu no nosso andar, e sem parar de me beijar, Pedro saiu do elevador comigo no colo pegou as chaves do apartamento, paramos de nos beijar apenas para ele conseguir abrir a porta.

Assim que ele abriu a porta, entramos, ele bateu a porta e se jogou no sofá por cima de mim.

Voltamos a nos beijar.

Pedro estava com uma mão se apoiando no sofá, e a outra ele percorria por todo o meu corpo, enquanto minhas duas mãos envolviam seu pescoço.

Se estivéssemos sóbrios isso não estaria acontecendo.

Eu tirei a blusa dele e a joguei em qualquer canto da sala e tirei meus sapatos apenas com a ajuda dos pés.

Cortei o beijo e falei.

-Pedro, no sofá? – Perguntei e ele riu.

Me pegou no colo e foi subindo as escadas comigo enquanto eu beijava seu pescoço e dava leves chupões no mesmo.

Pedro chegou no quarto, fechou a porta e me jogou na cama, se deitando por cima de mim em seguida.

Ele abriu meu vestido, que em uma fração de segundos já estava do outro lado do quarto. E pouco tempo depois, a calça dele já estava junto ao meu vestido.

Estávamos apenas de roupas intimas, Pedro retirou meu sutiã e enquanto chupava um dos meus seios, com a mão ele “massageava” o outro. Fez isso com o outro seio também, e logo ele já estava beijando minha barriga até chegar na minha calcinha, Pedro a tirou apenas com os dentes e a jogou longe.

Com dois dedos, ele penetrava a minha intimidade e eu apenas gemia baixinho.

Pedro invertia entre beijinhos, chupões e os dedos. Após me torturar por um bom tempo, inverti nossas posições e fiquei por cima dele, o beijei e fiz que nem ele, fui descendo até chegar no elástico da boxer preta dele.

A tirei, mas com as mãos mesmo e a joguei para junto de minha calcinha.

Com as mãos, eu brincava com o LanzaJr, que já estava muito mais do que acordado.

Fiquei um tempo assim, até abocanha-lo, e fiquei fazendo movimentos de vai e vem com ele na boca.

Pedro gemia baixinho e senti que ele iria gozar logo, então parei, ele foi colocar o preservativo que tirou não sei da onde e logo voltou.

Se deitou por cima de mim, e começou a me penetrar devagar, no inicio doeu um pouco. O LanzaJr não é pequeno não minha gente. Mas logo a dor foi substituída pelo prazer.

Eu gemia cada vez mais alto, e sabia o que Pedro estava esperando para parar de me torturar.

-Pedro... – Gemi o nome dele, e essa foi a chave para ele entocar de vez, e ia aumentando cada vez mais a velocidade.

Chegamos ao nosso ápice juntos, me deitei na cama completamente nua, enquanto Pedro ia ao banheiro se livrar do preservativo.

Ele voltou e se deitou do meu lado na cama.

Nos cobriu apenas com um lençol, a noite estava quente.

Pedro me beijou novamente e eu deitei em seu peito enquanto ele acariciava meus cabelos.

-Você sabe que amanhã a gente vai se arrepender disso e vamos acabar brigando né?! – Falei com a voz cansada e sonolenta.

-Aham... – Pedro apenas assentiu assim e me deu um beijo na testa. – Boa noite.

-Boa noite. – Respondi e em segundos já estava dormindo.

[...]

Caralho, não acredito que o Pedro deixou as cortinas abertas de novo.

Acordei com a luz do sol invadindo o quarto.

Abri os olhos e quando finalmente me acostumei com a claridade, percebi que tinha um braço envolvendo minha cintura.

Com certeza não era de Thomas.

Olhei para o lado e vi Pedro dormindo feito Pedra.

Pera ai, eu to completamente nua? Sem nem calcinha e sutiã?

Bosta, por que eu fui beber ontem?

O bom é que a maioria das vezes que eu bebo, no dia seguinte lembro de praticamente tudo.

Me esforcei e comecei a lembrar de fatos sobre ontem.

Lembrei de quando chegamos.

