Obrigado Senhor!

Exclamo quando minha aula acaba e eu saio do campo de visão do Bieber, ele manteve aqueles olhos em mim praticamente por toda a aula.

- Misha! - eu sei que é a Carly, porque é impossível alguém ter uma voz igual a dela.

-Oi. - digo abrindo meu armário. 

- estou notando sua animação - ela se junta ao meu lado -  vai haver uma festa no sábado a noite, você não quer ir? 

-festa? Obrigado. - digo. 

É estranho como a Carly estava me convidando para uma festa. As únicas festas "estudantis"  quais eu já fui em toda a minha vida foram as que o Fred e Stefan me levava, já que  havia sempre garotas sobre eles, isso me irritava tanto.Eu queria está perto pelo menos de um deles , eu não me importaria em sentir ciúmes  deles, se eles estivessem perto de mim. 

- então? Misha? Você está aí? - ela parece impaciente 

-Desculpa, o que disse ?  - eu as vezes fico meio desnorteada 

- o porquê de você não querer ir , vai ser legal - ela diz 

-Eu sei que vai e você vai se divertir muito, mas o sábado é meio que sagrado na minha casa, noite da família - lhe digo, na verdade todos os dias é meio que sagrado na minha casa, mas eu não quero ir a uma festa, eu nunca quero. 

-hm... Vocês parecem unidos - ela diz e eu sorrio.

-nós somos, somos muitos -  eu fecho meu armário , quando Bieber chega ao lado da Carly. 

-Ei Carly, posso falar cam a Misha? - ele pergunta 
-claro. - ela diz saindo, mas se vira e simboliza para mim " Ele disse o meu nome"  eu reviro os olhos. 

-Você pode falar - eu digo 

- Eu pensei que poderíamos sair daqui - ele diz eu o encaro

-você acha que eu vou cabular aula no meu segundo dia ? - eu rio torto. 

- você não me parece o tipo de garota que segue regras. - ele diz

-Os seus julgamentos sobre mim são tão precipitados. Na verdade  eu sou o tipo de garota que segue as regras. 

- Qual é?

-Qual é?  Garoto, eu nem te conheço, mas pelo que eu sei vi, você é totalmente, desculpa falar assim na sua cara, mas você é um imbecil.  - digo o deixando para trás. 

-Porque você teve um ataque naquele restaurante ? - ele diz alto o suficiente para que alguns olhares se direcionem a mim.  Eu volto  até ele.

-cala a boca. - digo - você não tem nada a ver com isso - digo. 

- eu sou curioso e tenho certeza que boa parte desse colégio  miserável também é . - ele diz com um sorriso cínico.

-  Uma aula, uma aula . - digo e seu sorrio cínico passa para um de vencedor.

O garoto qual eu queria matar, se eu tivesse coragem, é claro, me carrega para a parte de trás do colégio. 

-Eu não vou entrar aí - digo quando ele afasta algumas coisas dando a visão de uma escada para um buraco.

-é um túnel , é o único jeito de sair e entrar sem ser visto - ele  diz começando a descer

-espera. - ele me encara - deixa eu ir primeiro, estou de vestido.  - ele volta me deixando ir primeiro. 

Eu estou de short por baixo do vestido, mas é só precaução.  

Eu não sei se já disse isso, mas eu amo, amo vestidos.

Nós andamos pelo túnel, eu prefiro dizer que eu corri para chegar logo a ponta.

-Olha o que você está fazendo garoto - digo irritada

-relaxa. - ele diz me dando a mão para que eu saia do túnel.  eu não nego sua ajuda, já que sair dali é a minha nova meta.

-você é escroto - ele digo e ele rir. 

- é bom saber que você tem outra opinião de mim, além de idiota, imbecil - ela diz com o mesmo riso. 

- Onde vamos ? - pergunto

-qualquer lugar que você queira - ele  ajeita a camisa

-Um lugar que tenha comida. - digo já que meu café da manhã não foi lá  essas coisas . 

-tudo bem . - diz .

.Justin me leva até  um shopping que fica perto do colégio, aquele qual Brooke ficou insistindo para que papai a levasse. 

É grande é  movimentado, mesmo que no momento não esteja assim, eu não gosto muito disse, gosto de coisas mais ... com menos gente. 

  -Eu não sei o que Brooke ver nesse lugar - eu digo em voz  alta enquanto seguimos para a praça de alimentação 

-Brooke é a sua mãe? - Justin pergunta 

-Não. Eu chamo a minha mãe de mãe - digo e rio, eu sou o tipo de filha que fala "mamãe e papai" por mais infantil que isso pareça.- Brooke é a minha irmã mais nova 

-Aquela mini cópia sua da Pizzaria ? -  ele diz e eu o encaro

-Você ficou mesmo nos observando na pizzaria? - eu sabia que ele estava com os olhos em mim naquela noite, mas ter notado toda a minha família já era outros  grãos ... mas também não era como se ninguém pudesse notar a semelhança entre nós.

