Dias Cinzentos escrita por DuuH Campos


Capítulo 3
Sozinho




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Por um momento me lembrei do acidente que aconteceu perto de casa. Agora fazia sentido as pessoas desesperadas para sair da cidade, e a pressa de minha mãe de sair de casa.

– Mas o que aconteceu com as pessoas que foram contaminadas? Morreram? - perguntei

– Sim - respondeu a loira com uma voz suave.

– Mas ai é que começou o problema - interrompeu o rapaz com uma voz alta. - O Vírus que os matou, os trouxeram de volta, e eles se tornaram mortos vivos. Todos que levavam uma mordida ou algum arranhão desses malditos, se tornavam um deles em poucos minutos.

Me senti mal, por um instante, seria tudo verdade o que eu acabei de ouvir, eu não queria acreditar nisso, pois seria o fim de tudo, o fim do mundo, coisas que eu só via nos filmes. Puxei uma cadeira que estava ali no chão e me sentei, fiquei por um tempo ali, de cabeça baixa, tentando aceitar tudo isso, enquanto eles pegavam uma mochila e colocavam tudo o que podiam dentro.

– A gente vai nessa, vai com a gente? - disse o Rapaz perto da porta com a mochila nas costas as duas garotas já estavam no carro que estava estacionado em frente o bar.

– Eu vou pra casa - eu disse de cabeça baixa.

– Não existe mais casa meu amigo, eles invadem tudo, e podem te pegar se você estiver sozinho.

– Pode ir eu me viro

– Tudo bem

O Rapaz deu as costas e seguiu até o carro, pensei um pouco mas não mudei de idéia, eu iria pra minha casa, quem sabe encontrar minha mãe por lá.

– Call Você não vai chama-lo pra ir com a gente - ouvi a morena dizer ao rapaz.

– Ele não quer ir, disse que sabe se virar - ele respondeu friamente

– Mas Call...

– Vamos, e pronto

Call Entrou no carro sem olhar para os lados, a morena estava no banco de trás ficou olhando para mim, como se estivesse com pena mais com muito medo de ficar pra me ajudar.

Fiquei olhando o carro desaparecer nas ruas escuras. Me levantei e comecei a caminhar pela rua, estava muito frio, e minha testa estava doendo muito. Agora estava doendo menos, pois a linda morena havia feito um curativo em mim, enquanto call enchia as malas com bebidas.

Eu andei por um tempo e comecei a ver as luzes da cidade, era como de costume, um silêncio total, mas quando me aproximei, percebi o caos, havia muitos carros batidos e capotados no meio das ruas, vidroa quebrados pelo chão, lojas destruidas, casas escuras, sinal de que estavam vazias.

Me aproximei de uma casa e me encostei no muro, eu estava cansado, e com muito frio. Fiquei olhando os carros pegando fogo no meio da rua, e derrepente senti que estava sendo observado. fiquei com aquela sensação estranha e resolvi olhar para trás, para minha sorte. Quando me virei, vi um deles, ele estava se aproximando de mim lentamente, era um dono de uma loja que eu conhecia muito bem, mas seu rosto estava horrivel, muito sangue, sua cara estava como a de um cadáver, suas roupas muito sujas, e as uhas das mãos todas quebradas como se tivesse arranhado muros ou paredes.

Ele não falava só andava lentamente virando a cabeça de um lado, e depois do outro lado, babando muito, era horrivel. Derrepente ele veio correndo, começou a soltar um grito estranho, um gemido horrivel. Começei a correr, corri muito até perceber que ele ficou longe. Entrei em uma loja de roupas e pulei dentro de um tambor onde ficavam muitas roupas de promoção.Joguei algumas roupas em cima de mim, e fiquei bem quieto, eu não queria ver outro deles naquela hora.

Fiquei ali sozinho, no meio das roupas, estava bem quentinho, o que me deixou tranquilo, pois se eu ficasse batendo os dentes de frio, poderia atrair alguns deles. Parece que eles podiam ouvir muito bem.

Peguei o celular para ver que horas eram, e já era Meia Noite, eu ficaria ali mesmo, pelo menos até amanhecer, ou até algum deles perceber que eu estava ali. Depois disso eu tentaria chegar em casa, alguma coisa me dizia que eu devia ir pra lá. Não conseguia dormir, me afundei mais ainda no tambor de roupas, e fiquei bem quieto, o amanhecer não iria demorar.


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