Eu e o Thomas nos pegando naquela salinha.

E caralho, eu e o Pedro transamos.

Deus, me lembra de nunca mais beber enquanto eu morar na mesma casa que esse ser repugnante.

Tirei o braço do Pedro com cuidado de cima de mim e me levantei sem o acordar.

Peguei uma roupa no closet e fui para o banho.

Me tranquei no banheiro.

Olhei para o lixeiro e a camisinha estava lá, bom, pelo menos nisso a gente pensou.

Como não precisava tirar roupa nenhuma, apenas me enfiei debaixo do chuveiro e tomei um banho quente e relaxante.

Bom, até que ontem não foi tão ruim. Porra Gabriela, o Pedro está na sua lista negra, não se esquece disso!

Ah, e o Thomas... Aquele lá beija bem pra caramba, imagina como não é na cama?

Ri com meus próprios pensamentos e sai do chuveiro.

Me sequei, coloquei a Lingerie, seguida de um shorts jeans escuro, a blusa do uniforme da escola e uma sapatilha.

Sequei meus cabelos e os penteei. Passei uma maquiagem leve e sai do banheiro.

Acordei o Pedro com um travesseiro na cara dele e antes de ele terminar de reclamar, eu já estava na cozinha preparando um café da manhã.

Quando terminei de colocar a mesa e me sentei para comer, Pedro voltou já arrumado e se sentou na minha frente.

Eu apenas olhei pra ele com aquele olhar de “vou te matar” e ele entendeu e começou a rir.

-Quando estivermos bêbados, não se aproveite de mim garoto! – Falei dando uma mordida no meu pão.

Pedro riu e respondeu.

-Ei, primeiro que foi você quem me beijou primeiro, eu apenas dei continuidade á coisa. E segundo, tenho um segredinho pra você Gabs, ontem a noite eu não tomei nada alcoólico, ou seja, eu não estava bebado! – Ele falou e eu comecei á estapea-lo.

Parei e o olhei com cara de cú.

-Você nunca mais faz isso me ouviu?! – Falei e ele estava rindo.

Terminamos de comer, escovamos os dentes e fomos correndo para o carro, eu estava atrasada.

Entramos no carro e ele começou a correr.

Depois de 30 minutos chegamos, ele parou o carro na frente do portão, por sorte não havia batido o sinal ainda, e todas as patricinhas fãs de Restart  da escola ficaram olhando para dentro do carro, que a anta do Pedro não tinha colocado película.

Sempre quis me vingar das coisas que elas faziam pra mim, quer dizer, fazem né, por que até hoje elas ficam zoando comigo.

E como elas estavam olhando não pensei duas vezes, me virei para o Pedro.

-O que eu vou fazer é pra me vingar daquelas patricinhas ali, que sempre mechem comigo. – Falei e agarrei o Pedro.

Ele nem protestou, e até retribuiu o beijo.

Terminei o beijo com selinhos e de canto de olho, percebi elas nos olhando chocadas.

Comecei a rir.

-Olha, não é que você serve pra alguma coisa? – Falei.

Ele fez cara de bunda e eu ri.

Dei um ultimo selinho nele apenas para “quebrar o clima” e sai do carro me achando a tal.

Elas ficavam me olhando como se eu fosse um bicho exótico.

-Aquele lá era o Pe Lanza da Restart? – Elas perguntaram chocadas e eu assenti me achando. – Ué, mas ele não casou?

-Sim, comigo! – Falei mostrando a aliança.

Bateu o sinal.

-Tenho que ir pra sala meninas! Beijinhos! – Falei e sai com a bunda empinada.

Comecei a rir no meio do caminho.

Vocês não têm não tem noção de como tava hilária a cara delas.

Fui para a minha sala que por sorte não era a mesma delas.

As aulas passaram rápidas, porem chatas.

Deu 11:45 e o sinal bateu.

Aquelas meninas sempre almoçavam aqui e ficavam aqui a tarde inteira aqui.

Deu 12:00 e nada do Pedro chegar.

Liguei pra ele.

-Pedro onde você ta? – Perguntei quando ele atendeu.

