"Não leve a mal, se tudo o que eu posso fazer... é de longe observar você, sumindo da minha vida..." - Assim soava o meu despertador. 

Abri meus olhos vagarosamente, senti a luz do sol entrar pela vidraça e senti um vento gelado chegar até meu rosto me fazendo ter um calafrio.    Levantei-me, tomei um banho e me vesti. Desci, comi uns espaguetes da janta da noite anterior, pois estava com uma preguiça maligna - como a minha falecida mãe falava. 

5 horas depois...

- NÃO LUCAS, VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DISSO. EU NÃO ACREDITO, DE NOVO LUCAS?? EU NÃO SOU PALHAÇA, TÁ? - sai bufando, passei pela porta e a fechei bruscamente.- MARINA, ESPERA! EU POSSO EXPLICAR... - foi o que eu ouvi antes de entrar no banheiro e me dopar de remédios. Não acreditava que aquilo estava acontecendo de novo, Lucas me traindo com a mesma pessoa, pela segunda vez, fui tão inútil em tê-lo perdoado alguns meses atrás.... mas, isso não irá acontecer de novo, não mesmo. 

Lucas's Pov: 

Não acredito que havia me entregado para a Luciane, estilista da banda. Eu amava a Marina, talvez por algum motivo Luciene pegou meu ponto fraco, o meu emocional. Marina tinha disturbios alimentares, como eu pude brincar com ela de novo? JUSTO COM ELA LUCAS? - A única coisa que eu sabia fazer neste momento a não ser chorar era me perder nos meus pensamentos, nos meus arrependimentos, nos meus medos. Eu havia perdido a mulher da minha vida, a mulher que eu escolhi para ser mãe dos meus filhos, para ser o motivo dos meus sorrisos... LUCAS, SEU BURRO. 

Ouvi o barulho da porta do banheiro, Marina finalmente saia de lá depois de 2 horas.

Marina's POV:

Acho que adormeci no banheiro, não me lembrava de nada... nada mesmo. Sai do cômodo, morrendo de dor de cabeça, fui direito para a cozinha pegar um remédio, vi Lucas atirado no sofá, com o rosto inchado provavelmente de tanto chorar, disso eu me lembrava perfeitamente, estranho. 

- Lucas, Marina nós temos que conversar... - disse ele com uma cara apavorada.

- Sobre o que? Já sei da história toda e isso é o suficiente para mim te deixar sozinho aqui, mas não... - abaixei a cabeça.

- Tu não me deixa aqui, por que me amas. - ele levantou a minha cabeça, fazendo nós ficarmos cara a cara.

- Ninguém manda no coração. - eu disse saindo daquele cômodo e me dirigindo para o sofá.

 Lucas me acompanhou, eu sabia que a coisa certa era esquecer dele, daquela vida que eu tinha ao lado dele.

Flashback ON:

- Eu te amo Lucas...

- Também te amo minha princesa... - Lucas disse acariciando meu rosto.

- LUQUINHAS, MEU AMOR VENHA AQUI... - uma voz feminina falou isso quando ouviu o barulho da fechadura. Não acreditei no que vi.

- LUCIENE, O QUE TU FAZ AQUI? - Lucas disse com uma cara de espanto, preocupado comigo e com o bebê que eu carregava, ébem possível.

- Lucas quem é elaw - eu disse com uma cara de interrogação.

- Meu amor, você não contou a sua amiga... sobre nós? - a vadia teve a arrogância de beija-lo. Eu pirei.

- A única amiga que tem aqui é você, sua vadia. - Eu disse empurrando-a para o chão e esbufeteando a cara de pau dela.

- MARINA, PARA O BEBÊ MARINA, TU TÁ GRÁVIDA... - enterrompi Lucas com um grito.

- DEPOIS AGENTE CONVERSA LUCAS! AAAAAAAAAAAAAAAI -parei de esbofetear a tau Luciene no mesmo momento em que senti uma dor incrivelmente forte na barriga. Logo após veio um sangramento.

- LUCAS, NOSOS BEBÊ LUCAS... POR FAVOR, VAMOS ME LEVA PARA UM HOSPITAL, PELO AMOR DE DEUS. - eu disse chorando e gritando e morrendo de medo de perder a minha bebê.

- VAMOS LÁ. - Lucas me pegou no colo e correu para o seu carro que estava estacionado na porta do condominio.