-mais ou menos isso.  Aquela garota é a sua cara. - eu não protesto já que Brooke é realmente muito parecida comigo, tirando a pele viva dela, qual eu morro de inveja.

Nos sentados em uma mesa qualquer daquele lugar que ainda não há uma grande movimentação. Fazemos nossos pedidos , eu realmente estou faminta. Comer é tão bom. 

-Então... 

- então o que? - digo . Eu sei o que o "então" dele significa, mas mesmo assim, eu não quero falar que dei uma de louca. 

-Você sabe, você meio que deixou todos os olhares daquele lugar em você, a sua mãe estava gritando com você... - ele diz e eu não sabia que tinha parado todos os olhares, mas uma boa parte deles eu realmente tinha.

- Eu tenho um problema na cabeça - digo e ele rir 

-Sério. 

- é sério.  - tento deixar minha voz mais séria que consigo

- a gente não veio até aqui para você me contar uma mentira tão mal contada como essa.  - tudo bem, quero dizer, não é tal ruim essa mentira, mas mentir nunca foi algo que eu domino perfeitamente 

-eu vi um morto. - digo e ele rir de novo

- você é péssima nisso.  - ele diz dando uma mordida  na comida dele

- não estou mentindo  - dessa vez, a minha voz sai em uma intensidade verdadeira, pelo menos é assim para mim 

- qual é , então você quer me dizer que viu um morto? Fala sério, Misha - ela diz  totalmente duvidoso e sua voz faz meu nome parecer bonito... foco.

- você queria a verdade -digo dando atenção ao meu lanche - aí está ela. 

-você está dizendo que é algum tipo de médium ? Que ver mortos? garota, você é louca - ele diz o que é natural que me ache louca, porém é totalmente ofensivo. Eu o encaro me encarando, quando levanto .

-onde você vai? - ele pergunta segurando o meu braço, eu olho para o mesmo o que o faz soltar. 

-você é burro, mas não demente. Eu vou embora, não posso fazer nada a respeito , já que não acredita em mim. - ele diz. 

-não. Espera!  É sério? - eu faço mais olhos darem uma volta de 360 , tudo bem, isso é muito exagero, mas reviro os olhos - é serio. 

- é Bieber, é sério. - digo olhando para o meu prato. Bieber pode ser o meu "ir embora" mas a comida é o meu "fica, fica, fica e me come toda" isso soa de duas forma, mas sem nada pervertido. 

- quem você viu?- ele pergunta quebrando o silêncio qual ficamos por alguns segundos. 

-quando você disse que era curioso , não estava mentindo - digo o fazendo soltar um riso - mas não se preocupe irei ao psicólogo hoje, você não precisa ser ele por mim. 

- na verdade eu só estou curioso mesmo - diz e eu que solto um riso abafado. 

Eu o encaro por alguns longos segundos, sua cara branca que faz a combinação mais que perfeita com seus lábios rosado e com seus olhos castanhos mel. Eu o olaria por uma um bocado de tempo sem se quer reclamar. Mas eu volto a realidade.

-O nome dele é Stefan , foi meio que surreal para mim também, era como se ele realmente estivesse ali, ele estava ali, sabe? Eu o vi e foi tão real. - digo tentando me focar nas palavras e não em como elas fazem eu me sentir. 

- Eu li em algum lugar uma vez, sim eu leio, tudo bem?- ele diz me fazendo rir de lado e sem barulho- que quando alguém morre, alguém realmente especial e não conseguimos aceitar isso por completo, é muito capaz que possamos ver essas pessoas nos lugares ou coisas que nos fazem lembrar delas. - ele dizendo parece outro Justin Bieber, um que tem cérebro. 

- foi algo assim que papai e mamãe me disse... Mas eu já superei o Stefan. - digo não sabendo se o que digo é verdade, na verdade, não é verdade, eu nunca iria superar-lo , não de uma forma complexa.

- Esse tal de Stefan foi importante, certo?- eu assinto confirmativa. - a gente nunca supera essas coisas. 

-você já perdeu alguém, Justin?- pergunto

-com uma relação tão forte que me faça vê-lo ? Não. - diz 

-você é sortudo. - digo 

- você também é. Já parou para imaginar que ontem no restaurante você viu alguém que não poderia ver, é como ter a chance de olhar de novo uma coisa qual nunca mais vai ver.