-A gente teve um imprevisto com a banda, mas já ta tudo certo, eu já to quase chegando ai! – Ele respondeu.

-Ok, mas não demora que eu to com fome! – Respondi.

-Ta bom madame! – Ele respondeu e eu ri cínica. – Escuta, eu já saquei aquele lance de hoje de manhã e tava pensando. Como somos “casados”, você finge que nós somos um casalzinho feliz para os paparazzis, e eu finjo que nós somos um casalzinho feliz para essas meninas ai do seu colégio!

-Não é que você pensa?! –Falei e ri. – Ok, eu topo.

-Perfeito, eu já to aqui na esquina, me espera que eu vou sair do carro quando chegar ai.

-Ta bom! – Respondi.

-Tchau.

Pedro falou e desligou.

Em poucos segundos o carro de Pedro estava parando na minha frente e aquelas meninas já começaram a olhar.

Fiz como Pedro disse e esperei ele.

Ele saiu do carro e veio até mim com um sorriso no rosto.

As meninas estava praticamente do nosso lado.

-Oi princesa! – Ele disse auto o suficiente para elas ouvirem e abraçou minha cintura, me beijando em seguida.

Ele se encostou no carro me abraçando pela cintura e eu com os braços em volta do pescoço dele.

-Obrigada Pedro! Aquelas meninas sempre tiravam onda de mim por que eu rodei e não tenho nenhum amigo no colégio, agora acho que elas vão pelo menos dar um tempo disso. – Falei baixinho para elas não ouvirem.

-De nada. É isso que os maridos fazem! – Pedro falou e rimos.

Fomos aproximando nossos rostos automaticamente.

-Sabe, eu acho que se nos beijarmos de novo elas vão acreditar mais nessa historia. – Pedro falou mordendo os lábios e eu apenas assenti.

Nossas respirações já se misturavam, e em pouco tempo, senti seus lábios macios nos meus.

Era um beijo diferente dos de ontem, que eram rápidos e selvagens. Esse era calmo e doce. Era melhor. Era verdadeiro.

Fomos aprofundando mais o beijo, Pedro pediu passagem para a língua e eu cedi sem pensar duas vezes.

Minhas mãos brincavam com seus cabelos da nuca, enquanto as dele agarravam a minha cintura cada vez mais forte.

Paramos o beijo por causa da maldita falta de ar. Pedro parou o beijo com selinhos e sorrimos.

-Acho que esse é um bom começo pra gente. – Ele disse ainda sorrindo e agora me olhando nos olhos.

-Concordo com você! – Respondi também sorrindo e o olhando nos olhos.

Pedro me deu um ultimo selinho demorado e falou.

- Acabei de ter uma idéia, vamos almoçar em um restaurante! – Pedro falou e eu assenti.

Ele me deu um beijo na testa e abriu a porta do carro pra mim.

Entrei no carro e ele fechou a porta, coloquei o cinto e logo Pedro já estava sentado no banco do motorista ao meu lado.

Ele colocou o cinto e acelerou o carro devagar.

Olhei para o lado e as meninas estavam nos olhando.

Dei um tchauzinho junto com um sorriso irônico para elas e comecei a rir.

-Qual é o nome delas? – Pedro perguntou.

-Julia, Amanda, Nicole, Viviane e Lara.- Respondi. – Elas estão na mesma serie que eu, mas em outra sala. Elas estudam lá a muito tempo, e como eu rodei, elas ficam me zoando, mas na verdade, minhas notas são melhores que as delas, eu rodei por motivos pessoais, e não por nota. E juntando ao fato de todos os meus amigos já terem se formado e eu não ter mais nenhum amigo no colégio, elas me zoam mais ainda.

-Nossa Gabs... Olha, quando elas fizerem alguma coisa do tipo com você de novo, me avisa que eu vou espancar elas! – Pedro falou rindo e colocou sua mão em cima da minha que estava na minha perna. E sua outra mão estava no volante. Ele me olhou sorrindo e logo voltou sua atenção para o transito.

-Nossa Pedro, nunca pensei que você pudesse ser tão fofo assim! – Falei e ele me olhou rindo.

-Obrigada eu acho... – Ele respondeu e eu ri.

Quando paramos na sinaleira Pedro me deu um selinho e voltou a atenção ao transito.

Em pouco tempo chegamos no tal restaurante.

Pedro estacionou o carro e saímos.

Entramos no restaurante, nos sentamos em uma mesa e pedimos lasanha junto com uma coca cola.

Ficamos conversando enquanto o pedido não chegava, e claro, tinham paparazzis achando que ainda não tínhamos visto eles.

Pedro se levantou e se sentou ao meu lado. Colocou o braço em volta do meu ombro e me beijou.

O garçom chegou e pigarreou.

Eu e Pedro paramos o beijo rindo, o garçom colocou o pedido na mesa e começamos a comer, claro com as gracinhas do Pedro.

Após terminarmos de comer, Pedro pagou a conta e fomos para o carro.

-Gabs, vamos passar na casa dos meus pais? Eles me ligaram mais cedo pedindo pra gente ir lá depois do almoço. – Pedro falou.

-Vamos sim! – Respondi.

Confesso que estava louca para ver a Dudinha.

Demoramos um pouco por causa do transito, mas chegamos na casa dos pais do Pedro as 13:48.

Leni abriu a porta e nos cumprimentou.

Entramos , cumprimentamos o Mauro e sentamos no sofá juntos.

A Mi estava dando banho na Dudinha.

-E então, como estão lidando um com o outro? O apartamento ainda está inteiro? – Leni perguntou rindo e se sentando no sofá na nossa frente.

-Por incrível que pareça sim mãe! – Pedro respondeu rindo e eu apenas sorri.

-É, pelo que parece estão muito bem mesmo. – Mauro disse olhando para nossas mãos que estavam dadas e eu corei.

-Estamos sim pai! E muito bem, na verdade que a gente se resolveu hoje de manhã! – Ele falou sorrindo e me deu um beijo no topo da cabeça. Sim, eu consigo ser mais baixinha que o Pedro.

-Que bom filho! – Leni falou sorrindo e a Mi chegou na sala no mesmo momento com a Dudinha no colo.

-Que bom o que? – Mi perguntou se sentando do nosso lado.

-O Pe e a Gabi estão se resolvendo! – Leni respondeu sorrindo e Mi também sorriu.

Nesse momento, a Dudinha esticou os braçinhos para mim, querendo vir no meu colo.

-Quer ir com a titia é?! – Mi perguntou e eu gelei. Titia.

Mas deixei quieto, afinal, eu sou casada com o Pedro, sou tia da Duda.

Mi me entregou a Duda e ela ficou brincando comigo e com o Pedro.

-Vocês seriam ótimos pais! – Mauro falou e eu e Pedro nos olhamos assustados.

-Mauro! Isso é coisa que se fale? – Leni o repreendeu.

-Desculpa, eu só tava sendo sincero! – Mauro falou se defendendo.

-Mas mãe, eu não iria achar ruim a idéia de ter um filho com a Gabs! – Pedro falou sorrindo e eu o olhei ainda mais assustada.

O clima tinha ficado tenso, mas foi voltando ao normal com o tempo. Eu só pensava no que o Pedro tinha dito. Sempre pensei em ter um filho, mas nunca pensei que fosse com o Pedro. Ok, não vou pensar nisso agora.

Deram umas 16:24 e Pedro se levantou.

-Bom, acho que a gente já vai indo né Gabs? – Ele perguntou e nos levantamos.

A Dudinha estava na creche, a Mi tinha ido trabalhar, estávamos apenas eu, Pedro, Leni e Mauro.

-Mas já filho? – Leni perguntou.

-Sim mãe, é que a gente ta cansado, e depois que eu busquei a Gabs no colégio a gente almoçou em um restaurante e veio direto pra cá, nem passamos em casa. – Pedro respondeu e entrelaçou nossos dedos.

-Tudo bem então filho! – Leni respondeu.

Nos despedimos e fomos para o carro.