É a primeira vez que eu paro para ver as coisas dessa forma, talvez ele esteja certo, ter visto o Stefan não é algo para me deixar louca, é mais como uma chance. 

- você está certo, eu acho... Quero dizer, Stefan  e eu sempre tivemos alguma ligação forte, talvez por sermos gêmeos isso seja mais forte... Mas no fim, ele  foi, ele é algo muito importante para mim e  é difícil de qualquer maneira... então vê-lo se não me assustasse diria, agora, que é um presente. 

-exatamente.- ele diz e eu sorrio, sorrio de verdade. 

Ficamos em silêncio por um tempo que eu não consigo cronometrar, mas é partido aquele silêncio entre nós, já que a praça começa a ficar barulhenta , o silêncio se vai quando meu telefone toca. 

- você se incomoda? - pergunto ao Justin e ele nega. 

     Fred. 

- Estou brava -  é como eu atendo.

- vai ficar mais ainda, bolacha. - ele diz me fazendo revirar os olhos. 

-não me chama assim , Fred! Porque me ligou? 

-está ocupada? 

-não. Fala logo, garoto. Estou nervosa. 

-estou no shopping. 

- legal Fred, muito legal.

- e... Vou ver X-men primeira classe. 

-seu. Filho. De um. Puto. - digo- eu não acredito! Qual parte do vamos ver juntos você não lembra? 

- ainda vamos. - ele diz

-vamos?-pergunto confusa. 

-vamos. Por isso te liguei... Eu vou assistir com você na linha... Quer dizer, se você puder já que provavelmente está em aulas.

-Fred... Eu meio que estou no shopping também .

-como? Porque? Com quem? Você odeia shoppings . 

- com um garoto. - digo olhando o Justin que mexe no celular, mas sei que está ouvindo todo a minha conversa, é impossível que ele não ouça

-um garoto?  Porque está com um garoto? 

-não seja bobo, em pensar essas merda que só sai da sua mente. Ele está me ajudando com uma coisa do Stefan. 

-do Stefan ? pensei que eu te ajudasse com isso . 

-você está longe...

-pensei que isso não seria um problema. 

- você estava fazendo sexo.

-você ganhou. Mas eu estou aqui por você, você sabe disse, certo? 

- eu sei, te amo maaaaaaais por isso - digo o fazendo rir- eu te ligo daqui a três minutos. 

Eu desligo o telefone na cara dele.

-Justin, eu sei que é falta de educação e eu sinto muito, mas eu vou ficar no shopping, vou ver x-men . Você vai ficar chateado por isso?

-se eu puder ficar também, não. - ele diz. 

-mas você vai perder as aulas .  - eu vou perder as minhas aulas, mas fazer alguém perder por mim, já é bem diferente. 

-olha para mim. isso nunca foi um problema - ele diz e é verdade, ele tem cara e tudo mais de quem não liga em perder um pelo dia produtivo de aula.

Eu ligo para o Fred que me xinga por ter desligado na cara dele, ele me faz prometer que não irei falar nada, que apenas deixaremos o telefone ligado, mesmo sendo algo proibido nos cinemas,  parecemos duas crianças, que vai caçar  doces no halloween , mas é x-men, nós amamos x-men. eu amo, já o Fred tem uma obsessão bem maior, como todos os gibis e essas coisas, é meio como algo sagrado para ele. Vemos o filme, eu choro horrores no final, Justin me olha com uma cara de " há algo de errado com você, é só um filme" mas não é só um filme. Eu não me contento e tenho que falar com o Fred , então eu digo como estou indignada, ele diz,: eu já sabia, mesmo.

 Meu amigo é um grande puto. 

-você tem certeza que está bem ? - Justin pergunta

- é, eu tenho. - digo- desculpa por chorar deito uma criança. - digo o fazendo rir ; 

- não tem problema. 

-desculpa outra vez por fazer você aturar minha crises com o Fred, é que somos meio que loucos juntos. 

- é... eu notei . - diz 

- não faz essa cara, eu sinto muito mesmo ... - eu estou me desculpando, porque eu fico patética perto  ou mantendo algum tipo de contato com o Fred 

- eu disse que está tudo bem. tudo bem, ok ? - ele diz 

-obrigado. 

- não a de quê. - ele diz 

- não. sério. obrigado por me aturar e principalmente por ter me escultado e me ajudado, foi legal da sua parte . - digo sorrindo. 

 Acho que essa ida ao shopping entrou como uma das minhas favoritas, acredite, foram poucas as vezes que eu gostei de ir ao shopping, mas  com tudo, o Fred e principalmente o Justin... bom, o Justin é legal e  estava mostrando isso...  é bom saber que ele não é um completo demente.